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INSTITUTO DE GRADUAÇÃO TECNOLÓGICA –UNIG/FUNCEFETTURMA DO 4º PERIODO DA GRADUAÇÃO DE GESTÃO AMBIENTAL
PARECER TÉCNICO
1– DESCRIÇÃO DO LOCAL 2
3. – CARACTERÍSTICAS DO LOCAL DA ATIVIDADE E SEU ENTORNO 3
4. - IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS E SEUS CONTROLES 5
5. – IDENTIFICAÇÃO DE RISCO: 11
6. - INFORMAÇÕES ADICIONAIS: 12
7. – AVALIAÇÃO E CONCLUSÃO: 15
12/4/2023
INSTITUTO DE GRADUAÇÃO TECNOLÓGICA –UNIG/FUNCEFETTURMA DO 4º PERIODO DA GRADUAÇÃO DE GESTÃO AMBIENTAL
PARECER TÉCNICO
1 - ÁREA DE ESTUDO
A área está situada em Rocha Sobrinho, precisamente na Avenida Coelho da Rocha, nº.1760,
próximo à antiga chaminé da olaria dos Quintela, nesta municipalidade. Parte dos fundos da
fábrica de blocos MGC BLOCOS e da Rua Professor João Ribeiro Filho. Latitude
22°47'1.90"S / Longitude 43°24'47.27"W. Comprimento – 90m / altura – 18m.
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AVENIDA COELHO DA ROCHA
MGC BLOCOS
ÁREA ASSISTIDA
Rua professor João Ribeiro Filho
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PARECER TÉCNICO
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“Construir uma cultura de prevenção não é fácil. Os custos da prevenção devem ser pagos no presente, e seus benefícios estão em um futuro distante. Ainda mais que os benefícios não são tangíveis, e se referem aos desastres que não acontecerão”.
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1.2 HISTÓRICO:
Durante muitos anos a paisagem de Mesquita foi formada por laranjais, olarias e poucas
residências. Por volta de 1940 a população atingia cerca de 9.109 mil habitantes, mas a
decadência na produção de laranjas provocou a venda das chácaras e começaram a surgir os
primeiros loteamentos, entre o pé da Serra e a Estrada de Ferro.
Segundo o Sr. .......................... , 65 anos, morador deste bairro há 45 anos, e 30 como
motorista de caminhão da antiga olaria dos Quintela. Segundo ele a área em questão pertencia à
família Quintela, onde todo solo argiloso era removido e empregado na fabricação de tijolos,
bárbaras, telhas entre outros materiais que dependiam dessa matéria prima. O local de estudo
era um morro e como relatado no parágrafo acima parte fora removido.
2. – SIGNIFICADO DO MEIO FÍSICO NA ORGANIZAÇÃO DO AMBIENTE URBANO
A área investigada abrange a esquerda da Serra do Mendanha, que condiciona a drenagem
geral em direção à Baia de Guanabara, notada no Rio Dona Eugênia, pertencendo a vertente à
esquerda do Rio Dona Eugênia. Portando o sentido do fluxo do lençol freático segue da direção
de Sul para Oeste. As observações foram divididas pelas margens esquerda e direita do curso
fluvial. Esta área pertence à microbacia do Rio Dona Eugênia. Às atividades antrópicas
causadoras de grandes transformações na paisagem local. As duas mais evidentes e impactantes
podem ser assim organizadas:
1. Urbanização (loteamentos);
2. Pequenos galpões industriais.
2.1 – características do solo
Podzólico Vermelho-Amarelo, compreendido como solo mineral não hidromórfico, com
horizonte A seguidos de horizontes B textural não plíntico, argila de atividade alta ou baixa de
cores vermelhas a amarelas e teores de Fe2 O3, com tendência a tonalidade escura. Usualmente
de matiz mais vermelho que 10YR e com valores 5 e 6, croma 6 a 8 e teores de inferiores a
15%. O horizonte A é moderado, ocorrendo, contudo, outros tipos, excetuado o turfoso.
