programa de desenvolvimento educacional · 2018-04-30 · programa de desenvolvimento educacional...
Post on 01-Jun-2020
6 Views
Preview:
TRANSCRIPT
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE/2016
Ficha para identificação da produção didático-pedagógica –Turma/2016
Título: MÚSICA BRASILEIRA: REFLEXÕES SOBRE AS
MIGRAÇÕES INTERNAS NO BRASIL A PARTIR DA DÉCADA DE
40
Autor: Rosete Inez Cecato
Disciplina/Área:
Geografia
Escola de Implementação do Projeto:
Colégio Estadual Dario Vellozo – Ensino Fundamental, Médio e Profissionalizante
Município da escola: Toledo
Núcleo Regional de Educação: Toledo
Professor Orientador: Leila Limberger
Instituição de Ensino Superior: UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Relação Interdisciplinar:
História, Sociologia e Língua Portuguesa
Resumo:
Considerando as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais que norteiam os temas geográficos sobre o Brasil, este trabalho tem como enfoque, o estudo dos movimentos migratórios no país. O mesmo vem propor uma metodologia de ensino para a Geografia brasileira com alunos do 7º ano, sobre a mobilidade da população brasileira e seus aspectos socioeconômicos e espaciais. Serão usadas, músicas brasileiras, como
instrumentos de ensino, viabilizando os conhecimentos geográficos, e por elas, compreender os processos de deslocamentos populacionais internos do país, suas motivações e seus impactos socioeconômicos e culturais. Espera-se que a música facilite o enfrentamento da rotina das aulas, como forma sensibilizadora, facilitadora e mobilizadora do ensino-aprendizagem. Os temas serão trabalhados intercalando o recurso musical, e com ela, encontrar significados e sua relação com a Geografia populacional brasileira, quanto aos movimentos migratórios internos, desde 1940 às décadas de 2.000. Buscando um enfoque humanista quanto à prosperidade e os conflitos enfrentados por todo migrante.
Palavras-chave:
Ensino, Geografia, Música, Migração
Formato do Material Didático: Unidade Didática
Público:
Alunos do 7º Ano – Ensino Fundamental
IDENTIFICAÇÃO
Professora PDE: Rosete Inez Cecato
Área: Geografia
NRE: Toledo
Município: Toledo
Professora Orientadora: Leila Limberger
IES Vinculada: Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE
Escola de Implementação: Colégio Estadual Dario Vellozo - EFMP
Público Objeto de Intervenção: Alunos do 7º Ano - Ensino Fundamental II
Linha de Pesquisa: Tecnologias e suas Linguagens no Ensino da
Geografia
Título: MÚSICA BRASILEIRA: REFLEXÕES SOBRE AS MIGRAÇÕES
INTERNAS NO BRASIL A PARTIR DA DÉCADA DE 40.
Conteúdo: Brasil: Migrações Internas
APRESENTAÇÃO
Conforme os parâmetros do programa de aperfeiçoamento dos professores
da Rede Pública Estadual de Ensino do Paraná, o PDE – Programa de
Desenvolvimento Educacional, essa Unidade Didática, vem apresentar um
trabalho pedagógico a ser materializado no Ensino Básico, tendo como público-
alvo, os alunos do 7º ano.
O Programa, fortalecido pela articulação entre a Educação Básica e o
Ensino Superior, possibilitam a teorização e a implementação de uma atividade
didática no ensino de conteúdos geográficos brasileiros, atendendo a
necessidade de construção de conhecimentos no espaço escolar, de forma
inovadora no Ensino.
As atividades propostas nesta Unidade Didática, serão desenvolvidas na
disciplina de Geografia, considerando uma metodologia que valoriza as
concepções do ensino de conteúdos geográficos, na linha das tecnologias e suas
linguagens, conforme orientam as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do
Estado do Paraná.
Diante dos desafios cotidianos em sala de aula, no processo da
aprendizagem com os alunos do 7º ano, este trabalho vem propor uma
metodologia de ensino sobre a Geografia populacional brasileira, quanto às
migrações internas, com o auxílio do recurso musical, como facilitador da
aprendizagem. Sendo a música, um recurso tecnológico na intenção de mudar o
foco de ensinar Geografia Brasileira. Vem pesquisar em que medida a música
pode ser um bom instrumento no processo de ensino-aprendizagem para ampliar
a compreensão sobre a geografia populacional.
Músicas brasileiras vem tentar viabilizar o conhecimento de conteúdos
geográficos sobre a população e sua mobilidade no país.
Conceitos e contextos sobre as migrações internas no Brasil, suas
motivações e impactos socioeconômicos e culturais, serão trabalhados conforme
a proposta desta Unidade Didática.
Os conteúdos tem como base, as migrações internas do Brasil, seus
desdobramentos no território nacional, atrelado à conjuntura econômica, com
impactos sociais e culturais.
Espera-se que os alunos do 7º ano, compreendam esses conteúdos
geográficos motivados pelo recurso musical e que sejam capazes de fazerem
conexões sobre o dinamismo socioespacial brasileiro com os interesses
econômicos do capitalismo moderno, desde 1940 às décadas de 2.000. E nessa
esteira, compreendam o quanto foi impactante na vida do migrante a busca de
uma vida melhor e a inserção dele num novo lugar, com novas articulações
socioespaciais e culturais. Com possibilidades de retorno e não-retorno ao lugar
de origem. Alcançando a prosperidade ou enfrentando os desafios e as
hostilidades de toda situação migratória. Onde a alteridade e a enculturação
sempre se fizeram necessárias.
A migração interna brasileira será explicada nessa fundamentação
Didática de acordo com as fontes pesquisadas, expressas neste trabalho.
