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O RETRATO DA

CITRICULTURA BRASILEIRA

Marcos Fava Neves (Coordenador)

Vinícius Gustavo Trombin

Patrícia Milan

Frederico Fonseca Lopes

Francisco Cressoni

Rafael Kalaki

20 de Outubro de 2010

Índice

1. O AGRONEGÓCIO

2. CADEIA PRODUTIVA DOS CITROS

3. CONSUMO

4. DISTRIBUIÇÃO

5. ENVASADORES

6. INDÚSTRIA

7. PRODUTOR

8. INSUMOS

9. AGENDA

10. MENSAGEM FINAL

Markestrat

Estudos e Pesquisas

Educação

ContinuadaProjetos e

Extensão

Estudos e Pesquisas

Educação Continuada

Projetos e Extensão

Markestrat

Coopercitrus

Moema Sugar Mill

SP / MS / BA

Pesquisas Econômicas

Fundação Instituto de

f ipe

Projetos e Pesquisas Realizadas pelo Time Markestrat

Planejamento e Gestão

Estratégica de Marketing

NEVES, M. F. São Paulo, Atlas,

2005.

Agronegócios &

Desenvolvimento Sustentável

NEVES, M. F. (Org.) São Paulo,

Atlas, 2007

Estratégias para o Trigo no

Brasil

ROSSI, R. M.; NEVES, M. F.

(Org.) et al, São Paulo, Atlas,

2004.

Marketing e Estratégia em

Agronegócios e Alimentos

NEVES, M. F.; CASTRO, L. T.

(Org.), São Paulo, Atlas, 2003.

Estratégias para a Laranja no

Brasil

NEVES, M. F.; LOPES, F. F.

(Org.) São Paulo, Atlas, 2005

Agricultura Integrada

NEVES, M. F.; CASTRO, L. T

(Org.) , São Paulo, Atlas, 2010.

Mais de 20 livros Publicados na área de Estratégia e Marketing,

Agronegócios, Alimentos, Bebidas e Bio-Energia

Fonte: Neves e Lopes (Org.), (2004).

APLICAÇÃO DO MÉTODO GESIs

Cadeia Produtiva da Laranja

20052.406 exemplares

20072.023 exemplares

Fonte: Rossi e Neves (Org.), (2004).

APLICAÇÃO DO MÉTODO GESIs

Cadeia Produtiva do Trigo

Fonte: Consoli e Neves (Org.), (2004).

APLICAÇÃO DO MÉTODO GESIs

Cadeia Produtiva do Leite

Defensivos

USD 768,44 milhões

Fertilizantes

USD 2.259,09 milhões

Tratores

USD 320,87 milhões

USINA/DESTILARIA

USD 22.639,17 milhões

Corretivos

USD 50,56 milhões

Produção de

Cana-de-Açúcar

Própria:

USD 6.387,91 milhões

Fornecedores:

USD 5.121,84 milhões

Produtos Químicos

USD 463,82 milhões

Óleo Combustível e

Lubrificante

USD 94,19 milhões

Revendas e

Cooperativas

USD 477,54

milhões com

defensivos

Colhedoras

USD 426,52 milhões

Auto-Peças e Serviços

de Manutenção

USD 2.851,19 milhões

Implementos

USD 425,66 milhões

Caminhões

USD 331,36 milhões

Carrocerias,

reboques e semi-

reboques

USD 233,36 milhões

Materiais de

Laboratório

USD 15,46 milhões

Sacarias

USD 45,42 milhões

EPI

USD 38,96 milhões

Óleo Diesel e

Lubrificante

USD 1.054,01milhões

Etanol

USD 12.417,36 milhões

Bioeletricidade

USD 389,63 milhões

Distribuidor

USD 8.624,05 milhões

Posto

USD 11.114,50 milhões

Indústria de Bebidas

e Cosméticos

Distribuidor

Consumidor

Livre

Consumidor

Especial

CONS

U

M

I

D

O

R

FINA

L

Antes das Fazendas

USD 9.252,42 mmNas Fazendas

USD 11.509,75 mm

Após as Fazendas

Insumos Industriais: USD 6.414,39 mm Usinas: USD 22.639,17 mmDistribuição Etanol: USD 19.738,56 mm Distribuição Açúcar: USD 4.003,15 mm

