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teste português

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  • Proposta de prova de exame 2

    235

    B

    Antes, porm, que vos vades, assim como ouvistes os vossos louvores, ouvi tambmagora as vossas repreenses. Servir-vos-o de confuso, j que no seja de emenda. A pri-meira cousa que me desedifica, peixes, de vs, que vos comeis uns aos outros. Grandeescndalo este, mas a circunstncia o faz ainda maior.

    Padre Antnio Vieira, Sermo de Santo Antnio aos Peixes, Cap. IV, Biblioteca Digital, Porto Editora

    1. Recorde dois dos louvores aos peixes referidos pelo Padre Antnio Vieira, indicando a intencionali-dade desses elogios.

    2. Indique agora dois defeitos criticados nos peixes e a intencionalidade dessas crticas.

    3. Identifique a dimenso alegrica do polvo e, atravs dele, a crtica subjacente ao comportamentodos homens.

    4. Reflita sobre atualidade de algumas das crticas aos seres humanos que encontramos no Sermo deSanto Antnio aos Peixes.

    GRUPO II

    Por entre a casaria, em intercalaes de luz e sombra ou, antes, de luz e de menosluz a manh desata-se sobre a cidade. Parece que no vem do sol mas da cidade, e que dos muros e dos telhados que a luz do alto se desprende no deles fisicamente, masdeles por estarem ali.

    Sinto, ao senti-la, uma grande esperana; mas reconheo que a esperana literria.Manh, primavera, esperana esto ligados em msica pela mesma inteno meldica;esto ligados na alma pela mesma memria de uma igual inteno. []

    Lembro-me de repente de quando era criana e via, como hoje no posso ver, amanh raiar sobre a cidade. Ela ento no raiava para mim, mas para a vida, porqueento eu (no sendo consciente) era a vida. Via a manh, e tenho alegria; hoje vejo amanh, e tenho alegria, e fico triste. A criana ficou mas emudeceu. Vejo como via, maspor trs dos olhos vejo-me vendo; e s com isto se me obscurece o sol e o verde dasrvores velho e as flores murcham antes de aparecidas. Sim, outrora eu era de aqui;hoje, a cada paisagem, nova para mim que seja, regresso estrangeiro, hspede e pere-grino da sua presentao, forasteiro do que vejo e ouo, velho de mim.

    Fernando Pessoa, Livro do Desassossego de Bernardo Soares, Ed. Assrio & Alvim

    1. Para cada um dos quatro itens que se seguem (1.1., 1.2., 1.3., 1.4. e 1.5.), assinale a letra correspon-dente alternativa correta, de acordo com o sentido do texto.

    1.1. A orao destacada na sequncia Parece que no vem do sol

    a) subordinada adjetiva relativa restritiva.

    b) subordinada adjetiva relativa explicativa.

    c) subordinada substantiva completiva.

    d) subordinada consecutiva.

    5

    10

    15

    CPEN

    -P12

    P

    orto

    Edi

    tora

    234

    Propostas de provas de exame Proposta de prova de exame 2

    CPEN-P12

    Porto Editora

    PROPOSTA DE PROVA DE EXAME

    12. ANO DE ESCOLARIDADE

    Durao da prova: 120 minutos PROPOSTA DE PROVA DE EXAME 2

    PROVA ESCRITA DE PORTUGUS

    GRUPO I

    A

    Leia atentamente o seguinte poema.

    XXVI

    s vezes, em dias de luz perfeita e exata, Em que as coisas tm toda a realidade que podem ter, Pergunto a mim prprio devagar Porque sequer atribuo eu 5 Beleza s coisas.

    Uma flor acaso tem beleza? Tem beleza acaso um fruto? No: tm cor e forma E existncia apenas. 10 A beleza o nome de qualquer coisa que no existe Que eu dou s coisas em troca do agrado que me do. No significa nada. Ento porque digo eu das coisas: so belas?

    Sim, mesmo a mim, que vivo s de viver, 15 Invisveis, vm ter comigo as mentiras dos homens Perante as coisas, Perante as coisas que simplesmente existem.

    Que difcil ser prprio e no ver seno o visvel!

    Alberto Caeiro, in Poemas de Alberto Caeiro, Ed. tica

    Apresente, de forma bem estruturada, as suas respostas aos itens que se seguem.

    1. Explicite a necessidade da luz perfeita e exata.

    2. Identifique trs caractersticas da realidade.

    3. Transcreva do texto uma expresso que defina a beleza, na perspetiva de Caeiro.

    4. Mostre em que medida vm ter comigo as mentiras dos homens.

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