REVISÃO TEÓRICA
Desde o surgimento do Homem na Terra, até a atualidade, os movimentos
migratórios existem. Os seres humanos sempre migraram por algum motivo, em
direções diversas. Migrações estas, feitas de modo voluntário ou espontâneo, em
busca de melhores recursos de vida ou de modo forçado, tendo que abandonar o
lugar de vida por algum fator natural adverso ou perigos e ameaças à própria vida
individual ou do grupo, segundo (MOREIRÃO, 2013). Ainda no relato do autor:
A presença dos primeiros grupos de Homo sapiens na superfície terrestre data de 100 mil a 200 mil anos atrás, no leste da África. Em busca de novos territórios de caça, os descendentes desses seres humanos migraram em direção a outras regiões africanas, europeias e asiáticas, povoando-as. Há estimativas de que há 60 mil anos grupos partiram da Ásia em direção à Austrália. Provavelmente, 40 mil anos depois novos grupos asiáticos iniciaram a migração em direção à América, atravessando o Estreito de Bering. (MOREIRÃO, 2013, p.178).
No decorrer do tempo, muitas ondas migratórias existiram nos continentes
e regiões do mundo. Motivações ligadas à pobreza, crises econômicas,
instabilidades políticas, catástrofes naturais, conflitos, perseguições e guerras
(MORAES, 2003). Essas ondas migratórias sempre tiveram uma enorme
importância do ponto de vista geográfico, político, econômico e social. Embora o
processo migratório tenha suas consequências e várias dimensões, no que se
refere à inserção do novo lugar para o migrante.
Ressalta BIGOTTO, que:
Em geral, os movimentos migratórios não ocorrem de maneira harmônica. Constituem processos longos e resultam de dificuldades econômicas, sociais, políticas, após desastres naturais e guerras, entre outros. Além disso, os migrantes nem sempre são aceitos pela população do lugar para onde se destinam (BIGOTTO, 2012, p. 115).
Ressalta Moraes que, em se falando de continente americano nos últimos
500-600 anos de história:
Os países americanos foram povoados por imigrantes, pessoas que deixaram a terra natal para ir viver em outra, advindos principalmente da Europa [...]. Também os negros africanos, embora obrigados a deixar a África, tiveram uma contribuição importante na composição da população americana (MORAES, 2003, p.328).
No Brasil, a formação da população brasileira se deu no contato com os
povos primitivos, indígenas de diversas tribos, e a chegada do migrante europeu
português por volta do século XV, se estendendo no século XVI, os africanos, e
meados do século XIX, outros europeus, e em meados do século XX, povos da
Ásia. Considerando que esse processo migratório é historicamente extenso, e até
hoje o país tem suas ondas migratórias, de pessoas de várias partes do mundo.
Caracterizar a população brasileira não é uma tarefa fácil, segundo
Bigotto (2012). É bastante heterogênea, constituída por diversos grupos
humanos. Há uma diversidade linguística e étnica-cultural muito vasta, constituída
por ameríndios, africanos, europeus e asiáticos.
A população que hoje ocupa o território brasileiro resulta de um intenso
processo de miscigenação (BIGOTTO, 2012), e isso se intensificou desde a
ocupação portuguesa a partir de 1500. E sua distribuição pelo território é
influenciada por fatores naturais e econômicos (ADAS, 2011).
A população total do país é de 206.491.674 habitantes, atualmente (IBGE,
28/09/16 às 16:59a) e a área é de 8.515.767,049 km2 (IBGE, 2016b), composto
por 5.570 municípios e cinco Grandes Regiões: Norte, Nordeste, Centro-Oeste,
Sudeste e Sul.
Essas regiões apresentam números populacionais diferentes no decorrer
da história demográfica do país. Os brasileiros sempre se deslocaram
internamente.
A população brasileira expressa um grande movimento migratório interno
desde o período colonial. Essas migrações relacionam-se a um conjunto de
fatores dos quais se destacam as transformações de ordem social, política e
econômica que atraem ou impulsionam o migrante (MOREIRÃO 2013).
Nesse contexto ainda, segundo MOREIRÃO, a expansão e a integração
do território brasileiro ao longo da história foram realizadas, em grande parte, a
partir de movimentos migratórios.
Mas, segundo BRAGA:
No Brasil, as migrações internas começaram a ganhar expressividade a partir da década de 30 e rapidamente se tornaram parte do processo de expansão urbana, especialmente após a redução das taxas de fecundidade nas maiores cidades a partir da década de 60. Desde então a população urbana supera a rural, e a quantidade de movimentos entre os centros altera-se, requalificando também os imigrantes (BRAGA, 2006, p.19).
Porém, segundo BRITO, 2007, as migrações internas no Brasil, se
fizeram necessárias por interesse econômico:
As análises econômicas e sociológicas sobre as migrações internas foram fortemente influenciadas, respectivamente, pela teoria do desenvolvimento econômico com oferta ilimitada de mão-de-obra pela teoria da modernização social (BRITO, 2007 p.2).
As migrações internas são determinadas segundo a modalidade da
industrialização, sempre destinadas para lugares do capitalismo moderno no
Brasil, ainda segundo BRITO,2007. E essas migrações redistribuíam a população
do campo para as cidades entre os Estados e entre as diferentes regiões do
Brasil, inclusive para as fronteiras agrícolas em expansão, onde as cidades eram
o pivô das atividades econômicas (BRITO,2007, p.13).
A mobilidade em direção às grandes cidades seria a escolha mais
adequada para uma população que busca melhoria no padrão de vida, mesmo
quando se considera a enorme adversidade que essas regiões impõem aos
imigrantes e suas famílias, conforme afirma BRITO, 2007. A migração busca
espaço de modernidade. Como se ela fosse necessária para o cidadão e
importante para o desenvolvimento econômico.
Entretanto, Souza, 1980, define a migração interna como um processo
social resultante de mudanças estruturais de um determinado país, que provocam
o deslocamento horizontal de pessoas de todas as classes sociais.
O dinamismo econômico brasileiro se deu por ciclos econômicos onde um
produto de exportação era privilegiado. Desde os agroexportadores até os
industrializados. E esse dinamismo coincide com movimentos migratórios mais
intensos no país. SOUZA diz ainda que as migrações internas são melhor
compreendidas, quando observadas no contexto das transformações sociais do
país e analisadas a partir da estrutura das classes sociais.
