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O ENSINO DE GEOGRAFIA:
ALFABETIZAÇÃO CARTOGRÁFICA
Adriana Patrocinio Pereira.
ALFABETIZAÇÃO CARTOGRÁFICA – A CONSTRUÇÃO DA
LATERALIDADE – O banho de papel.
Atividade desenvolvida na EMEF Profª Claudete da Silva Vecchi, em uma sala de 1º
ano da professora estudante.
Trabalho apresentado na plataforma EAD da formação continuada para professores promovida pela Secretaria de Educação de Bauru –SP, no curso: O ensino de Geografia: alfabetização cartográfica, sob a orientação do professor Me. Amarildo Gomes Pereira.
BAURU –SP
2014
PLANO DE AULA
TEMA
Alfabetização cartográfica – A construção da lateralidade.
CONTEÚDOS
Alfabetização cartográfica;
Lateralidade – esquerda/direita;
Orientação – direção (na frente e atrás);
Noções temporais – antes, depois, agora.
OBJETIVOS
Tomar consciência do próprio corpo;
Desenvolver noções de lateralidade;
Construir os conceitos de direita e esquerda, na frente e atrás;
Ampliar as noções temporal e espacial.
JUSTIFICATIVA
Como as noções de lateralidade, espaciais e temporais são base para que
uma criança se conheça e saiba explorar o meio em que está inserida e, a partir
deste entenda e interaja com mundo que a cerca, compreendê-las e interiorizar seus
conceitos é algo fundamental para a criança. “Para que uma criança se oriente no
espaço, é necessário que se oriente no seu próprio corpo.”
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
* Roda de conversa;
* Levantamento dos conhecimentos prévios;
* Brincadeira - orientação espacial;
* Atividades de fixação – lateralidade;
* Atividade – O banho de papel.
* Roda de conversa;
* Produção de texto coletivo.
AVALIAÇÃO
A avaliação se dará através da observação da participação e interesse dos
alunos ao realizar as atividades propostas.
"Não é possível existir naquilo que eu não fui, naquilo que eu não vivi, mas é possível crescer através daquilo que eu tentei, daquilo que eu busquei, daquilo que
eu senti.” (Pablo Neruda)
DESENVOLVIMENTO E APLICABILIDADE DO PLANO DE AULA
Objetivando fazer um levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos
sobre os conceitos de lateralidade, noção espacial e temporal foi realizada uma roda
de conversa com questões simples: “Allana, quem está a sua direita?”, “Enzo, quem
está sentado na sua frente?”; e na sequência brincamos de “Faça tudo o que o
mestre mandar.” Adaptado é lógico ao que se ia trabalhar: “Dê um pulo para frente.”
Dê um pulo a direita.” Com essa brincadeira pude ter uma noção maior do que meus
alunos já sabem e também compreender o que e a quem devo dar mais atenção.
No outro dia, realizamos uma nova roda de conversa, observando dessa vez
a posição de alguns objetos em nossa sala de aula. Ex: “Pessoal, quando estamos
sentados corretamente, a porta da sala fica do lado direito ou esquerdo?” e ainda
voltamos a observar, em relação a determinado aluno, sobre quem estava sentado
nas suas diversas direções. Na sequência realizamos uma atividade no papel sobre
o tema abordado (abaixo se encontra digitalizada uma amostra da atividade que foi
realizada por um aluno).
Em um terceiro momento retomamos a conversa sobre lateralidade e realizamos
uma atividade de contorno da mãozinha direita. (vide fotos e amostra da atividade):
Também contornamos a mãozinha esquerda (vide fotos e amostra da atividade):
Buscando fixar melhor os conteúdos trabalhados, realizamos a atividade “O
banho de papel”, adaptando-a aos objetivos que queriam ser atingidos, nessa, os
alunos simulavam um banho de acordo com as orientações passadas: “Ex: com a
mão direita vamos lavar a cabeça suavemente; lavar o pescoço, lavar a barriga
rapidamente, lavar o pezinho direito,...
