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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE
FOLHA LÍDER
Nucleo de Apoio Administrativo do CRH - Coordenadoria de Recursos Humanos
Processo: 001.0008.000868/2016 Volume: 1
Origem: Centro de Legislação de Pessoal do GGP-Grupo de Gestao de Pessoas
Interessado: ZULMIRA FERIATO ALEXANDRE CPF/CNPJ:
Assunto: Ação judicial
Detalhe: REFERENTE À AÇÃO JUDICIAL - PROCESSO:1003311-95.
2015.8.26.0053 DA 74 VARA DE FAZENDA PÚBLICA DE COMARCA DE SÃO PAULO.
Série documental:
Processo Mãe:
Data de Autuação: 03/10/2016
11111111111010111101111011111,1111111111111 Registrado em 03/10/2016 às 15:10h por Marra Irene da Silva - CRH
Nucleo de Apoio Administrativo do CRH - Coordenadoria de Recursos Humanos SISRAD - Sistema de Registro e Acompanhamento de Documentos e Processos
[MAI 1ROS.
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _a VARA
DA FAZENDA PUBLICA DA COMARCA DE SÃO PAULO-SP,
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1 — ZULMIRA FERIATO ALEXANDRE
Brasileira; Viúva; RG 5.597.997; CPF/MF 521.960.898-34
Rua Jacarandata, 39, Santa Inês, São Paulo/SP
Vem, por seu advogado, respeitosamente, à presença de
Vossa Excelência, propor a presente AÇÃO ORDINÁRIA, contra a
FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO e SÃO PAULO
PREVIDÊNCIA, pelas razões de direito e de fato a seguir aduzidas:
A Autora é servidora pública estadual aposentada
pertencente aos quadros da Secretaria da Saúde, e vem sofrendo uma
grande injustiça por parte da Administração Pública.
Devido à relevância de sua função, teve o
reconhecimento por parte do Governo do Estado de São Paulo, com a
concessão do Prêmio de Incentivo, instituído pela Lei 8.975/94.
Acontece que, o referido prêmio não vem sendo calculado
sobre o 13° Salário e 1/3 (um terço) das férias.
A Lei n'. 8.975/94, ao instituir o Prêmio de Incentivo, assim
prescreveu:
"Artigo 1° - Poderá ser concedido, aos servidores em
exercício na Secretaria da Saúde, Prêmio de Incentivo,
objetivando o incremento da produtividade e o
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Rua 5( -,e3 316
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aprimoramento da qualidade dos serviços e das ações
executados pela referida Secretaria, mediante avaliação
dos seguintes fatores:
Artigo 4° O prêmio de Incentivo não se incorporará
aos vencimentos ou salários para nenhum efeito, e
sobre ele não incidirão vantagens de qualquer
natureza, bem como os descontos previdenciários e
de assistência médica
(• • • )
"§ único - O valor do Prêmio de Incentivo não será
computado no cálculo do décimo terceiro salário a
que refere a Lei complementar 644, de 26 de dezembro
de 1989."
Como se pode perceber, a própria lei que instituiu o
Prêmio de Incentivo excluiu o seu cômputo no décimo terceiro salário,
apesar de ser pago de forma permanente.
A Concessão do Prêmio de Incentivo foi prorrogada até
30 de novembro de 1996 pela Lei Estadual N°. 9.185, que alterou a Lei
que o instituiu, passando o referido prêmio a ser pago também aos
servidores das autarquias vinculadas à Secretaria da Saúde.
Posteriormente em 1996, foi promulgada nova Lei
Estadual N°. 9.463, novamente alterando os dispositivos da Lei
criadora do Prêmio em discussão, passando esse prêmio a ser
concedido por prazo indeterminado.
3107-27581 ,Nwwfalleirosmartin: Jr i falleuosmar, alleir smar tìns.íorn br Roa Santo Anta nio , 3 16 Apt. 15, f',ela Vista Sào Paulo/SP CEP (`1314-000
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O Decreto Estadual N°. 41.794, de 19 de maio de 1997,
regulamentou a concessão do Prêmio de Incentivo, com as alterações
introduzidas pelo Decreto Estadual N° 42.955 de 23 de março de 1998
estabelecendo que: cc 2 cc
"Artigo 1° - os dispositivos adiantes mencionados do
Decreto 41.974, de 19 de maio de 1997, passam a o
vigorar com a seguinte redação: Lu
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Artigo 3° - O Prêmio de Incentivo será papo -3
mensalmente e terá como composição percentual o cri Lo
máxima o que se segue: 1-1-) C) R1 O
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Ocorre que, apesar de o Prêmio de Incentivo ser C) Lf-) vantagem que integra de forma definitiva os vencimentos da Autora, a c •
Ré em desrespeito a Constituição Federal, não computa o mesmo na oá Ld
base de cálculo do 13° Salário. a N *É- f.6 o O) E
Por outro lado, apesar de a Ré efetuar o pagamento do '5 8 o —
Prêmio de Incentivo nas férias da Autora, quando em atividade, .0 (-5 0
também não o credita ao acréscimo de 1/3 (um terço) das férias, 2 rd
rts 0- conforme prescreve o inciso XVII do artigo 7° da Constituição Federal. •c o
Ef) O 0 ct --
A natureza jurídica do Prêmio de Incentivo, instituído pela -o_ cn (i)
Lei 8975/94, demonstra a característica de vantagem que integra os ,tr vencimentos, uma vez que é pago todo mês, desde a sua instituição OS
até a presente data e, consequentemente, não se justifica sua
exclusão no cálculo do pagamento do 13° Salário e no 1/3 (um terço) N O das férias. 5 -Co
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"5 a) O fato fundamental é que o Prêmio de Incentivo U O O a5
representa, na verdade, um aumento de vencimentos em caráter geral, „-
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uma vez que é pago a todos os servidores em atividade, sem qualquer
especificação de função ou local de trabalho.
DO 13° SALÁRIO PAGO SOBRE A REMUNERAÇÃO INTEGRAL
O 13° Salário é um direito social e deve ser pago com
base na remuneração integral ou sobre o valor da aposentadoria,
assegurado pela Constituição Federal em seu artigo 7°, VIII, a saber:
"Artigo 7° - são direitos dos trabalhadores urbanos e
rurais, além de outros que visem a à melhoria de sua
condição social:
VIII - décimo terceiro salário com base na
remuneração integral ou no valor da aposentadoria."
(grifo nosso)
A norma Constitucional não deixa qualquer dúvida de que
o Décimo Terceiro Salário deve ser pago com base na remuneração
integral.
A Constituição Estadual em seu artigo 124 §3°,
igualmente assegura tal direito.
A Lei Complementar n°. 644/89, que regulou o 13° salário
pago aos servidores estaduais, igualmente determina o seu pagamento
com base na remuneração integral ou valor dos proventos de
aposentadoria, senão vejamos:
"Artigo 1° - O décimo terceiro salário de que trata o artigo
39, § 2°, combinado com o artigo 7°, inciso VIII, da
Constituição Federal, será pago anualmente, em dezembro,
a todos os servidores públicos civis e militares do Estado,
devendo ser calculado com base na remuneração integral
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ou no valor dos proventos de aposentadoria ou reforma a
que fizerem jus naquele mês .