Na esteira das migrações internas no Brasil, SOUZA, 1980, afirma que a
expansão industrial da cidade de São Paulo, nos anos próximos `a II Guerra
Mundial e nos anos subsequentes, atraiu numerosos contingentes populacionais
do meio rural paulista, das cidades interioranas, e de outros Estados. E,
simultaneamente, movimentos migratórios ocorriam da Região Nordeste para a
Região Norte.
Por volta de 1942, os nordestinos migraram para a Amazônia, por causa
da produção da borracha, incentivados pelo Governo brasileiro. Este seria o meio
encontrado pelas autoridades brasileiras para resolver o problema do
desemprego e do subemprego do Nordeste, que se agravara com a seca de 1942
(SOUZA, 1980 p.57). Ainda, segundo o referido autor, era uma política que os
designava de “soldados da borracha”, e que decorridos dois anos de trabalho na
Amazônia, poderiam regressar ao Nordeste.
Pelos relatos descritos nessa mesma publicação, esses migrantes eram
explorados quanto à renda, jornada de trabalho e moradia. Muitos não
conseguiram retornar, passaram a viver em periferias, outros sofreram privações
para acumular renda para a passagem de retorno e muitos se aventuraram a
voltar à pé para o Nordeste, enfrentando dificuldades enormes.
Em 1946, teve o auge de movimento migratório nordestino para a capital
paulista, que coincide com a produção industrial, após a crise do café em 1930.
Era o intuito de progredir, de gozar da civilização, de ascender social e
economicamente, de fugir à vida acanhada, desassistida e sem esperanças das
área rurais e das pequenas cidades de nosso país (SOUZA, 1980).
Depois de 1930, houve a diminuição da migração internacional e aumento
da migração interna que se formou no Nordeste e do Leste para São Paulo, ainda
segundo Souza. E que o processo migratório, é, por natureza, um processo
dialético.
Vale destacar que, as migrações para o Paraná ocorreram em momentos
diferentes e dependeram de vários fatores. A migração dos cafeicultores paulistas
para o norte deste Estado, pela valorização das suas terras. E para o Sudoeste,
até 1940, a economia madeireira impulsionou os movimentos migratórios, de
mineiros, catarinenses e também de paulistas. E a partir de 1952/1956 o fluxo
migratório vinha do Rio grande do Sul, que já havia se deslocado antes, para
Santa Catarina, e em direção ao Oeste e Sudoeste do Estado do Paraná
(SOUZA, 1980).
Conforme relata Adas, 2015, entre as décadas de 1950 a 1970, a
população da Região Nordeste brasileira, migrou fortemente em direção às áreas
de industrialização de São Paulo e Rio de Janeiro e também para o Planalto
central no período da construção de Brasília. E nas décadas de 1970 a 1990,
pessoas do Sudeste, do Sul e ainda do Nordeste, migram fortemente para as
Regiões Norte e Centro-Oeste.
Ainda segundo Adas, 2015, os fatores que atraíram migrantes, nesse
período para o Centro-Oeste e Norte, foram, a construção de rodovias, terras para
a agricultura, pecuária e mineração.
No Brasil, tivemos movimentos migratórios considerados, Frente de
Expansão e Frente Pioneira, dos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina
para o Paraná e posteriormente, ambos os três para o Centro-Oeste brasileiro,
em vários momentos, iniciados por volta de 1850, sendo os mais recentes nas
décadas de 1970-1990, conforme relatam Mondardo e Goettert (2007). Esses
movimentos migratórios refletem uma expansão geográfica do capitalismo para a
produção do excedente. E as relações de trabalho, entre população local e o
migrante são de exploração, pois ambos tem jeitos diferentes de se apropriar da
terra. O choque cultural e socioespacial eram inevitáveis por causa das diferenças
no modo de ver e fazer a vida.
E consideram que o capitalismo gera migrações “forçadas”. Isto é, não
são integralmente voluntárias.
Após 1980, o migrante não é mais o mesmo. A mobilidade interna no país
começa a mostrar-se com contextos diferentes (BRITO, 2007). Surgem novos
paradigmas das migrações internas, não sendo só melhoria de vida, aos
interesses econômicos, mas também de busca pela justiça social, dignidade de
vida no espaço que ocupa. E a indagação é a liberdade de movimento do
indivíduo como cidadão, e não só como objeto de interesse do mercado de
trabalho e as grandes cidades e os aglomerados metropolitanos passaram a ter
excedente populacional. Diminuem as migrações intensas e aumentam as
migrações internacionais no país.
Constata Brito (2007), que há um redirecionamento de parte das
migrações internas para as cidades médias não metropolitanas.
Hoje, as cidades grandes apresentam grande desenvolvimento
econômico, político e cultural, mas expressam um cenário de violência urbana e
dificuldades habitacionais, entre outros impasses para se viver nas grandes
cidades, que comprometem os movimentos migratórios mais intensos.
Segundo BRITO, começa a ocorrer migrações de curto prazo, não
envolvendo todo o núcleo familiar, como ocorreu antes de 1980.
De 1990 a 2010, ocorrem movimentos migratórios com características
diferentes das décadas anteriores. Segundo Adas,
A partir da década de 1990, os fluxos migratórios que mais despertam a atenção são os de volta aos locais de origem, a chamada, migração de retorno, e a diminuição substancial do tradicional fluxo do Nordeste para o Sudeste [...], Os programas sociais governamentais (por exemplo, o Bolsa Família, programa de transferência de renda do Governo Federal) e o crescimento econômico do Nordeste, tanto no setor industrial como no de serviços, têm sido apontados como responsáveis pela diminuição dos fluxos migratórios Nordeste-Sudeste (ADAS, 2015,p.53).