Para finalizar elaboramos coletivamente uma lista e um texto em relação ao
que as crianças sentiram ao realizar essa atividade, como fui a escriba o registro foi
feito na lousa (vide fotos da lista e texto):
Texto produzido coletivamente pelos alunos do 1º ano C da E.M.E.F. Profª
Claudete da Silva Vecchi, tema: o que nós achamos da atividade “O banho de
papel”.:
NÓS GOSTAMOS MUITO DESSA ATIVIDADE, POIS É UMA
BRINCADEIRA MUITO LEGAL E DIVERTIDA.
ELA ENSINA MUITAS COISAS. A GENTE APRENDE OS LADOS CERTOS,
DIREITA E ESQUERDA.
QUEREMOS BRINCAR MAIS VEZES, FOI MUITO GOSTOSO.
As crianças demonstraram interesse e participaram com prazer das
atividades propostas, ao final de cada uma não queriam parar e sim, ficar repetindo,
os objetivos foram atingidos de forma dinâmica e pude perceber, assim como meus
alunos, o quanto é válido realizar atividades diferenciadas para se alcançar um
mesmo fim.
RELATO DA EXPERIÊNCIA
Meus alunos amaram realizar as atividades desse plano de aula, como a
maior parte, foi para eles uma brincadeira, os relatos são de “muito legal; gostoso;
divertido; vamos fazer de novo?” Pude perceber que além de prazeroso eles
aprenderam e internalizaram os conteúdos propostos e assim os objetivos foram
atingidos.
Na foto abaixo consta uma lista que realizei com as crianças sobre o que
acharam da atividade “O banho de papel”, pelas respostas dadas, pode perceber
que além de prazeroso eles conseguiram perceber que aprenderam com a atividade,
embora a tenham relatado apenas como uma brincadeira.
Além da lista também realizei com meus alunos um texto, no qual fui a escriba, este, foi produzido coletivamente na lousa com o tema: “O que nós achamos da atividade „O banho de papel‟.”:
NÓS GOSTAMOS MUITO DESSA ATIVIDADE, POIS É UMA
BRINCADEIRA MUITO LEGAL E DIVERTIDA. ELA ENSINA MUITAS COISAS. A GENTE APRENDE OS LADOS CERTOS,
DIREITA E ESQUERDA. QUEREMOS BRINCAR MAIS VEZES, FOI MUITO GOSTOSO.
CONSIDERAÇÕES
Realizar uma atividade proposta em um curso aplicando-a em sala de aula,
sempre parece algo desafiador, principalmente por ter que contextualizar o que
estamos trabalhando com a abordagem exigida. Embora a atividade que me propus
a fazer tivesse dentro do que venho trabalhando e de acordo com o que a proposta
do Currículo Comum da nossa Secretaria de Educação.
Quando digo desafiador é principalmente em relação a colocar o plano de
aula dentro da minha semana em meio a avaliações e sendo fim de semestre o que
acaba, normalmente , por não conseguir atingir todos os alunos devido a alguns
terem começado faltar. Apesar desses percalços posso dizer que venci os desafios
e como comecei aplicar assim que a atividade foi proposta, consegui atingir a
maioria dos alunos, até por que, fui aplicando um pouco a cada dia.
É claro que quando se trata de lateralidade, orientação, direção e noções
temporais e espaciais, mesmo após muito se ter trabalhado, não se pode dizer que é
um assunto acabado; mas creio que depois dessa abordagem dada, a maioria dos
alunos já conseguiu fixar os conceitos focados e estão prontos para novos desafios.
A atividade proposta de forma prazerosa e divertida provoca na criança,
inconscientemente, alegria em aprender e fixação de conceito de modo dinâmico e
bem mais eficaz. Essa afirmação pode ser comprovada através dos relatos de meus
alunos que gostaram tanto que não queriam parar de realizar uma atividade, que
para eles era apenas uma brincadeira. Por essa razão posso dizer com propriedade
que eles aprenderam e internalizaram os conteúdos propostos e assim os objetivos
foram atingidos.
Foi muito gratificante perceber que meus alunos sentiam prazer em realizar
o que planejei e que eles aprenderam o que era esperado.
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