pesquisa cientÍfica/estÁgio na concepÇÃo da prÁxis profª ms.Ângela profª ms. adriana

Post on 17-Apr-2015

107 Views

Category:

Documents

0 Downloads

Preview:

Click to see full reader

TRANSCRIPT

PESQUISA CIENTÍFICA/ESTÁGIO NA CONCEPÇÃO DA

PRÁXIS

Profª Ms.ÂngelaProfª Ms. Adriana

Conceito de práxis ultrapassa a definição de

prática-é ação mediatizada/refletida e

intencional;

-ação constituída de valores escolhido por um homem

histórico;

-Agir intencional, com desejo de transformação;

TEORIA DIALÉTICA DO CONHECIMENTO:

- processo de conhecimento tem como ponto de partida a prática

social;- teoria está em função do

conhecimento científico da prática social e serve como guia para ações

transformadoras;(CORAZZA apud GASPARIN, 2005, p. 6)

- Prática social é critério de verdade e o fim

último de todo processo cognitivo;

(CORAZZA apud GASPARIN, 2005, p. 6)

Concepção metodológica dialética:

1- partir da prática;2- teorizar sobre ela;

3- voltar à prática para transformá-la.

(CORAZZA apud GASPARIN, 2005, p. 6)

Partir da prática;

A tomada de consciência sobre essa prática deve levar

o professor e os alunos à busca do conhecimento

teórico que ilumine e possibilite refletir sobre seu

fazer prático cotidiano.

(GASPARIN, 2005, p. 6)

Teorizar sobre ela

“Implica em ir além das aparências imediatas [...] buscando a essência dos

fenômenos.” (CORAZZA apud GASPARIN, 2005, p. 6)

“A reflexão crítica não basta, como também não basta a prática sem a reflexão sobre ela. Estou ciente de

que existem muitos outros desafios para a educação.”

“Dialética ainda é paradigma mais consistente para analisar fenômeno

da educação” (MOACIR GADOTTI, 2006, p. 15)

“A teorização é um processo fundamental para a

apropriação crítica da realidade, uma vez que

ilumina e supera o conhecimento imediato e

conduz à compreensão da totalidade social”

(GASPARIN, 2005, p. 6)

Voltar à prática para transformá-la.

-conhecimento teórico passa a ser guia para a ação;

-ação/reflexão/ação, além de transformar a realidade, transforma o próprio sujeito;

-No campo educacional assumir essa teoria, é comprometer-se com a criação

de uma sociedade mais democrática.(CORAZZA apud GASPARIN, 2005, p. 8)

SÍNCRESE

ANÁLISE

SÍNTESE

Nada faz tão bem à teoria como sua prática, e vice-

versa. (PEDRO DEMO, 1985)

A pesquisa deve ser princípio científico, atitude cotidiana,

estratégia que facilita a educação. A base da educação

escolar é a pesquisa.A pesquisa busca na prática a

renovação da teoria e na teoria a renovação da prática.

(PEDRO DEMO, 1998)

A metodologia de trabalho, as hipóteses e os objetivos envolvem a visão de mundo de

um pesquisador.

A ação dos sujeitos co-participantes na pesquisa é

que possibilita avaliar, durante o processo de sua aplicação, a contribuição

ou não da proposta.

A metodologia é o caminho do pensamento e a prática exercida na abordagem da realidade. Assim, ela ocupa um lugar central no interior das teorias e deve sempre

estar referida à elas. (LÊNIN apud MINAYO, 1994, p.16)

O educador precisa ser um investigador e todo investigador necessita

ser um educador no processo de construção

da pesquisa.

Método Dialético

Técnica Observação/Intervenção

Tipo de PesquisaParticipante

Triviños (1987, p.153) que:“Observar”, naturalmente não é

simplesmente olhar [...] Observar um fenômeno social significa, em primeiro lugar, que determinado

evento social, simples ou complexo, tenha sido abstratamente separado de seu contexto para que, em sua dimensão singular, seja estudado

em seus atos, atividades, significados, relações, etc.

O método observacional é o início de toda pesquisa científica, pois serve de base para qualquer área

das ciências. (ODÍLIA FACHIN, 2001)

O homem enquanto co-participante de um estudo, pode ser observador de si

mesmo e, inclusive, de outros seres humanos

(MATTAR NETO, 2002)

“Numa ciência onde o observador é da mesma natureza que o objeto, o

observador, ele próprio, é uma parte de sua

observação”. Lévy Strauss (1975, p. 215)

Isso nos faz pensar que essa ciência é comprometida com

o ser humano, ideologicamente.

É preciso situar o sujeito da pesquisa

na cultura, na história,no tempo e

no espaço real.

Não podemos ter uma visão fotográfica e estática da

realidade sócio-educacional, nem mesmo uma visão individualista do espaço escolar, mas aprender

a situar nossas análises num contexto histórico-social mais

amplo.