No Brasil, no decorrer do tempo, a ampliação do setor elétrico,
desencadeou movimentos migratórios chamados de compulsórios, formados por
trabalhadores temporários nas construções de hidrelétricas ou das populações
que são obrigadas a migrar porque as barragens deslocam as mesmas do lugar
que ocupam, das áreas de moradias e das terras cultiváveis. Nesses termos:
A transferência de um “lugar” para outro “lugar”, a que são obrigados os atingidos por barragens, produz um leque ainda maior para o indivíduo,
de incertezas e de indefinições com relação ao futuro (CARVALHO E MEDEIROS, Anais 2994, 2005).
Independentemente das direções migratórias, no decorrer do tempo, seja
no passado ou no presente, a condição do migrante pode ser inicialmente difícil,
pois tem que se adaptar a um novo lugar e novos estilos de vida.
A migração possibilita mudanças sócio-culturais e, portanto, o encontro
com estímulos ambientais novos, determinando a ocorrência de reações de
estresse frequentes (CAD. SAÚDE PÚBLICA, v.1 n.2, 1985).
No caso dos migrantes deslocados por construção de barragens, ocorre
um desmonte da sociabilidade histórica. Uma violência psicológica e social. Um
sentimento de perda do “lugar”, sem possibilidades de retorno (CARVALHO E
MEDEIROS, 2005).
Em geral, nos movimentos migratórios, podem ocorrer manifestações de
racismos, preconceitos, sentimentos de hostilidade por parte da população local,
em relação ao recém chegado. Podem ocorrer situações de dominação por parte
do migrante em relação à população local, como se fosse um ocupante de um
“espaço vazio”, partindo do conceito de processo civilizatório e desenvolvimento.
A enculturação e a alteridade geralmente são complexas e difíceis de
serem vividas.
Os movimentos migratórios implicam também em sentimentos de
saudade do lugar que deixou, e de esperanças de uma vida melhor e inclusa.
Ainda, Carvalho e Medeiros (2005), relatam que, por fim, estar no lugar,
em “nosso” lugar, significa subjetivamente, um sentimento de familiaridade, de
conforto, de segurança e de pertencimento a uma comunidade.
Os materiais que serão utilizados nessa implementação serão: Livros
Didáticos do 7º ano, notebook, caixa de som, letras musicais impressas, giz,
quadro, régua, lápis grafite, lápis de cor, smartphones, cartolinas, papel sulfite,
datashow, mapa mundi, mapas do Brasil político e temáticos sobre migrações
MATERIAIS DIDÁTICOS
(conforme anexos), mapas mudos, computadores com internet para pesquisa
bibliográfica no Laboratório de Informática da Escola, e dicionários de língua
portuguesa.
O presente Projeto, iniciará com uma explicação sobre a importância do
mesmo na turma do 7º ano, sobre o trabalho do PDE da professora junto à
Secretaria do Estado da Educação.
Será explicado sobre o tema proposto e os conteúdos que irão estudar.
O trabalho iniciará com um questionário investigativo sobre as migrações
internas no Brasil, características populacionais e espaciais, bem como os tipos
de deslocamentos dos brasileiros para cada aluno da turma do 7º ano.
Depois, será apresentado aos alunos, a importância da música brasileira,
fazendo reflexões sobre o uso dela no nosso cotidiano e na sala de aula, com a
intenção de uma preparação para esse recurso pedagógico nas aulas de
geografia. Desenvolvendo uma reflexão sobre a importância da música na vida
humana, um pouco sobre os estilos musicais Leia O que costumam ouvir e sobre
o que irão ouvir nas aulas de Geografia, no decorrer da Implementação deste
Projeto.
Essa apresentação para os alunos, iniciará com a música: A vida Do
Viajante, Luiz Gonzaga, (LETRAS c, 2016) composta por Luiz Gonzaga e Herve
Cordovil, lançada em 1953, do gênero forró/baião, expressa uma peregrinação
pelo país, com o propósito de sensibilizar, e provocar o “olhar” dos alunos para a
música na sala de aula.
As músicas que serão usadas no processo da Implementação para o
estudo dos conteúdos sobre as migrações internas serão:
- Meu Reino Encantado, Daniel, composta por Vicente Machado e
Valdemar Reis (VAGALUME b, 2016), do gênero sertaneja, lançada em 2000, que
ENCAMINHAMENTOS GERAIS
relata o lugar do meio rural e uma vida feliz, tendo que migrar para a cidade, e
enfrentar os contratempos.
- Triste Partida, Luiz Gonzaga (LETRAS a, 2016), composta por Patativa
do Assaré, nos anos de 1950, do gênero forró/baião, descreve a migração do
semiárido nordestino para São Paulo.
- Abrigo de Vagabundo, Zeca Pagodinho, composta por Adoniran
Barbosa (VAGALUME a, 2016), do gênero samba, em 1958, expressando o
crescimento das cidades com a industrialização; o migrante, o emprego e a
habitação.
- Sobradinho, da dupla Sá e Guarabyra (LETRAS b, 2016), (Luiz Carlos
Pereira de Sá e Guttemberg Nery Guarabyra Filho), em 1977. Do gênero
MPB/rock rural, que expressa a migração compulsória por empreendimentos
econômicos como a construção de hidrelétricas e a transformação da paisagem.
Os principais conteúdos desta Implementação, serão:
Migrações Internas no Brasil:
Brasil, Regiões e Estados
Migração, emigração, imigração.
O sentido de alteridade, hostilidade, enculturação, xenofobia,
Migrações forçadas e voluntárias.
Movimentos migratórios intensos de 1940 a 1980.
Movimentos migratórios intensos de 1990-2000.
O êxodo rural no Brasil.
Os movimentos temporários e compulsórios da população.
Serão utilizados os recursos cartográficos, como o Mapa do Mundo para
visualizar o Brasil geograficamente e o Mapa do Brasil Político com as cinco
Regiões do IBGE, os respectivos Estados brasileiros, suas capitais e o Distrito
Federal. E também alguns Mapas Temáticos do Brasil, conforme sobre os
movimentos migratórios dos brasileiros nas décadas mais relevantes da história
migratória do país (ANEXO A), com o intuito de dar ao aluno a noção de
localização e mobilidade da população, dos lugares citados no decorrer dos
estudos deste Projeto de Implementação.
