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PROFª MARY R. QUIRINO POLLI ROSA

PROFª KÁTIA DE BONA PORTON

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À PACIENTES COM ALTERAÇÕES

GASTROINTESTINAIS

GASTRITE

É a inflamação da mucosa gástrica. A forma aguda – é a mais comum e

causa eritema, edema , hemorragia eeroção da mucosa.

Crônica – comum em indivíduos idosos

e aqueles com anemia perniciosa.

         

-Ingestão crônica de álcool ou alimentos irritantes;- Uso de fármacos em excesso como ácido acetilsalicílico e antiinflamatórios não hormonais, agentes citotóxicos, cafeína, corticóides etc...

- Ingestão de substâncias tóxicas ou compostos corrosivos; Endotoxinas liberadas por bactérias (estafilococos, E. coli);

CAUSAS DA GASTRITE AGUDA

- Em geral a crônica cursa com uma doença subjacente, que provoca atrofia da mucosa gástrica.

A forma crônica está ssociada a anemia perniciosa (gastrite crônica do tipo A) e a infecção por Helicobacter pylori (gastrite crônica do tipo B).

CAUSAS DA GASTRITE CRÔNICA

- Desconforto epigástrico (dor no estômago, conhecida como queimação); - Indigestão, cólicas, anorexia, náuseas, hematêmese; - Pirose; - Vômito.

SINTOMAS

Cerca de 10-15% dos infectados progridem para doença ulcerosa ( úlcera do estômago ou úlcera do duodeno )

DIAGNÓSTICO

ENDOSCOPIA

TRATAMENTO

Identificar a causa: bacteriana – antibiótico;

Vit. B12; Abster-se do álcool e fumo

Bloqueadores de H2 (cimetidina, ranitidina - anti secretores) – inibem a secreção

Antiácidos (hidróxido de alumínio ou magnésio).

Medicamentos que bloqueiam a bomba de ácidos – bloqueia o bombeamento de prótons (ácidos), são eles: omeprazol, lansoprazol, pantoprazol e esomeprazol) - inibem a secreção

Cirurgia

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

- Orientar dieta liquida na fase aguda

- Supervisionar dieta rica em fibras – age como tampão.

- Estimular ingesta hídrica

- Orientar alimentar-se devagar

- Orientar alimentação leve, evitando picantes.

-Supervisionar repouso- Evitar estress, assegurar repouso mental e físico- Orientar família e cliente quanto aos fatores agravantes- Orientar importância da dieta e medicação- Estimular que evite fatores agressores à mucosa

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

Doença do refluxo gastro-esofágico (DRGE)

É a regurgitação do conteúdo gástrico ou duodenal (ou ambos) para dentro do esôfago e além do esfíncter esofágico inferior (EEI).

O refluxo persistente pode provocar esofagite de refluxo – inflamação da mucosa esofágica.

CAUSAS

Cirurgia do piloro;

Sondagem nasogástrica por mais de 4 dias;

Qualquer agente que diminua a pressão do EEI: alimentos, hábitos, anticolinérgicos (atropina) e outros como a morfina, diazepan, bloqueadores de canais de cálcio;

Hérnia de hiato;

Qualquer condição que pressão intraabdominal.

SINTOMAS

Pirose;

Regurgitação ácida.

São consideradas manifestações de alarme: disfagia; odinofagia; anemia; hemorragia digestiva e emagrecimento, história familiar de câncer; náuseas e vômitos.

DIAGNÓSTICO

Anamnese;

Endoscopia;

Exame radiológico contrastado do esôfago, cintilografia;

Manometria (pressão), pHmetria de 24 horas ( 4), teste terapêutico.

TRATAMENTO

Medidas comportamentais no tratamento da DRGE:

1. Elevação da cabeceira da cama (15 a 20 cm);

2. Moderar a ingestão dos seguintes alimentos:gordurosos, cítricos, café, bebidas alcoólicas, bebidas gasosas, menta, hortelã, produtos à base de tomate, chocolate;

3. Cuidados especiais com medicamentos potencialmente “de risco”, bloqueadores decanal de cálcio e alendronato;

4. Evitar deitar-se logo após às refeições -2 a 3 h;

5. Evitar refeições copiosas;

6. Suspensão do fumo;

7. Redução do peso corporal em obesos.

TRATAMENTO

Bloqueadores de H2 (cimetidina, ranitidina - anti secretores).

