planejamento do texto

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Tipologia, Gênero ePLANEJAMENTO DO TEXTO

Os princípios básicos para Ler e Compreender um

TEXTO

Um texto é uma unidade de linguagem em uso.

Um texto é uma unidade semântica, constitui um todo significativo.

Um texto tem uma unidade formal, pois apresenta características que lhe dão coesão.

TEXTO: ocorrência linguística falada ou escrita que deve apresentar 3 propriedades

básicas:

 Unidade Sociocomunicativa: o texto é uma unidade de linguagem em uso;

Unidade Semântica: o texto é um todo significativo;e

Unidade Formal: as palavras devem se integrar para formar um todo coeso.

PRINCÍPIOS DA TEXTUALIDADE

TEXTUALIDADE

• Conjunto de características responsáveis por caracterizar uma manifestação linguística como texto.

Os sete fatores responsáveis pela textualidade:

• Coesão• Coerência• Intencionalidade• Aceitabilidade• Situacionalidade• Intertextualidade• Informatividade

Os sete princípios da textualidade se dividem em dois grupos:

I -Princípios centrados nos aspectos linguísticos do texto:

1. Coesão 2. CoerênciaII- Princípios que se relacionam com fatores

pragmáticos: 1. Intencionalidade 2. Aceitabilidade 3. Situacionalidade 4. Intertextualidade 5. Informatividade

COESÃO

• “A função da coesão é de criar, estabelecer e sinalizar os laços que deixam os vários segmentos do texto ligados, articulados, encadeados.”

• “ A função da coesão é manter a continuidade do texto”. (ANTUNES, Irandé, 2006)

Formas de fazer coesão no texto:

• Através da repetição.Ex. A senhora, uma dona de casa, estava na feira, no

caminhão que vende galinhas. O vendedor ofereceu a ela uma galinha. Ela olhou para galinha, passou a mão embaixo das asas da galinha, apalpou o peito da galinha, alisou as coxas da galinha, depois tornou a colocar a galinha na banca e disse para o vendedor: “Não presta!”

Aí o vendedor olhou para ela e disse:“Também, madame, num exame assim nem a

senhora passava.”

• Através da substituição.• Substituição gramatical ( retomada por

meio de pronomes ou advérbios)Ex. Furtei uma flor daquele jardim. O

porteiro do edifício cochilava, e eu furtei a flor. Trouxe-a para casa e a coloquei num copo. Logo senti que ela não estava feliz. O copo destina-se a beber, e uma flor não é para ser bebida.” (...)

• Substituição lexical ( por sinônimos, hiperônimos, hipônimos)

Ex. Visitei o Chile no final do ano passado. O que mais gostei no país foi de sua gente solidária.

• O menino sorria pra mim com carinho. Nem bem conhecia, mas já gostava do garoto.

• Por conexão ou relação.

• Conexão entre as palavras, entre orações e períodos através de: conjunções, preposições, advérbios.

• Ex. O povo brasileiro sempre acreditou numa mudança, mas essa mudança está difícil de acontecer.

COERÊNCIA

Diz respeito à unidade de sentido de um texto. Ocorre através da:

• Progressão• Não-contradiçãoEx. A violência tem crescido no Brasil. Como o Brasil

tem crescido, a violência também tem crescido no Brasil. Desde os anos 60 que a violência tem crescido no Brasil.

• Ex.(2) O aborto é uma prática criminosa. Se a jovem se sente sem condições de criar seu filho, deve tirá-lo antes de nascer.

ASPECTOS PRAGMÁTICOS

• Centrado no emissor ─ intencionalidadeEx. Subi a porta e fechei a escada. Tirei minhas

orações e recitei meus sapatos. Desliguei a cama e deitei-me na luz. Tudo por que ele me deu um beijo de boa noite...

• Centrado no receptor ─ aceitabilidadeEx. Quando oiei a terra seca... Por farta d’água perdi meu gado, morreu de

sede meu alasão...• Centrada na situação ─ situacionalidadeEx. O carnaval de Pernambuco é animado do

Galo ao Bacalhau.