Agentes Facilitadores (não compram e vendem, apenas prestam serviços) – USD milhões

BNDES: 3.530,79 CCT Tercerizado1: 916,32 Frete Rodoviário Exportação2: 539,03 Pedágios Exportação (Santos): 79,96

Custo Portuário (Santos): 213,52 P&D: 79,15 Eventos: 5,32 Revistas: 3,99

Massa Salarial: 738,33 Planos de Saúde3: 125,51 Alimentação4: 188,26 Impostos Agregados no SAG: 6.855,41

1- Centro Sul. 2- Volume exportados pelos Portos de Santos e Paranaguá. 3 e 4 – Apenas Estado de São Paulo.

Big Bags

USD 14,67 milhões

Atacado

USD 743,89

milhões

Varejo

USD 3.259,26

milhões

Indústria de

Alimentos e

Outras

EPI

USD 53,80 milhões

SETOR SUCROENERGÉTICOPIB em 2008: USD 28.153,10 milhões

Agentes Facilitadores

USD 13.275,58 mm

Serviços de Montagem e

Manutenção

USD 1.110,35 milhões

Construção Civil

USD 594,75 milhões

Equipamentos

USD 3.400,99 milhões

Gerador de Vapor: 667,13

Recepção/Extração: 568,13

Destilaria: 469,13

Indústria de Açúcar: 354,38

Gerador de Energia: 274,5

Outros Montagem: 411,75

Para Manutenção: 655,98

Instalações Elétricas

USD 366,00 milhões

Automação/Instrumentação

USD 269,76 milhões

Bioplástico(escala não-comercial)

Indústria de

Ração Animal

Mercado Interno

Hidratado: 6.615,58

Anidro: 2.972,89

Mercado Externo

Hidratado: 1.179,91

Anidro: 1.210,20

USD milhões

USD milhões

Açúcar

USD 9.765,08 milhões

Mercado Interno

Indústria: 2.037,88

Atacado: 580,57

Mercado Externo

Bruto: 3.649,55

USD milhões

USD milhões

Varejo: 1.663,66

Leveduras e Aditivos

USD 63,61 milhões

Mercado Interno

Indústria de Ração: 21,41

Mercado Externo

Indústria de Ração: 42,20

USD milhões

USD milhões

Crédito de Carbono

USD 3,48 milhões

USD milhões

Não Energético: 438,78

Fonte: Elaborado por Neves, Trombin, Consoli, 2009.

Receita Bruta dos Elos

Branco: 1.833,41

APLICAÇÃO DO MÉTODO GESIs

Cadeia Produtiva da Cana-de-Açúcar

Subsistema de Agrocomercialização(47% das frutas, sendo 2% destinadas à exportação)*

Beneficiamento

Subsistema de Agroindustrialização(53% das frutas, sendo 29% destinadas à exportação)*

Transformação Primária

Subprodutos

Outras Indústrias

Indústria Bebidas

C

O

N

S

U

M

I

D

O

R

Hipermercados

Supermercados

Varejões

Boutiques

Frutas

Feiras Livres

Lojas de

Conveniência

Casa de Sucos

Restaurantes

Hotéis

Eventos

Sistema de

Entrega

Padarias

ConcentradosS

ucos

Polpas

Confeitos

Lácteos

Sorvetes

Cosméticos

etc.

Sucos

Néctares

Refrescos

Refrigerantes

Frutas Frutas

Frutas

Variáveis incontroláveis - PEST

$(Pagamento), Pedido, Informação

I

N

S

U

M

O

S

Agentes Facilitadores

Produtores

Produtores

Produtores

Produtores

Produtores

Produtores

Produtores

Produtores

Produtores

Produtores

Produtores

Produtores

Produto, Serviço, Comunicação

Cadeia Produtiva de Frutas e Derivados

Estratégias

para o Setor

de Frutas e

Derivados

O AGRONEGÓCIO E

SUAS MUDANÇAS

O que ele nos dizia em 1959?

Quais foram grandes mudançasque passamos em 2000-2010?

Vou dizer apenas 3.