§ 1° - Para os fins desta lei complementar, entende-se por
remuneração integral a soma de todos os valores
percebidos pelo servidor em caráter permanente,
compreendendo: (grifo nosso)
1. vencimento, remuneração, salário ou proventos;
2. adicional por tempo de serviço;
3. sexta-parte;
4. gratificações incorporadas;
5. vantagem de Lei de Guerra;
6. gratificação pela sujeição ao Regime Especial de Trabalho
Policial;
7. indenização pela sujeição ao Regime Especial de Trabalho
Policial Militar;
8. quotas fixas de que trata o inciso I do artigo 5° da Lei
Complementar n° 567, de 20 de julho de 1988;
9. vantagem pessoal percebida a qualquer título; e
10. Outras vantagens incorporadas.
§ 4° - Para fins de cálculo do décimo terceiro salário, não
serão considerados os valores pagos sob quaisquer dos
seguintes títulos:
1. indenização de qualquer natureza;
2. pagamentos atrasados não pertinentes ao exercício;
3. acréscimo de 1/3 (um terço) à retribuição mensal do
servidor, de que trata o artigo 39, § 2°, combinado como
artigo 7°, inciso XVII, da Constituição Federal;
4. créditos do Programa de Integração Social e do Programa
de Assistência ao Servidor Público Estadual;
5. diárias e ajuda de custo;
6. auxílio-transporte;
7. aplicação dos itens 1 e 2 do § 3° do artigo 7° da Lei
Complementar n° 567, de 20 de julho de 1988;
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8. salário-família e salário-esposa; e
9. outros que não sejam pertinentes à remuneração ou aos
proventos.
Observe-se que o artigo 1°, § 4°, apenas exclui as
gratificações absolutamente transitórias, como auxílio transporte,
diárias, ajuda de custo, e outras, totalmente diferente do Prêmio de
Incentivo, que é vantagem paga mensalmente, integrando os
vencimentos com habitualidade desde o ano de 1994, sem interrupção,
o que justifica o seu cômputo no 13° Salário.
DO ACRÉSCIMO DE 1/3 (UM TERÇO) SOBRE AS FÉRIAS
A Ré, apesar de realizar pagamento do referido prêmio
nas férias, não o credita sobre o acréscimo de 1/3 (um terço).
Com efeito, o acréscimo de 1/3 (um terço) sobre as férias
é assegurado pelo inciso XVII do artigo 7° da Constituição Federal:
"Artigo 7° (.
XVII — gozo de férias anuais com, pelo menos, um
terço a mais do que o salário Normal.". (Grifo Nosso)
Assim, inteiramente devido o pagamento do acréscimo de
1/3 das férias sobre o Prêmio de Incentivo.
O 13° Salário e férias com acréscimo de 1/3 (um
terço), são vantagens trabalhistas, pagas a todos os
FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS ou de empresas privadas, por força do
§ 3° do artigo 39 da Constituição Federal
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A jurisprudência mais recente do Egrégio Tribunal de Justiça
de São Paulo, agasalha tal entendimento e neste sentido, pode-se destacar
algumas decisões, a saber:
APELAÇÃO COM REVISÃO n° 813.860.5/5-00
COMARCA: SÃO PAULO
APELANTES: APARECIDA MARQUES ROSA (E OUTROS)
APELADA: FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO
SERVIDOR PUBLICO. PRÊMIO DE INCENTIVO À
QUALIDADE (PIQ). Leis Estaduais n° 8.975/94, 9185/95 e 9
463/96.Pretensão à inclusão no cálculo do 13° salário e
terço constitucional das férias Admissibilidade Vantagem
que por ser de caráter permanente deve integrar a
remuneração integral. Exegese dos artigos 7o, VIII, e 39, §
3o, da Constituição Federal. Precedentes deste Tribunal
de Justiça. Ação procedente Recurso provido.
COMARCA: SÃO PAULO
APELAÇÃO N° 766.279-5/7-00
APELANTES: MARIA CILEIDE NERY E OUTROS
APELADA: FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Servidor público estadual - Servidores da área da saúde -
Prêmio de Incentivo - Pretensão a sua inclusão no cálculo
do 13" salário e 1/3 de férias - Conhecimento - lei n°.
8.975/1994, com as alterações efetuadas pelas Leis
9.185/95 e 9.463/96 - Ação procedente - Recurso provido.
APELAÇÃO CÍVEL: 785.582-5/9
COMARCA: SÃO PAULO
APELANTE: FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO
APELADA: SANDRO LUIS DOS SANTOS DE JESUS UEHARA
SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL Secretaria de Saúde -
Pretensão do autor objetivando a inclusão do Prêmio de
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Incentivo à Produtividade e Qualidade (PIPQ), criado pela
Lei Estadual n° 8.975/94, prorrogada por prazo
determinado pela Lei Estadual n° 9.185/95 e novamente
prorrogada por tempo indeterminado pela Lei Estadual n°
9.463/96, devidamente regulamentada pelo Decreto
Estadual n° 41.794/97, no cálculo do 13° salário e do
acréscimo de um terço de férias - Procedência da ação
decretada em primeiro grau - Exclusão prevista no
parágrafo único do art. 4°, da Lei Estadual n° 8.975/94, que
contrasta com preceito constitucional - Arts, 7o, VIII, e 39,
§ 3o, da CF, que asseguram a incidência do 13° salário
sobre a remuneração integral dos servidores públicos —
Lei Complementar Estadual n° 644/89 que também
preconiza a mesma forma de cálculo — Prêmio que vem
sendo pago reiteradamente por vários anos, restando
descaracterizada a conotação de provisoriedade prevista
na legislação estadual - Daí, que desde a sua instituição a
vantagem pecuniária deve ser incluída no cálculo do 13°
salário e do acréscimo de um terço de férias - Sentença
mantida — Recurso não provido.
DO PRINCÍPIO DA IGUALDADE
Por fim, registre-se que a Ré, ao deixar de incluir o valor
correspondente ao Prêmio de Incentivo quando do pagamento do 13°
Salário e do acréscimo de 1/3 (um terço) das férias aos servidores da
Secretaria de Estado da Saúde, afronta o princípio da Igualdade.
Os servidores vinculados à Secretaria da Fazenda
percebem, mensalmente, o Prêmio de Incentivo à Qualidade — PIQ,
que é computado não só no pagamento do 13° salário, mas também no
acréscimo de 1/3 (um terço) das férias, conforme determina o artigo 7°
da Lei Complementar n°. 887/2000.
(1.1) 3107-2751. www.falleiros,.nartins cr, 0, falleirosmartLfalleJ,_ riuis.com.br Rua Santu 316 Apt. 45, Bela Vista São PalÉo/SP CEP Cl .4-000
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O Prêmio de Incentivo (servidores da saúde) e o Prêmio
de Incentivo à Qualidade (servidores da Fazenda) possuem a mesma
natureza jurídica. Entretanto, apenas os servidores vinculados à c/J z Secretaria da Fazenda recebem, corretamente, o décimo terceiro
salário e o terço constitucional de férias, uma vez que computado o
PIQ para o cálculo dos benefícios, fato que demonstra a violação ao
princípio da isonomia insculpido no art. 5° da Constituição Federal. O 11J
DO PEDIDO O
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Pelo exposto, requer a Autora a citação da(s) Ré(s) na CL O In C6
'cr pessoa de seus representantes legais, para responder(em) aos termos a • w -0
• o da presente ação, sob pena de revelia, esperando ao final pela o o,
• -o procedência da ação com a condenação da(s) Ré(s) a(o): o O')
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acréscimo de 1/3 (um terço) das férias percebidas pela Autora; E -(VJ
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b) pagamento das parcelas atrasadas, respeitando-se a 0 • o CL)
prescrição quinquenal, acrescida da correção monetária, desde a as 2 u> c.)
exigibilidade sucessivasucessiva das prestações, e juros de mora, a partir da -5 0 • o
"ã E citação; o O
o cu — -o_ É U
c) apostilar o título, para reconhecimento de futuro, do 15 uj
'CD
direito pleiteado nesta ação, fixando-se prazo para cumpri-lo, sob pena dr;
de incidência de multa por dia de atraso, nos termos do artigo 645 do u,
Código de Processo Civil. o, N CD ...E.