INTERTEXTUALIDADE

INFORMATIVIDADE

O Brasil é um país maior do que os menores e menor do que os maiores. É um país grande, porque, medida sua extensão, verifica-se que não é pequeno. (...)

A população é toda baseada em elemento humano, sendo que as pessoas não nascidas no país, sem exceção, são estrangeiras. (...)

Nelson e Jorge: cem anos entre luzes e sombras

http://www.redebomdia.com.br/noticia/16.01.2012

quanto menos previsível se apresentar o texto, mais

informatividade. Tanto a falta quanto o excesso de

previsibilidade, de informatividade, são prejudiciais à aceitação do

texto por parte do leitor. Um bom índice de informatividade atende à

suficiência de dados.

A informatividade

O PÃO E O CHÃO

O chão.O grão.O grão no chão.O pão.O pão e a mão.A mão no pão.O pão na mão.O pão no chão?Não.

é o empenho do autor em construir um texto coerente, coeso, e que atinja o objetivo que ele tem em mente. Isso

diz respeito ao valor ilocutório do texto, ou seja, o que o

texto pretende falar.

A intencionalidade

diz respeito à pertinência e à relevância do texto no contexto. Situar o texto é adequá-lo à situação sociocomunicativa.

A situacionalidade

é a expectativa do recebedor de que o texto tenha coerência e coesão, além de

lhe ser útil e relevante.

Estabelece estratégias para o autor alcançar aceitabilidade: cooperação

(para o autor responder às necessidades do recebedor), qualidade

(autenticidade) e quantidade (informatividade).

A aceitabilidade

Então:

1. a coesão: a relação de encadeamento de partes e de unidades;2. a coerência: o sentido atribuído por um interlocutor;3. a intencionalidade: o que o autor quer do leitor;4. a aceitabilidade: o que o leitor espera;5. a informatividade: os dados novos;6. a situacionalidade: os atores e o lugar da comunicação e7. a intertextualidade: a referência a outros textos.

As autoras discutem as concepções de sujeito, língua e texto que estão na base das diferentes formas de se conceber a leitura. Situam-se na concepção interacional e dialógica da língua, compreendendo os sujeitos como construtores sociais, que mutuamente se constroem e são construídos por meio do texto, considerado o lugar por excelência da constituição dos interlocutores. A leitura, nesse âmbito, é entendida como atividade interativa de construção de sentidos.

Para isso, ressalta-se o papel do leitor enquanto construtor do sentido do texto, que, no processo de leitura, lança mão de estratégias como seleção, antecipação, inferência e verificação, além de ativar seu conhecimento de mundo, na construção de uma das leituras possíveis, já que um mesmo texto admite uma pluralidade de leituras e sentidos. A leitura, além do conhecimento linguístico compartilhado pelos interlocutores, exige que o leitor, no ato da leitura, mobilize estratégias de ordem linguística e de ordem cognitivo-discursiva. 

O conhecimento intertextual é que permite ao leitor perceber como um texto está sempre se relacionando com outros textos, numa relação que pode ser explícita ou implícita, tanto no que se refere à sua forma quanto ao conteúdo. A ativação das estratégias de leitura implica na mobilização de três grandes redes de conhecimento: o linguístico; o enciclopédico; e o interacional (na sua amplidão). 

1-CONHECIMENTO LINGUÍSTICO

a) O conhecimento linguístico compreende o conhecimento gramatical e lexical, sendo o responsável pela articulação som-sentido. É ele o responsável, por exemplo, pela organização do material linguístico na superfície textual.

