o romantismo na arquitetura e na pintura

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História da Cultura e das Artes, 12.º ano. O romantismo na arquitetura e na pintura.

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1 1

História da Cultura e das Artes

12.º ano

O Romantismo

Prof. Carlos Pinheiro

1750: o termo romântico foi empregue pela primeira vez em Inglaterra

para definir o tema das novelas pastoris e de cavalaria que existiam

nessa época.

Romântico significava pitoresco: expressão de uma emoção que é

indefinida e que foi provocada pela visão de uma paisagem.

O termo romântico passou depois a ser adotado no movimento artístico-

filosófico Romantismo, que seguiu as ideias políticas e filosóficas do

século das luzes (liberdade de expressão e afirmação dos direitos

dos indivíduos) e também as ideias de um movimento alemão chamado

– Strürm und Drang (que tinha como principais elementos o sentimento

e a natureza).

1. Cultivou a emoção, a fantasia, o sonho, a originalidade, evasão para

mundos exóticos onde se podia fantasiar e imaginar.

2. Exaltação da Natureza.

3. Gosto pela Idade Média (porque tinha sido o tempo de formação das nações).

4. Defesa dos ideais nacionalistas (liberdade individual, liberdade do povo).

5. Panteísmo (doutrina segundo a qual Deus não é um ser pessoal distinto do

mundo: Deus e o mundo seriam uma só substância).

Características

6. Individualismo: visão de mundo centrada no indivíduo. Individualidade,

muitas vezes definida por emoções e sentimentos

7. Subjetivismo: o romântico trata dos assuntos de forma pessoal, de acordo

com sua opinião sobre o mundo

8. Idealização: o autor idealiza temas, exagerando em algumas das suas

características (ex. a mulher é vista como uma virgem frágil; a noção de

pátria também é idealizada.)

Características

Temas

Em comum, o regresso à Natureza (vista como universo natural e imaginário)

•Florestas melancólicas

• Ruínas,

• Paisagens selvagens, com uma neblina misteriosa,

• Regiões desertas,

• Tempestades marítimas,

• Ambientes exóticos com temas orientalizantes e históricos, que relatam

tradições e crenças populares.

CLASSICISMO ROMANTISMO

Visão fria e racional do mundo

• formalismo

• controlo

• disciplina intelectual

recusa

Origem: Alemanha

É na Alemanha que se manifesta-se pela primeira vez a estética da interioridade,

que considera a arte como um instrumento para se atingir o cerne da criação, para

se entrar em contacto com a natureza infinita, através do sentimento sublime.

É o início da pintura moderna de paisagem, capaz de exprimir, melhor do que

qualquer outro, certos aspetos da sensibilidade do homem oitocentista.

No século XIX gera-se um movimento de reação que procura os fundamentos da

arte nas antigas realidades nacionais.

O gosto pela Arqueologia torna-se extensivo à Idade Média e redescobre-se o

românico e o gótico, que os artistas tentam fazer reviver nas suas obras.

Dedicam-se à redescoberta das técnicas construtivas desses dois estilos,

chegando à conclusão que as soluções técnicas da Idade Média eram tão racionais

como as clássicas greco-romanas.

O romantismo procura elementos rústicos e entrega-se às realizações

espontâneas, o que dá origem à incorporação, na nossa cultura, de vários

conhecimentos acumulados pelos povos primitivos ou que se desenvolveram longe

da Europa civilizada. Isto leva ao estudo também, da arte chinesa e japonesa,

assim como indiana e africana.

Com o regresso à Idade Média. o romantismo vai recusar as regras impostas pelas

academias neoclássicas, pois estas eram inspiradas nos valores clássicos (ordem,

proporção, simetria, harmonia).

Os arquitetos românticos vão preferir:

• irregularidades nas estruturas espaciais e volumétricas

• preferência pelas geometrias mais complexas e pelas formas curvas

• efeitos de luz

• movimento dos planos

• pitoresco da decoração (tudo o que pode ser pintado ou representado em

imagem)

Recuperação de formas artísticas medievais (românico, o gótico), acompanhada

do gosto pelo exótico contido nas culturas orientais (bizantina, chinesa, árabe).

REVIVALISMO, ECLETISMO, HISTORICISMO E EXOTISMO

CONCEITOS:

Revivalismo: movimento artístico que reproduz técnicas e cânones estéticos de

correntes artísticas anteriores.

Ecletismo: combinação de influências provenientes de várias épocas e estilos

num mesmo edifício.

Historicismo: valorização dos estilos das épocas passadas pelo seu valor

simbólico.

Exotismo: tendência que se desenvolveu pelo gosto do que é estranho (diferente

ou estrangeiro) à cultura ocidental e que desenvolveu a imaginação e os sentidos

pelo desconhecido e misterioso.