Serão lidas e analisadas duas histórias/relatos de migrantes brasileiros,
a de Berenice (PB) e de Valdeni (PR).
Os alunos farão uma investigação sobre a história familiar migratória
deles próprios, dialogando com seus avós, pais, padrastos, madrastas, enfim,
com as pessoas com quem convive e tem laços afetivos familiares, descrevendo
e relatando sobre as mudanças de endereço que já fizeram e as motivações
desses deslocamentos no país, desenvolvendo o olhar sobre si mesmo e o
sentido de ser parte dos fatos geográficos.
O textos/relatos escritos pelos alunos (gênero memórias literárias) Leia
serão compartilhados entre todos, na sala de aula, e serão usados para a
produção de paródias, usando as músicas desta implementação e que serão
apresentadas na Escola.
O questionário investigativo inicial será aplicado novamente, no final
deste processo de implementação, para avaliar em que medida o recurso musical
brasileiro contribui para o ensino-aprendizagem.
TEMPO PREVISTO:
3 h/aulas
AÇÕES:
Explicar sobre a importância dos conhecimentos prévios que os alunos têm sobre
as migrações internas no Brasil e que serão investigados no início e no final deste
trabalho em forma de um questionário, que os alunos irão responder e entregar
para a autora desta implementação.
Segue abaixo as questões investigativas:
AULA 1
QUESTIONÁRIO INVESTIGATIVO INICIAL
Que grupos étnicos formam o povo brasileiro?
O Brasil possuía em 1872, 10 milhões de habitantes, em 1980, 119
milhões. E hoje, quantos habitantes tem no Brasil?
Que fatores influenciam no crescimento da população brasileira?
O território brasileiro é dividido em 5 Grandes Regiões. Quais são essas
Regiões?
A população brasileira é bem distribuída por todo o seu território? Justifique
sua resposta.
Que região do Brasil é mais povoada? Por quê?
Que região é menos povoada? Por quê?
O que é migração interna?
Qual a diferença entre emigrar e imigrar?
Os brasileiros migram de um lugar para outro dentro do país. O que você
sabe sobre isso?
Que motivos levam as pessoas a migrarem?
Atualmente, tem mais habitantes no meio rural ou no meio urbano? Por
quê?
Que tipo de migração é o êxodo rural?
Em que décadas mais ocorreu o êxodo rural no Brasil? Por quê?
Qual a diferença entre migração forçada e migração voluntária?
Explique o que é a migração temporária.
Explique o que é migração compulsória.
Descreva como você imagina que era a viagem de um migrante, em
1950-60:
Descreva como você imagina a viagem de um migrante hoje.
Os movimentos migratórios contribuíram para o crescimento urbano.
Aponte a atual região mais urbanizada do Brasil.
Que sentimentos as pessoas podem ter quando saem do lugar de origem
para um novo lugar?
Qual o sentido de cada palavra: alteridade, hostilidade, enculturação e
xenofobia?
Você já migrou alguma vez? Mudou de endereço? Conte um pouco.
TEMPO PREVISTO:
2 h/aulas
AÇÕES:
Iniciará com duas reflexões importantes que a professora fará de forma
expositiva e os alunos farão anotações em seus cadernos, que serão:
1- O sentido de migração humana.
O que é migração? Você já foi migrante alguma vez? Quantas vezes
mudou de endereço? Por que migrou? Por que as pessoas migram?
2- A música no nosso cotidiano.
Que tipo de música costuma ouvir? Essas músicas são de que estilo ou
gênero musical?
A professora irá explicar um pouco sobre a música na sociedade e na
vida das pessoas e essas reflexões irão introduzir o tema como ação preparatória,
despertando mentalmente nos alunos a curiosidade sobre a música como método
de aprendizagem durante a implementação desta Unidade Didática.
Após esse diálogo, será ouvida a música A Vida Do Viajante, de Luiz
Gonzaga, para sensibilização dos alunos quanto ao recurso musical na sala de
aula, fazendo as reflexões:
Na letra da música há sentido geográfico e migratório? Quais?
Que sentimentos são expressados pelo personagem viajante?
AULA 2
TEMPO PREVISTO:
3 h/aulas.
AÇÕES:
Em grupos, farão estudos sobre:
-A localização do Brasil no mundo.
-A localização das cinco Grandes Regiões do IBGE.
-A localização dos Estados brasileiros e do Distrito Federal.
Os alunos receberão mapas-mudos para fazerem manualmente a localização
desses lugares, consultando os mapas e os geoatlas da sala de aula.
Figura 1 – Mapa Mundi
Fonte: http://atlasescolarmundi.blogspot.com.br/2011/03/14.html> Acesso em 17/10/2016
AULA 3
Figura 2 – Mapa Brasil Político
Fonte: http://outrolhargeografico.blogspot.com.br/2015/07/mapa-mudo-das-cinco-grandes-regioes-
do.html. Acesso em 19/10/2016.
Figura 3 – Brasil Estados e Capitais
Fonte: http://www.mapasparacolorir.com.br/mapa-brasil.php. Acesso em 17/10/2016.
CONTEÚDO: O Brasil político, o país no mundo, a divisão regional segundo o
IBGE e os Estados brasileiros.
TEMPO PREVISTO:
3 h/aulas
AÇÕES:
Em grupos, os alunos irão ouvir, ler e interpretar a música:
Abrigo De Vagabundo
Zeca Pagodinho Compositor: Adoniran Barbosa
Eu arranjei o meu dinheiro,
Trabalhando o ano inteiro,
Numa cerâmica,
Fabricando pote.
E lá no alto da Mooca,
Eu comprei um lindo lote,
10 De frente e 10 de fundo,
Construí minha maloca.
[...]