 

b) O conhecimento enciclopédico (conhecimento de mundo) é aquele que se encontra armazenado na memória de longo tempo, também denominada semântica ou social. Refere-se a conhecimentos gerais sobre o mundo – uma espécie de thesaurus mental.

c) O conhecimento interacional é o conhecimento sobre as ações verbais, isto é, sobre as formas de "inter-ação" por meio da linguagem. Engloba o conhecimento do tipo ilocucional, comunicacional, metacomunicativo e superestrutural.

c- A) Ilocucional: Permite-nos reconhecer os objetivos ou propósitos pretendidos pelo produtor do texto, em uma dada situação interacional.

c – B) Comunicacional: Diz respeito à:

quantidade de informação necessária, numa situação comunicativa concreta, para que o parceiro seja capaz de reconstruir o objetivo da produção do texto;

seleção da variante linguística adequada a cada situação de interação;

adequação do gênero textual à situação comunicativa.

c- C) Metacomunicativo: É aquele que permite ao locutor assegurar a compreensão do texto e conseguir a aceitação pelo parceiro dos objetivos com que é produzido. Para tanto, utiliza-se de vários tipos de ações linguísticas configuradas no texto por meio da introdução de sinais de articulação ou apoios textuais, atividades de formulação ou construção textual.

c- D) Superestrutural: Permite a identificação de textos como exemplares adequados aos diversos eventos da vida social. Envolve também conhecimentos sobre as macrocategorias ou unidades globais que distinguem vários tipos de textos, bem como sobre a ordenação ou sequenciação textual em conexão com os objetivos pretendidos.

A produção e a recepção de um texto condicionam-se à situação ou à ambiência, ou seja, ao conhecimento circunstancial ou ambiental que motivam os signos e a ambiência em que se inserem, gerando um texto cuja coerência e unidade são suscitados diretamente pelo referente.

Contexto

ContextoPercebido em duas dimensões:

A leitura de superfície é percebida pelos elementos do enunciado, organizados hierarquicamente.

A estrutura de profundidade é a interpretação semântica das relações sintáticas, permitindo vasculhar o ânimo do autor.

Tipos de contextos: Contexto imediato: refere-se aos elementos

que seguem ou precedem o texto imediatamente, incluindo as circunstâncias que o motivam. (título de um livro, nome do autor, tipo de capa... Já podem nos trazer alguma informação sobre...)

Contexto situacional: trata-se do contexto estabelecido pelos elementos fora do texto que lhe abrem possibilidades de maior entendimento. (experiências, informações históricas, geográficas, psíquicas... para ser realizada uma leitura ativa, íntima)

Os princípios da textualidade nos mostram como cada texto é conectado ao nosso conhecimento do mundo e da nossa sociedade.

Os princípios da textualidade devem abranger qualquer tipo de texto. Eles devem nos ajudar a fazer múltiplas conexões não só dentro de um texto, mas também entre o texto e os contextos humanos nos quais ele ocorre, bem como determinar que conexões são relevantes.

Mesmo sendo os dois princípios de textualidade mais ‘linguísticos’, a coesão e a coerência são afetadas por nossas crenças culturais e atitudes.

A ‘competência comunicativa’ deve ser vista como um potencial aberto e dinâmico que pode sempre ser enriquecido. Para Beaugrande, as pessoas são ‘competentes’ em graus bastante diferentes e podem encontrar severas limitações na sua liberdade de acessar o conhecimento e buscar objetivos sociais.

A percepção das relações intertextuais, das referências de um texto a outro, depende do repertório do leitor, do seu acervo de conhecimentos literários e de outras manifestações culturais. Daí a importância da leitura, principalmente daquelas obras que constituem as grandes fontes da literatura universal. Quanto mais se lê, mais se amplia a competência para apreender o diálogo que os textos travam entre si por meio de referências, citações e alusões. Por isso cada livro que se lê torna maior a capacidade de apreender, de maneira mais completa, o sentido dos textos.

concerne aos fatores que fazem a utilização de um texto dependente do conhecimento de outro(s) texto(s). Um texto constrói-se em cima do "já-dito.

A intertextualidade

Definição de tipo e gênero textual

• É impossível se comunicar verbalmente a não ser por algum gênero, assim como é impossível se comunicar verbalmente a não ser por algum texto.

