princípios da cirurgia videolaparoscópica

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Health & Medicine

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PRINCÍPIOS DA CIRURGIA

VIDEOLAPAROSCÓPICA

Abril 2012

Programa de Técnicas Cirúrgicas

• Origem: Grego

“Lapara “: as partes moles do corpo entre as

margens das costelas e quadris;

• “skopein”: para ver ou ler ou examinar;

• Laparoscópio - endoscópio introduzido através

de uma incisão na parede abdominal, a fim de

examinar ou realizar cirurgias.

INTRODUÇÃO

Scott-Conner, SAGES: Manual de Videocirurgia e Endoscopia Digestiva. Rio de janeiro: Revinter, 2003.

• 1920: Zollikofer, na Suíça, promove o

pneumoperitônio com CO2;

• 1929: alemão Kalk utiliza lentes e dois

trocartes, criando a possibilidade de uma

laparoscopia terapêutica e não só diagnóstica.

HISTÓRICO

Scott-Conner, SAGES: Manual de Videocirurgia e Endoscopia Digestiva. Rio de janeiro: Revinter, 2003.

• 1938, Janos Veress, agulha espiralada

para a realização do pneumoperitônio.

HISTÓRICO

• 1954, na Inglaterra, Hopkins e Kapany, novo

sistema de lentes sobrepostas surgindo óticas

utilizadas até hoje;

• 1960, Kurt Semm idealiza o insuflador

automático para criação do pneumoperitônio;

• 1985, câmeras acoplados ao sistema de lentes

(fibroscópio): aparecimento da videocirurgia.

HISTÓRICO

Scott-Conner, SAGES: Manual de Videocirurgia e Endoscopia Digestiva. Rio de janeiro: Revinter, 2003.

• 1987, Philippe Mouret na França realiza a

primeira colecistectomia videolaparoscópica

no mundo;

• 1990, Szego e Roll introduzem no Brasil a

colecistectomia videolaparoscópica;

• Em 2000, FDA aprova Da Vinci, o primeiro

sistema robótico para cirurgia.

HISTÓRICO

Scott-Conner, SAGES: Manual de Videocirurgia e Endoscopia Digestiva. Rio de janeiro: Revinter, 2003.

Por muito tempo foi somente assim...

PRINCÍPIOS

PRINCÍPIOS

• Redução do desconforto ao paciente;

• Reduzido tempo de

internamento;

• Retorno precoce

ao trabalho;

• Estética.

VANTAGENS

Eubanks S, et al. Laparoscopic versus open appendectomy. Ann Surg 2004; 239:43-52.

• Dor abdominal de início agudo:

- idosos, obesos,em uso de terapia

imunossupressiva ou neuropatia diabética e

sepse abdominal;

• Mulheres em idade fértil com dor em fossa

ilíaca direita e pelve.

VANTAGENS

Eubanks S, et al. Laparoscopic versus open appendectomy. Ann Surg 2004; 239:43-52.

• Precisão do diagnóstico clínico de apendicite

aguda, que em homens jovens: 95%;

• Mulheres em idade reprodutiva: 55 a 65%;

• Laparoscopia: Acurácia entre 86 e 100%,

sensibilidade e especificidade >97%.

VANTAGENS

Emprego da Laparoscopia em Mulheres com Dor Abdominal Aguda . Rev bras videocir, Jan./Mar. 2006.

VANTAGENS

Videolaparoscopia no Trauma Abdominal Contuso .Rev bras videocir, Out./Dez. 2005

ANTI-SEPSIA E ASSEPSIA

DISTRIBUIÇÃO DO INSTRUMENTAL

DISTRIBUIÇÃO DO INSTRUMENTAL

DISTRIBUIÇÃO DO INSTRUMENTAL

DISTRIBUIÇÃO DO INSTRUMENTAL

PNEUMOPERITÔNIO

- Mais popular;

- Maior risco envolvido;

- O local clássico da punção com agulha de

Veress é a linha mediana do abdome, junto à

cicatriz umbilical.

“TÉCNICA FECHADA”

AGULHA DE VERESS

Consenso brasileiro em videoendoscopia ginecológica. São Paulo, Artes Médicas, 2001. p27-32.

“TÉCNICA FECHADA”

AGULHA DE VERESS

“TÉCNICA FECHADA”

AGULHA DE VERESS

“TÉCNICA FECHADA”

AGULHA DE VERESS

INTRODUÇÃO DO TROCATER

INTRODUÇÃO DO TROCATER

INTRODUÇÃO DO TROCATER

INTRODUÇÃO DO TROCATER

INTRODUÇÃO DO TROCATER

“TÉCNICA FECHADA”

AGULHA DE VERESS

Punção no hipocôndrio esquerdo na criação do

pneumoperitônio: valor diagnóstico das provas

de posicionamento da agulha de Veress, das

pressões intraperitoneais e dos volumes de gás

injetados durante a insuflação

Azevedo OC, Azevedo JLMC, Sorbello AA et al.

“TÉCNICA FECHADA”

AGULHA DE VERESS

Veress Needle Insertion in the Left Hypochondrium. Bras. J. Video-Sur, 2008, v. 1, n. 1: 020-028

“TÉCNICA FECHADA”

AGULHA DE VERESS

Veress Needle Insertion in the Left Hypochondrium. Bras. J. Video-Sur, 2008, v. 1, n. 1: 020-028

- Previne lesões iatrogênicas,

principalmente em pacientes com cirurgias

prévias;

- Despende maior tempo.