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a) inclusão do Prêmio de Incentivo instituído pela Lei
Estadual N°. 8.975/94 no cálculo do 13° Salário, bem como no _ -
d) pagamento dos honorários advocatícios nos termos do
artigo 20, parágrafo 3° do Código de Processo Civil, bem como a
reembolsar a Autora das eventuais custas processuais despendidas;
(H) "A107-2.75b ‘c.v.iw.falleiros:uart-ins.c.J)rn Rua Santu António, 316 .Apt. 45. Gala tsta São Pau
[At LEI ROS & MAM'
e) ainda, por não estar em condições de arcar com as
custas processuais sem prejuízo próprio e de sua família, requer seja
concedido o benefício da justiça gratuita, nos termos da Lei n°
1.060/50;
Protestam por todos os meios de prova em direito admitidos,
especialmente juntada de documentos.
Dá-se à causa o valor de R$ 47.280,00 (quarenta e sete mil e
duzentos e oitenta reais).
Nestes Termos,
P. Deferimento.
São Paulo, 21 de janeiro de 2015.
Alice de O. Martins Falleiros Mario Augusto de O. Bento Falleiros
OAB/ SP 333.197 OAB/SP 309.124
11) 3107-275, vmw.fa(letrosmart!ns.carn br j falleuosma ,)fatleaotliat tins.cor
Rua Sartu António, 316 Apt. 45. Feia Vista São Patu CEP 4j 1:314 000
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO COMARCA de SÃO PAULO
FORO CENTRAL - FAZENDA PÚBLICA/ACIDENTES
7" VARA DE FAZENDA PÚBLICA
VIADUTO DONA PAULINA. 80. SÃO PAULO - SP - CEP 01501-000
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TERMO DE CONCLUSÃO
Eu, Reverson Leandro Mendes, Chefe de Seção Judiciário. matr. M35N729. em II de setembro de 2015, faço estes autos conclusos ao(à) MM. Juiz(a) de Direito Dr(a). Emílio Migliano Neto.
SENTENÇA
Processo n°:
1003311-95.2015.8.26.0053 - Procedimento Ordinário Requerente:
Zulmira Feriato Alexandre Requerido:
'Fazenda do Estado de São Paulo e SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREV
Justiça Gratuita Z CY; CO o t z cc2, < co
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ZULMIRA FERIATO ALEXANDRE ajuizou a presente ação pelo 2 cn w 1,9
procedimento ordinário em face da FAZENDA DO ESTADO DE SÃO o • o 0. CO
PAULO e da SÃO PAULO PREVIDÊNCIA -- SPPREV, alegando que é 0.) • •
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instituído pela Lei 8.975/94, sendo que o mesmo deve ser calculado sobre En (Y.)
o 13" salário e 1/3 das férias. Assim requereu a procedência da ação para 73 c), c
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quinquenal, acrescida da correção monetária. desde a exigibilidade • E U -.a
apostilamento do benefício. Requereu a gratuidade judiciária. Atribuiu à (1)
causa o valor de R$ 47.280,00. A petição inicial de fls. 01/10 veio
instruída com o instrumento procuratório e documentos de fls. 11/17. Por o u) N cÕ
meio da decisão de fl. 19 foi deferida a gratuidade judiciária. Citadas --- - C/3
(certidões de fl. 25 e fl. 28), as requeridas contestaram. em peça única, às E • á ais
fls. 29/34. pugnando pela improcedência da ação, com os consectários o (1) ro • o O (1) C U)
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O presente é assinado digitalmente pelo(a) MM. Juiz(a) de Direito Dr(a). Emílio Migliano Neto, nos termos O
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do art. 1°, §2°, inciso In, alínea "a", da Lei Federal n° 11.419, de 19 de dezembro de 2006. _c) ct = c o _ o s(5
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sucessiva das prestações. e juros de mora, a partir da citação, e o
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legais. Réplica à fl. 37. Instadas as partes a especificarem outras provas
que pretendessem produzir (fl. 38). ambas informaram que não possuem
outras provas. pleiteando pelo julgamento antecipado da lide (fl. 41 e fl.
42).
É o relatório do essencial.
Passo à fundamentação e à decisão.
Conheço diretamente do pedido e pela convicção de não haver
necessidade de produção de prova pericial e instrução em audiência, passo
à seguinte fase conforme o artigo 330, I. do Código de Processo Civil, uma
vez que o deslinde da controvérsia está a depender exclusivamente da
aplicação do direito aos fatos já positivados nos presentes autos.
Nos termos do art. 1" da Lei 8.975/94. de 25.11.1994. poderá ser
concedido, em caráter experimental e transitório, pelo prazo de 12 (doze)
meses, prêmio de incentivo aos servidores em exercício na Secretaria da
Saúde, objetivando o incremento da produtividade e o aprimoramento da
qualidade dos serviços prestados na área da saúde. sendo certo que o
prêmio de incentivo será pago mensalmente (art. 3" do Decreto 42.955. de
23.3.1998).
Embora a Lei 8.975/94 tenha sido alterada pela Lei 9463/96. a qual
deu continuidade ao pagamento do acréscimo financeiro, não se pode
perder de vista que o benefício trata de incremento de produtividade e do
aprimoramento da qualidade dos serviços prestados na área da saúde.
Sendo assim, não há possibilidade dos inativos serem atingidos pelo
alimento financeiro. até porque não mais podem ter produtividade nem
conseguem aprimorar a qualidade dos serviços da saúde.
Destarte. exigindo os diplomas legais requisitos que os aposentados
não podem cumprir, não resta dúvida que a gratificação se enquadra como
O presente é assinado digit'lmente pelo(a) MM. Juiz(a) de Direito Dr(a). Emílio Migliano Neto, nos termos
do art. 1°, §r, inciso III, alínea "a", da Lei Federal n° 11.419, de 19 de dezembro de 2006.
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fls. 45
propter laborem ou nropter personue e não em caráter geral.
Se assim é. por óbvio. descabe falar em extensão aos inativos.
A respeito do tema, ademais. assim tem se pronunciado o Tribunal
de Justiça de São Paulo:
"SERVIDOR PÚBLICO PAI ATIVIDADE. PRÉMIO
IN('ENTI"O. Lei Estadual n. 8.9'5'94 alterada pela Lei
Estadual n. 9.185/95. Pretensão à inclusão na base de cálculo
do 13" salário e das férias. Aplicação do artigo 7". inciso VIII 1— ó w z mai e. c. artigo 39, , 3", ambos da ('onslituição Federal. A O '1- z6
incorporação do benefício é vedada, pois O acréscimo - ,- <co
cio pecuniário expressa vantagem "pra labore faciendo", sendo
o so o devido somente aos servidores em atividade, porquanto registra :.-3 cD
o pressuposto do efetivo exercício da função. A vantagem W ▪ °
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pecuniário instituída quer premiar e estimular O servidor para cu •"-' c° tn
que retina melhor desenvolvimento qualitativo e quantitativo, o E ',5
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que não significa que sua incidência não alcance os demais' ',5 a.) o ,-- direito.' do servidor, já que, em atividade, o beneficio é devido -o co aS r) c c>
e deve compor a base de cálculo do 13" salário e das . férias. en ,___ _ cn O
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Condenação ao pagamento das verbos pretéritas, respeitada a c , (,:s {2 o -é.. prescrição quinquenal." (TISP, 9" C 2
amara de Direito Público, o 0.. o o -o
Apelação Cível n" 1001507-42.2014.8.26.0663 . j. 15.10.2015, as E cp -5.
eminente Relatora Desembargadora Regina Capis 6
trano). o .a. -..-
(grifei) r.-- .,zr- u) ct5
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POSTO ISSO. julgo improcedente o presente pedido na forma do u) ,....._
n
artigo 269, inciso 1. do Código de Processo Civil, e consequentemente — o_ ln — o u-) N "Áz,
julgo extinto o processo, com julgamento do mérito. --._ ,
-,,---.. Arcará a vencida com as custas e despesas processuais. bem como E "ái_
verba honorária que fixo em RS 1.000,00. valor esse que será atualizado a o a>
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partir da publicação da presente sentença. devendo ser observado que a
autora é beneficiaria da justiça gratuita (fl. 19).