• Esta visão segue a noção de língua como atividade social, histórica e cognitiva, privilegia a natureza funcional e interativa.

Definição de tipo e gênero textual

• A língua é tida como uma forma de ação social e histórica e que, ao dizer, também constitui a realidade sem contudo cair num subjetivismo ou idealismo ingênuo.

• Neste contexto os gêneros textuais se constituem como ações sócio-discursivas para agir sobre o mundo e dizer o mundo, constituindo-o de algum modo.

Texto é uma entidade concreta realizada materialmente e corporificada em algum gênero textual.

Discurso é aquilo que um texto produz ao se manifestar em alguma instância discursiva. O discurso se realiza nos textos.

Domínio Discursivo• Uma esfera ou instância de produção

discursiva ou de atividade humana. • Não são textos nem discursos, mas

propiciam o surgimento de discursos bastante específicos.

• Discurso jurídico, discurso jornalístico, discurso religioso, discurso político, etc.

TIPOS TEXTUAIS

definição

Espécie de seqüência teoricamente definida pela natureza lingüística de sua composição(aspectos lexicais, sintáticos, tempos

verbais, relações lógicas)

abrangem

• narração• argumentação• exposição• descrição• injunção

são

Constructos

teóricos por

propriedades

lingüísticas

intrínsecas

constituem

Seqüências

lingüísticas ou de enunciados no interior dos gêneros

e não são textos empíricos

Tipos Textuais – Classificação segundo Werlich(1973)

DescritivaEstrutura simples com um verbo estático no presente ou imperfeito, um complemento e uma indicação circunstancial de lugar. Ex.: Sobre a mesa havia milhares de vidros.

Expositiva

Exposição sintética pelo processo de composição. Um sujeito e um predicado(no presente) e um complemento com um grupo nominal. Enunciado de identificação de fenômenos. Ex.: Uma parte do cérebro é o córtex.Exposição analítica pelo processo de decomposição. Um sujeito, um verbo da família do verbo ter(ou verbos como contém, consiste, compreende) e um complemento que estabelece com o sujeito uma relação parte-todo.Enunciado de ligação de fenômenos.Ex.: O cérebro tem dez milhões de neurônios.

Tipos Textuais – Classificação segundo Werlich(1973)

NarrativaVerbo de mudança no passado, um circunstancial de tempo e lugar. Enunciado indicativo de ação. Ex.: Os passageiros aterrissaram em Nova York no meio da noite.

ArgumentativaUma forma verbal com o verbo ser no presente e um complemento. Enunciado de qualidade. Ex.: A obsessão com a durabilidade nas Artes não é permanente.

Injuntiva

Um verbo no imperativo. Enunciados incitadores à ação. Podem assumir configuração mais longe onde o imperativo é substituído por “deve”. Ex.: Pare! Seja razoável. Todos brasileiros acima de 18 anos do sexo masculino devem comparecer ao exército para alistarem-se.

Gêneros textuais

Realizações lingüísticas concretas definidas por propriedades sócio-comunicati

vas.

Textos empiricamente realizados cumprindo funções em situações comunicativas

Abrange um conjunto aberto e praticamente ilimitado de

designações concretas determinadas pelo canal,

estilo, conteúdo, composição e função.

Exemplos de gêneros: telefonema, sermão, carta comercial, carta

pessoal, romance, bilhete, aula expositiva, reunião de condomínio,

horóscopo, receita culinária, lista de

compras, cardápio, instruções de uso, outdoor, resenha, inquérito policial,

conferência, bate-papo virtual, etc

Observações sobre Gêneros Textuais• Quando dominamos um gênero textual,

dominamos uma forma de realizar linguisticamente objetivos específicos em situações sociais particulares.

• “A apropriação dos gêneros é um mecanismo fundamental de socialização, de inserção prática nas atividades comunicativas humanas” -> Bronckart(1999)

Observações sobre Gêneros Textuais

• Os gêneros operam, em certos contextos, como formas de legitimação discursiva, já que se situam numa relação sócio-histórica com fontes de produção que lhes dão sustentação muito além da justificativa individual.