É preciso manter certa distância e/ou estranheza, incerteza, em relação ao

fenômeno e aos conceitos analisados, sem perder de

vista o apoio de uma postura crítica em relação ao que se

deseja estudar.

O exercício sistemático da dúvida possibilita-nos rever,

re-estudar os problemas de vários

ângulos. Mattar Neto (2002, p. 38)

Minayo (1994)

O objeto das Ciências Sociais

possui consciência histórica.

Portanto, não é apenas o investigador que dá sentido ao seu trabalho intelectual, mas os seres humanos, os

grupos sociais e as sociedades civis

organizadas.

Estes dão significado e intencionalidade às suas

ações e às suas construções, na medida em

que as estruturas sociais re-elaboram suas ações de

modo objetivo. (MINAYO, 1994)

ÉTICA NA VALORIZAÇÃO DA

PESQUISA- da pesquisa feita primeiro por

outrem;- das informações fornecidas

pelos pesquisados;- no modo de apresentar e

qualificar os dados;

* Ver pesquisados como seres humanos

* cuidados com imagens, descrições, identificações, adjetivos, qualificação de

comportamentos e situações que estão sendo observadas

no contexto escolar

ÉTICA

- cuidado em como o pesquisador irá

expressar seus valores em relação aos valores dos seres humanos que

foram investigados.

A pesquisa participante colabora intensamente

para a formação do educador-pesquisador, comprometido com a transformação social.

Neste tipo de pesquisa os métodos e as técnicas

convencionais tomam o grupo investigado como protagonistas

da pesquisa; nele não existe uma separação entre a teoria e a prática, entre a pesquisa social e

a ação concreta. (GIANOTTEN; WIT,1985)

“A pesquisa participante justifica-se pela necessidade que toda teoria tem

da prática.”

(DEMO, 1985, p. 109)

“A ciência se constrói numa relação dinâmica

entre a razão daqueles que a praticam e a experiência

que surge na realidade concreta”.

(MINAYO,1994, p. 77)

Antes de serem problemas

intelectuais, os problemas de

pesquisa precisam ser problemas da vida

prática.

Porém, essa teoria não consegue

desvelar totalmente o real, ela se constitui

como uma explicação parcial da realidade.

Respeitar a sabedoriasabedoria dos alunos é um dos

primeiros passos para começar a ser um

professor/pesquisador comprometido socialmente.

Sem isso, como ser professor-pesquisador, mediar o conhecimento,

ensinar a respeitar as experiências e os

conhecimentos dos estudantes, orientá-los, sem preconceitos, mostrando a

via construtiva do

conhecimento científico?

“Existe um itinerário lógico e coerente que correlaciona as

etapas de uma pesquisa e que é resultado de um planejamento. Para tanto, o pesquisador deve

ter conhecimentos metodológicos e dominar o assunto escolhido para a

pesquisa”. (FACHIN, 2001, p. 134)

“No campo científico, os resultados das pesquisas

são, em geral, novas descobertas que se renovam

por meio da criatividade e dos conhecimentos do

pesquisador”. Mattar Neto (2002, p. 153)

Como relacionar esses pressupostos

da pesquisa ao estágio

supervisionado?

A prática educativa

é uma dimensão necessária da prática social, como a prática produtiva, a cultural, a religiosa. (FREIRE, 2001, p. 65 e

66)

(GIOVANNI, 2000, p. 47)

[...] É preciso ter claro como e em quais momentos ensinar e aprender se referem à vida social em que se

inserem o professor e seus alunos.

novas possibilidades de pensamento e de ação.

Relação educativa consciente e comprometida com seus resultados

[...] O despreparo do professor para a condução desse processo e as próprias

características do universo escolar (carga horária excessiva, excesso de alunos em

sala, ausência de espaço físico e de tempo para o trabalho individual e coletivo de estudos e de reflexão sobre o próprio

trabalho) vem pondo em risco risco essa relação que constitui a essência do processo

educativo.(GIOVANNI, 2000, p.47)

(NASCIMENTO, 2003, p. VII)

[...] as tarefas a serem desenvolvidas, durante o período de estágio devem envolver uma organização, tal que

parta da elaboração de um projetoprojeto, cujo resultado culmine em um relatóriorelatório circunstanciado das ocorrências

vivenciadas e nele projetadas, com linguagem científicalinguagem científica e dados estatísticos comprobatórios.

ESTÁGIO SUPERVISIONADO

O processo de elaboração de estágio compreende a organização, o organização, o

planejamento, a análise e a redaçãoplanejamento, a análise e a redação dos diferentes dados pelos quais se

pôde aprender e produzir conhecimentos novos [...] este deixa de ser atividade meramente formal para se constituir um verdadeiro aprendizado.