13 13

Construções Neogóticas: INGLATERRA

Palácio do Parlamento (Palácio de Westminster)

1840-88, Charles Barry e A.W.Pugin, Londres

O novo edifício do parlamento – que tomou

o lugar do antigo Palácio de Westminster,

destruído por um incêndio em 1834 – é um

testemunho do revivalismo gótico e do

entusiasmo dos ingleses por este estilo. INGLATERRA

Construções Neogóticas

INGLATERRA

Construções Neogóticas

Palácio do Parlamento (Palácio de Westminster)

1840-88, Charles Barry e A.W.Pugin, Londres

O gótico é conseguido através

de um revestimento

decorativo. Retomou-se o

estilo perpendicular (a forma

especial que o gótico tardio

tomou em Inglaterra)

aplicaram-se os elementos

decorativos verticais, as

superfícies foram subdivididas

por uma retícula (rede pequena).

A impressão é de que foi

aplicado um folheado sobre o

edifício.

15 15

TORRE DA VITÓRIA

Quando foi erguida, esta torre era a

mais alta do mundo com 102m. É à

prova de fogo, construída em pedra

sobre arcos de aço e tijolo, é suportada

no interior por colunas de ferro fundido.

TORRE DO RELÓGIO

Tem o famoso carrilhão

Principal, o Big Ben, e

4 outros mais pequenos.

TORRE CENTRAL

Ventila o interior,

produzindo uma coluna

móvel de ar que melhora

a circulação natural.

Palácio do Parlamento (Palácio de Westminster)

1840-88, Charles Barry e A.W.Pugin, Londres

INGLATERRA

Construções Neogóticas

16 16

PEQUENAS TORRES ANGULARES

Acentuam a verticalidade e a silhueta

INGLATERRA

Construções Neogóticas

Palácio do Parlamento (Palácio de Westminster)

1840-88, Charles Barry e A.W.Pugin, Londres

17 17

FACHADA

A fachada de 3 andares tem 244

metros de comprimento.

Palácio do Parlamento (Palácio de Westminster)

1840-88, Charles Barry e A.W.Pugin, Londres

INGLATERRA

Construções Neogóticas

FRANÇA

Construções Neogóticas

Igreja de Santa Clotilde (Paris, 1846-

56). F. C. Blau e Thérodore Ballu

No seu interior esta Igreja tem uma planta em cruz

latina e as naves são abobadadas. Na sua

construção foram utilizados materiais modernos,

exemplo disso é a abóbada central construída

com vigas de ferro e aço.

19

FRANÇA

Igreja de Notre-Dame de Paris

Restauro de Viollet-le-Duc – séc. XIX

FRANÇA

Construções Neogóticas

20

Construções Neogóticas:

Castelo de Neuschwanstein – 1870, Baviera.

Luís II da Baviera

ALEMANHA

Construções Neogóticas

21

Castelo de Neuschwanstein – 1870, Baviera – Áustria

Luís II da Baviera

Foi inspirado na obra do grande amigo e protegido de

Luís II da Baviera, Richard Wagner, compositor.

Foi desenhado por um desenhador de cenários

teatrais e não por um arquiteto.

É de aspeto medieval e de construção neogótica.

Tem 6000 metros quadrados, 4 andares e 80 metros

de altura.

ALEMANHA

Construções Neogóticas Castelo de Neuschwanstein – 1870, Baviera.

Luís II da Baviera

22

Recorreu a estruturas modernas como por

exemplo: engenhos a vapor e elétricos, ventilação

moderna e canalizações de aquecimento.

A decoração de algumas salas é inspirada nas

obras de Wagner, uma delas reproduz uma gruta

com muitas estalactites e estalagmites e, no

reinado de Luís II, tinha uma cascata.

Castelo de Neuschwanstein – 1870, Baviera.

Luís II da Baviera

ALEMANHA

Construções Neogóticas

Castelo de Neuschwanstein – 1870, Baviera.

Luís II da Baviera

ALEMANHA

Construções Neogóticas

25 Catedral de S. Patrício

James Renwick, Nova Iorque

EUA

Construções Neogóticas

Muralhas da Cidadela de Carcassonne – restauro de Viollet-le-Duc, séc. XIX

França

Construções Neo-românicas

27

A ocupação desta cidade remonta

a Celtas, Galo-romanos e Visigodos.

No final do século XIX foi redescoberta

por turistas ingleses, já em ruínas.

Foi encomendado o restauro a um

arquiteto, Viollet-le-Duc.

França

Construções Neo-românicas

Muralhas da Cidadela de Carcassonne – restauro de Viollet-le-Duc, séc. XIX

Igreja de Santa Madalena de Vézelay

Restauro de Violle-le-Duc, séc. XIX Igreja original do século XII.

França

Construções Neo-românicas

Ópera de Paris – 1862, Charles

Todo o edifício parece sobrecarregado e de uma vulgaridade luxuosa.

Reflete o gosto da classe criada pela Revolução Industrial, novos--ricos que se viam a si próprios como herdeiros

da velha aristocracia e assim achavam os estilos pré--revolucionários mais atraentes que o Clássico ou o Gótico.

França

Construções Neobarrocas

Castelo de Pierrefonds – restauro de Viollet-le-Duc, séc. XIX

O castelo é original do século XII. No século XVII foi

sitiado e invadido pelas tropas de Richelieu e chegou

ao séc. XIX em ruínas.

Em 1810 foi comprado por Napoleão Bonaparte por

3000 francos.

Ao longo do séc. XIX, quando há uma redescoberta da

Idade Média, torna-se “ruína romântica”.