Antiácidos (hidróxido de alumínio ou Mg).Medicamentos que bloqueiam a bomba

de ácidos – bloqueia o bombeamento de prótons (ácidos), são eles: omeprazol, lansoprazol, pantoprazol e esomeprazol).

Cirurgia

TRATAMENTO

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

Orientar quanto as medidas comportamentais.

Orientar quanto aos fatores que afetam a pressão do EEI.

Orientar quanto a realizar a dieta adequada.

Orientar quanto aos medicamentos.

COLITE ULCERATIVA

É uma doença inflamatória que acomete a mucosa do cólon.

Esse distúrbio começa no reto e no cólon sigmóide e pode estender-se em todo o intestino grosso; em casos raros a doença acomete o intestino delgado – íleo terminal.

Resposta imune – anormal no

trato GI;

Estresse – embora não seja a

causa, pode acentuar a gravidade

da crise.

CAUSAS

Dor abdominal baixa e diarréia (até 10 a 25 evacuações por dia), com ou sem sangramento retal, e freqüentemente dor abdominal.

Pode queixar-se de fadiga, fraqueza, emagrecimento.

SINAIS E SINTOMAS

Sigmoidoscopia;

Colonoscopia;

Biópsia;

DIAGNÓSTICO

Enema opaco;

Exames de laboratório: hemograma; eletrólitos; VHS.

DIAGNÓSTICO

Objetivos do tratamento são controlar a

inflamação, repor as perdas nutricionais, o

volume sanguíneo e evitar complicações.

Tratamento dietético

Repouso no leito

Reposição de líquidos e fármacos

TRATAMENTO

Transfusão sanguínea ou

suplementação- ferro.

Corticóides (prednisona,

hidrocortizona).

Sulfassalazina.

Cirurgia

TRATAMENTO

Oferecer suporte emocional e evitar o stress.

Estimule a alimentação adequada (hipolipídica). Isenta de lactose.

Observar cuidados com os medicamentos.Estimular o repouso.Orientar a higiene adequada após a

evacuação.Realizar o balanço hídrico.Monitorar exames de laboratório.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

Ficar atenta aos sinais de desidratação e distúrbios hidroeletrolítico ( K).

Monitorar os sinais de complicações, tais como perfuração do cólon, peritonite e megacólon tóxico.

Ressaltar a importância de um cuidado multidisciplinar (nutricionista, psicólogo, enfermeira estomatoterapeuta, VD).

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

DOENÇA DE CROHN

É um processo inflamatório intestinal idiopático, pode ocorrer em qualquer região do trato GI, mas geralmente afeta o íleo terminal e os segmentos proximais do cólon.

Esta doença envolve todas as camadas da parede intestinal e pode acontecer os linfonodos regionais e o mesentério.

A doença é mais prevalente em adultos 20 a 40 anos. Tem várias nomenclaturas, por exemplo se:

-Acometer o intestino delgado = enterite regional

-Cólon = doença de crohn do cólon. Esta também é conhecida como colite granulomatosa.

DOENÇA DE CROHN

Alergias ou outros distúrbios imunes.Fatores genéticos.

CAUSAS

Inflamação espalha-se lenta e progressiva. A mucosa pode adquirir o aspecto típico de pedras arredondadas. Progride para fibrose.

Início gradativo. Períodos de remissão e exacerbação.

Fadiga, febre, dor abdominal, diarréia, às vezes emagrecimento.

Na consulta: diarréia piora após problemas emocionais ou ingestão de alimentos pouco tolerados.

Náuseas, anorexia, vômitos.

SINAIS E SINTOMAS

Dor abdominal contínua,

espasmódica e hipersensibilidade

no QID

Fezes moles ou semilíquidas, sem

sangue visível ou a olho nú (≠

colite).

