oficina de gestores para elaboração do plano acadêmico dos departamentos - pad vrac 2008
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Oficina de Gestores para Elaboração do Plano Acadêmico dos Departamentos -
PAD
Vrac 2008
Elementos constitutivos do Plano Acadêmico
• Definição das políticas acadêmica e científica do departamento e fazer sua projeção nas propostas e necessidades do ensino, da pesquisa e da extensão, conforme disposto no item 2.
• Definição das áreas epistemológicas ou sub-áreas constitutivas do Departamento e linhas de pesquisa (temas aglutinadores de estudos científicos que se fundamentam em tradição investigativa, dos quais se originam projetos cujos resultados guardam atividades entre si), tendo em vista a vinculação dos cargos de carreira e a formação dos grupos de pesquisa.
• Definição das linhas de pesquisa das sub-áreas constitutivas, tendo em vista o desenvolvimento científico do departamento enquanto área de conhecimento, a formação de grupos ou programas de pesquisa e a programação individual do professor interessado respeitadas as linhas de pesquisa dos Programas de Estudos Pós-Graduados.
• programação das atividades de extensão articuladas às linhas de pesquisa e as modalidades pedagógicas.
PA-D e Plano de Trabalho do professor
• O instrumento para a gestão dessa produção didática e científica de cada docente e, consequentemente, do Departamento, é o Plano de Trabalho do Professor, uma das referências para o processo de avaliação contínua
O art. 5º §1º da Deliberação nº07/2007 determina que o Plano de Trabalho de cada professor "deverá ser elaborado anualmente, em consonância com o Plano Acadêmico de seu respectivo Departamento, com seu regime de trabalho e com sua função de magistério".
“Deverá abranger atividades de ensino, de pesquisa e de extensão, descritas e justificadas de modo a tornarem visíveis as dimensões previstas no artigo 4º desta Deliberação e, quando couber, as atividades de gestão acadêmica-administrativas”.
As dimensões do citado art.4º são: formação, produção didática e científico, experiência profissional, participação institucional e desempenho didático-pedagógico.
I. DEFINIÇÕES
Áreas de Conhecimentos
• São domínios do saber para os quais estão direcionadas as atividades de ensino, pesquisa e extensão do departamento para responder às necessidades de formação do aluno (graduação, pós-graduação e educação continuada) dos diferentes cursos da Universidade e atender às demandas da sociedade.
Linha de pesquisa
• São temas aglutinadores de estudos científicos que se fundamentam na tradição investigativa do departamento, gerando o desenvolvimento sistemático de projetos com objetos, teorias e/ou metodologias comuns e necessariamente de produção bibliográfica.
Departamento
Conceito de departamento
I – Do ponto de vista epistemológico
O ensino é a matriz do sistema universitário, no entanto, ele deve estar entretecido nas malhas da pesquisa, cujo caráter teórico-prático deve oferecer novas respostas para velhos problemas da educação nacional, estendendo-se para a formação na graduação, pós-graduação e rompendo os muros da Universidade para alcançar a sociedade. Nesse sentido, o departamento é um espaço que congrega atividades pedagógicas, pesquisa e programas de extensão em um domínio específico do saber.
Conceito de departamento
II – Do ponto de vista organizacional
Estruturalmente, o departamento é concebido como a menor fração da Universidade para efeito de organização:
a) Administrativa;
b) Distribuição de pessoal docente;
c) Didático-científica.
• Não é instância de gestão, competência do Coordenador
Movimentos do departamento na construção do
conhecimento
O departamento apresenta dois movimentos concomitantes: aquele por meio do qual as questões e necessidades da sociedade são deslocadas para o espaço da Universidade e aquele por meio do qual a Universidade devolve à sociedade respostas e/ou caminhos possíveis.
Movimentos do departamento na construção do
conhecimento
Esses movimentos orgânicos exigem uma estrutura ágil, flexível, descentralizada, mas coesa e coerente, tendo os departamentos como pontos de partida e de chegada. (cf. Romanelli, 2003 e Sousa, 1998) para permitir a processualidade da aglutinação ou desmembramento das áreas e linhas de pesquisa.
O professor pesquisador
O professor pesquisador
A pesquisa no ensino, como fazer crítico configura-se como um espaço privilegiado para:
1 – proporcionar ao professor o estudo rigoroso dos processos inerentes às diferentes estratégias do ensino e da aprendizagem;
2 – suscitar pesquisas de forma a favorecer escolhas didáticas e a prever os seus efeitos sobre a construção dos saberes dos seus alunos;
3 – permitir que cada conteúdo seja implementado, metodologicamente, numa perspectiva de investigação–em–ação;
4 – possibilitar a atualização científico-didática;
O professor pesquisador
5 – desenvolver competências que potencializem nos professores, as capacidades para:
a) formular objetivos e desenvolver estratégias para os atingir;
b) selecionar e seqüencializar os conteúdos;
c) organizar as atividades na sala de aula;
d) elaborar materiais adequados e utilizar, de forma crítica, as distintas
propostas educativas;
e) trabalhar em equipe.
6 – promover a curiosidade e a descoberta, qualidades que vão agir sobre a motivação numa lógica de mudança;
7 – adotar-se uma postura crítica, no sentido de refletir não só na ação, mas também sobre a ação.
O professor pesquisador
Esse método da investigação-em-ação é o que melhor se adapta a todo tipo de didática. Efetivamente, não se compreenderia que a estruturação da sala de aula não se fundamentasse na necessidade de se questionarem as teorias na base de perguntas e de hipóteses para cuja formulação contribuem os diversos campos científicos que, de uma maneira ou de outra, estão relacionados entre si (conhecimentos da área X, psicológicos, pedagógicos). O conhecimento didático surgirá da investigação específica que considere a inter-relação entre os fatores mencionados.