Elaboration.: Prof. Marcos Fava Neves

CADEIA PRODUTIVA

DOS CITROS

O Agronegócio e a

laranja salvando o Brasil

O valor exportado pelo agronegócio em 2009 foi de US$ 65

bilhões, contra uma importação de US$ 10 bilhões. Deixou

US$ 55 bilhões de saldo.

Passaríamos de um saldo de US$ 24 bilhões para um déficit

de US$ 30 bilhões. Sem o agro, o que seria do Brasil...

Desde 1962, a citricultura trouxe US$ 60 bilhões (R$ 111

bilhões) ao Brasil em exportações (em média US$ 1,3 bilhão

por ano).

Em 2009 trouxe US$ 1,84 bilhão, representando quase 3% do

agronegócio. Em 2010 esperam-se US$ 2 bilhões.

Cadeia Produtiva dos Citros no Brasil

Números Consolidados

da Cadeia Citrícola… Brasil detém 50% da produção mundial de suco de laranja, e

exportando 98% do que produz, consegue incríveis 85% de

participação no mercado mundial.

O PIB do setor citrícola é de US$ 6,5 bilhões (2009), sendo US$ 4,39

bilhões no mercado interno e US$ 2,15 bilhões no mercado externo.

Produtores de citros faturaram US$ 1,9 bilhão em 2009.

Packing houses (empresas de frutas para o mercado interno) faturaram

US$ 1,8 bilhão em 2009.

Números Consolidados

da Cadeia Citrícola…

Fabricas de sucos e packing houses adquirem US$ 360 milhões em

outros insumos.

O faturamento total dos elos da cadeia produtiva de citrus foi de US$

14,6 bilhões em 2009.

Concessionárias de rodovias faturam US$ 18,3 milhões com a

citricultura. Um caminhão passa a cada dez minutos no caminho para

Santos

Só em fretes o setor gasta US$ 300 milhões por ano.

A cadeia arrecada US$ 189 milhões em impostos ao Estado brasileiro.

230 mil empregos diretos e indiretos

UMA VIAGEM PELO

CONSUMO

Grandes Números do Consumo de Suco…

3/5 do suco consumido no mundo é produzido no Brasil

0,91% do mercado mundial de bebidas é do sabor laranja

1,6% é quanto o suco de laranja perde de participação ao ano

4% ao ano é o avanço dos néctares

O consumo nos EUA caiu 15% em 6 anos

O consumo na Europa Ocidental caiu 9% em 6 anos

Laranja ainda representa 35% de participação em sucos de frutas

Demanda de Sucos de FrutasMudança do Mercado Americano e o Impacto no Consumo de Sucos

Fonte: Beverage Marketing Corporation; Elaborado por Markestrat/USP (Centro de Pesquisa e Projetos em Marketing e

Estratégia) a partir de slide gentilmente cedido por Gary Hemphill.

Consumo nos Estados Unidos (38% do mundo!!!) (importam 26% do consumo de suco dos EUA)

Per capita: 22,2 para 17, 2 litros

Importação do Brasil: 256 mil ton em 93/94 contra 121mil em 08/09

México e Costa Rica: vão de 13 mil para 86 mil

-24%

Exemplo de Produto Popular para Combate a Refrigerantes nos

Estados Unidos, destinado á classes C e D, principalmente

Fonte: Marcos Fava Neves

Mas também tem oportunidades…

Se o BRIC + México tivessem o comportamento de

consumo da Alemanha (em proporção suco/néctar e

refresco), teriamos uma demanda adicional de 142

milhões de caixas.

Consumo no Brasil ainda é de 12 litros/pessoa. Se fosse

para 15 a 20, teríamos demanda adicional de 25 a 65

milhões de caixas.

UMA VIAGEM PELA

DISTRIBUIÇÃO

VAREJISTA

Walmart vendeu US$ 425 trilhões em 2009 em 8 mil lojas;

10 maiores mercados de suco, as 5 maiores redes tem mais que

50% de participação

De pequenos a grandes varejistas passam a se organizar em

pools de compra;

Fenômeno aumenta o poder de barganha dos compradores;

www.mysupermarket.co.uk

Marcas próprias: mais de 50% das vendas

O ciclo do varejo

e as conseqüências

para o suco de laranja

Fonte: Marcos Fava Neves

Fonte: Marcos Fava Neves

Fonte: Marcos Fava Neves

Fonte: Marcos Fava Neves

ENVASADORES

Empresa de BebidasEmpresa de

RefrigerantesCoca Cola

Fonte: Döhler.