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3. – CARACTERÍSTICAS DO LOCAL E SEU ENTORNO
3.1 Unidades de Conservação:
A área não está inserida em Unidade de Conservação, pertencente aos grupos de proteção
integral ou de desenvolvimento sustentável, no âmbito federal ou estadual.
3.2 Áreas de Preservação Permanente e outras áreas frágeis (áreas florestadas, lagos, nascentes, morros):
O talude situa-se em área comprometida com a expansão urbana e dista 2,78 km dos limites da
APA Gericinó Mendanha, unidade Estadual, e APA Mesquita, unidade Municipal (parecer da
Supervisão de Unidades de Conservação, Praças e Jardins de 10/12/07).
A Região está incluída na Bacia do rio Sarapuí. O relevo é constituído por uma topografia
semi- plana, com predominância de um talude de 2,16 m.
A vegetação é em sua maior extensão composta por gramíneas e arbustos.
3.3 Usos do solo na circunvizinhança e zoneamento municipal:
De acordo com a Prefeitura de Mesquita, a área estudada encontra-se situado no Bairro Rocha
Sobrinho, e, segundo o Plano Diretor do Município (Lei n° 355/06), está classificado como
Área de Restrição ao Adensamento (ARA), onde as atividades industriais são consideradas
adequadas.
A vizinhança do Talude é constituída por algumas residências uni familiares, no entorno da
Via Light (RJ 081), distando aproximadamente 80 metros da Via Light; 1,72 km da Via Dutra
(BR-116) e 1,18 km da Estação Aduaneira (Porto Seco).
3.4 Corpos d'água, faixas marginais de proteção e qualidade das águas:
A atividade encontra-se instalada a 490 metros das margens do Rio Dona Eugênia e a 810
metros das margens do Rio Sarapuí, fora de FMP.
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3.5 Qualidade do ar e bacia aérea:
O local não possui Bacia Aérea definida pela FEEMA
4. - IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS E SEUS CONTROLES
A erosão dos solos e a degradação das terras constituem um dos maiores problemas a serem
enfrentados pela população, sendo objeto de especial de estudo. A mais impressionante
expressão da degradação das terras pelos processos erosivos dentre os quais, estão às
construções de estradas, rodovias, ferrovias, aeroportos e loteamentos. Dentre esses exemplos,
o que mais vêm se despontando nessa problemática são os loteamentos com a realização de
cortes sem estudos em áreas de montes e morros, originando formações de extensas áreas
degradadas, muitas vezes ocasionando na formação de grandes taludes.
4.1 - IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS
O talude em questão situa-se adjacente a Avenida Coelho da Rocha, em Rocha Sobrinho,
Mesquita. É uma área de aproximadamente 1.170 m² (mil cento e setenta metros quadrados),
totalmente erodida em estágio avançado de degradação devido ao intemperismo, falta de
vegetação e o uso do local como uma imensa lixeira. Esses fatores associado ao índice
pluviométrico, deixam o talude em total instabilidade, como veremos nas fotos anexadas neste
laudo, colocando em risco uma fábrica de blocos na parte baixa, e as residências que se
encontram na parte de cima do talude, mais precisamente na Rua Professor João Ribeiro Filho,
além do carreamento de sedimentos para a avenida, e conseqüentemente para cursos d’água a
jusante através das “caixas de areia”, conhecidas como ralo de rua ou boca de lobo.
5 - METODOLOGIA
A metodologia utilizada é baseada nas técnicas de bioengenharia envolvendo materiais
de estruturas rígidas, biodegradáveis e recicladas.
A grande maioria das erosões são áreas degradadas que apresentam alguma estabilidade
geotécnica, por isso o tratamento com as técnicas indicadas sempre apresenta sucesso. As
erosões que devem utilizar os processos tradicionais, como retaludamento, são aquelas que todo
local já foi degradado e a erosão não é mais recuperável.