Em 1857, o Imperador Napoleão III manda o arquiteto

Eugène Viollet-le--Duc, empreender o seu restauro.

França

Construções Neomedievais (ecletismo)

Castelo de Pierrefonds antes do restauro do séc. XIX

O castelo é original do século XII. No século XVII foi

sitiado e invadido pelas tropas de Richelieu e chegou

ao séc. XIX em ruínas.

Em 1810 foi comprado por Napoleão Bonaparte por

3000 francos.

Ao longo do séc. XIX, quando há uma redescoberta da

Idade Média, torna-se “ruína romântica”.

Em 1857, o Imperador Napoleão III manda o arquiteto

Eugène Viollet-le--Duc, empreender o seu restauro.

França

Construções Neomedievais (ecletismo)

Castelo de Pierrefonds – restauro de Viollet-le-Duc, séc. XIX

França

Construções Neomedievais (ecletismo)

Era para ser uma simples recuperação no estado das partes habitáveis, devendo permanecer as ruínas como decoração, mas

em 1861 o projeto ganha amplitude e faz-se dele residência imperial.

Em 1885 os trabalhos foram parados e a decoração das salas permaneceu inacabada.

O arquiteto não se baseou na história do edifício, mas inventou e recriou, utilizando vários estilos (ecletismo), exemplo disso

são as galerias renascentistas e as pinturas polícromas medievais.

O homem desta época desenvolveu o gosto pelas viagens, dando azo ao seu

espírito romântico, irrequieto, sonhador e sempre insatisfeito.

Utilizou a literatura e a música para visualizar (através da descrição dos mesmos)

terras e ambientes desconhecidos.

Havia o hábito de colecionar estampas japonesas e coisas vindas do Oriente,

através do comércio intercontinental que começava a chegar ao Ocidente.

A sociedade desta época alimentou o gosto pelo exótico e raro, pois a alta

burguesia apoiava-se no seu dinheiro para cultivar a sua excentricidade,

demonstrada pelas viagens e pelo “consumo” da arte.

Esta nova tendência utiliza a arquitetura para recriar ambientes e cenários de

outras culturas.

34

Assimetrias deliberadas e composições pitorescas permitiram aos arquitetos a

introdução de novos efeitos visuais, a demonstrar diferentes relações com a

Natureza e originar sensações aprazíveis.

Os arquitetos depararam-se com uma diversidade formal que lhes permitia

construir estruturas mais elaboradas e com efeitos visuais completamente novos

que originam uma nova tendência o Exotismo.

CÚPULA EM FORMA DE

CEBOLA

Esta cúpula central, deriva da

arquitetura mongol, é uma

metáfora exótica que

representa o Império

Britânico.

IRREGULARIDADES DOS

VOLUMES

Cúpulas bulbosas, ou em forma de

“cebola”, espalhadas por vários

sítios e de diferentes dimensões e

alturas. As chaminés são

disfarçadas de minaretes

(estrutura neoárabe).

TELHADO EM

FORMA DE

TENDA

Este telhado cobre a

sala de banquetes e

a sala de música

GRADE TRABALHADA

Este engradado em

ferradura deriva do jali

indiano (um biombo,

ou grade) que protege o

interior da luz direta do

sol.

Pavilhão Real – Brighton – 1752-1825 – John Nash

Inglaterra

Construções Neoárabes (Exotismo)

Casa Sezincote – Gloucestershire, Samuel Pepys Cockerell, 1805

Inglaterra

Construções Neoárabes

(Exotismo)

Inglaterra

Construções Neo-orientais

(Exotismo)

Jardins de Kew – Pagode Chinês, William Chambers (1757-62)

Este edifício possui 10 andares

octogonais com um diâmetro de 15

metros, e tem 50 metros de altura.

TELHADO PONTIAGUDO

Rodeia cada andar, imitando o

estilo chinês. Originalmente as

telhas eram vermelhas e era

adornado por grandes dragões

brancos.

Palácio Real Sueco – Pavilhão Chinês, Carl J. Cronstedt e Carl F. Adelcrantz (1760)

Residência particular da família Real

Sueca, começou a ser construído no

século XVI.

Muitas vezes encontram-se formas orientais ao lado de

ruínas simuladas em jardins e parques dos Palácios.

Suécia

Construções Neo-orientais

(Exotismo)-

40

Em Portugal a arquitetura romântica chegou pela mão de um estrangeiro

casado com a Rainha de Portugal D. Maria II. Fernando de Saxe-Coburgo-

Gotha, um príncipe alemão amigo do Barão de Eschwege, um arquiteto que

trabalhava há muito para a família real e que o ajudou na grande obra que em

Portugal marca a entrada deste novo estilo artístico: o Palácio da Pena.

42

Palácio da Pena, 1838/68, vários arquitetos e artistas

Palácio do Buçaco – 1888/1907,

Luigi Manini e outros

Portugal

Construções Neomanuelino

Este Palácio é um revivalismo de duas construções

portuguesas que simbolizam o Manuelino:

-Torre de Belém

- Mosteiro dos Jerónimos

O corpo central é uma réplica da Torre de Belém e a

arcada do claustro é uma réplica do Mosteiro

dos Jerónimos. No decurso do Palácio existem ainda

várias alusões decorativas ao Convento de Cristo em

Tomar.

