os desafios da escola pÚblica paranaense na … · economia familiar, envolvendo as famílias dos...
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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
1 FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
Título: Economia Doméstica: A Formação Cidadã e a Garantia de Direitos Sociais
Autor Janete Piffer
Disciplina/Área (ingresso no PDE)
Matemática
Escola de Implementação do Projeto e sua localização
Colégio Estadual Luiz Augusto Morais Rego
Município da escola Toledo
Núcleo Regional de Educação
Toledo
Professor Orientador Prof. Dr. Marcos Lübeck
Instituição de Ensino Superior
UNIOESTE – Campus de Foz do Iguaçu
Relação Interdisciplinar
Resumo Esta unidade didática aborda a importância da economia doméstica na formação social e cultural dos estudantes, cujo o estudo busca preencher uma lacuna na construção de conhecimentos matemáticos dos alunos que demonstram dificuldade para colocar em prática os saberes matemáticos escolares. Assim, investigamos se é possível ajudar os alunos a compreender a economia doméstica para incentivá-los a participar no controle econômico da família. Para tanto, o projeto tem como objetivo geral desenvolver conhecimentos efetivos de economia doméstica que atendam às necessidades das famílias dos alunos, e como objetivos específicos, desenvolver conceitos sobre economia doméstica, elaborar planilhas de controle econômico a partir de diagnósticos de renda familiar, promover conhecimentos sobre consumo sustentável no ambiente familiar a partir da resolução de problemas matemáticos e, participar do planejamento, da execução e da avaliação de programas de economia doméstica. A fundamentação teórica da pesquisa volta-se para o ensino de matemática, para a resolução de problemas, para a modelagem matemática e para a economia doméstica. Este procedimento começa pela percepção da lacuna nos conhecimentos dos alunos, o que permite a formulação de hipóteses e de inferências dedutivas, as quais nos levam à ação propriamente dita. Portanto, a estratégia consiste em elaborar e desenvolver uma planilha de controle que inicia com o diagnóstico da economia familiar, envolvendo as famílias dos alunos em reunião de apresentação do projeto para solicitar a sua colaboração, a formação dos conceitos sobre economia doméstica e aplicação da tabela para os alunos registrarem, durante um trimestre, o controle da movimentação econômica familiar.
Palavras-chave (3 a 5 palavras)
Consumo Familiar; Economia Doméstica; Planilha de Controle;
Qualidade de Vida.
Formato do Material Didático
Unidade Didática
Público Alvo Alunos do 7º ano do Ensino Fundamental
2 APRESENTAÇÃO
O papel da educação na construção da cidadania é o de formar pessoas
autônomas, capazes de atuar com competência e dignidade no exercício de seus
direitos e deveres. No entanto, há que se considerar que o ser humano é um ser
social, e que por isso a escola não pode ignorar a realidade que circunda o aprendiz.
Em outras palavras, a escola precisa abarcar todas as relações que se estabelecem
nas mais variadas práticas da sociedade.
Outrossim, a escola não pode continuar dissociada da vida dos seus alunos
como normalmente faz, tomando os problemas levantados por eles como se fossem
apenas frutos de sua imaginação, pois o mundo dos seus alunos é o mundo real,
assaz globalizado e capitalista, e que está mergulhado numa economia ativa da qual
as pessoas consomem e pela qual, por vezes, são consumidas. Logo, é necessário
ensiná-los a interagir com esse mundo, bem como com as suas matemáticas, de
uma maneira consciente, começando naturalmente pelo seu núcleo doméstico.
Para melhor fazer isso, ou seja, para bem apreender essas matemáticas da
vida cotidiana, as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná propõem como um
meio a modelagem matemática, a qual procura valorizar o contexto social do aluno,
levantando problemas e sugerindo questionamentos sobre diferentes situações da
vida diária de cada cidadão e cidadã (PARANÁ, 2008). Juntando essas demandas,
tem-se então o tema deste projeto.