São Paulo. 30 de dezembro de 2015.
Emílio Migliano Neto Juiz de Direito
(assinado digitalmente)
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O presente é assinado digitalmente pelo(a) MM. Juiz(a) de Direito Dr(a). Emílio Migliano Neto, nos termos
do art. 1°, §2°, inciso III, alínea "a", da Lei Federal n° 11.419, de 19 de dezembro de 2006.
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO
São Paulo 8" Câmara de Direito Público
fls. 75
Registro: 2016.0000244814
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação n° 1003311-95.2015.8.26.0053, da Comarca de São Paulo, em que é apelante ZULMIRA FERIATO ALEXANDRE, são apelados FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO e SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREV.
ACORDAM, em 8a Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão: "Deram provimento ao recurso. V. U.", de conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão.
O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores CRISTINA COTROFE (Presidente sem voto), RONALDO ANDRADE E LEONEL COSTA.
São Paulo, 13 de abril de 2016
MANOEL RIBEIRO
RELATOR
Assinatura Eletrônica
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São Paulo 8° Câmara de Direito Público
fls. 76
Voto n° 2822
Apelação n° 1003311-95.2015.8.26.0053
Apelante: ZULMIRA FERIATO ALEXANDRE
Apelados: FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO e SÃO
PAULO PREVIDÊNCIA SPPREV
Comarca de São Paulo
Juiz prolator da sentença: Dr. Emílio Migliano Neto
SERVIDORA PÚBLICA ESTADUAL --
Pretensão de inclusão do "Prêmio de
Incentivo" (Lei n° 8.975/94) no cálculo do 13°
salário e no acréscimo de 1/3 de férias -
Sentença de improcedência da ação - Prêmio
que deve ser considerado em sua
integralidade para os aludidos cálculos
Pretensão que conta com amplo amparo
jurídico Artigos 39, §§3° e 7°, VIII, da
Constituição Federal e Lei Estadual n°
644/1989 - Benefício pago com habitualidade
Princípio da separação dos Poderes não
violado Inaplicabilidade da Lei 11.960/2009
Decisão do STF na ADI n° 4357/DF, que
decretou a inconstitucionalidade, "por
arrastamento", do seu art. 5° - Entendimento
desta Câmara no sentindo de que não mais
prevalece no ordenamento jurídico o artigo 1°-
F da Lei n° 9.494'97, com a redação dada pelo
artigo 5° da Lei n° 11.960/2009, impondo-se
aplicar a redação do aludido artigo, em
conformidade com a MP 2.180-35/01 -
Precedentes Recurso provido.
Trata-se de ação ordinária, ajuizada por ZULMIRA
Apelação n° 1003311-95.2015.8.26.0053 - São Paulo - Voto n° 2.822 - 2/17
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO
São Paulo 8" Câmara de Direito Público
fls. 77
FERIATO ALEXANDRE contra FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE
SÃO PAULO e SÃO PAULO PREVIDÊNCIA SPPREV, objetivando a
inclusão do Prêmio de Incentivo de Qualidade (PIQ) no cálculo do 13°
salário e 1,3 sobre as férias percebidas pela autora, com pagamento
das parcelas atrasadas, respeitada a prescrição quinquenal, acrescidas
de correção monetária, desde a exigibilidade sucessiva das
prestações e juros de mora, a partir da citação. Requereu, ainda, o
apostilamento do título.
A r. sentença (fls. 43/46), cujo relatório é adotado,
julgou improcedente o pedido, na forma do artigo 269, inciso I, do
Código de Processo Civil, por entender que o prêmio incentivo é uma
gratificação propter laborem ou propter personae e não uma vantagem
de caráter geral. Condenou a autora ao pagamento de custas e
despesas processuais, bem como verba honorária fixada em R$
1.000,00, respeitada a gratuidade de justiça.
Inconformada, apela a autora (fls. 49/57), postulando
a reforma da sentença. Sustenta, em síntese, que (i) o Prêmio de
Incentivo foi concedido de forma geral para todos os servidores e o
patamar de 50% constitui um piso do qual a gratificação, oferecida de
forma generalizada, caracteriza-se num aumento de vencimentos
disfarçado, devendo ser estendido aos servidores inativos; e (ii) a
Constituição Federal determina a extensão do décimo terceiro e férias
aos servidores públicos (art. 39, § 3°).
Regularmente processado o recurso (fls. 58), foram
apresentadas contrarrazões (fls. 61/65).
É o relatório.
Apelação n° 1003311-95.2015.8.26.0053 - São Paulo - Voto n° 2.822 - 3/17
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO
São Paulo 8" Câmara de Direito Público
fls. 78
Em que pese o entendimento adotado pelo nobre
juiz sentenciante e as razões de seu convencimento, o recurso
comporta provimento.
A vantagem denominada "Prêmio de Incentivo" foi
instituída pela Lei Estadual n° 8.975, de 25 de novembro de 1994, para
os servidores da Secretaria da Saúde. De acordo com o artigo 1° de
referida Lei, com a redação dada pela Lei Estadual n° 9.463, de 19 de
dezembro de 1996, ficou determinado que:
"poderá ser concedido, aos servidores em
exercício na Secretaria da Saúde, Prêmio de Incentivo,
objetivando o incremento da produtividade e o aprimoramento da
qualidade dos serviços e das ações executadas pela referida
Secretaria, mediante avaliação dos seguintes fatores: I
integralidade da assistência ministrada; II - grau de resolutividade
de assistência ministrada; III universidade do acesso e
igualdade do atendimento; IV - racionalidade dos recursos para
manutenção e funcionamento dos serviços; V - crescente
melhoria do Sistema Único de Saúde - SUS/SP".
Consoante dispõe o artigo 2°, §1°, do mesmo
diploma:
"a metade dos recursos destinados ao benefício
de que trata esta lei será dividida entre os servidores em exercício
na Secretaria da Saúde e nas autarquias a ela vinculadas,
respeitando-se, para essa divisão, apenas a classificação por
nível de complexidade da atividade de cada categoria funcionar'.
O Decreto n° 41.794, de 19/05/97, que regulamentou
o benefício. estabeleceu, em seu artigo 3°, que:
Apelação n° 1003311-95.2015.8.26.0053 - São Paulo - Voto n° 2.822 - 4/17
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO
São Paulo 8" Câmara de Direito Público
"O Prêmio de Incentivo será pago
trimestralmente e terá como composição percentual máxima o
que segue:
I - 50% (cinquenta por cento) resultantes da
aplicação do disposto no § 1° do artigo 2° da Lei n° 8.975, de 25
de novembro de 1994, com a redação dada pela Lei n° 9.463. de
19 de dezembro de 1996;
II - 25% (vinte e cinco por cento) resultantes
da avaliação individual a ser efetuada pela Chefia imediata do
servidor;
1// - 25% (vinte e cinco por cento) resultantes
da avaliação institucional, a ser efetuada pela Comissão a que se
refere o artigo 9° deste decreto".