98% do nosso produto vai para os envasadores;

75% do mercado americano em quatro envasadores;

84% no Reino Unido;

Nos principais mercados os 4 maiores tem mais que 50%;

100 envasadores venderam seus negócios nos últimos 10

anos (20% menos clientes potenciais);

São empresas multi-bebidas que querem giro e margem.

O que acontece com os engarrafadores?

Competição depende de preço

US$ 700 por tonelada o FCOJ se mostra mais competitivo do que todos os outros sabores de suco de fruta;

US$ 1.500 por tonelada, o FCOJ se torna mais caro do que o sabor maçã;

US$ 2.000 por tonelada, ele perde competitividade também para os sabores pera, tangerina e uva branca;

US$ 2.500 por tonelada, além desses, o FCOJ perde competitividade para os sabores pêssego, grapefruit, lima, uva vermelha e morango.

Decomposição do preço final

Para preços de gôndola entre Euro 0,80 a Euro 1,00...

O suco concentrado representa de 15% a 25% do preço

final de gôndola no supermercado

Ao preço de EU$ 0,89/litro, o envasador para manter

suas margens pode pagar no máximo US$ 1.989/ton

FCA Roterdam ou US$ 1.456/ton FOB Santos

INDÚSTRIA

Cadeia Produtiva dos Citros no Brasil

Cinturão Citrícola em São Paulo e Triângulo Mineiro:5 regiões com características diferentes

Exportações Brasileiras de

Produtos Cítricos nas 2 Últimas Safras

Produto

Safra 2008/09 Safra 2009/10 Variação

US$ (milhões) US$ (milhões)

FCOJ 1.528,22 1.238,18 -19%

NFC 299,54 309,93 3%

Outros Sucos Cítricos 17,7 14,63 -17%

Polpa Cítrica Peletizada 93,55 81,31 -13%

Óleos Essenciais 72,88 63,17 -13%

Terpeno 55,19 46,38 -16%

Células Congeladas 9,06 3,78 -58%

D-Limoneno 0,9 0 -100%

Laranja 19,12 12,66 -34%

Limão 48,18 50,98 6%

Tangerina 5,78 3,55 -39%

Total 2.150,10 1.757,38 -18%

A Indústria Processadora

64% das exportações brasileiras entram pelos Países Baixos. Somando o

que vai para os EUA, temos quase 85% do total.

Porém o numero de países vem aumentando, são hoje 70 países que

recebem o suco brasileiro. Em 1980 apenas 4% ia para outros mercados

(exceto Europa e EUA/Canada), agora são quase 17% do total exportado.

As exportações do NFC vêm crescendo ano a ano e em 2010 já

representam quase 15% do total.

Florida e São Paulo juntos, detém 81% da produção mundial de suco. São

Paulo tem 53%. Em 15 safras, a produção mundial de suco caiu 13%, o que

prova ser um produto maduro. A maior redução aconteceu na Florida

(quase 90% da redução).

Destino do FCOJ

O NFC e a mudança nas exportações

US$ 900 milhões na produção, armazenamento e

distribuição internacional do NFC é o investimento da

indústria desde 2003;

3 vezes mais que o suco concentrado é quanto se

estima o valor para transporte do NFC até os

compradores no exterior;

13% das exportações foi a participação do NFC em

2009

Custos Industriais Auditados

Os custos fabris e após fábrica foram estimados em

US$ 295,81/ton de suco para o processamento de

laranja;

US$ 79,16 em transporte terrestre, operações e tarifas

portuárias;

US$ 158,39 para logística marinha até a chegada a

Europa.

As incríveis barreiras

R$ 518 milhões em impostos pagos em 2009 a outros

países;

R$ 1,90 por caixa processada é a equivalência;

R$ 3.219,00 por trabalhador envolvido é a perda a ser

considerada.

Um inimigo chamado câmbioR$ 2,8 bilhões, ou R$ 706 milhões ao ano é a perda devido ao fortalecimento do Real entre 2006 e 2009

Oferta de Suco de Laranja Demanda de Suco de Laranja

Índice de pegamento da florada que varia

de 2,5% a 4,0% e resultando em uma

variação de 30% na produção.