A busca da temática para este estudo foi motivada pela necessidade de
complementar uma lacuna na construção de conhecimentos matemáticos dos
alunos que demonstram dificuldades para colocar em prática na sua vida extraclasse
os saberes matemáticos construídos no ambiente escolar, fato que pode ser fatídico
para a constituição sociocultural dos alunos.
Conforme Turquino (2007), “a sociedade e a cultura operam na construção do
indivíduo, a primeira organizando e estruturando os grupos humanos, a segunda
imprimindo as maneiras de viver e de pensar” (p. 504). Desta forma, é necessário
estudar o contexto em que cada cidadão expressa a sua formação cultural e social.
Nesta conjuntura, a educação necessita empreender a formação dos sujeitos
a fim de que adquiram uma visão de mundo adequada à cultura em que se inserem.
Para Morin (2000), a educação deve estar centrada na condição humana, fazendo
com que estes sujeitos necessitem se reconhecer em sua humanidade comum e ao
mesmo tempo considerar a sua diversidade cultural inerente a tudo o que é humano.
Assim, o papel da família na educação deve ser o de considerar as mudanças
socioculturais que alteram a estrutura e o funcionamento dos lares, pois a sociedade
atual é permeada pela tecnologia e pelos avanços no conhecimento, e as crianças e
jovens necessitam participar da organização e do funcionamento da família, zelando,
principalmente, pela sua segurança e pelo seu equilíbrio, em todos os seus âmbitos.
Diante disso, é importante que os estudantes aprendam na escola como
organizar um orçamento doméstico, para igualmente poderem contribuir, de maneira
consciente, para o bom funcionamento dos empreendimentos familiares.
3 MATERIAL DIDÁTICO
A realização do material didático tem por finalidade contribuir na
fundamentação da educação financeira apresentando textos, atividades e planilhas
que contribuam para educar os alunos na economia e compreensão financeira.
Assim, a unidade didática elaborada está formada por três módulos que
esclarecem as melhores maneiras de educar financeiramente os alunos do Ensino
Fundamental.
3.1 REVISÃO TEÓRICA
As Diretrizes Curriculares de Matemática elaboradas pelos educadores do
Estado do Paraná, na busca por superar desafios pedagógicos e potencializar meios
para o ensino desta disciplina, apresentam uma concepção de Matemática que tanto
pode ser vista como uma disciplina com conhecimentos prontos e acabados, como
os aparecem nos livros didáticos, quanto uma disciplina que pode acompanhar o
desenvolvimento dos alunos no que tange a elaboração, o modo de descobrir-se em
hesitações, dúvidas e proposições que levem à reflexão e à formação enquanto
pessoas autônomas diante dos problemas do cotidiano (PARANÁ, 2008).
Na perspectiva docente, Medeiros (1987) apresenta uma visão reflexiva que
abre espaço para os aspectos cognitivos da Matemática e sua relevância social. Isso
implica em olhar tanto do ponto de vista do ensinar quanto do aprender, incluindo a
formação do pensamento e da construção histórica necessária à compreensão
Matemática, pois esta possibilita equilibrar e planejar a ação docente, fundamentada
numa ação crítica que conceba a Matemática como uma atividade humana a ser
construída.
Portanto:
Cabe ao professor a sistematização dos conteúdos matemáticos que emergem das aplicações, superando uma perspectiva utilitarista, sem perder o caráter científico da disciplina e de seu conteúdo. Ir além do senso comum pressupõe conhecer a teoria científica, cujo papel é oferecer condições para apropriação dos aspectos que vão além daqueles observados pela aparência da realidade. É necessário que o processo pedagógico em Matemática contribua para que o estudante tenha condições de constatar regularidades, generalizações e apropriação de linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos matemáticos e de outras áreas do conhecimento (PARANÁ, 2008, p. 49).