Por onde andara', joca e mato-grosso,
Aqueles dois amigos, que não quis me acompanhar,
[...]
Minha maloca, a mais linda q eu ja vi,
Hoje esta legalizada, ninguem pode demolir,
[...]
Joao saracura q é fiscal da prefeitura,
Foi um grande amigo sim e arranjou tudo pra mim.
[...]
AULA 4
Disponível em https://www.vagalume.com.br/zeca-pagodinho/abrigo-de-vagabundo.html. Acesso em 26 set.2016 ATIVIDADE:
Que passagem da música expressa movimento migratório?
Que lugar seria o Alto da Mooca? Em qual cidade brasileira?
Qual o significado de maloca para o personagem?
O que precisava para essa construção não ser demolida?
Anote passagens da letra que mostram como ele conseguiu um lugar para
morar:
Anote, em que passagem da música ele se dispôs à corrupção para ter
uma moradia: É ético ou não? Explique.
Podemos identificar uma migração forçada ou voluntária? Explique.
Que passagens retratam sucesso ou fracasso para a vida deles?
.CONTEÚDOS: Movimentos migratórios intensos de 1940-1970, migração forçada
e voluntária, enculturação.
TEMPO PREVISTO:
3 h/aulas
AÇÕES:
Em grupos, os alunos irão ouvir, ler e interpretar a música:
Triste Partida
Luiz Gonzaga
Patativa do Assaré
[...] Já tamo em Dezembro
Meu Deus, que é de nós,
[...]
Assim fala o pobre
Do seco Nordeste
AULA 5
Com medo da peste
Da fome feroz
Ai, ai, ai, ai
[...]
Nós vamos a São Paulo
Viver ou morrer
Ai, ai, ai, ai
[...]
Aquele nortista
Partido de pena
De longe acena
Adeus meu lugar
Ai, ai, ai, ai
[...]
Meu Deus, meu Deus
Faz pena o nortista
Tão forte, tão bravo
Viver como escravo
No Norte e no Sul
Ai, ai, ai, ai
https://www.letras.mus.br/patativa-do-assare/1072884/. Acesso em 26/09/2016
ATIVIDADE:
A música expressa que tipo de migração?
É uma migração forçada ou voluntária? Explique.
O personagem migra de onde para onde?
Que motivos levam o personagem a migrar?
Ele migra sozinho ou num contexto familiar?
Que sentimentos expressam ao saírem do lugar de origem?
Relate um pouco como foi a viagem:
Relate em que condições chegam ao lugar de destino:
Existem possibilidades de se fixarem no lugar de destino ou sonham em
voltar ao lugar de origem?
Cite elementos da letra que mostram preconceitos ou hostilidades que
vivenciam no lugar de destino:
CONTEÚDOS: Migração, emigração, imigração, êxodo rural no Brasil,
movimentos migratórios de 1940 a 1960, xenofobia, hostilidades e enculturação.
TEMPO PREVISTO:
6 h/aulas
AÇÕES:
A professora, junto com os alunos irão ler e refletir sobre as histórias de vida e de
vivências, descritas pelos brasileiros migrantes, Valdeni e Berenice. Depois irão
responder as perguntas que seguem abaixo de cada texto e produzirão suas
próprias histórias.
RELATOS DE MIGRANTES:
Texto 1
De Arapongas para São Paulo, uma queda para
cima! História de: Valdeni da Silva
Publicado em: 11/01/2015
Disponível em: http://www.museudapessoa.net/pt/conteudo/historia/de-arapongas-para-sao-
paulo-uma-queda-para-cima-98616
Acesso 08/10/16 às 08:55
AULA 6
INTERPRETANDO A HISTÓRIA
Na migração do Estado do Paraná para São Paulo, relate as dificuldades
enfrentadas por Valdeni:
Que circunstâncias o fez permanecer em São Paulo?
O que ele mais sente, ao comparar o passado e o presente vivendo em
São Paulo?
Texto 2
Preconceito contra os nordestinos História de: Berenice Agra Neves
Publicado em: 17/09/2008 Disponível em
<http://www.museudapessoa.net/pt/conteudo/historia/preconceito-contra-os-
nordestinos-49186 Acesso em 08 nov.2016>
INTERPRETANDO A HISTÓRIA
Relate as dificuldades enfrentadas por Berenice para chegar em São
Paulo:
Identifique passagens do texto em que ela relata ter sofrido preconceito e
como enfrentou isso?
Podemos compreender os motivos que levaram Berenice e sua família a
migrarem para São Paulo? Mencione-os.
Assim como Berenice, todas as pessoas presentes na sua história, são
brasileiros moradores de São Paulo. Então, por que ela sofreu
preconceitos? Qual o sentido dessa atitude por parte das pessoas? Opine.
CONTEÚDO: Migrações forçadas e voluntárias, hostilidade, alteridade, xenofobia
e enculturação.
AÇÃO:
Os alunos farão uma investigação, entrevistando pessoas da família e
irão produzir textos/relatos da história migratória da sua vida, de seus familiares,
avós, pais, padrastos, madrastas, enfim, com as pessoas com quem convive e
ATIVIDADE EXTRA CLASSE
tem laços afetivos familiares, descrevendo e relatando sobre as mudanças de
endereço que já fizeram e as motivações desses deslocamentos no país.
O aluno será o narrador de si mesmo, e dos relatos ouvidos pelos
familiares, descrevendo lembranças, sensações e fatos. Citando lugares, seja
dentro do Brasil, países vizinhos, regiões brasileiras, municípios, estados, ou da
sua própria cidade, distrito ou bairro.
Ao final dos estudos, serão expostos e socializados, os textos/relatos e
posteriormente, produzirão paródias com as músicas da implementação.
As paródias serão vinculadas às histórias trazidas por eles, usando as
músicas deste trabalho. A turma será dividida em 6 equipes, onde terão liberdade
para suas produções. E do mesmo modo que foi apresentado e socializados os
textos/relatos, assim serão também realizados com as paródias.