Chuva, seca, geada, furacão.

Pragas e doenças.

Uso de fertilizantes e defensivos (uma

relação com o preço da caixa).

Produção mundial de laranja.

Estoques.

Preço do suco de laranja que estimula

maior produção em vários países.

Incentivos à produção, como isenção de

impostos à exportação e câmbio favorável.

Comportamento do consumidor (saúde,

dieta, preço, consumo responsável)

Renda disponível

Produção de outros sucos, como o suco

de maça.

Pressão do varejo para produtos de

maior giro e margem

Outros sucos e bebidas

Porque os preços vão de US$ 700 a US$ 2.000...

...uma relação entre a oferta e demanda

150 mil toneladas de suco concentrado ao ano

podem ser produzidos por outros países

quando os preços favorecem...

Entram em cena os vaga-lumes…

Desenvolver mercados...

64% das exportações tiveram como porta de entrada

os Países Baixos, re-exportadores para os demais

países da Europa;

No entanto, na safra 2009/10, o Brasil exportou para

70 países diferentes, dos quais 12 receberam NFC.

PRODUTOR

O Brasil passa a ser líder mundial na produção de laranja em

1981/82. É a fruta mais plantada no país, com 800 mil hectares.

Houve incrível ganho de produtividade no Brasil, pois a média

nacional era de 380 caixas por hectare em 1990, estando agora em

475 caixas por hectare. Para produzir hoje a mesma produção com

os índices de 1990, seriam necessários mais 280 mil hectares.

Em média, 70% das frutas brasileiras vão para processamento. A

cada 257 caixas de laranja tem-se uma tonelada de suco

concentrado congelado. Já no cinturão citrícola, quase 87% vai para

processamento. Aumentou a importância do processamento, pois

em 1995, 24% da produção do cinturão ia para mercado interno de

fruta fresca, hoje tem-se apenas 13%.

A produção de laranja…

Frutas não seguiram o crescimento do agronegócio brasileiro.

Caimos de 5% para 4% em área e de 8% para 6% em produção

mundial (ultimos 10 anos).

Laranja perde participação para outras frutas cítricas (tangerina

e limão).

O mundo cresceu de 56 para 69 milhões de toneladas, e o

Brasil cai de 18 para 17 milhões em dez anos.

O Brasil perde participação mundial na produção de laranja

(33% para 25%).

Rendimento que faz diferença

CAIXAS por tonelada de suco

226 na Flórida

257 em SP e Triângulo Mineiro

264 na Bahia, Sergipe,

Paraná e Rio Grande do Sul

324 na China

328 na Zona do Mediterrâneo

12.627 citricultores11.011 (87%) possuem 21% das árvores;

1.496 (12%) possuem 32% das árvores;

120 (1%) possuem 47% das árvores.

9% da área plantada apresenta produtividade

acima de 1.100 caixas/hectare

Pragas e doenças assolam o citricultor

Foram erradicadas 40 milhões de árvores

80 milhões de caixas por ano...

Mortalidade foi de 4,5% para 7,3% ao ano...

Em 2009, Greening aumentou

30% em comparação com 2008

R$ 10,40 R$ 10,33 R$ 10,21R$ 9,16 R$ 9,02

R$ 7,26

R$ 10,40

R$ 0

R$ 2

R$ 4

R$ 6

R$ 8

R$ 10

R$ 12

REVISTA HF / CEPEA -Estudo de Caso

Araraquara

REVISTA HF / CEPEA -Estudo de Caso Araras

AGRIANUAL / AGRAFNP (Plantas de

4 a 8 anos)

CONAB AGRIANUAL / AGRAFNP (Plantas 9 a

18 anos)

Pomares da Indústria (CitrusBR)

R$

/C

aix

a

CUSTO OPERACIONAL DE PRODUÇÃO DE LARANJA POR CAIXA DE 40,8 KGINCLUINDO PRODUÇÃO NA ÁRVORE + COLHEITA + TRANSPORTE + ITR

SEM DEPRECIAÇÃO, DESPESAS FINANCEIRAS E SEM REMUNERAÇÃO DE CAPITAL

R$ 4,25 para R$ 7,26 foi o aumento

nos custos entre as safras 2002/2003

para 2009/2010;

70% de aumento em 7 anos;

Brasil X Flórida

Custo de Produção Por Acre/Hectare: UF/IFAS - Citrus REC,

Apresentaçao de Ronald P. Muraro em 6 de Março de 2010

Custo de Produção Por Caixa: Calculado dividindo-se o Custo

de Produção Por Acre/Hectare do UF/IFAS - Ronald P. Muraro

pela média de Produtividade Agrícola da Florida

Custo de colheita e frete em 2002/03: Florida Citrus Outlook

2002/03 Season.