Desta forma, a construção de conhecimentos matemáticos que proponham
uma aprendizagem útil e prazerosa deve partir da resolução de problemas como
uma tendência da Educação Matemática, e este deve ser o mote central que merece
atenção do professor enquanto ponto chave para o desenvolvimento de conteúdos
curriculares, uma vez que a resolução de problemas permite aos alunos investigar e
compreender os conteúdos matemáticos, desenvolvendo e aplicando estratégias
para solucionar problemas relacionando a Matemática com o cotidiano e percebendo
o quanto a Matemática pode ser atraente e desafiadora (POLYA, 1998).
O desafio na resolução de problemas é desenvolver práticas metodológicas
que exponham os conteúdos, aos quais os estudantes possam aplicar
conhecimentos matemáticos que solucionem a questão, devendo sempre ser
assegurado o espaço da discussão dos problemas, onde o aluno possa utilizar as
habilidades orais, mas também lançar mão de recursos como o desenho, ficando
esta à vontade para, igualmente, utilizar sinais matemáticos (PARANÁ, 2008).
Segundo Pires (2005), um problema requer que o aluno desenvolva um
sistema de organização de dados de maneira adequada e que traduza a situação
matemática a ser analisada, podendo também criar uma unidade nova de medida ou
um instrumento de maior precisão dos quais foram criados pelos modelos usuais de
medida. Assim, os problemas do cotidiano vividos pelos alunos e pelas suas famílias
podem ser pensados como problemas de ordem social que devem ser solucionados.
E um modo de fazê-lo é instrumentalizando o aluno para que este possa enfrentá-los
com propriedade e conhecimento.
Outro aspecto a ser abordado no ambiente escolar diz respeito a modelagem
matemática, pois através desta os fenômenos diários, sejam eles físicos, biológicos
ou sociais, passam a se constituir como elementos de análises críticas e percepções
diversas de mundo, e isso possibilita aos estudantes intervirem em problemas reais
do meio social e cultural em que vivem, o que também contribui para a sua formação
(PARANÁ, 2008).
O conhecimento matemático possui uma estrutura aceita por muitos como
perfeita, como sendo um modelo de racionalidade humana representada por uma
linguagem simbólica que não admite erros e nem contradições. Esta objetividade
que a Matemática apresenta baseia-se na crença de origem, e de senso comum, de
que as suas estruturas e sistemas lógicos são exatos e sustentam o poder ilimitado
da ciência (SANTOS, 2005).
O conhecimento científico se desenvolve com o tempo em decorrência da
ação humana sobre a realidade. Um exemplo disso é a construção dos sistemas de
numeração e a constatação de que havia necessidade de se construir um sistema
de números mais complexos e maiores que zero. Esses conceitos se articulavam
com perfeição e contribuiu para organizar a sociedade emergente das civilizações
primitivas.
Com o aparecimento do racionalismo científico, a Matemática passou a ter
uma existência sensorial, abstrata e reflexiva em torno da realidade circundante, e
isso conduziu para uma evolução dogmática da Matemática, culminando com o
surgimento do racionalismo dogmático por volta do século XV. Durante o
Renascimento, evoluiu para uma Matemática racionalista científica, partindo da
observação dos fatos e na explicação dos fenômenos. A partir do século XVIII, a
concepção de mundo mudou radicalmente, principalmente com a ascensão da
burguesia, e somente no final do século XIX, consolidou-se a concepção científica
da Matemática tornando-a racionalista e metódica (SOUZA, 1999).
Já no limiar do século XXI, a Matemática apresentou uma evolução
metodológica, considerando agora as diferenças individuais dos diversos grupos
sociais, passando a interpretar situações reais, de ordem social, econômica, política,
ambiental, dentre outras. Neste contexto, a Matemática torna-se outra vez utilitária,
voltada para gerenciar as necessidades essenciais de cada pessoa ou família. A
Matemática dessa época evoluiu e, atualmente, ela necessita estar contextualizada
para se adaptar à realidade das pessoas (SANTOS, 2005).
Segundo Ávila (1995), o conhecimento matemático está ligado à intuição e à
imaginação, alertando para a riqueza existente no pensamento matemático. Esse
processo é importante para tornar o conhecimento um meio de solucionar questões
do cotidiano, adquirindo assim um caráter social que contemple as necessidades,
motivações e interesses dos aprendizes.
