o desenvolvimento mental da criança - piaget

O Desenvolvimento

Mental da Criança

Profª. Leni de Souza Barros

Faculdade UNEOURO - 2012

O desenvolvimento psíquico

• Para Piaget o desenvolvimento

psíquico começa quando nascemos

e termina na idade adulta.

• “O desenvolvimento é uma

equilibração progressiva, uma

passagem contínua de um estado

de menor equilíbrio para um estado

de equilíbrio superior.”

interesse

Pode ser uma

necessidade

fisiológica, afetiva

ou intelectual.

açãoA inteligência

procura

compreender,

explicar etc.

• Cada estágio constitui, pelas estruturas que o

definem, uma forma particular de equilíbrio,

efetuando-se a evolução mental no sentido de

uma equilibração sempre mais completa.

• Sendo que, não comparando somente cada

estágio ao seguinte, mas cada conduta, no

interior de qualquer estágio, à conduta seguinte,

toda ação (movimento, pensamento ou

sentimento) corresponde a uma necessidade.

• A ação humana consiste neste movimento

contínuo e perpétuo de reajustamento ou de

equilibração.

Toda necessidade tende:

1. A incorporar as coisas e pessoas à atividade

própria do sujeito, isto é, “assinalar” o mundo

exterior às estruturas já construídas;

2. A reajustar estas últimas em função das

transformações ocorridas, ou seja, “acomodá-las”

aos objetos externos;

• A percepção e

movimentos elementares

(preensão etc.) referem-

se, primeiramente, aos

objetos próximos nos

seus estados

momentâneos, já que a

memória e a inteligência

prática permitem, ao

mesmo tempo,

reconstituir o estado

imediatamente anterior e

antecipar as

transformações

próximas. O pensamento

intuitivo reforça, em

seguida, estas duas

capacidades.

Esta evolução culmina com a

inteligência lógica, sob a forma de

operações concretas e finalmente

de dedução abstrata, tornando o

sujeito senhor dos acontecimentos

mais longínquos no espaço e no

tempo.

As estruturas variáveis serão, então:

• As formas de

organização da

atividade mental

Motor ou intelectual

Afetivoindividual

social

Piaget distingue seis estágios ou períodos de

desenvolvimento, que marcam o

aparecimento dessas estruturas

sucessivamente construídas.

O conceito de estrutura cognitiva é

central para a teoria de Piaget.

• Estruturas cognitivas são padrões de ação

física e mental subjacentes a atos

específicos de inteligência e correspondem

a estágios do desenvolvimento infantil.

Existem quatro estruturas cognitivas

primárias - estágios de desenvolvimento - de

acordo com Piaget: sensorial-motor, pré-

operações, operações concretas e

operações formais.

• No estágio sensorial-motor (0-2 anos), a

inteligência assume a forma de ações motoras.

• A inteligência no período pré-operacional (2-7

anos) é de natureza intuitiva.

• A estrutura cognitiva durante o estágio de

operações concretas (7-12 anos) é lógica, mas

depende de referências concretas.

• No estágio final de operações formais (12-15

anos ou mais), pensar envolve abstrações.

Os estágios:

O recém-nascido

e o lactente

( 0 a 2 anos):

O período que vai do nascimento até a aquisição da

linguagem é marcado por extraordinário desenvolvimento

mental. Este período representa a conquista, através da

percepção e dos movimentos, de todo o universo prático

que cerca a criança.

Este estágio é subdividido em 3 etapas: dos reflexos, da

organização das percepções e hábitos e o da inteligência

senso-motora propriamente dita.

• Os reflexos de sucção melhoram com o exercício;

• Não se contenta em sugar quando mama, suga também

ao vazio, seus dedos (quando os encontra) e qualquer

objeto apresentado;

• Assimila uma parte de seu universo à sucção;

• Rapidamente esse universo se tornará também uma

realidade para olhar, ouvir e, logo que os movimentos

próprios lhe permitam, para manipular.

• Reconhece certas pessoas em oposição a outras, mas

são apenas aparições sensíveis e animadas que ela

reconhece.

• Não existe diferenciação entre o eu e o mundo exterior.

• Agita, esfrega e balança objetos – ação apta a ser

repetida e generalizada para situações novas.

A primeira infância:

de 2 a 7 anos de

idade• Aparecimento da linguagem;

• É capaz de reconstruir suas ações

passadas sob forma de narrativas

o que leva ao desenvolvimento

mental: o início da socialização da ação; uma

interiorização da palavra;

• Do ponto de vista afetivo: desenvolve sentimentos

interindividuais (simpatias e antipatias, respeito etc.);

• Acontece três modificações gerais da conduta:

socialização, pensamento e intuição.

A infância de

7 a 12 anos

• Marca uma modificação decisiva

no desenvolvimento mental, quer

se trate da inteligência ou da vida

afetiva, das relações sociais ou da

atividade propriamente individual;

• Concentração individual quando trabalha sozinho e

colaboração afetiva quando há vida comum;

• Torna-se capaz de cooperar, porque não confunde mais

seu próprio ponto de vista com os dos outros,

dissociando-os mesmo para coordená-los;

• Jogos com regras, supondo grande e variado número de

regras, entende os direitos de apropriação no caso de

ganhar etc;

• O essencial é que a criança se torna suscetível a um

começo de reflexão (pensa antes de agir);

• Começa a se libertar de seu egocentrismo social e

intelectual, tornando-se capaz de novas coordenações,

que serão da maior importância, tanto para a inteligência

quanto para a afetividade;

• As operações do pensamento, depois dos 7 anos

correspondem à intuição, que é a forma superior de

equilíbrio que o pensamento atinge na primeira infância;

• Obediência x justiça;

• A lógica é uma espécie da moral

do pensamento;

Problema de alto interesse da

Psicologia do Desenvolvimento

Mental:

“EDUCAÇÃO DA VONTADE”

Compreender como a tendência mais fraca

no início da conduta torna-se mais forte,

graças ao ato da vontade.

Bibliografia

• Piaget, Jean. Seis Estudos de Psicologia.

Tradução Maria Alice Magalhães

D’Amorim e Paulo Sergio Lima Silva.

25.ed. – Rio de Janeiro: Forense

Universitária, 2011.