(NASCIMENTO, 2003, p. VII)

O estágioé uma maneira peculiar de fazer pesquisafazer pesquisa e ao mesmo tempo inserir

na realidade de maneira a intervir.

(NASCIMENTO, 2003, p. VII)

(NASCIMENTO, 2003, p. VII)

Nada mais urgente do que colocar o aluno frente a frente com a situação real de exercício profissional sem

perder a consciência de que ainda se está no percursoestá no percurso [...] tornar o aluno

mais organizado n atividade acadêmica, ampliando seu universo

intelectual.

(NASCIMENTO, 2003, p. VIII)

Acima de qualquer coisa, o estágio supervisionado,

embora pedagógico, é um exercício de pesquisa que resulta na escritura de um

trabalho monográfico, quase nos moldes da pesquisa

científica.

(BIANCHI; ALVARENGA; BIANCHI, 2003 p.1)

As exigências das profissões no mundo real concorrem para que os diversos cursos, em

todos os níveis, incluam em sua grade curricular atividades teórico-práticas para que os alunos finalizem seus estudos com

trabalhos mais complexostrabalhos mais complexos, neles envolvendo procedimentos que aliem a teoria à prática. Para que isso aconteça é necessário que se desenvolva projetos nos quais decidam-se

ações a serem aplicadas.

Estágio

[...] Tende a assumir um caráter investigatório, científico

e seu resultado poderá ser apresentado em forma de

monografia ou relatório, como fator de contribuição para a qualidade do ensino. (BIANCHI;

ALVARENGA; BIANCHI, 2003 p.2)

Prática educativa

Se constitui num processo-projetoprocesso-projeto profissional, tanto no âmbito do trabalho de estágio, quanto na

supervisão. É assimilada pelo aluno quando este se reconhece criativo, autor de uma ação singular. Temos

como referência a noção de educação como processo-projeto de processo-projeto de

humanização do sujeitohumanização do sujeito. (PACCHIONI, 2000, p.35).

Responsabilidade dos supervisores de estágio

• Conhecimento dos processos teórico-metodológico;

• Desenvolvimento dos objetivos de ensino;

• Atualização das políticas educacionais, dos programas e da realidade;

• Planejamento das atividades;• Estabelecimento de critérios de

avaliação. (PACCHIONI, 2000, p.36).

Prática de supervisão de estágio

Consiste numa relação de empatia em que se compreende a aprendizagem, não de forma unilateral, como sendo apenas do aluno [...] pressupõe que o

supervisor esteja disponível para refletir consigo mesmo [...] esta capacidade de reflexão é indispensável à aquisição do

suporte para acompanhar o estagiário[...] o supervisor deve

desenvolver-se igualmente. (PACCHIONI, 2000, p.39).

FORMAÇÃO DE PROFESSORES – segundo Saviani

“O que é necessário alguém saber para se constituir, converter em professor?”

SAVIANI, Demerval. Os saberes implicados na formação do Educador. In: BICUDO, Maria Aparecida; SILVA JUNIOR,

Celestino (orgs) Formação do Educador. São Paulo: UNESP, 1996.

1 – Saber Atitudinal: “essa categoria compreende o domínio dos comportamentos e vivências

consideradas adequadas ao trabalho educativo. [...]

competências que se prendem à identidade e conformam a

personalidade do educador, mas que são objeto de formação por processos tanto espontâneos,

como deliberados e sistemáticos” (p. 148)

2 – saber crítico-contextual: Trata-se do

saber relativo à compreensão das condições sócio-históricas que

determinam a tarefa educativa;

3 – Saberes específicos: “Nesse âmbito incluem-se os saberes

correspondentes às disciplinas em que se recorta o conhecimento socialmente produzido e que

integram os currículos escolares – sejam elas oriundas das ciências da natureza, das ciências humanas,das artes ou das técnicas ou de outras

modalidades” (p.149)

4 – Saber Pedagógico; “Aqui se incluem os conhecimentos produzidos pelas ciências da educação e sintetizados nas

teorias educacionais, visando a articular os fundamentos da educação com as orientações que se imprimem ao trabalho

educativo” (p.149)

5 – Saber Didático – Curricular:

“Sob essa categoria compreendem-se os

conhecimentos relativos às formas de organização e realização da atividade educativa no âmbito da

relação educado-educando. [...] é o domínio da saber-

fazer” (p.149)

FONTES:• MATTAR NETO (2002)• FACHIN (2001)• MINAYO (1994)• TRIVIÑOS (1987)• GASPARIN (2005)• GADOTTI (2006)• DEMO (1985)• DEMO (1998)• MINAYO (1994)• MARTINS (2005)• LÉVY STRAUSS (1975)• GIANOTTEN; WIT (1985)• MATTAR NETO (2002)

(FONTES SOBRE ESTÁGIO ESTAO NO SLIDE DO TRABALHO)

top related