Diante disso, cabe analisar as concepções para poderem ser compreendidas,
como é o caso da relação entre o ganho e os gastos de uma família, quando se
aplica a Matemática no contexto social doméstico. Neste caso, o aluno deverá
desenvolver a habilidade de calcular os gastos da família e adequar os ganhos dela
à sua realidade, e vice versa.
Quando os PCNs (BRASIL, 1997) apontam a resolução de problemas como
uma maneira eficiente de se compreender a Matemática, eles estão afirmando que
os problemas apresentados não podem estar dissociados da realidade, pois a
compreensão matemática envolve a ideia de como se relacionar com esta mesma
realidade (SOUZA, 1999).
Por sua vez, o saber matemático deve ser suficiente para formar uma visão
crítica da economia desenvolvida no ambiente familiar de forma a permitir que o
aluno seja capaz de valorizar os ganhos e projetar os gastos de acordo com a
receita familiar, e isso só será possível mediante uma formação pautada em um
conhecimento sociológico, analisando aí a influência à que todas as pessoas estão
expostas e que induzem ao consumo.
A discussão sobre padrões de consumo, moda, mídia e tecnologia, por
exemplo, são determinantes para a formação do homem contemporâneo. Essa
formação sociológica necessita ser complementada pelo conhecimento matemático
afim de proporcionar ferramentas que capacitem os seres sociais para reagirem de
forma adequada diante dos problemas do cotidiano (PARANÁ, 2008).
O conhecimento dos valores que incidem sobre a economia familiar é
fundamental para o desenvolvimento do conhecimento matemático, pois os custos
que envolvem a moradia, a saúde, a educação, o lazer, a alimentação, enfim, a vida
com alguma qualidade deve fazer parte da formação do aluno. E este, certamente, é
o caminho pelo qual a escola deverá seguir para conseguir vencer a alienação que
leva tantos adolescentes a condições degradantes de exploração, à revolta e à
marginalidade.
Diante disso, estudar Matemática a partir das tabelas de economia doméstica
que permitem racionalizar os gastos, o consumo e os ganhos é uma oportunidade
de ajudar o aluno a ser eficiente e crítico, tornando-o capaz de refletir sobre as
relações de poder da família.
Atualmente, com o desenvolvimento tecnológico, existem inúmeras técnicas
de economia doméstica, apresentadas em tabelas online, que podem ser utilizadas
para criar conceitos e solucionar problemas do cotidiano. Então, que estas tabelas
sejam utilizadas.
MÓDULO I: PROBLEMATIZAÇÃO INICIAL Objetivo: Apresentar o projeto para a comunidade escolar
Atividade 1: Apresentação do projeto para gestores e professores de matemática e
de outras áreas do conhecimento e pais dos alunos dos alunos do 7º ano.
Fonte: www.empresasefinancas.hsw.uol.com.br. Acesso em 02.10.2013.
As habilidades financeiras devem ser ensinadas na escola?
1. Ler e refletir sobre o texto:
As crianças terão que ser melhores gerentes financeiros do que seus pais para
conseguirem sobreviver. Como o mundo das finanças mudou muito nos últimos anos,
agora é fácil comprar usando leasing, cartão de crédito ou empréstimo. Atualmente, os
jovens saem da universidade com créditos estudantis elevados a serem pagos. Eles
enfrentam mudanças frequentes de emprego e precisam saber como optar entre uma
gama de produtos e instituições financeiras para conseguir um negócio justo. Eles
também precisam saber sobre a importância de aumentar seu poder aquisitivo por meio
da educação e do treinamento. O ensino de habilidades financeiras pode ajudá-los a
sobreviver em nosso mundo complexo.
(STUART, 2009, p. 143)
Por que ensinar habilidades financeiras aos estudantes?