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A metodologia utilizada será baseada no processo erosivo exercido principalmente nos
meses em que o índice pluviométrico é maior na região sudeste (setembro a março), baseado
nos intempéries e no principio da pressão hidráulica onde o seu efeito nos corte transversais são
agravados pelos deslocamentos de terras do talude.
Será desenvolvido um sistema de drenagem das águas pluviais, composta de sistema de
canaletas na parte superior e inferior.
A drenagem terá por objetivo captar e conduzir as águas pluviais até as redes coletoras.
A contribuição de água externa ao talude não poderão ser conduzidas por ele sem que haja
proteção. Construiu-se canaletas contornando todo o perímetro a montante do talude,
recolhendo as contribuições provenientes de áreas próximas. Devido à alta declividade do local,
viu-se a necessidade de construção de dissipadores de energia, protegendo a área a jusante.
Portanto, as águas coletadas pelas canaletas serão conduzidas até as escadas em degrau e
posteriormente até a caixa de dissipação. Ao captá-las, eles as conduzem ao paramento e as
despejam nas canaletas, os drenos subhorizontais profundos, DHPs, resultam da instalação de
tubos plásticos drenantes de 1¼" a 2", em perfurações no solo, de 2½ a 4".
Os tubos são perfurados e recobertos por manta geotêxtil ou por tela de nylon. São drenos
lineares embutidos no maciço, cujos comprimentos se situam, normalmente, entre 6 e 18 m.
3.1 Reconstrução de TaludesConsiste na reconstrução total do talude tomando os cuidados básicos
Necessários para um bom aproveitamento do mesmo, sejam eles:
1. Escolha da jazida de solo adequada;
2. Tratamento prévio dos solos da jazida.
3. Limpeza adequada do terreno para preparo da fundação, tomando o cuidado de
remover toda a vegetação, bem como suas raízes;
4. Estocagem do solo superficial e do solo com matéria orgânica para
5. Futura utilização na fase final da execução do aterro;
6. Preparação da superfície de contato entre o terreno e o aterro, quando inclinado,
em forma de degraus;
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7. Implantação de uma drenagem de base eficiente sempre que existirem surgências
d´água ou a possibilidade de infiltrações significativas pelo aterro;
8. Compactação adequada do aterro com equipamentos específicos.
3.2 – Retaludamento
É um processo de terraplanagem através do qual se alteram, por cortes ou aterros, os
taludes originalmente existentes em um determinado local para se conseguir uma estabilização
do mesmo. Das obras de estabilização de taludes é a mais usada devido à sua simplicidade e
eficácia. Geralmente é associado a obras de controle de drenagem superficial e de proteção
superficial, de modo a reduzir a infiltração d´água no terreno e disciplinar o escoamento
superficial, inibindo os processos erosivos.
3.3 Escadas de dissipação de energia d´água:
Canais construídos em forma de degraus geralmente segundo a linha de maior declive do
talude. Têm por objetivo coletar e conduzir as águas superficiais captadas pelas canaletas não
deixando que as mesmas atinjam velocidades de escoamento elevadas devido à dissipação de
energia.
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3.4 Caixas de transição Caixas construídas nas canaletas e escadas d´água, nas mudanças bruscas de direção de
escoamento e na união de canaletas de seções transversais distintas. Tem por objetivo
direcionar melhor o escoamento das águas e possibilitar a dissipação de energia hidráulica.
3.5 Muro de solo-pneu
Nos muros de espera ou de arrimo, serão utilizados pneus descartados de acordo com
algumas experiências, embora ainda em pequena escala, foram realizadas em Jacarepaguá, no
Rio de Janeiro (Sieira et al., 1997). São obras de fácil construção e de baixo custo, com boa
drenabilidade, que utiliza o solo da própria encosta associado a uma estrutura montada com
pneus inservíveis, amarrados uns aos outros segundo um arranjo pré-estabelecido em função da
altura da encosta e das dimensões do muro.