Descontados impostos e logística pago ao

produtor é semelhante entre o dois países

CEPEA (Mercado Spot posto Fábrica)

Descontado: Colheita e Transporte da laranja

Adicionado: Imposto de Importação e Transporte do Suco

Como se chegou no valor de US$ 5,76

3,3 vezes menos era o custo de produção na safra 2002/2003 no Brasil

em comparação à Flórida;

Mas ao longo dos anos essa diferença foi reduzida na safra 2009/2010;

E a Florida?

Em 2003/2004 a Florida produzia 87% da produção

paulista. Em 2009/2010 não chegou a 50%.

São furacões que assolaram a região e espalharam

doenças. Fora isto, a valorização de terras, problemas

de escassez de água, mão de obra, além do clima

instável, contribuíram para esta redução.

São 20% a menos no número de arvores (15 milhões). A

renovação não tem acontecido. Apenas 10% das

arvores são jovens.

No Brasil em 2010 são quase 165 milhões de arvores

produzindo, e na Florida, 60 milhões.

Pontos Positivos Pontos Negativos

Produtividade (2,56

caixas/árvore contra 2,06 no

cinturão brasileiro)

Financiamento

Sem tarifa

Proximidade com o mercado

consumidor

Sem câmbio

Comunicação

Greening

Mão de obra

Valorização das terras

Água

Flórida

AGENDA

• Fortalecer as associações com de representação para enriquecer o debate em prol da união dos elos

da cadeia produtiva;

• Formar uma associação nos moldes da Orplana (do Consecana), que represente as atuais

organizações de citricultores;

• Construir soluções técnicas confiáveis para o pagamento da laranja por “sólidos solúveis”;

• Disseminar as melhores práticas de manejo agrícola visando o aumento da produtividade e

competitividade da cadeia;

• Instituir convênios com universidades do agronegócio, com objetivo de criar excelentes bancos de

dados técnicos e econômicos;

• Divulgar com maior transparência informações relevantes ao setor;

• Promover campanhas para o crescimento do consumo brasileiro de laranja e suco de laranja;

• Buscar incessantemente a redução das tarifas alfandegárias nos mercados importadores do suco

brasileiro;

• Agir junto às instituições governamentais com objetivo de obtenção de fundos para apoio à

citricultura...

A agenda futura é complexa e conhecida.

Algumas das opiniões discutidas nestes doze meses.

E na demanda?

1. NFC Europa e EUA categorias premium. Comparar com

“liquid food category”

2. Nectar nos emergentes (populosos e com renda)

3. Mercado interno brasileiro (sucos)

4. Consumo da fruta laranja no mercado interno

5. Exportações de laranja

6. Consumo dos EUA… É interesse da Florida?

7. Produtos para preços mais baixos no varejo

8. Foco na educação e no público jovem (investimento de

médio prazo)

Inovação no Agronegócio e Captura Vertical

Fonte: Marcos Fava Neves

Qual é o nosso principal desafio

nos próximos 10 anos...

Em uma palavra?

Pergunta que tentaremos responder agora…

I N C L U S Ã O

Pessoas

Em Ribeirão Preto: Déficit 2

mil pessoas.

65% vem da cana.

Qual é o nosso principal

problema hoje...

Em uma palavra?

I N D I F E R E N Ç A

O que levamos para casa?

Visão otimista de produção e inserção do Brasil

Um mapa com dados, análises e perspectivas para a laranja

Material, artigos, slides: www.favaneves.org

email: favaneves@gmail.com

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“Sólo le pido a Dios

que el dolor no me sea indiferente,

que la reseca muerte no me encuentre

vacio y solo sin haber hecho lo

suficiente…”.Leon Gieco

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