2. Analisar e discutir o que se entende por educação financeira.
Tomando como base de informação os estudos de Stuart (2009),
compreende-se que a estrutura do ensino financeiro divide-se em três grandes
áreas e dentro de cada área existem conceitos específicos criados para os
diferentes estágios de aprendizagem:
Compreensão financeira: - o que é o dinheiro e a troca do dinheiro. De onde
vem o dinheiro e para onde vai o dinheiro.
Competência financeira: - cuidar do dinheiro. Gastar dinheiro e fazer
orçamento. Risco básico e retorno.
Responsabilidade financeira: - fazer escolhas pessoais de vida. Entender as
implicações mais amplas das finanças.
3. Comente as afirmações abaixo.
a. Habilidades financeiras são mais bem ensinadas pelos pais.
b. Os pais podem usar o dinheiro para pequenos gastos como um instrumento
efetivo de aprendizagem.
c. As escolas podem incluir conceitos financeiros básicos no currículo como parte
das matérias ligadas às habilidades para a vida.
d. O principal objetivo da alfabetização financeira é capacitar melhor os indivíduos
na criação e proteção da riqueza.
e. A maioria dos pais quer que a alfabetização financeira seja parte do currículo
escolar.
Atividade 2: Apresentar o projeto para os alunos justificando a necessidade de se
formar a consciência de economia doméstica.
1. Assistir ao Vídeo: Planejamento Financeiro: orçamento familiar por Rafael
Seabra. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=VNatE-z9dU. Acesso em
02.10.2013.
Refletir sobre a
apresentação do conteúdo
do vídeo.
Para quem não conhece as teorias financeiras e não possui experiência em
assuntos econômicos, é necessário saber que o lucro de alguns pode ser
conseguido sobre a sua falta de conhecimento de outros.
Realizar um debate com os alunos até eles constatarem que as pessoas que
sabem são as que conseguem aproveitar melhor as oportunidades.
Leia o texto abaixo e elabore um parágrafo sobre o que você aprendeu hoje:
Os ganhos e as perdas a partir do consumo
A sociedade está impregnada pela mentalidade dos excessos: Pais com
dificuldade de impor limites, filhos com listas de brinquedos e mais brinquedos,
mulheres com constantes apelos de beleza, homens com buscas frenéticas pela
realização profissional, etc. O problema está no excesso, e quando o limite do
consumo é ultrapassado, as perdas são muitas, indo do endividamento ao
sofrimento desmedido.
(Tolotti, 2007, p. 26-27)
Fonte: www.malaaviada.blogspot.com. Acesso em 02.10.2013.
Conhecimento é
capital.
Informação é
tudo!
MÓDULO II: ORGANIZAÇÃO DO CONHECIMENTO Objetivo: Apresentar as planilhas financeiras e seu funcionamento
para os alunos
ATIVIDADE 3: Apresentação das planilhas e seu funcionamento para os alunos.
Objetivo: Fornecer subsídios para que o aprendiz desenvolva conhecimentos reais
de economia.
Fonte: www.dfccontabil.blogspot.com. Acesso em 18.10.2013
1. Qual o valor do dinheiro para você?
2. É possível equilibrar os ganhos e gastos de uma família?
3. Você sabe o que significa planilha de cálculos? Como funciona?
4. Você sabe fazer compras?
5. Que medidas são necessárias para fazer compras a prazo?
Conheça e analise a planilha de cálculos para planejamento
da economia familiar no anexo. Monte a sua planilha de
acordo com as informações obtidas na sua família!
REFLITA!!!
ATIVIDADE 4: Elaborar problemas com os dados das planilhas.
Objetivo: Incentivar o desenvolvimento de uma relação saudável com o dinheiro a
partir da solução de problemas reais.
Materiais necessários para o desenvolvimento dos problemas.
Planilha de cálculos pessoais preenchida com os dados de cada um;
Tabelas de juros de lojas e de bancos;
Jornais de lojas e supermercados;
Talões de água, luz e telefone;
Alguns carnês de prestações.