Estação do Rossio – 1886/90, José Luís Monteiro

Portugal

Construções Neomanuelino

Palácio da Regaleira – 1904/10, Luigi Manini

Esta construção possuiu quatro hectares

e inclui Palácio, jardins, lagos, grutas e

algumas construções enigmáticas.

É uma construção eclética pois utiliza

revivalismos góticos, manuelinos,

renascentistas e românicos.

Portugal

Construções ecléticas

Portugal

Construções ecléticas

A propriedade foi comprada em 1892 aos Barões da Regaleira por António Augusto Carvalho Monteiro que

mandou, em 1904, construir o Palácio, o que durou mais ou menos até 1910.

Em 1942, foi vendido a um estrangeiro Waldemar d’Orey, que empreendeu o seu restauro, mantendo a traça

original.

Em 1987 foi comprado por uma empresa japonesa, foi fechado e entregue a caseiros.

Em 1997, o imóvel foi adquirido pela Câmara Municipal de Sintra e aberto ao público.

Portugal

Construções ecléticas

Palácio da Regaleira, 1904/10, Luigi Manini

Palácio da Regaleira, 1904/10, Luigi Manini

Portugal

Construções ecléticas

Basílica de Santa Luzia, 1903-43, Miguel Ventura Terra

Portugal

Construções ecléticas

Construção com revivalismo de

vários estilos neo-românico,

neobizantino e neogótico.

Basílica de Santa Luzia, 1903-43, Miguel Ventura Terra

Portugal

Construções ecléticas

Praça de Touros do Campo Pequeno, 1892, António José Dias da Silva

Portugal

Construções exóticas

Palácio da Bolsa, Porto. Salão Árabe

Portugal

Construções ecléticas

Palácio de Monserrate, 1887, James Knowles

Portugal

Construções ecléticas

TEMPO: 1820-1850

INFLUÊNCIAS:

• Pintura pré-romântica de finais do século XVIII

• Grupo “Os Nazarenos” – grupo de pintores alemães do tempo do

neoclassicismo, que formaram em Roma uma comunidade para estudar e pintar a

partir da arte italiana do Renascimento.

• Pré-rafaelitas – grupo de pintores que surgiu em Inglaterra cerca de 1848 e que

procurava inspiração nos pintores italianos anteriores a Rafael. Foi este grupo que

trabalhou no período tardo-romântico e fez a transição para o Realismo e para o

Simbolismo

Corte com o academismo neoclássico - utilização da imaginação,

sonho, sentimentos, sensibilidade, etc.

• O artista emancipa-se da encomenda e faz a sua obra baseado nos

impulsos da sua alma e na sua própria inspiração;

• A pintura é bastante individualizada e diversificada no que diz

respeito ao próprio estilo e aos temas, com caminhos diferentes pelo

campo formal e plástico o que levou ao nascimento de uma nova pintura

no início do século XX.

Características:

Pretende integrar o observador, tal como no Barroco, mas agora ela já não se

serve dos desconcertantes efeitos trompe l’oeil, que diluem a fronteira entre a

aparência e a realidade. Aqui o observador, assim como as personagens

representadas principalmente de costas, contempla as paisagens distantes

que se desdobram à sua frente.

Uma pintura romântica pretende ser contemplada e o observador terá que

dar um significado à pintura consoante as suas emoções. (Esta postura será

importantíssima na pintura moderna, em que o observador terá também que

contemplar a obra de arte para entender o seu significado.)

O pintor lança um olhar subjetivo sobre o mundo objetivo e apresenta-nos

uma imagem filtrada pelas suas emoções. O artista torna-se o intérprete do

mundo.

Características:

a) Temas que não são novos mas são tratados de acordo com a

mentalidade romântica e os seus novos conceitos estético-artísticos:

• históricos: episódios da época medieval (formação das nações),

valorização do herói que se entrega à sua causa, fechado em si mesmo;

• literários: literatura do passado (romances medievais e de cavalaria) e

gosto por autores clássicos (Virgílio) e renascentistas (Dante e

Shakespeare);

• mitológicos: mitologia cristã e nórdica (misticismo e espiritualidade);

• retrato: oficial e honorífico ou de figuras populares e anónimas;

• autorretrato, na exaltação emocional do eu;

Temas:

b) Novos temas que são mais representativos da “alma” romântica, emocional

e apaixonada, idealista e simples:

• retirados da atualidade político-social da época (naufrágios, revoltas sociais,

lutas nacionalistas e seus heróis, lutas pela libertação de minorias) e próprios

do sentido intervencionista do romantismo;

• inspirados no mundo dos sonhos e do fantástico (mundo interior do artista –

fantasia, subconsciente, lendas, contos de fadas, metafísico e absurdo);

• costumes populares (feiras e romarias);

• tradições, hábitos e raças exóticas (civilizações não europeias, como a

China, Japão, Índia e Norte de África);

• vida animal (animais selvagens e indomados);

• paisagem (retratada com simplicidade e nostalgia, de uma forma dramática e

emocional, projetando o estado de espírito do próprio artista).