Observações sobre Gêneros Textuais• Intertextualidade inter-gêneros = um gênero com função de

outro

• Intertextualidade tipológica = um gênero com a presença de vários tipos

• A possibilidade de operação e maleabilidade dá aos gêneros enorme capacidade de adaptação e ausência de rigidez. Miller(1984) considera o gênero como “ação social” e diz: “uma definição de gênero não deve centrar-se na substância nem na forma do discurso, mas na ação em que ele aparece para realizar-se.”

• Bakhtin(1997) indicava a “construção composicional”, ao lado do “conteúdo temático” e do “estilo” como as três características dos gêneros.

• Os gêneros são, em última análise, o reflexo das estruturas sociais recorrentes e típicas de cada cultura.

Gêneros textuais e ensino• Ter em mente a questão da relação

oralidade e escrita no contexto dos gêneros textuais, desde os mais informais até os mais formais e em todos os contextos e situações de vida cotidiana.

• Os gêneros são modelos comunicativos e servem, muitas vezes para criar uma expectativa no interlocutor e prepará-lo para determinada reação. Operam prospectivamente, abrindo o caminho da compreensão.

Gêneros textuais e ensino• Os interlocutores seguem em geral três

critérios para designarem seus textos:–Canal/ meio de

comunicação(telefonema, carta, telegrama)

–Critérios formais(discussão, conto, debate, contrato, ata, poema)

–Natureza do conteúdo(piada, prefácio de livro, receita culinária, bula de remédio)

Gêneros textuais e ensino

• Os gêneros são geralmente determinados com base nos objetivos dos falantes e na natureza do tópico tratado.

• Os gêneros textuais se fundem em critérios externos(sócio-comunicativos e discursivos) e os tipos textuais fundam-se em critérios internos(lingüísticos e formais).

Gêneros textuais e ensino• Adequação tipológica que diz respeito à relação

que deveria haver, na produção de cada gênero textual, entre os seguintes aspectos:– Natureza da informação ou do conteúdo

veiculado;– Nível de linguagem(formal, informal, dialetal,

culta, etc)– Tipo de situação em que o gênero se

situa(pública, privada, corriqueira, solene, etc)– Relação entre os participantes(conhecidos,

desconhecidos, nível social, formação, etc)– Natureza dos objetivos das atividades

desenvolvidas.

Elementos essenciais a um bom texto:

I. COERÊNCIA, isto é, uma unidade de sentido;II. Argumentos:• Compatíveis com a realidade -

IMPESSOALIDADE;• Adequados ao objetivo do texto -

OBJETIVIDADE;• Organizados em sequência – LINEARIDADE.

Modos de organização das ideias:

• Por progressão temática;• Por organização

temporal/espacial;• Por enumeração;• Por refutação e/ou defesa de

posição.

Alguns tipos de argumentos:• Provas concretas: dados estatísticos, fatos, experimentos;• Credenciamento do autor;• Citações de autoridades no assunto (argumento de

autoridade);• Deduções silogísticas;• Generalizações;• Exemplificações;• Analogias pertinentes;• Crenças e valores legitimados socialmente;• Definições.

Marcadores de Coesão sequencial

1. Entre orações de argumento (conectivos/conjunções)a) temporais: quando, assim que, depois que, antes que,

enquanto, logo que, desde que, até queb) Causais e consecutivos: porque, pois, como, já que,

uma vez que, visto que, por isso, entãoc) Condicionais: se, casod) Proporcionais: à proporção que, à medida quee) Conformativas: conforme, segundo, comof) Finais: a fim de que, para que, para

Observações:

• As conjunções integrantes QUE e SE, fazem articulação sintática, não semântica, entre as orações conectadas;

• O sentido é dado pelo conjunto do enunciado;• Os pronomes relativos funcionam como

elementos de coesão referencial por retomada (anáfora), pois substituem elementos anteriormente citados.