SINAIS E SINTOMAS

Enema opaco (sinal rosário de contas – segmentos de estenose separados por intestino normal).

Sigmoidoscopia e a colonoscopia.Biopsia

DIAGNÓSTICO

Pesquisa de sangue oculto nas fezes

Exames de laboratório:aumento da contagem de leucócitos e elevação da VHS; K, hipoalbuminemia.

DIAGNÓSTICO

Repouso físico e restrições dietéticas.

Corticóides

Agentes imunossupressores (Azatioprina).

Sulfassalazina – reduz a inflamação.

Metronidazol – tratar complicações.

Narcóticos – controle da dor a diarréia. Cirurgia

TRATAMENTO

Orientar a alterações do estilo de vida.

Orientar quanto a dieta: eliminação de alimentos ricos em fibras e produtos que irritam a mucosa como produtos lácteos, gordurosos e condimenados; evitar alimentos estimulantes do intestino (bebidas gaseificadas ou café).

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

Orientar quanto aos medicamentos, inclusive a necessidade de Vit. B12.

Oferecer apoio emocional (Psicólogo).

Supervisionar dieta leve.

Supervisionar suplemento de ferro.

Observar cuidados com os medicamentos.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

Orientar higiene adequada e cuidados orais em caso de NPO.

Realizar hídrico.Pesar o paciente diariamente.Monitorar complicações (disúria, dor

abdominal, febre e abdome tenso e distendido).

Orientar quanto a doença.Encaminhar para grupos de apoio.http://www.abcd.org.br/

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

DOENÇA DIVERTICULAR

É uma bolsa, ou dilatação da parede do cólon (+ descendente)

¡ Pode ser assintomática

¡ Dor abdominal (cólicas)

¡ Irregularidade intestinal

¡ Distensão abdominal periódica

¡ Cuidado! O primeiro sintoma poderá ser uma hemorragia maciça súbita.

SINAIS E SINTOMAS

DIAGNÓSTICO

•Sigmoidoscopia, Colonoscopia•Hemograma•RX simples de abdome, USG, TC.•Enema opaco

Dieta rica em fibras (Terapia com farelos, emolientes fecais)

Dieta líquida, pobre em fibras e emolientes fecais na presença de diarréia e dor.

TRATAMENTO

ALÍVIO DA DOR

Observar sinais e localização da dor.

Tipo e intensidade

Medicação não opióide

Auscultar RHA

Palpação abdominal

Anticolinérgicos, diminuem espasmo colônico

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

Fornecer listas destes alimentosMonitorar BH e peso diariamenteSalientar que a alimentação é

fundamental para o bom funcionamento do intestino.

Orientar que siga dieta rica em fibras e pobre em açúcar.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

COMPLICAÇÕES

Hemorragia dos divertículosObstrução intestinalFístulasSepticemia

DIVERTICULITE

Inflamação de um ou mais divertículos.

CAUSA

Pressão intraluminar excessiva

MANIFESTAÇÕES

LEVE- Surtos de inflamação, leves cólicas

inferiores- Irregularidade intestinal- Naúseas leves, febre baixa, calafrios,

leucocitose.

GRAVE:

Dores em cólicas (QIE)Febre, calafrio, leucocitosePresença de abscessos/peritoniteFístulas, aderências – obstrução intestinal

DIAGNÓSTICO

HT E Hg

Leucocitose

RX simples de abdome, USG e TC

Sigmoidoscopia, colonoscopia

Enema opaco

TRATAMENTO

RepousoCuidado com sinais de peritonite ou

obstruçãoDieta líquida, pobre em fibras,

emolientes fecais Analgésicos Antibiótico Cirúrgico

REFERÊNCIAS

SMELTZER, Suzanne C. O'Connell et al. Brunner & Suddarth tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. 2 v.

WILLIAMS; WILKINS. Enfermagem Médico-cirugica. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.

Sociedade Brasileira de Gastroenterologia Projeto Diretrizes. Refluxo Gastroesofágico:Diagnóstico e Tratamento.

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