Desse modo, depreende-se da norma
regulamentadora aludida que o Prêmio de Incentivo compõe-se de uma
parte fixa, a qual efetivamente consubstancia-se em aumento de
vencimentos - na medida em que fora estendida a todos os servidores
de forma geral e indiscriminada - e de uma parte variável, arbitrada de
forma particularizada para cada servidor, em função de avaliação
individual e institucional.
Diante da disciplina legal dada à matéria, em se
tratando de benefício que vem sendo pago habitualmente aos
servidores, seja em sua parcela variável ou invariável - entende-se que
o Prêmio de Incentivo reveste-se de caráter remuneratório, devendo,
portanto, ser considerado para todos os efeitos, integrando a base de
cálculo do 13° salário e do terço de férias.
Lembre-se que os servidores públicos gozam de
direitos sociais, assegurados aos trabalhadores do setor privado,
Apelação n° 1003311-95.2015.8.26.0053 - São Paulo - Voto n° 2.822 - 5/17
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TRIBUNAL, DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO
São Paulo 8" Câmara de Direito Público
fls. 80
conforme dispõe o art. 39, §3°, da CF. Assim, fazem jus ao "décimo
terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da
aposentadoria" (art. 7°, VIII, da CF) e ao "gozo de férias anuais
remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário
normal" (art. 7°, XVII, da CF).
A consequência dos preceitos constitucionais
expostos, que utilizam as expressões "integral" e "normal", é a de que
todas as parcelas remuneratórias recebidas pelos servidores devem
integrar a base de cálculo do valor correspondente aos direitos sociais
assegurados.
Aliás, em consonância com a disciplina
constitucional, dispõe a Lei Estadual n° 644/1989:
"Artigo 1° - O décimo terceiro salário de que trata
o artigo 39, § 2°, combinado com o artigo 7°, inciso VIII, da
Constituição Federal, será pago anualmente, em dezembro, a
todos os servidores públicos civis e militares do Estado, devendo
ser calculado com base na remuneração integral ou no valor dos
proventos de aposentadoria ou reforma a que fizerem jus naquele
mês".
Além disso, a Resolução SS - 1, de 7-1-2009, de
autoria do Secretário do Estado da Saúde estabelece:
"O Secretário de Estado de Saúde, considerando
que 50% (cinqüenta por cento) do recurso destinado ao
pagamento do prêmio de incentivo é dividido aos servidores em
exercício na Secretaria de Estado da Saúde, independente de
avaliação; considerando disposições do artigo 40, §3°, da Carta
Magna que estabelece que "os proventos de aposentadoria, por
Apelação n° 1003311-95.2015.8.26.0053 - São Paulo - Voto n° 2.822 - 6/17
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São Paulo 8" Câmara de Direito Público
ocasião de sua concessão, serão calculados com base na
remuneração do servidor no cargo efetivo em que se der a
aposentadoria e, na forma da lei. corresponderão à totalidade da
remuneração"; e considerando que servidores vem conquistando
o direito à percepção prêmio de incentivo após a aposentação,
mediante decisão judicial, resolve:
Artigo 1° - O servidor do quadro da Secretaria
de Estado da Saúde que, por ocasião da aposentadoria,
esteja percebendo o Prêmio de Incentivo de que trata a Lei n°
8.975, de 25 de novembro de 1994, alterada pela Lei n° 9.463,
de 19 de dezembro de 1996, fará jus a manutenção do
benefício no valor preconizado no inciso 1, do artigo 3°, do
Decreto n° 41.794, de 19 de maio de 1997.
Parágrafo Único - O benefício de que trata o
"caput" será calculado com base no valor estabelecido para o
cargo/função - atividade em que se der a aposentadoria.
Artigo 2.° - Não fará jus ao beneficio de que trata
o artigo anterior o servidor que, por ocasião da aposentadoria. se
encontre afastado a qualquer título, exceto quando tratar-se de
licença para tratamento de saúde ou licença por acidente de
trabalho ou doença profissional.
Artigo 3.° - As disposições desta resolução
aplicam-se, nas mesmas condições, aos servidores que passaram
à inatividade a partir do exercício de 1995.
Artigo 4. ° - Esta resolução entra em vigor a
partir de 01 de janeiro de 2009." (g. n.)'
Aliás, consoante anota o eminente Des. Paulo
Dimas Mascaretti: "De qualquer modo, mesmo as vantagens
Apelação n° 1003311-95.2015.8_26.0053 - São Paulo - Voto n° 2.822 - 7/17
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO
São Paulo 8" Câmara de Direito Público
fls. 82
pecuniárias concedidas a título transitório são espécies do gênero
retribuição pecuniária, ou seja; constituem uma efetiva contraprestação
pelo desempenho das funções, não podendo então ser suprimidas
para fim de aplicabilidade dos direitos sociais previstos no artigo 7°,
incisos VIII e XVII, da Constituição Federar.
E arremata: "À evidência, em relação às vantagens
não incorporadas, ou seja, que não se aditam a título definitivo ao
vencimento, o cálculo do 13° salário e do acréscimo de um terço das
férias as alcançará enquanto vigorarem; ocorrendo a supressão, fica
automaticamente excluída a incidência; mas a transitoriedade não
pode interferir na aplicação de um direito social, na exata dimensão do
texto constitucional, sendo irrelevante, daí, a exclusão prevista na
norma local. dada a observância obrigatória da Lei Maior"2.
Assim, o cálculo do 13° salário e 1/3 de férias deve
abranger, também, o Prêmio de Incentivo, não restando, em razão
disso, aviltado o princípio da separação dos Poderes, tampouco
desrespeitado o âmbito de discricionariedade da Administração
Pública.
Nesse sentido, jurisprudência deste E. Tribunal de
Justiça:
"SERVIDORA PÚBLICA ESTADUAL -
Diferenças salariais - Prescrição do fundo do direito afastada,
reconhecendo-se a ocorrência da prescrição quinquenal -
PRETENSÃO À INCLUSÃO DO PRÊMIO INCENTIVO NA BASE
DE CÁLCULO DO 13° SALÁRIO E 1/3 DE FÉRIAS -
Admissibilidade - Prêmio que vem sendo pago reiteradamente por
Apelação Civel n° 0010026-17 2011.8 26.0602. julgada em 08/08/2012. 2 Idem.