Marcadores de Coesão sequencial

2. Entre argumentos (articuladores discursivo-argumentativo)a) de inclusão/exclusão: até, até mesmo, inclusive

b) de adição: até, até mesmo, além de, não só ... mas também, além disso

c) de conclusão: logo, portanto, por isso, por conseguinte, então, assim, pois

d) de comparação: * de igualdade: como, do mesmo modo que, tanto como, assim como, tanto quanto, tal qual, tal como, tão ... como, tão ... quanto, que nem (coloquial), não só...como também, assim também

• de superioridade: mais...que, mais... do que

• de inferioridade: menos...que, menos...do que

e) de contraposição/contraste:

• Conjunções adversativas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto;

• Advérbios: diversamente, inversamente;

• Locuções prepositivas: diversamente de, inversamente a, ao contrário de;

• Conjunções e locuções concessivas: embora, ainda que, mesmo que, apesar de que, conquanto, se bem que, por muito que, nem que;

• Preposições e locuções prepositivas: apesar de, não obstante

• Outras partículas ou expressões: ainda assim, malgrado, (para) uns, (para) outros, por outro lado

f) De explicação/justificativa: isto é, quer dizer, pois, pois que, ou seja

g) de especificação/exemplificação: por exemplo, como

h) outros tipos não estudados: - de alternância: ou...ou, seja...seja, quer...quer- de retificação: isto é, ou melhor- de generalização/amplificação: aliás, também,

realmente

Organizadores Textuais

a) de abertura: primeiramente, para começar, o primeiro, um fator, por um lado

b) de intermediação: em segundo lugar, em terceiro lugar, uma outra questão, de maneira secundária, outro fator, depois, em seguida, por outro lado

c) de fechamento: finalizando, por fim, finalmente, para encerrar, por último, enfim

Marcadores da posição do autor (modalizadores)

a) possibilidades de existência: é possível, é provávelb) grau de clareza: evidentemente, não há como negar, é

certo, obviamente, talvez, parece razoável, emprego do futuro do pretérito

c) grau de imperatividade: é indispensável, opcionalmente, é preciso, é obrigatório

d) avaliação: curiosamente, inexplicavelmente, brilhantemente

e) afetividade: lamentavelmente, infelizmentef) atenuação: talvez fosse melhor, ao que parece, creio, no

meu modo de ver

Avalie seu texto:

• O tema e o tipo de texto foram respeitados;• Houve aproveitamento da coletânea, se foi pedido;• Há uma imagem autoral, ou seja, o texto parece ser

inédito;• Os argumentos são coerentes, as conclusões decorrem

deles e há encadeamento entre as ideias;• Há coesão linguística: entre orações, parágrafos e

períodos;• O vocabulário empregado é adequado;• O padrão formal da língua foi respeitado.

Dissertação

É a exposição ou explanação de ideias, podendo conter traços de argumentação;

Há três partes básicas na dissertação:IntroduçãoDesenvolvimentoConclusão

DissertaçãoIntrodução:• Apresenta a ideia-núcleo ou ideia principal;• Sugere o plano.

Desenvolvimento (constituído por duas partes):• Primeira parte: retomada da ideia central enunciada na

introdução, por meio de aspectos discriminados, como por exemplos, aspectos físicos, econômicos, políticos, morais etc.

DissertaçãoDesenvolvimento:• Segunda parte: fundamentação da primeira parte, por meio

de razões, provas, exemplos ou pormenores, ou seja, os fatos.

Conclusão:• É o desfecho da dissertação; retoma as ideias da introdução,

apresentando uma avaliação final do assunto discutido.

Argumentação A argumentação visa sobretudo a convencer, persuadir ou influenciar o leitor ou ouvinte. Procura-se principalmente formar a opinião do leitor ou ouvinte, tentando convencê-lo de que a razão está conosco, de que nós é que estamos de posse da verdade.

Proposição:

• Deve tentar convencer mediante a apresentação de razões.