“TÉCNICA ABERTA”

TROCATER DE HASSON

Alterações sistêmicas e metabólicas da cirurgia laparoscópica. Rev bras de videocir 2003;1(2):77-81

• Início da insuflação peritoneal:

- alterações hemodinâmicas mais intensas;

- Golden five minutes: são os mais delicados;

• Aumento da pressão intra-abdominal com

diminuição do retorno venoso;

• Aumento da freqüência cardíaca.

ALTERAÇÕES CARDÍACAS E

HEMODINÂMICAS

Alterações sistêmicas e metabólicas da cirurgia laparoscópica. Rev bras de videocir 2003;1(2):77-81

• Aumento da resistência vascular periférica(RVP);

• Aumento da pressão venosa central;

• Diminuição do débito cardíaco (20-40%);

• Taquicardia

- resposta simpática compensatória à diminuição

do retorno venoso;

- maior absorção de CO2.

ALTERAÇÕES CARDÍACAS E

HEMODINÂMICAS

Alterações sistêmicas e metabólicas da cirurgia laparoscópica. Rev bras de videocir 2003;1(2):77-81

• RVP aumentada devido:

- compressão da aorta e vasos viscerais pelo

pneumoperitônio;

- à vasoconstrição compensatória;

- ao aumento da pós-carga causada pela

liberação de fatores humorais;

- à hipercarbia.

ALTERAÇÕES CARDÍACAS E

HEMODINÂMICAS

Alterações sistêmicas e metabólicas da cirurgia laparoscópica. Rev bras de videocir 2003;1(2):77-81

• Aumento da pressão intra-abdominal >

compressão parcial vv. ilíacas e cava inferior >

baixo fluxo venoso extremidades inferiores >

inicio do processo de trombose ;

• Proclive e tempo cirúrgico prolongado também

podem contribuir para um aumento do risco de

TVP.

COAGULAÇÃO E TROMBOSE (TVP)

Alterações sistêmicas e metabólicas da cirurgia laparoscópica. Rev bras de videocir 2003;1(2):77-81

• Aumento da pressão intra-abdominal >

compressão parcial vv. ilíacas e cava inferior >

baixo fluxo venoso extremidades inferiores >

inicio do processo de trombose ;

• Proclive e tempo cirúrgico prolongado também

podem contribuir para um aumento do risco de

TVP.

COAGULAÇÃO E TROMBOSE (TVP)

Alterações sistêmicas e metabólicas da cirurgia laparoscópica. Rev bras de videocir 2003;1(2):77-81

• Deambulação precoce e provável menor

hipercoagulabilidade pós-operatória, devido a

menor resposta ao trauma cirúrgico: diminuição

do risco de TVP (?)

COAGULAÇÃO E TROMBOSE (TVP)

Alterações sistêmicas e metabólicas da cirurgia laparoscópica. Rev bras de videocir 2003;1(2):77-81

• Intra-operatório

-Elevação do diafragma

-Expansão pulmonar ↓;

- Pressão de vias aéreas ↑;

- Complacência pulmonar ↓;

- Espaço-morto alveolar → shunt;

- Resultam em hipóxia e/ou hipercarbia.

EFEITOS PULMONARES

Alterações sistêmicas e metabólicas da cirurgia laparoscópica. Rev bras de videocir 2003;1(2):77-81

Efeito Consequência

↑ pressão em vias

aéreas

Barotrauma,

pneumotórax

↓ complacência

pulmonar ↑ PCO2, ↓ PO2

Elevação diafragmática

↑ CO2 absorvido Acidose respiratória

EFEITOS PULMONARES

Alterações sistêmicas e metabólicas da cirurgia laparoscópica. Rev bras de videocir 2003;1(2):77-81

- Hipercarbia pode levar à um aumento da PaCO2;

- Aumento do fluxo sanguíneo cerebral;

- Aumento da pressão intracraniana e edema

cerebral;

- Trendelenburg: eleva em até 150% a pressão intracraniana.

EFEITOS NA CIRCULAÇÃO CEREBRAL

Alterações sistêmicas e metabólicas da cirurgia laparoscópica. Rev bras de videocir 2003;1(2):77-81

Efeito Consequência

Renal ↓ fluxo sanguíneo ↓ débito urinário

Coagulação Estase em MMII Trombose

Imunidade Sistêmica ↓ mediadores

inflamatórios

Local Implantes tumorais

SNC ↑ pressão IT ↑ PIC

Intestinal ↓ resposta simpática ↓ íleo

EFEITOS GERAIS

Alterações sistêmicas e metabólicas da cirurgia laparoscópica. Rev bras de videocir 2003;1(2):77-81

GESTANTES

• 1º. trimestre – teratogênese e aborto (12%);

• 3º. trimestre – parto prematuro (30%);

• 2º. trimestre – aborto (0%), parto prematuro

(8%), teratogênese nula;

• ↓ retorno venoso / débito cardíaco;

• ↓ fluxo uterino;

• Acidose;

• Monitorização fetal intra-operatória.

Alterações sistêmicas e metabólicas da cirurgia laparoscópica. Rev bras de videocir 2003;1(2):77-81

DIAS ATUAIS

DIAS ATUAIS

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