Apelação n° 1003311-95.2015.8.26.0053 - São Paulo - Voto n° 2.822 - 8/17
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vários anos, restando descaracterizada a conotação de
provisoriedade prevista na legislação estadual precedente deste
E. Sodalicio - JUROS MORATÓRIOS E CORREÇÃO
MONETÁRIA - Aplicação da Lei n° 11.960/2009 Impossibilidade
- A regra a ser utilizada é a contida no artigo 1°-F. da Lei
9.494/97, sem contudo observar as regras da Lei n° 11.960/2009,
por ser declarada inconstitucional pelo Plenário do STF - Decisão
reformada Recurso provido" (Apelação n°
1010619-47.2014.8.26.0562, Rel. Des. Rebouças de Carvalho,
93 Câmara de Direito Público, julgado em 27/10/2014).
"AGRAVO REGIMENTAL EM DECISÃO
MONOCRÁTICA - Ratificação dos fundamentos desta, cujos
elementos de convicção não foram infirmados (artigo 252 do
Regimento Interno/2009): SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL -
PRÊMIO DE INCENTIVO À QUALIDADE (PIQ) - LEI ESTADUAL
N.° 8.975/94
Vantagem que, embora formalmente não
incorporável, é de caráter permanente, integrando a
remuneração do servidor Logo, o valor deste prêmio,
destacado no demonstrativo mensal, deverá ser levado em
conta para o cálculo do décimo terceiro salário, do terço de
férias e dos adicionais por tempo de serviço (quinquênio e sexta-
parte), diante do disposto nos artigos 7°. VIII e 39, § 3°, da
Constituição Federal, e art. 129 da Constituição Estadual -
Vantagem abrangida pelo enunciado da Súmula n° 31 do TJSP -
Nega-se provimento ao apelo da Fazenda do Estado, com
observação quanto à legislação aplicável ao cálculo dos juros e
correção monetária - Agravo regimental desprovido." (Apelação
n° 0004398-26.2010.8.26.0297, Rel. Ponte Neto, 82 Câmara de
Direito Público, julgado em 27/11/2013) (grifo nosso).
"SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL
SECRETARIA DA SAÚDE. Prêmio de INCENTIVO (LEI
ESTADUAL 8.975/94). INCORPORAÇÃO E INTEGRAÇÃO NO
CÁLCULO DO 13° SALÁRIO E 1/3 DE FÉRIAS. A aparência
Apelação n° 1003311-95.2015.8.26.0053 - São Paulo - Voto n° 2.822 - 9/17
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inicial de precariedade do benefício passou a ter a
característica de permanência, com as reiteradas reedições
da sua incidência e indistinta aplicação, além de previsão na
lei específica de integração aos proventos. Incorporação do
beneficio, que ora configura verdadeiro aumento salarial. Decisão
reformada. Recurso provido." (Apelação n°
0010901-73.2012.8.26.0562, Rel. Danilo Panizza, / a Câmara de
Direito Público, julgado em 27/08/2013). (grifo nosso).
"SERVIDORA PÚBLICA ESTADUAL.
PRÊMIO DE INCENTIVO instituído pela Lei n° 8.975/94.
Pretensão de inclusão dos valores percebidos a título de prêmio
de incentivo na base de cálculo do DÉCIMO TERCEIRO
SALÁRIO E DO ACRÉSCIMO DE UM TERÇO DAS FÉRIAS.
CABIMENTO. Observância ao disposto no art. 1° e §1° da Lei
Complementar Estadual n°. 644/89 e art. 7°, incisos VIII e XVII,
c.c art. 39, §3°, da CF. Manutenção da r. sentença de
procedência. Recursos desprovidos." (Apelação n° 0006288-
95.2012.8.26.0566, Rel. Des. Peiretti de Godoy, 13a Câmara de
Direito Público, julgado em 21/08/2013).
Dessa forma, mister a reforma da r. sentença, a fim
de acolher a pretensão recursal e, consequentemente, o pedido inicial.
Quanto aos juros de mora e à correção monetária,
incidentes sobre os valores devidos aos servidores, não é caso de
aplicação da Lei n° 11.960/2009 à hipótese vertente.
O Supremo Tribunal Federal, na Ação Direta de
Inconstitucionalidade n° 4.357, em 14 de março de 2013, afirmou a
inconstitucionalidade de dispositivos da Emenda Constitucional n° 62,
de 2009, e. "por arrastamento", do artigo 5° da Lei n° 11.960, de 2009.
Assim, entende-se que não mais subsiste, no ordenamento jurídico, o
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artigo 1°-F da Lei n° 9.494/97, com a redação dada pelo artigo 5° da
Lei n° 11.960/2009, devendo incidir o referido artigo, com a redação
dada pela Medida Provisória n° 2.180-35, de 24.08.2001.
A questão alusiva à extensão da declaração de
inconstitucionalidade, se atinge parte do art. 5° da Lei n° 11.960/2009
ou sua integralidade, ainda não está definitivamente resolvida,
especialmente acerca de limitação ao âmbito do precatório expedido
ou sobre a condenação na fase de conhecimento.
Consoante anota o eminente Ministro Luiz Fux, na
análise de repercussão geral - Tema 810 RE 870947:
"Destarte, a decisão do Supremo Tribunal
Federal foi clara no sentido de que o art. 1°-F da Lei n° 9.494/97,
com a redação dada pela Lei n° 11.960/09, não foi declarado
inconstitucional por completo. Especificamente quanto ao regime
dos juros moratórios incidentes sobre as condenações impostas à
Fazenda Pública, a orientação firmada pela Corte foi a seguinte:
Quanto aos juros moratórios incidentes sobre
condenações oriundas de relação jurídico-tributária, devem ser
aplicados os mesmos juros de mora pelos quais a Fazenda
Pública remunera seu crédito tributário:
Quanto aos juros moratórios incidentes sobre
condenações oriundas de relação jurídica não-tributária, devem
ser observados os critérios fixados pela legislação
infraconstitucional, notadamente os índices oficiais de
remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança,
conforme dispõe o art. 1°-F da Lei n° 9.494/97, com a redação
dada pela Lei n° 11.960/09.
Revela-se, por isso, necessário e urgente que
o Supremo Tribunal Federal reitere, em sede de repercussão
geral, a tese jurídica fixada nas ADIs n° 4.357 e 4.425,
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orientando a atuação dos tribunais locais aplicação dos
entendimentos formados por esta Suprema Corte".
Por outro lado, a eficácia prospectiva reconhecida na
modulação dos efeitos da decisão de inconstitucionalidade do art. 5° da
Lei 11.960/09 faz alusão a precatório expedido. Portanto, a questão
alusiva à limitação da declaração de inconstitucionalidade ao âmbito do
precatório expedido ou sobre a condenação na fase de conhecimento
ainda não está resolvida, cabendo invocar a decisão eminente Ministro
Luiz Fux, na análise de repercussão geral - Tema 810 - RE 870.947,
que afirma:
"Segunda Questão:
Regime de atualização monetária das
condenações impostas à Fazenda Pública
Já quanto ao regime de atualização monetária
das condenações impostas à Fazenda Pública a questão reveste-
se de sutilezas formais. Explico.
Diferentemente dos juros moratórios, que só
incidem uma única vez até o efetivo pagamento, a atualização
monetária da condenação imposta à Fazenda Pública ocorre em
dois momentos distintos.
O primeiro se dá ao final da fase de
conhecimento com o trânsito em julgado da decisão condenatória.
Esta correção inicial compreende o período de tempo entre o
dano efetivo (ou o ajuizamento da demanda) e a imputação de
responsabilidade à Administração Pública. A atualização é
estabelecida pelo próprio juízo prolator da decisão condenatória
no exercício de atividade jurisdicional.
O segundo momento ocorre já na fase executiva,
quando o valor devido é efetivamente entregue ao credor. Esta
última correção monetária cobre o lapso temporal entre a
inscrição do crédito em precatório e o efetivo pagamento. Seu
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cálculo é realizado no exercício de função administrativa pela
Presidência do Tribunal a que vinculado o juízo prolator da
decisão condenatória.
Pois bem. O Supremo Tribunal Federal, ao julgar
as ADIs n° 4.357 e 4.425, declarou a inconstitucionalidade da
correção monetária pela TR apenas quanto ao segundo período,
isto é, quanto ao intervalo de tempo compreendido entre a
inscrição do crédito em precatório e o efetivo pagamento. Isso
porque a norma constitucional impugnada nas ADIs (art. 100, §12,
da CRFB, incluído pela EC n° 62/09) referia-se apenas à
atualização do precatório e não à atualização da condenação ao
concluir-se a fase de conhecimento.