O professor pesquisador
Com esse procedimento, gera-se um processo dinâmico que leva a reconsiderar os aspectos mais relevantes relacionados com o tema do trabalho que está sob problematização de maneira que os alunos sejam motivados:
• a por em prática ações, a observá-las; a refletir sobre elas, a avaliá-las e revê-las, se for o caso;
• a despertar sua curiosidade permanente pela descoberta;
• a passar das crenças espontâneas para construções mais científicas e dessas à prática profissional;
• a manter um estado de alerta permanente da consciência frente a sua atuação como cidadão e como profissional;
• a construir-se intelectual e humanamente como ator livre para buscar seu aprimoramento e se projetar num futuro profissional singular.
O professor pesquisador
Shón (1983) insiste que o professor só constrói novo pensamento e se torna consciente de suas ações e das mudanças em didática se a sua atitude mental enveredar por duas vias: a reflexão-em-ação e a reflexão-sobre-a-ação. Essa necessidade supõe um permanente estado de alerta da consciência perante a própria atuação didática.
O professor pesquisador
Levar o professor a ter consciência das suas crenças, representações e saberes por meio da reflexão-em-ação e da reflexão-sobre-a-ação é proporcionar-lhe reflexão sobre atuações pedagógicas nos diferentes domínios de ensino e de aprendizagem para que a transposição científica não se transforme em aplicação didática.
Objetiva-se que o professor tenha clareza do que deve fazer (e como, quando e de que maneira fazê-lo) em cada momento (Figueiredo, 1999) para evitar que seu o papel se restrinja à execução técnica do programa de ensino.
O professor pesquisador
É por esta via (reflexão-em-ação e reflexão-pela-ação) que ele pode adquirir e desenvolver saber e conhecimento sobre o ensino e a aprendizagem para o que dão subsídios os diversos campos científicos que estão relacionados entre si.
O diálogo bidirecional entre disciplinas de referência (pequisa-em-ação) e propostas didáticas (pesquisa-sobre-a-ação) é intrínseca e as disciplinas complementam-se. De um lado, analisa-se, interroga-se, avalia-se, do outro, atua-se, formaliza-se, propõe-se, programa-se, planeja-se. Ambas contribuem para o alargamento do conhecimento pedagógico-didático.
Bibliografia
FIGUEIREDO, Olívia. Didáctica do Português Língua Materna. Dos programas de ensino às teorias, das teorias às práticas. Lisboa: Asa,
Documento CEPE. Critérios para criação de departamentos na PUC SP. Dezembro 2004.
Mapeamento Áreas e Linhas dos Deptos da PUC SP
Fonte: Documentos enviados pelos departamentos entre abril e junho de 2007
Áreas e Linhas de pesquisa
Depto Área (s) Linha (s)
Antropologia 7 núcleos de estudo 16 linhas relacionadas aos núcleos
Sociologia 1 área com 3 sub-áreas
14 linhas relacionadas às sub-áreas.
Política 5 áreas 15 linhas
História 1 áera 4 linhas (relacionadas)
Áreas e Linhas de pesquisa
Depto Área (s) Linha (s)
Geografia - 0 - 3 linhas
Teologia 2 áreas 6 linhas
Psicodinâmica 6 áreas 6 linhas
Psicologia Desenvolvimento
1 área 7 linhas
Métodos e Técnicas Psicologia
3 áreas 13 linhas
Áreas e Linhas de pesquisa
Depto Área (s) Linha (s)
Matemática 2 áreas 3 linhas
Ciência da Computação
1 área 5 linhas (não relacionadas)
Engenharia Elétrica 4 áreas 27 linhas
Física 8 áreas 28 linhas
Áreas e Linhas de pesquisa
Depto Área (s) Linha (s)
Administração 5 áreas 3 linhas
Economia 3 áreas - 0 -
Contábeis - 0 - 3 linhas
Atuariais 4 áreas - 0 -
Áreas e Linhas de pesquisa
Depto Área (s) Linha (s)
Arte 3 áreas 32 linhas
Português 5 áreas 3 linhas
Linguística 11 áreas 48 linhas
Linguagens do corpo 1 área 4 linhas
Francês 5 áreas - 0 -
Inglês 3 áreas 9 linhas (relacionadas)
Jornalismo 4 áreas de atuação (área profissional?)
- 0 -
Áreas e Linhas de pesquisa
Depto Área (s) Linha (s)
Filosofia 1 área 3 linhas(6 grupos de pesquisa)
Fun.Serv.Social 1 área 4 linhas
Serviço Social 1 área 4 linhas(+ 7 linhas interdepartamentos)
Educação Física 5 áreas 5 linhas
Tecnologia Educação 17 áreas 17 linhas
Fundamentos Educação
29 áreas 22 linhas
Áreas e Linhas de pesquisa
Depto Área (s) Linha (s)
Cirurgia 12 áreas - 0 -
Enfermagem 1 área com 3 sub-áreas
10 linhas de pesquisa
Medicina 3 áreas com 8 sub-áreas
17 linhas de pesquisa (8 grupos de pesquisa)
Morfologia e Patologia 2 áreas de concentração com 11 áreas e 24 sub-áreas
-0 –(3 grupos de pesquisa)
Ciências Fisiológicas - 0 - 16 linhas
Ciências do Ambiente 7 áreas com 16 sub-áreas
- 0 -
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