• Evidência de provas à luz de raciocínio coerente e consistente.

Argumentação

Condições da Argumentação

• A argumentação deve basear-se nos sãos princípios da lógica. Entretanto, nos debates, nas polêmicas, nas discussões que se travam a todo o instante, na simples conservação, na imprensa, nas assembleias ou agrupamentos de qualquer ordem, a argumentação não raro se desvirtua, degenerando em “bate-boca” estéril ou falacioso.

Argumentação

Condições da Argumentação

• O insulto, a ironia, o sarcasmo, por mais brilhantes que sejam, por mais que irritem ou perturbem o oponente, jamais constituem argumentos, antes revelam a falta deles. Tampouco valem como argumentos os preconceitos, as superstições ou generalizações apressadas que se baseiam naquilo que a lógica chama de juízos de simples inspeção.

Argumentação

Consistência dos Argumentos

A argumentação esteia-se em dois elementos principais:

• A consistência do raciocínio• A evidência de provas

Argumentação

Evidência: é a certeza manifesta, a certeza a que se chega pelo

raciocínio (evidência da razão) ou pela apresentação dos fatos

(evidência de fato), independentemente de toda teoria.

São cinco os tipos mais comuns de evidência:

• Os fatos propriamente ditos.

• Os exemplos.

• As ilustrações.

• Os dados estatísticos (tabelas, números, gráficos, etc.)

• O testemunho.

Argumentação

Fatos:

• Constituem o elemento mais importante da argumentação em

particular assim como da dissertação ou explanação de ideias em

geral.

• Só os fatos provam, só eles convencem. Mas nem todos os fatos são

irrefutáveis; seu valor de prova é relativo, sujeitos como estão à

evolução da ciência, da técnica e dos próprios conceitos ou

preconceitos de vida: O que era verdade ontem pode não o ser hoje.

• Os fatos mais evidentes ou notórios são os que mais provam.

Argumentação

Exemplos: são fatos típicos ou representativos de determinada situação.

Ilustrações: quando o exemplo se alonga em narrativa detalhada e

entremeada de descrições, tem-se a ilustração.

• Há duas espécies de ilustração: a hipotética e a real.

• A primeira, como o nome diz, é invenção, é hipótese: narra o que poderia

acontecer ou provavelmente acontecerá em determinadas circunstâncias.

• A ilustração real descreve ou narra em detalhes um fato verdadeiro. Mais

eficaz, mais persuasiva do que a hipotética, ela vale por si mesma como

prova.

Argumentação

Dados estatísticos:

• Dados estatísticos são também fatos, mas fatos específicos.

• Têm grande valor de convicção, constituindo quase sempre

prova ou evidência incontestável. Entretanto, é preciso ter

cautela na sua apresentação ou manipulação, já que sua

validade é também muito relativa: Com os mesmos dados

estatísticos tanto se pode provar como refutar a mesma tese.

Argumentação

Testemunho:

• O testemunho é ou pode ser o fato trazido à colação por

intermédio de terceiros.

• Se autorizado ou fidedigno, seu valor de prova é inegável.

Entretanto, sua eficácia é também relativa.

Argumentação Informal• O que é a argumentação? É uma declaração seguida de prova

(fatos, razões, evidência).

• Presente no nosso cotidiano: Toda vez que conversamos queremos, de certa forma, convencer o nosso pequeno público.

• Risco: Nesse tipo de argumentação muitas vezes nos baseamos em indícios e não em fatos. Exemplo: Quando alguém nos paga uma dívida podemos deduzir que essa pessoa recebeu o seu salário do mês, porém isso não é necessariamente verdade, a razão do pagamento da divida pode ter sido outra. Ex: O antigo devedor pode ter ganhado na loteria.

Argumentação Informal• Estrutura: Quando usamos uma ideia abstrata, a

argumentação assume uma estrutura mais complexa. Exemplo: “O castigo físico é a melhor maneira de se educar uma criança”. (Nesse caso podemos tanto validar a declaração quanto

contestá-la.)