Temas:

c) A pintura de paisagem é o género predileto, principalmente na Alemanha, pois

a natureza era o espelho da alma, o símbolo da liberdade e do infinito.

Exemplo deste tipo de pintura são as composições com figuras solitárias e

indefesas perante as forças da natureza, olhando nostalgicamente para o

horizonte.

Outro exemplo são as composições com árvores mortas e ruínas cobertas por

vegetação, que mostram a passagem do tempo e o ciclo da evolução.

Temas:

MODO DE EXECUÇÃO (características estilísticas)

COR:

Tem a influência do neoclássico no tratamento realista e naturalista da forma e na

utilização do claro/escuro, mas utiliza a cor de forma mais livre, emocional e lírica,

transformando-se o principal elemento construtivo da forma.

A cor prevalece sobre o desenho linear e são utilizadas cores variadas

explorando contrastes fortes e não harmoniosos. Os intensos efeitos de

claro/escuro dão um lado mais artificial e dramático à luz. A luz focaliza-se sobre o

ponto que se quer evidenciar na composição, acentuando a expressividade e o

sentimentalismo das cenas.

MODO DE EXECUÇÃO (características estilísticas)

MATERIAIS:

Utilizou mais o óleo e a aguarela e praticou-se uma pintura larga, fluida, vigorosa e

espontânea, definindo de forma menos nítida os volumes, ao contrário do

neoclássico.

MODO DE EXECUÇÃO (características estilísticas)

COMPOSIÇÃO:

Utilizam-se estruturas agitadas, movimentadas, orientadas por linhas oblíquas

e sinuosas que reforçam o sentido trágico, dramático e heroico das temáticas

praticadas.

A figura humana é representada em escorço e em contraposto, não obedecendo aos

cânones clássicos e as próprias atitudes demonstram o dramatismo e movimento

das composições.

Uma nova geração de artistas reagiu à mudança de época, agitada e crítica,

recolhendo-se na introspeção, no mundo dos sentidos, numa nostalgia sentimental

de tempos passados, como a Idade Média, idealizada como uma época em que as

pessoas viviam em harmonia consigo próprias e com o mundo.

O movimento romântico foi divulgado inicialmente por literatos e filósofos que

enalteceram a “força criativa da imaginação”, considerando-a o fundamento da sua

arte. Os pintores adotaram os pensamentos de Schelling, Fichte, Tieck e Schlegel,

que se opunham criticamente ao racionalismo do Iluminismo.

ALEMANHA

A intenção era a transgressão dos limites dos géneros artísticos tradicionais e a

criação de uma nova obra de arte total, que apreendesse o “mundo na sua

totalidade”.

Caspar David Friedrich (1774-1840) “ A obra de arte surge de

uma voz interior…”

O viajante sobre o mar de névoa – Friedrich, 1818

Friedrich observou e

desenhou a natureza (para

depois pintar os seus quadros

no ateliê), porém não se

limitou a representá-la, ele

dá-lhe um significado

suplementar, expresso

através de símbolos (a figura

de costas, as nuvens, a

neblina, o horizonte) e

através da estrutura

compositiva e das cores.

O homem de costas é como

se fosse um emblema da

experiência romântica da

natureza: sozinho nas

alturas, olha para um ponto

inatingível e o que vê é, ao

mesmo tempo, algo de

exterior e a

projeção do seu “Eu”.

Alemanha

Os penhascos de Rügen – Friedrich, 1818

A posição dos dois homens

ilustra o contraste entre o

medo e a nostalgia. Enquanto

um deles está assustado e se

agarra às ervas para não cair,

o outro olha para o horizonte.

Um abismo intransponível

separa os observadores da

natureza, do clarão da aurora

que se reflete na água. Os

perigosos rochedos

pontiagudos estreitam esse

troço de paisagem,

provocando uma ânsia por

mais espaço.

Caspar David Friedrich (1774-1840) Alemanha

Nascer da lua sobre o mar – Friedrich, 1822

Existe a preferência por paisagens agrestes e inóspitas, quase irreais, onde a presença humana aparece como

opositora à natureza, isto é, como alguém que lhe é estranho e a observa “de fora”.

Caspar David Friedrich (1774-1840) Alemanha

Homem e Mulher contemplando a lua – Friedrich, 1822

O espaço onde se encontram as duas personagens é infinito e inacessível.

O homem está trajado “à moda antiga alemã”, o que é uma referência à Idade Média e uma invocação patriótica do

passado, ao qual se iria buscar a energia necessária para a realização da unificação da Alemanha.

O carvalho quase desenraizado, que se agarra ao declive junto dos caminhantes, simboliza o ciclo da natureza,

feito de declínio e de crescimento, tal como o lusco-fusco intimista da lua

Caspar David Friedrich (1774-1840) Alemanha

O mar de gelo – Friedrich, 1823-24

“A tarefa do pintor não é representar fielmente o ar, a água, as rochas e as árvores, mas sim espelhar neles a sua

alma e aquilo que sente.”

Caspar David Friedrich (1774-1840) Alemanha

Beira-mar ao luar – Friedrich, 1835-36

O pintor interessava-se pelo crepúsculo, ou o pelo luar, porque esses simbolizavam transformação, tranquilidade e

silêncio.