A exploração da planilha é a base da economia doméstica, é
necessário que o trabalho seja real e que parta das informações que
os alunos obtenham em suas famílias.
Segundo Stuart (2009, p. 54) “o desejo de consumir ou de
supervisionar o que os pais consomem aumenta nesse período,
crianças dessa idade começam a pedir aumento da mesada porque
sabem que isso representa mais liberdade e independência para
estar com amigo”.
Aprender a controlar o consumo e os gastos é uma atividade escolar
que possibilita ao aluno ser mais equilibrado em sua relação com o
dinheiro dos pais e, posteriormente, com seus próprios ganhos.
PROFESSOR!!!
Para obter a solução de problemas é necessário:
Etapa 1: Compreender o Problema. Etapa 2: Construir um roteiro ou estabelecer um plano de ação. Etapa 3: Implementação do plano ou execução do roteiro. Etapa 4: Analisar a solução.
Os problemas serão criados em grupos de três alunos, a base de compreensão
do problema é equilibrar o orçamento, ou seja, ser capaz de não gastar mais
do que se arrecada.
A construção dos roteiros é escrever o problema apresentando os dados
matemáticos necessários para informar o problema.
A implementação do plano de ação é a busca da solução a partir da realização
de cálculos envolvendo as quatro operações, juros, porcentagens, etc.
Analisar a solução encontrada e verificar se esta é eficaz e correta para o
problema.
Os problemas serão escritos, solucionados e cada grupo apresentará a
solução de três problemas para a sala, socializando as soluções. Os problemas
devem envolver a economia doméstica, por exemplo, calcular quanto deverá
economizar de energia, água e luz para caber no orçamento doméstico. Os alunos
podem calcular o preço de um produto financiado a prazo e o preço à vista, há
economia? Quanto? Como relacionar isto com o orçamento?
Fonte: www.sitiodolivro.pt. Acesso em 19.10.2013.
ATIVIDADE 5: Realização de atividades envolvendo dados das planilhas e
promoção de debates sobre como reduzir gastos.
Objetivo: Aproximar os conhecimentos construídos da realidade dos alunos.
QUANTO EU CUSTO
PARA MEUS PAIS OU
RESPONSÁVEIS POR
MÊS?
Realizar uma planilha dos custos individuais com: Roupa
Calçado
Objetos pessoais
Materiais de higiene
Alimentação
Condução
Escola
Livros e materiais escolares
Saúde
Lazer
(Desenvolver a noção de que dividindo os gastos totais da residência pelo número
de moradores é possível calcular o custo de cada um com água, luz, telefone,
aluguel ou prestação da casa própria ou do automóvel da família).
Realizar uma visita em grupo ao supermercado, calcular os custos da cesta
básica, identificar os impostos implícitos nos supérfluos e como isso incide
sobre o orçamento doméstico.
Produzir gráficos a partir dos dados da planilha.
Como usar meu
dinheiro de forma
inteligente?
Saber investir, conhecer conceitos e fórmulas matemáticas, poupar
dinheiro, render, tudo isso é muito importante, mas é também fundamental
ficar atento ao uso correto do seu dinheiro no dia a dia. Existem diferentes
formas de pagamento no mercado e é fácil confundi-las. Cheques, cartões
de crédito, cartões de débito automático e dinheiro. Essas formas devem
ser bem pensadas e detalhadas para evitar que sejam cobrados juros ou
preços maiores.
Pesquise os conceitos, vantagens e desvantagens das diferentes formas de
pagamento:
Fonte: www.catolicaorione.edu.br. Acesso em 01.11.2013.
Cheque
Cartão de crédito
Cartão de débito automático
Dinheiro
Faça um arquivo dos conhecimentos construídos, use uma pasta e faça seu
portfólio de economia financeira pessoal
MÓDULO III: Aplicação do Conhecimento Objetivo: Socializar os conhecimentos construídos
ATIVIDADE 6: Produção de um texto com a opinião dos alunos sobre o uso de
planilhas no controle da economia doméstica.