Argumentação Informal

Para contestar dividiremos a nossa argumentação em quatro estágios:

1º estágio: Proposição (Declaração, tese, opinião) 2º estágio: Concordância Parcial 3º estágio: Contestação (é o “miolo” desse tipo de argumentação)

4º estágio: Conclusão (Portanto; por consequência; de forma que)

Argumentação Informal• Ou seja...

Essa é a estrutura típica da argumentação informal, escrita ou falada. Ela pode ocorrer por contestação, com ou sem

concordância parcial, quando se deseja negar a tese de uma outra pessoa.

Refutando Argumentos• Comece a refutar o argumento que pareça ser o mais forte;

• Procure atacar os pontos mais fracos da argumentação contrária;

• “Redução às últimas consequências”: levar os argumentos contrários ao máximo de sua extensão;

• Veja se o opositor apresentou uma evidência adequada ao argumento empregado;

Refutando Argumentos• Escolha/cite uma autoridade no assunto que tenha dito

exatamente o contrário que seu opositor;

• Aceite os fatos, mas demonstre que foram mal-empregados;

• Ataque a fonte na qual se basearam os argumentos de seu opositor;

• Cite exemplos semelhantes, mas que provem o contrário do que seu opositor afirma;

Refutando Argumentos• Demonstre que a fala/sentença de seu opositor foi deturpada;

• Analise cuidadosamente os argumentos contrários, tentando revelar as falsidades que contêm.

Argumentação FormalA argumentação formal é pouco diferente, em sua essência, da

informal.

Proposição:• Deve ser clara, definida quanto aquilo que se afirma ou nega.

• Deve-se argumentar a favor ou contra uma ideia a respeito da qual nem todos estão de acordo, já que a argumentação implica divergência de opinião. Fatos não se discutem.

• Deve ser preferencialmente afirmativa e específica para que todos possam posicionar-se contra ou a favor. Ex.: a religião. É um tema muito vago, portanto acaba por não permitir que seja tomada uma posição, apenas proporciona uma explanação.

Argumentação FormalAnálise da proposição:

• Não costuma ser feita na análise informal.

• Antes que a proposição seja discutida, deve-se definir o seu sentido e o significado de alguns termos contidos nela.

Argumentação FormalAnálise da proposição:• Ex.: A paz mundial só se tornaria possível se houvesse respeito

entre as nações e suas respectivas culturas.

• Talvez fosse necessário conceituar as palavras “paz”, “respeito” e “culturas”.

• Além disso, o autor deve esclarecer o que ele tem a intenção de provar.

Argumentação FormalFormulação dos argumentos:• É a fase em que o autor deve procurar provas convincentes para

justificar seu ponto de vista.

• Para isso, ele deve se utilizar de fatos concretos e autênticos como gráficos, exemplos, estatísticas, estudos, comparações, etc.

• A ordem em que as provas são apresentadas é muito importante, de modo que costuma-se, na maioria das vezes, apresentá-las em ordem crescente, ou seja, da menos convincente àquela que seja capaz de mais impressionar o leitor.

Argumentação FormalFormulação dos argumentos:

• Além disso, é importante manter um suspense antes de chegar às conclusões, até um ponto em que elas acabem por se impor.

• É importante que o autor dê ênfase nos pontos principais, e antecipe possíveis repostas para objeções do leitor.

Argumentação Formal

Conclusão

• A conclusão será obtida naturalmente a partir da comprovações apresentadas. De um modo mais geral, consiste em tornar explícita a essência da proposição.

Dados estatísticos

Testemunho

Argumento

Exemplos

brubralu@bol.com.br

Tarefa para 04.11.2015

Escolher um tema de seu interesse e delimitar;Escolher uma forma de desenvolver o texto;Escolher e selecionar formas de trabalhar os argumentos;Usar o máximo de marcadores de coesão.Duas páginas de texto; times new romam 12; espaçamento 1,5 – margem 3,3,2,2

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