Caspar David Friedrich (1774-1840) Alemanha

As fases da vida – Friedrich, 1835

As figuras representam as quatro idades da vida: infância, juventude, maturidade e velhice. Os cinco navios correspondem às cinco

personagens do 1º plano. Os navios encontram-se em diferentes fases da viagem, tal como cada pessoa se encontra numa fase

diferente da vida. As redes em terra e os barcos de quilha para o ar são símbolos de morte.

Caspar David Friedrich (1774-1840) Alemanha

Georges Stubbs (1724-1806) INGLATERRA

Leão atacando um cavalo. 1762 (243.8 × 332.7 cm)

Georges Stubbs (1724-1806 INGLATERRA

Éguas e Potros numa paisagem , 1763-68 101.6 × 161.9 cm

Georges Stubbs (1724-1806 INGLATERRA

Chita com dois empregados indianos e um veado. 1764-1765

Georges Stubbs (1724-1806) INGLATERRA

Os caçadores deixando Southill 1763-1768 (61 × 105 cm )

William Blake (1757-1827) INGLATERRA

Grande Dragão Vermelho - William Blake,1805-10 . Aguarela. 40 × 32.5 cm

Poeta, pintor e gravador,

ilustra os seus próprios

livros e tenta traduzir em

imagens a grande força

visionária da sua

inspiração poética e

linguística, contribuindo

para a renovação da

sensibilidade que é

típica do romantismo.

William Blake (1757-1827) INGLATERRA

Hekate. William Blake, 1795. 44 × 58 cm

William Blake (1757-1827 INGLATERRA

Oberon, Titania e Puck dançando com Fadas - William Blake, 1786 . 475 x 675 mm

William Turner (1775-1851) INGLATERRA

O Naufrágio – Turner, 1805. 170.5 × 241.5 cm

Turner pinta sobretudo marinhas, em diferentes ambientes

climáticos, com a linha do horizonte muito baixa, de modo a

fazer sobressair os céus, onde regista com particular

atenção os efeitos de luz e cor sobre a atmosfera – isto faz

dele um precursor do Impressionismo.

A presença humana apesar de aparecer em algumas das

suas obras, aparece sempre com um papel secundário,

como se fizesse parte integrante da paisagem e passasse

despercebida.

William Turner (1775-1851) INGLATERRA

O Naufrágio do Minotauro – Turner, 1810

Turner diluía os pigmentos de tinta com terebintina, a fim de poder aplicar a tinta

em camadas delgadas, quase como aguarela. Ele era um exímio aguarelista e

leva para os quadros pintados a óleo a sua experiência nesta técnica.

William Turner (1775-1851) INGLATERRA

Pescadores no mar – Turner, 1796. 914 mm x 1222 mm

William Turner (1775-1851) INGLATERRA

Chuva, vapor e velocidade – Turner, 1844. 91 × 121.8 cm

A observação precisa da natureza só constituía um instrumento para a realização do seu próprio imaginário

pictórico. Os seus quadros impressionam mais pela forma como foram pintados do que propriamente pelo que

representam.

Turner serviu-se muito da cor, que muitas vezes era aplicada em rápidos golpes, conseguindo grandes efeitos de

claro-escuro. O objeto da pintura só se revela depois de olharmos bem para o remoinho de cores. O pintor

transforma o que vê, servindo-se da luz.

John Constable (1776-1837) INGLATERRA

Baía de Weymouth – Constable, 1816. 53 × 75 cm

Estudou os mestres da paisagem holandesa e

francesa e cria um estilo próprio, atento à emoção

e à atmosfera.

Era um romântico naturalista, os seus quadros

inserem-se na poética do pitoresco e reproduzem a

variedade dos fenómenos naturais.

John Constable (1776-1837) INGLATERRA

Wivenhoe Park – Constable, 1816. 56.1 × 101.2 cm

Foi considerado o mais naturalista dos pintores românticos porque as suas paisagens refletem as formas, as

cores e a natureza com mais veracidade, apesar de as mesmas terem sempre a sua visão bucólica e idílica,

vindas da sua sensibilidade.

John Constable (1776-1837) INGLATERRA

O moinho de Flatford – Constable, 1816-17. 1016 x 1270 mm

Inovação técnica: o artista anima a folhagem

e os prados alternando diferentes verdes

com toques de vermelho complementar.

Esta paisagem era familiar ao pintor, já que

pintou o local onde brincava em criança.

John Constable (1776-1837) INGLATERRA

O carro de feno – Constable, 1821. 130.2 × 185.4 cm

O artista gostava de retratar os efeitos causados pelo

tempo na paisagem.

Este gosto antecede o que os pintores

impressionistas começam a fazer: esboços de

paisagens a diferentes horas do dia.

John Constable

(1776-1837)

The Cornfield – Constable, 1826. 143 × 122 cm

O pintor explora sempre nas

suas obras, a matéria e as

formas dos campos e do céu.