TEMPO PREVISTO:
3 h/aulas
AÇÕES:
Em grupos, os alunos irão ouvir, ler e interpretar a música:
Meu Reino Encantado
Daniel
Valdemar Reis e Vicente P. Machado
[...]
Nossa casa era uma casa grande
Na encosta de um espigão
Um cercado pra partar bezerro
AULA 7
E ao lado um grande mangueirão
No quintal tinha um forno de lenha
E um pomar onde as aves cantavam
[...]
Todo sábado eu ia na vila
Fazer compras para semana inteira
[...]
E partimos pra cidade grande
A saudade partiu ao meu lado
A lavoura virou colonião
E acabou-se o meu reino encantado
[...]
https://www.vagalume.com.br/daniel/meu-reino-encantado.html Acesso em
26/09/2016
ATIVIDADE:
O personagem nasceu no meio urbano ou rural?
Que tipo de migração é descrita na música?
Qual o significado de “reino encantado” para o personagem?
Que motivo levou a família do personagem a migrar para a cidade?
Identificamos uma migração forçada ou voluntária? Justifique.
Por que o personagem sente tanta saudade do lugar que deixou?
Explique a passagem: ”A lavoura virou colonião”.
CONTEÚDOS: o êxodo rural no Brasil, movimentos migratórios das décadas de
1970 a 2000.
TEMPO PREVISTO:
6 h/aulas
AULA 8
AÇÕES:
Em grupo, os alunos irão ouvir, ler e interpretar a música e farão a leitura e
interpretação dos textos complementares.
Sobradinho
Sá e Guarabyra
[...]
Tira gente, põe represa, diz que tudo vai mudar
O São Francisco lá pra cima da Bahia
Diz que dia menos dia vai subir bem devagar
[...]
Adeus Remanso, casa Nova, Sento-Sé
Adeus Pilão Arcado vem o rio te engolir
Debaixo d’água lá se vai a vida inteira
[...]
https://www.letras.mus.br/sa-guarabyra/356676 Acesso em 26/09/2016
ATIVIDADE:
Que tipo de migração está descrita na letra?
A população migra de forma voluntária ou forçada?
De qual Estado brasileiro o personagem está falando?
Qual o empreendimento econômico que tira as pessoas do lugar que
vivem?
Que cidades são citadas na letra? O que vai acontecer com elas?
Que sentimentos o personagem expressa em relação à essa situação
migratória?
O que o personagem quer dizer na passagem: “lá se vai a vida inteira”?
TEXTOS COMPLEMENTARES:
TEXTO 1
Fonte: ADAS, Melhem; ADAS, Sergio. Expedições Geográficas. Pág.56, São Paulo: Moderna,
2011.
ATIVIDADE:
Que transformações sociais e ambientais ocorrem nesses lugares?
Além do migrante compulsório, qual o outro tipo de migrante que aparece
no texto?
Há possibilidades dos migrantes descritos no texto, retornarem ao lugar de
origem um dia? Explique.
TEXTO 2
Fonte: MOREIRÃO, Fábio Bonna. Ser Protagonista: geografia ensino médio. 2.ed. pág. 199. São
Paulo: SM, 2013.
ATIVIDADE:
Que tipos de trabalhos fazem ocorrer a migração temporária?
Explique a passagem do texto: “Sair quando está chegando, voltar quando
está saindo”:
Que sentimentos são expressados na condição de vida do migrante
temporário?
CONTEÚDOS:
As migrações compulsórias e as migrações temporárias no Brasil.
A avaliação é um instrumento importante no processo de ensino-
aprendizagem da geografia, provocando o sentido de pertencimento aos fatos
geográficos, pois o aluno é a figura central do desenvolvimento de todo o
trabalho.
A mesma será, por meio de observação pontual, da participação ativa dos
alunos, e das respostas produzidas de todas as atividades sobre as
interpretações musicais.
Da dinamização e socialização dos textos/relatos e da produção e
apresentação das paródias.
TEMPO PREVISTO:
3 h/aulas
AÇÕES:
O questionário investigativo que foi aplicado no início desta implementação, é
novamente dado aos alunos, para responderem as mesmas questões com o
objetivo de verificar o poder do recurso didático musical no ensino-aprendizagem,
sobre as migrações internas no Brasil.
AVALIAÇÃO
AULA 9
QUESTIONÁRIO INVESTIGATIVO FINAL
Que grupos étnicos formam o povo brasileiro?
O Brasil possuía em 1872, 10 milhões de habitantes, em 1980, 119
milhões. E hoje, quantos habitantes tem no Brasil?
Que fatores influenciam no crescimento da população brasileira?
O território brasileiro é dividido em 5 grandes Regiões. Quais são essas
regiões?
A população brasileira é bem distribuída por todo o seu território? Explique.
Que região do Brasil é mais povoada? Por quê?
Que região é menos povoada? Por quê?
O que é migração interna?
Qual a diferença entre emigrar e imigrar?
Os brasileiros migram de um lugar para outro dentro do país. O que sabe
sobre isso?
Que motivos levam as pessoas a migrarem?
Atualmente, tem mais habitantes no meio rural ou no meio urbano? Por
quê?
Que tipo de migração é o êxodo rural?
Em que décadas mais ocorreu o êxodo rural no Brasil? Por quê?
Qual a diferença entre migração forçada e migração voluntária?
Explique o que é a migração temporária.
Explique o que é migração compulsória.
Descreva como você imagina que era a viagem de um migrante, em
1950-60:
Descreva como você imagina a viagem de um migrante hoje.
Os movimentos migratórios contribuíram para o crescimento urbano.
Aponte a atual região mais urbanizada do Brasil.
Que sentimentos as pessoas podem ter quando saem do lugar de origem
para um novo lugar?
Qual o sentido de cada palavra: Alteridade, hostilidade, enculturação e
xenofobia?