Ao final, o muro de solo-pneu deve ser recoberto por uma camada de terra para
preenchimento dos vazios formados pelo encaixe dos pneus, com semeadura de gramíneas para
sua fixação, evitando que pneus expostos possam representar risco de incêndio. O número de
camadas de pneus é função da altura e inclinação do talude, bem como das condições de
estabilidade do muro. Caso o solo utilizado no enchimento dos pneus seja argiloso (má
drenagem), deve-se colocar barbacãs para a saída de água do dreno de areia ou de brita.
Vantagem dos muros com pneus usados:
Essa técnica apresenta uma vantagem ecológica, por oferecer destino final aos pneus
descartados, os quais causam sérios problemas sanitários pela acumulação de água, com
proliferação de mosquitos e outros insetos.
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EXEMPLO DO SISTEMA CONSTRUTIVO DE SOLO PNEU camada par camada ímpar
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TIPO DO TALUDE: CONVEXO-CONVEXO SEGUNDO CHORLEY, 1984.
4- FOTOS DO LOCAL
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5 - CONCLUSÕES
O tipo de erosão tratada é bastante comum em todo país e com o uso das técnicas de
bioengenharia os resultados mostraram-se surpreendentes, não apresentando nenhum foco
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erosivo e, além disso, o impacto visual do local foi sensivelmente melhorado. Os custos de
execução foram menores que as técnicas tradicionais. Concluiu-se que as técnicas utilizadas
foram adequadas, eficientes e econômicas, porque o trabalho realizado atingiu os anseios do
cliente e do órgão ambiental, pois na execução não há movimentação de máquinas e caminhões
no local da obra limitando-se apenas a movimentação de pessoal e materiais na área de erosão.
A tela vegetal aplicada juntamente com os produtos biodegradáveis, protege
imediatamente o solo, conservando a umidade por um longo período de tempo. A tela vegetal
utilizada, após certo período de tempo, inicia o seu apodrecimento fornecendo nutrientes ao
solo que é absorvido pelas raízes das plantas, mantendo assim o vigor dos vegetais.
O mix de sementes utilizado é muito importante por ter espécies de gramíneas e leguminosas
com arquitetura de raízes e crescimento diferentes, podendo manter o talude, verde durante
todo o ano.
Essa técnica deverá ter crescimento nos próximos anos, pois sua divulgação fará com
que ampliem suas aplicações pelo fato de ser eficiente, rápida, de baixo custo além de ser
benéfica a todo meio ambiente. As técnicas de bioengenharia adotadas no tratamento da erosão
foram rápidas extremamente eficientes e de custo reduzido quando comparado com os métodos
tradicionais da construção civil. Os resultados agradaram o cliente e a população vizinha,
melhorando o visual e parecendo que não houve interferência do homem naquele local. Com o
uso das técnicas de bioengenharia não há grandes movimentações de terra, utilizam-se produtos
biodegradáveis ocorrendo mais infiltração de água, o solo fica totalmente protegido e oferece
condições a natureza de recomposição da vegetação original num período de tempo mais curto.
Comparativamente aos métodos tradicionais de engenharia, houve uma redução de 113% no
custo.
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5 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Augusto Filho, O. & Virgili, J.C. (1998). Estabilidade de taludes. In: Geologia de Engenharia. São Paulo, ABGE
João Bertoldo de Oliveira, Paulo Kingler T. Jacomine, Marcelo Nunes Camargo. (1992). Classes Gerais de Solos do Brasil. Guia auxiliar para o seu reconhecimento.
CAPUTO, H. P.. 4ª ed. Rio de Janeiro. LTC Editora S/A. 1998. Sim. Introdução à Mecânica dos Solos. VARGAS, Milton. São Paulo. Mcgraw-Hill do Brasil ...
www. cprm .gov.br
www. ipt .br
http://cursos.anhembi.br/TCC-2006/Trabalhos/tcc-43.pdf
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