John Constable (1776-1837) INGLATERRA

Old Sarum – Constable, 1834. Aguarela. 30× 48,7cm

É uma das composições mais românticas de Constable: um

grande enquadramento paisagístico onde se vislumbram , no

último plano, as ruínas de Old Sarum, uma fortaleza da Idade

do Ferro, que outrora já havia sido uma cidade. Sobre a

planura, um céu encastelado de nuvens lança uma

luminosidade soturna sobre a paisagem. Como Constable

explicou em 1821, numa carta, «seria difícil nomear uma

paisagem na qual o céu não fosse a nota-chave, a medida e o

maior transmissor de sentimento

Théodore Géricault (1791-1824) FRANÇA

Captura de um cavalo bravo. Géricault, 1817

Este pintor estava ligado ao meio

dos ex-combatentes napoleónicos,

pintou muitos temas militares,

cavalos, doentes mentais, etc.

Théodore Géricault (1791-1824) FRANÇA

A jangada do Medusa

1818-19. 491 × 716 cm

Théodore Géricault (1791-1824) FRANÇA

A jangada do Medusa

1818-19. 491 × 716 cm

Com esta obra, Géricault associou-se ao “mal do século”: a desagregação dos valores da Revolução e da era

napoleónica. Inspirou-se num episódio trágico, o naufrágio de um navio, onde ocorreram cenas de canibalismo,

para exprimir a sua condição existencial.

A composição organiza-se em torno de duas pirâmides descentradas, formadas pelas linhas da jangada e pela

postura dos náufragos sobre ela.

Théodore Géricault FRANÇA

A jangada do Medusa

1818-19. 491 × 716 cm

Com esta obra o pintor foge ao retrato

convencional das figuras ilustres e pinta uma

figura anónima, aliás de acordo com o espírito

romântico da época, captando o drama

psicológico porque passa esta pessoa,

internada num hospício em Paris

Retrato de um alienado cleptómano –

Géricault, 1882

Eugène Delacroix (1798-1863) FRANÇA

A barca de Dante

1822. 189 x 242 cm

Com este quadro o pintor afirmou ter querido escandalizar o público, para ele o mais importante não era o tipo de

emoção, mas sim a sua profundidade. Esta afirmação revela-se uma negação do classicismo.

Eugène Delacroix (1798-1863) FRANÇA

A liberdade guiando o povo

1830. 260 cm x 325 cm

Eugène Delacroix (1798-1863) FRANÇA

O autor representa-se nesta

personagem.

Segundo plano: multidão de revoltosos,

guiados por uma figura feminina.

Primeiro plano do quadro: corpos caídos

junto a uma barricada de pedras e tábuas.

Esta obra representa a revolta de dia 27 de Julho de 1830, em que as classes sociais se viraram contra o rei que

tinha decretado a dissolução do Parlamento e restringiu a liberdade de imprensa. Delacroix fazia parte dos

insurretos e escreveu que apesar de não ter podido lutar, quis pintar pela sua Pátria.

Eugène Delacroix (1798-1863) FRANÇA

A Morte de Sarnanapolo, 1827/28, óleo sobre tela, 395 x 495 cm

Eugène Delacroix (1798-1863) FRANÇA

A Morte de Sarnanapolo, 1827/28, óleo sobre tela, 395 x 495 cm

O tema desta pintura, inspirada num poema de Byron, relata-nos a morte de um

monarca oriental que, encurralado por inimigos, resolveu cometer suicídio após

mandar matar as suas mulheres e os seus cavalos, e pôs fogo a todos os seus bens.

Numa linguagem plástica onde a cor, a luz e o movimento são os elementos mais

importantes, Delacroix organiza a composição em torno de uma diagonal dada pela

mancha vermelha do leito de Sardanapolo, negligenciando de tal modo os contornos

do cenário e da perspetiva que toda a cena nos parece pairar num espaço irreal. Em

contrapartida, a nossa atenção foca-se nos dramáticos escorços dos corpos nus e

seminus e no intenso e garrido colorido que confere à obra luxúria e sensualidade.

Eugène Delacroix (1798-1863) FRANÇA O Sultão de Marrocos com a sua

comitiva,

1845

377 cm x 340 cm

Delacroix empregava cores

fortes sobre um desenho

meticuloso e foi-se

tornando cada vez mais

inovador na exploração da

qualidade expressiva da

cor. Investigava o efeito da

justaposição de cores

complementares para

intensificar a sua riqueza.

A visita que fez a Marrocos

abriu-lhe os olhos para novas

vivacidades cromáticas e

luminosas. A partir dessa

viagem vai também começar a

introduzir nas suas obras,

animais selvagens e a

civilização árabe.

Eugène Delacroix (1798-1863) FRANÇA

O massacre de Chios

1824. 417 cm × 354 cm

A luta grega pela

libertação do

domínio turco

excitou a

imaginação dos

românticos.

Eugène Delacroix

escolheu o terrível

massacre de Chios,

(segundo se crê

ocorrido a 31 de

março de 1822,

quando 20.000

habitantes das ilhas

gregas foram

assassinados),

como forma de

chamar a atenção.

Heinrich Füssli (1741-1825) SUÍÇA

Despertar de Titânia. 1775-90. 222 × 280 cm

Heinrich Füssli (1741-1825) SUÍÇA

Despertar de Titânia. 1775-90. 222 × 280 cm

Este autor fez parte da corrente

pré-romântica e dedicou-se a

representar o seu amor pelos

grandes poetas como Homero,

Dante e Shakespeare.