Você já migrou alguma vez? Mudou de endereço? Conte um pouco o que
sabe
REFERÊNCIAS
ADAS, Melhem; ADAS, Sergio. Expedições Geográficas. São Paulo: Moderna, 2011. ADAS, Melhem; ADAS, Sergio. Expedições Geográficas. 2.ed. São Paulo: Moderna, 2015. BRAGA, Fernando Gomes. Migração Interna e Urbanização no Brasil Contemporâneo: Um Estudo da Rede de Localidades Centrais do Brasil (1980/2000). XV Encontro Nacional de Estudos Populacionais ABEP, Caxambu, MG-Brasil de 18 a 22 set.2006. BIGOTTO, José Francisco. et al. Geografia Sociedade e Cotidiano: Espaço Brasileiro. 7º ano. 4.ed. São Paulo: Escala Educacional, 2012.
BRASIL. Cresce número de municípios no Brasil. 2013. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2013/06/cresce-numero-de-municipios-no-brasil-em-2013>. Acesso em: 15 out 2016. BRITO, Fausto. As Migrações Internas no Brasil: Um Ensaio sobre os Desafios Teóricos Recentes. Texto apresentado no Taller CELADE de
Migracion Interna, Brasília, 2007: Urbanização, metropolização e mobilidade espacial da população: um breve ensaio além dos números. CARVALHO, Orlando Albani de; MEDEIROS, Rosa Maria Vieira. Migrações Compulsórias, Lugar e Territorialidade na Construção de Hidrelétricas no Rio Uruguai. Anais do X Encontro de Geógrafos da América Latina – 20 a 26 mar. 2005. Universidade de São Paulo. ALTENFELDER, A. H.; CLARA, R. A. O gênero memórias literárias. [2016] Disponível em: <https://www.escrevendoofuturo.org.br/conteudo/biblioteca/ nossaspublicacoes/revista/artigos/artigo/1339/o-genero-memorias-literarias>. Acesso em 27 nov 2016. IBGE. Projeção da população do Brasil e das Unidades da Federação. 2016a. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/index.html>. Acesso em 16 nov 2016a.
IBGE. Área Territorial Brasileira. 2016b. Disponível em:
<http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/cartografia/default_territ_area.shtm>. Acesso em: 14 out 2016b. LEAL, Maria Do Carmo. et.al. Migração interna e pressão arterial no Rio Grande do Sul. Cadernos de Saúde Pública, v.1, n.2, Rio de Janeiro
Apr./jun.1985. LETRAS (a). Triste Partida. Disponível em <https://www.letras.mus.br/luiz-
gonzaga/82378/>. Acesso em 03 jul.2016. LETRAS (b). Sobradinho. Disponível em <https://www.letras.mus.br/sa-
guarabyra/356676/>. Acesso em 13 jul.2016. LETRAS (c). A Vida Do Viajante. Disponível em < https://www.letras.mus.br/luiz-
gonzaga/82381/> Acesso em 10 out.2016. MONDARDO, Marcos Leandro; GOETTERT, Jones Dari. Frente de Expansão e Frente Pioneira no Brasil: Espaços e Tempos da Migração, do Conflito e da Alteridade. Revista OKARA: Geografia em debate, v.1, n.2, p. 38-61, João
Pessoa PB: DGEOC/CCEN/UFPB, 2007. MORAES, Paulo Roberto. Geografia Geral e do Brasil. 2.ed. São Paulo:
HARBRA, 2003. MOREIRÃO, Fábio Bonna. Ser Protagonista: geografia ensino médio. 2.ed.
São Paulo: SM, 2013. NEVES, Berenice Agra. Preconceito contra os nordestinos 2008.Disponível
em:< http://www.museudapessoa.net/pt/conteudo/historia/preconceito-contra-os-nordestinos-49186> Acesso em 27 nov.2016. PARANÁ, Governo do Estado. Diretrizes curriculares da educação básica geografia. SEED, Curitiba, 2008.
PARANÁ. Governo do Estado. Música um pouco de história.Disponível em: <http://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=122> Acesso em 27 nov.2016.
PARANÁ, Governo do Estado, SEED. Disponível em
<http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pde_roteiros/2016/documento_sintese_pde_2016.pdf> Acesso em 16 nov.2016. SILVA, Valdeni da. De Arapongas para São Paulo uma queda para cima.2015 Disponível em:<http://www.museudapessoa.net/pt/conteudo/historia/de-arapongas-para-sao-paulo-uma-queda-para-cima-98616> Acesso em 27 nov.2016. SOUZA, Itamar de. Migrações Internas no Brasil. Rio de Janeiro: Vozes, 1980. VAGALUME (a). Abrigo de Vagabundo. Disponível em
<https://www.vagalume.com.br/zeca-pagodinho/abrigo-de-vagabundo.html>. Acesso em 02 jul. 2016. VAGALUME (b). Meu Reino Encantado. Disponível em <https://www.vagalume.com.br/daniel/meu-reino-encantado.html>. Acesso em 04 jul. 2016.
ANEXO A
Mapas que serão utilizados durante a implementação conforme o
andamento das aulas:
Figura 4 - Mapa político do mundo
Fonte: http://www.baixarmapas.com.br. Acesso 11 out. 2016
Figura 5 - Mapa Político do Brasil – Estados e Regiões
Fonte: http://brazilbrazilian.blogspot.com.br/2010/08/mapa-politico-do-brasil.html. Acesso 11
out.2016
Figura 6 - Deslocamentos dos brasileiros de 1950-1980
Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=53065. Acesso 11 out.2016
Figura 7 - Migração na década de 2000
Fonte: http://acervo.novaescola.org.br/fundamental-2/mapas-tematicos-avancar-interpretacao-
643116.shtml?page=1. Acesso 11 out.2016
Figura 8 - Estados brasileiros e o saldo migratório 2005-2010
Fonte: http://msalx.almanaque.abril.com.br/2014/01/16/1144/5Daaf/sociedade_129_1024-x-
682.jpeg?1389879930. Acesso 11 out.2016
top related