As expressões urna única vez e até o efetivo
pagamento dão conta de que a intenção do legislador ordinário foi
reger a atualização monetária dos débitos fazendários tanto na
fase de conhecimento quanto na fase de execução. Daí por que o
STF, ao julgar as ADIs n° 4.357 e 4.425. teve de declarar a
inconstitucionalidade por arrastamento do art. 1°-F da Lei n°
9.494/97. Essa declaração, porém, teve alcance limitado e
abarcou apenas a parte em que o texto legal estava logicamente
vinculado no art. 100, §12, da CRFB. incluído pela EC n° 62/09, o
qual se refere tão somente à atualização de valores de
requisitórios.
Na parte em que rege a atualização monetária
das condenações impostas à Fazenda Pública até a expedição do
requisitório (i.e., entre o dano efetivo/ajuizamento da demanda e a
condenação), o art. 1°-F da Lei n° 9.494/97 ainda não foi objeto de
pronunciamento expresso do Supremo Tribunal Federal quanto à
sua constitucionalidade e, portanto, continua em pleno vigor.
Ressalto. por oportuno, que este debate não se
colocou nas ADIs n° 4.357 e 4.425, uma vez que, naquelas
demandas do controle concentrado, o art. 1°-F da Lei n° 9.494/97
não foi impugnado originariamente e, assim. a decisão por
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arrastamento foi limitada à pertinência lógica entre o art. 100, §12,
da CRFB e o aludido dispositivo infraconstitucional.
Essa limitação, porém. não existe no debate dos
juros moratórios, uma vez que, segundo a jurisprudência pacífica
do STF, não incidem juros moratórios sobre precatórios (no prazo
constitucional entre a sua expedição e o pagamento efetivo), de
sorte que o arrastamento decidido pelo STF nas ADIs n° 4.357 e
4.425 refere-se, tal como fazia o art. 100, § 12 da CRFB, aos juros
rnoratórios fixados na data da condenação.
Não obstante isso, diversos tribunais locais vêm
estendendo a decisão do Supremo Tribunal Federal nas ADIs n°
4.357 e 4.425 de modo a abarcar também a atualização das
condenações (e não apenas a dos precatórios). Foi o que fez o
TRF da 4a Região no presente recurso extraordinário.
(...)
Ainda que haja coerência, sob a perspectiva
material, em aplicar o mesmo índice para corrigir precatórios e
condenações judiciais da Fazenda Pública. é certo que o
julgamento das ADIs n° 4.357 e 4.425 sob a perspectiva formal,
teve escopo reduzido. Daí a necessidade e urgência em o
Supremo Tribunal Federal pronunciar-se especificamente sobre a
questão e pacificar, vez por todas, a controvérsia judicial que vem
movimentando os tribunais inferiores e avolumando esta própria
Corte com grande quantidade de processos.
Manifesto-me pela existência da repercussão
geral da seguinte questão constitucional:
A validade jurídico-constitucional da
correção monetária e dos juros moratórios incidentes sobre
condenações impostas à Fazenda Pública segundo os
índices oficiais de remuneração básica da caderneta de
poupança (Taxa Referencial - TR), conforme determina o art.
1°-F da Lei n° 9.494/97, com redação dada pela Lei n°
1'1.960/09".
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Há de prevalecer, portanto, a conclusão de que a
declaração de inconstitucionalidade das leis tem aplicabilidade
imediata, impondo-se reconhecê-la, até que sobrevenha,
definitivamente, a devida modulação.
E não resta dúvida de que, na decisão de
14/03/2013, o Plenário do Supremo Tribunal Federal declarou a
inconstitucionalidade "c) da expressão 'índice oficial de remuneração
básica da caderneta de poupança', constante do §12 do art. 100 da
CF, do inciso II do §1° e do §16, ambos do art. 97 do ADCT;" e "e) por
arrastamento, do art. 5° da Lei 11.960/2009" (informativo do STF n°
698).
Enquanto isso não ocorre é firme nesta Colenda
Câmara o entendimento, já explicitado, de que não mais prevalece no
ordenamento jurídico o artigo 1°-F da Lei n° 9.494/97, com a redação
dada pelo artigo 5° da Lei n° 11.960/2009.
Nesta toada, os juros de 0,5% ao mês deverão
incidir na forma do art. 1°-F da Lei 9.494/97, em conformidade com a
redação da MP n° 2.180-35/2001, até que nova orientação seja firmada
pelo Pretório Excelso a respeito do alcance e efeitos da declaração de
inconstitucionalidade.
Cabe registrar que os juros incidirão a partir da
citação, conforme dispõe o art. 1°-F citado.
Quanto à correção monetária, aplica-se a Tabela
Prática do Tribunal de Justiça, até que nova orientação seja firmada
pelo Pretória Excelso.
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Por derradeiro, inverte-se o ônus sucumbencial,
condenando-se as apeladas ao pagamento de honorários advocatícios,
fixados em R$ 2.000,00, nos termos do artigo 20, §§3° e 4°, do Código
de Processo Civil.
Cumpre observar que o aludido diploma legal
oportuniza ao magistrado a fixação da verba honorária advocatícia de
acordo com um juízo de equidade, permitindo, assim, a análise das
minúcias e circunstâncias factuais de cada caso concreto, de modo a
garantir a adequada e eficaz aplicabilidade da norma, bem como
assegurar a devida razoabilidade e proporcionalidade adstritas a essa
questão.
No caso em comento, o pleito inicial encontra-se
alicerçado em entendimento jurisprudencial já sedimentado nesta
Corte, de modo que não resta configurada a complexidade da causa a
ensejar a fixação dos honorários advocatícios em quantum superior ao
referido, ou de outra forma.
Considero prequestionada toda matéria
infraconstitucional e constitucional, a fim de viabilizar eventual acesso
às vias extraordinária e especial, lembrando que não é necessária a
menção de dispositivos legais para esse efeito, bastando que ela seja
apreciada para ensejar o manejo desses recursos (Súmulas 211 do E.
STJ e 282 do E. STF). Nesse sentido:
"O órgão judicial, para expressar a sua
convicção, não precisa aduzir comentários sobre todos os
argumentos levantados pelas partes. Sua fundamentação pode
ser sucinta, pronunciando-se acerca do motivo que, por si só,
achou suficiente para a composição do litígio" (STJ-1 a T., AI
1 69.073-SP-AgRg. Min. José Delgado, j. 4.6.98. v.u., DJU
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17.8.98). No mesmo sentido: RSTJ 148/356, RT 797/332,
RJTJESP 115/207, JTJ 349/638 (AP 991.09.051344-5-EDc1)" 3
Ante o exposto, dá-se provimento ao recurso da
autora, para julgar procedente o pedido, condenado as apeladas à
inclusão do "Prêmio de Incentivo" no cálculo do décimo terceiro salário
e do terço constitucional de férias da apelante, bem como ao
pagamento das diferenças devidas, com correção monetária, desde o
vencimento das parcelas, pela Tabela Prática do Tribunal de Justiça, e
juros de mora de 6% ao ano, a partir da citação, observada a
prescrição quinquenal. Sucumbentes, as apeladas arcarão com o
reembolso das custas e pagamento dos honorários advocatícios da
apelante, fixados em R$2.000,00, nos termos do artigo 20, §§3° e 4°,
do Código de Processo Civil, com atualização a partir da data da
sentença.