As imagens íntimas surgem no

repertório romântico, ao lado do

mito moderno da natureza

“subjetiva”. O artista moderno,

que pinta o que sente, prolonga a

sua análise até às zonas mais

íntimas do “Eu”, até ao sonho,

até ao fantástico, ao

inconsciente, ao irreal que

transparece na realidade.

Heinrich Füssli (1741-1825) SUÍÇA

O Pesadelo. 1781. 101.6 × 127 cm

Esta obra representa a mulher adormecida e a sua opressão onírica e

abre caminho para a pintura moderna do inconsciente, mostrando ao

mesmo tempo, o sujeito da visão (a mulher deitada de costas) e as

causas dessa visão (o íncubo e a égua).

Francisco Goya (1746-1828) ESPANHA

Sacrifício a Pã

1771. Óleo sobre tela.

33 x 24 cm

Este artista foi pintor da corte e,

para além dos seus óleos, pintou

frescos e foi autor de uma série

de gravuras.

Ele reproduz o que vê, seja uma

cena de guerra ou de namoro,

violência ou jogos populares, no

entanto distorce-o, revelando os

seus aspetos invisíveis,

utilizando a matéria pictórica de

uma forma expressiva e não

descritiva, por contrastes de

zonas não definidas e sem

limites de contorno.

Francisco Goya (1746-1828) ESPANHA

Aníbal vencedor contempla pela primeira vez Itália dos Alpes

1771. Óleo sobre tela, 87 x 131,5 cm

Francisco Goya (1746-1828) ESPANHA

O Três de Maio de 1808

1814. Óleo sobre tela, 2.66 × 3.451 m

Francisco Goya (1746-1828) ESPANHA

O Três de Maio de 1808

1814. Óleo sobre tela, 2.66 × 3.451 m

O quadro recorda os espanhóis

fuzilados após a revolta contra

os franceses. A tragédia e o

dramatismo da execução estão

bem visíveis, principalmente na

personagem vestida com

camisa branca, que evoca, na

sua pose, o Cristo Crucificado e

ao mesmo tempo demonstra o

heroísmo e o nacionalismo.

CONTEXTO HISTÓRICO

Portugal vive nesta época um período conturbado, resultante de

• Invasões Francesas (1807-1810)

• Fuga da corte portuguesa para o Brasil (rei D. João VI)

• Revolução liberal portuguesa (1820)

• Independência do Brasil (1822)

• Guerra civil entre Miguelistas (absolutistas) e Liberais (D. Pedro IV)

(1828 a 1834)

• Muitos partidários das ideias liberais tiveram de exilar-se em Inglaterra e

França, como por exemplo Almeida Garrett e Alexandre Herculano, onde

começam a conceber a ideia de criar uma literatura nova, de carácter

nacional e popular.

Quem fixa a entrada do Romantismo em

Portugal é Almeida Garrett com um poema

intitulado “Camões” em 1825, mas a literatura

não foi a única forma de arte que o

romantismo escolheu para se manifestar em

Portugal, fê-lo também na arquitetura (como

já estudámos), na escultura e na pintura.

Manifestou-se principalmente nos seguintes temas:

- Cenas de género (vida rural e costumes populares);

- Históricos (Idade Média e episódios nacionalistas);

- Cenas místicas (Procissões);

- Retratos;

- Paisagem (As composições de paisagens confundiam-se muitas vezes com o

Naturalismo).

No entanto a pintura não tinha uma estética muito marcada, nem objetivos

concretos e não teve a mesma importância que a nossa literatura romântica.

PORTUGAL

Augusto Roquemont (1804-1852)

Varanda de Frei Jerónimo , 1840

Foi o primeiro artista a fixar na tela cenas de

costumes populares.

Augusto Roquemont (1804-1852)

Sem título – Roquemont, 1842

PORTUGAL

Augusto Roquemont (1804-1852)

PORTUGAL

Auto-Retrato – Roquemont, sd

Luís Pereira Meneses (1817-1878)

PORTUGAL

Retrato da Viscondessa de Meneses

1862

PORTUGAL

Paisagem com figura e gado junto ao Castelo de Palmela. 1865

Tomás da Anunciação (1818-1879)

TOMÁS DA ANUNCIAÇÃO

Vista da Penha de França 1857

Tomás da Anunciação (1818-1879) PORTUGAL

Vitelo. 35,5 x 41 cm

Tomás da Anunciação (1818-1879) PORTUGAL

Cinco artistas em Sintra. 1855. 73.7 × 58.6 cm

João Cristino da Silva (1829-1877) PORTUGAL

A passagem do gado (1867)

João Cristino da Silva (1829-1877) PORTUGAL

Festa na Aldeia

Leonel Marques Pereira (1828-1892) PORTUGAL

Francisco Metrass (1825-1861)

PORTUGAL

Só Deus, 1856 Camões na Gruta de Macau

Alfredo Keil (1850-1907)

PORTUGAL

O aterro ,1881

Alfredo Keil (1850-1907)

PORTUGAL

Um rebanho em Sintra, 1898

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