Leia o texto:
CINCO MANDAMENTOS DA
ECONOMIA FAMILIAR
1º - Discutir as finanças em família;
2º - Assumir compromisso pessoal com a
poupança e não com o consumismo;
3º - Definir objetivos, criar um orçamento,
registrar as despesas e comparar antes de
comprar;
4º - Usar as informações disponíveis para
ampliar os conhecimentos sobre finanças;
5º - Conversar em família sobre as opções
que se tem quando se ganha dinheiro:
Gastar, Investir e doar são algumas das
opções a serem debatidas.
Produza um texto abordando os pontos destacados nos mandamentos e
apresente a sua opinião sobre o que você aprendeu e que pode ajudar a direcionar
a sua vida financeira a partir de agora.
REFERÊNCIAS
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familiar. São Paulo: Publifolha, 2002.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC, 1997.
MEDEIROS, C. F. Por uma Educação Matemática como Intersubjetividade. In:
BICUDO, M. A. V. Educação Matemática. São Paulo: Cortez, 1987, p. 13-44.
MORIN, E. Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro. São Paulo:
Cortez, 2000.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares para a Educação Básica – Matemática.
Curitiba: SEED, 2008.
PIRES, M. N. M. Prática Educativa do Pensamento Matemático. Curitiba: IESDE
Brasil S.A, 2005.
POLYA, G. A Arte de Resolver Problemas. Rio de Janeiro: Interciência, 1998.
ROCHA, R. H. Como Esticar seu Dinheiro: fundamentos da educação financeira.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
SANTOS, E. Fundamentos Gerais da Educação Básica. Curitiba: IESDE, 2005.
SOUZA, A. C. C. O Reencantamento da Razão: ou pelos caminhos da teoria
histórico-cultural. In: M. A. V. BICUDO (Org.). Pesquisa em Educação Matemática:
concepções e perspectivas. São Paulo: UNESP, 1999, p.137-149.
STUART, S. Ensine seu Filho a Cuidar do Dinheiro: um guia para desenvolver a
inteligência desde a pré-escola. São Paulo: Ed. Gente, 2009.
TOLOTTI, M. As Armadilhas do Consumo: acabe com o endividamento. Rio de
janeiro: Elsevier, 2007.
XVI Congresso Brasileiro de Economia Doméstica. Editado por Ana Lídia Coutinho
Galvão, Elza Maria Vidigal Guimarães, Rita de Cássia Teixeira. IV Encontro Latino-
Americano de Economia Doméstica. Família e Políticas Públicas: Modernização e
Exclusão. Viçosa-MG, 10 a 14 de setembro de 2001.
APÊNDICE 1 - PLANILHA DE CÁLCULOS PESSOAIS Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez TOTAL
RENDA
Salário
13º. Salário
Férias Retirada de Poupança
Retirada de Aplicações
Empréstimos
Outros
HABITAÇÃO
Aluguel/Prest.
Condomínio
IPTU
Luz
Telefones
Gás
TV por Assinatura
Supermercado
Empregada Reformas/Consertos
Outros/Ajuda em casa
SAÚDE
Plano de Saúde
Médico/Psicóloga
Dentista
Medicamentos
Outros
TRANSPORTE
Ônibus
Táxi
Outros AUTOMÓVEL
Prestação
Seguro
Combustível
Lavagens
IPVA
Mecânico
Multas
Outros DESPESAS PESSOAIS
Higiene Pessoal
Cosméticos
Cabeleireiro
Vestuário
Lavanderia
Academia
Telefone Celular
Empréstimos
Cursos
Outros
LAZER
Restaurantes
Cafés/Bares/
Livraria/Jornal
Locadora de Vídeo
Passagens
Hotéis
Passeios
Outros
CARTÕES DE CRÉDITO
MasterCard
Visa
American Express
DEPENDENTES
Escola/Faculdade
Cursos Extras
Material escolar
Esportes/ Uniformes
Mesada
Passeios/Férias
Vestuário
Saúde/Medicamentos
Outros
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