Manoel Ribeiro Relator
'Cedijo de Processo Ga: e legislação processnal em weor / Theotono Negrão, Jose '2oheno F Gouvea Lus Guilherme A Bondioll e João i5--ancisco N na Fonseca 45. ed São Paulo Sarava 2013 o 708 Nota 3' ao a figo 535
Apelação n° 1003311-95.2015.8.26.0053 - São Paulo - Voto n° 2.822 - 17/17
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PODER ,JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
MIM S.1 4.4.1 - Serv. de Proces. da 8" Câmara de Dir. Público
Endereço - Av. Brigadeiro Luiz António. 849. sala 205 - Bela
Vista - CEP: 01317-905 - São Paulo/SP - 3101 -8958
CERTIDÃO
Processo n": 1003311-95.2015.8.26.0053 Classe Assunto: Apelação - Gratificação de Incentivo Apelante Zulmira Feriato Alexandre Apelado Fazenda do Estado de São Paulo e outro Relator(a): Manoel Ribeiro Órgão Julgador: 8' Câmara de Direito Público
CERTIDÃO DE TRÂNSITO EM JULGADO
Certifico que o v. acórdão transitou em julgado em 10/06/2016.
São Paulo, 13 de julho de 2016.
Cláudia Cristina Pivatto - Matrícula: M815834
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Data de disponibilização: 06.'09/2016 - Órgão Judicial: Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo - Caderno 3 - Judicial - la Instancia - Capital / Fortins Centrais - JUIZO DE DIREITO DA 7a VARA DE FAZENDA
Fóruns Centrais - Vara da Fazenda Pública JUÍZO DE DIREITO DA T VARA DE FAZENDA PÚBLICA JUIZ(A) DE DIREITO EMILIO MIGLIANO NETO ESCRIVÃ(0) JUDICIAL ALIE FE MARIA DE OLIVEIRA VALENTIM EDITAL DE INTIMAÇÃO DE ADVOGADOS - Processo 1003311-95.2015.8.26.0053 - Procedimento Comum - Gratificação de Incentivo - Zulmira Feriato Alexandre - &/!8216;Fazenda do Estado de São Paulo e outro -Intime-se o(a) executado(a) &.#8216:Fazenda do Estado de São Paulo, SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREV, para que demonstre o cumprimento da obrigação de fazer (apostilamento do direito-), no prazo de 30 (trinta) dias.A parte executada poderá apresentar impugnação ao cumprimento da obrigação de fazer, no prazo de 15 (quinze) dias, contados desta intimação, nos termos do arts. 536. § 4° e 525. ambos do CPC.Deixo de arbitrar honorários advocatícios, devidos apenas em caso de impugnação (resistência). nos termos do art. 85. § 70, do CPC. Quanto as planilhas informes oficiais, observo que estas poderão ser obtidas administrativamente pelo(s) interessado(s) para a apresentação do demonstrativo de débito e requerimento nos termos do art. 534, razão pela qual este( s) devera(ão) diligenciar pessoalmente, ou por intermédio de seu advogado. junto ao departamento jurídico respectivo, acostando-os, a seguir. aos presentes autos. - ADV: ALICE DE OLIVEIRA MARTINS FALLEIROS (OAB 333197/SP). MARIO AUGUSTO DE OLIVEIRA BENTO FALLEIROS (OAB 309124/SP). STELA CRISTINA FURTADO (OAB 139166/SP)
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCURADORIA JUDICIAL
COMARCA DA CAPITAL - FAZENDA PÚBLICA - 7aVFP
PROCEDIMENTO ORDINÁRIO N°. 1003311-95.2015.8.26.0053
REQUERENTE: ZULMIRA FERIATO ALEXANDRE
PRAZO PARA CUMPRIMENTO: 30 DIAS
Ao SAP,
Em atenção a intimação retro (pág. 41), solicito o
encaminhamento do presente expediente à SECRETARIA DA
SAÚDE, por ser a competente para cumprir a obrigação de
fazer, procedendo-se ao apostilamento do direito da autora para
incidência do PIQ sobre o décimo décimo terceiro e terço de
férias, nos_termos_da r. Sentença (págs. 28/31) e v. Acórdão
(págs.5/21), transitado em julgado, no prazo improrrogável
de 30 dias, cujos documentos comprobatórios deverão ser
encaminhados diretamente ao MM. Juiz da causa, com cópia
para esta Procuradoria, nos termos do Decreto n° 61.782/2016.
São Paulo, 23 de setembro de 2016.
STELA CRISTINA FURTADO
Procuradora do Estado
OAB/SP N° 139.166
Rua Maria Paula, 67, lo Andar, Bela Vista, São Paulo-SP 2015 01 081419
PGE Servidor Rii-:sidualCd2.INFRAHUE3 29/0912016 -10:‘̀-22
Para: Orlando Delgado Fernandes/SAUDE/BR@SAUDE, Henrique Sugahara Francisco/SAUDE/BR@SAUDE. Stela Cristina Fudado/PGE/BR@INFRAHUB.
Assunto: OBRIGAÇÃO DE FAZER - 2015.01.081419 - ZULMIRA FERIATO ALEXANDRE
Texto da Mensagem
A.Solicitação de Ofícios (201501081419).pdf
B.Petição Inicial (201501081419)).pdf B.Sentença (201501081419).pdf C.Acórdão (201501081419).pdf 11'
D.Intimação (201501081419).pdf
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS
GRUPO DE GESTÃO DE PESSOAS
CENTRO DE LEGISLAÇÃO DE PESSOAL
Fls.
TERMO DE SOLICITAÇÃO DE AUTUAÇÃO
Nesta data. solicito ao Núcleo de Apoio Administrativo da Coordenadoria de
Recursos Humanos a autuação do processo, de interesse de ZULMIRA FERIATO
ALEXANDRE, referente à ação judicial -- processo: 1003311-95.2015.8.26.0053 da 7"
Vara de Fazenda Pública da Comarca de São Paulo, que deverá ser encaminhado ao Centro
de Legislação de Pessoal.
CLP, em 30 de setembro de 2016.
ORLANDO DELGADO FERNANDES
DIRETOR TÉCNICO II
CLP/ulh.
4 OUT 2ü13 A DIRETORA DO CENTRO DE CONTROLE DE RECURSOS
HUMANOS, DO GRUPO DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL, DA
COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS, no uso de suas atribuições legais,
DECLARA, à vista de decisão judicial transitada em julgado, constante do Processo n°
1003311-95.2015.8.26.0053, da 7' Vara de Fazenda Pública - Foro Central e SS n°
001/0008/000.868/2016, que ZULMIRA FERIATO ALEXANDRE, RG. 55S7997, do
Conjunto Hospitalar do Mandaqui, faz jus a inclusão do valor do Prêmio de Incentivo,
instituído pela Lei n° 8.975/94 e alterações posteriores, na base de cálculo do DÉCIMO
TERCEIRO SALÁRIO e do acréscimo de 1/3 constitucional de FÉRIAS percebidos,
com o pagamento das diferenças devidas, observada a prescrição quinquenal (o
ajuizamento da ação ocorreu em 01/02/2015).
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE
PORTARIA DA DIRETORA DE
PUBLICADO NO D O E
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1 5 CUT 201i
CENTRO DE CONTROLE DE RECURSOS HUMANOS, 1}0 GRUPO
DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL, aos
EVELIN OLIVEIRA KUBO Diretor Técnico 11 - Substituto
Nm/1923
cOr. Aminado n:), Orittirptl
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