o argumento da hélice tríplice 2a parte

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Aulas ministradas nos dias 12, 13 e 14 de janeiro de 2012 na Universidade do Porto - Portugal.

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O ARGUMENTO DA HÉLICE TRÍPLICE: PONTOS E CONTRA-PONTOS – 2ª

parte

Prof. Dr. Carlos Alberto Figueiredo da Silva

12 de janeiro de 2012 – Universidade do Porto - Portugal

Linguagens e CulturasLinguagens e CulturasTecnologiasTecnologias

Emprendedorismo e InovaçãoEmprendedorismo e Inovação

PROJETO NOMESPROJETO NOMES

NiteróiNiterói

Projeto GraelProjeto Grael

Projeto Fernanda KellerProjeto Fernanda Keller

                                

                                                                                   

Projeto GuguProjeto Gugu

Projeto TatuíProjeto Tatuí

Projeto GersonProjeto Gerson

Por Daniel Corrêa de Mattos Orientador: Dr. Carlos Alberto Figueiredo da SilvaDr. Jorge FrançaDr. José Maurício Capinussú

Por Jacques Araújo NettoOrientador Dr. Carlos Alberto Figueiredo da Silva Dr. Carlos Henrique de Vasconcelos RibeiroDr. José Maurício Capinussú

UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRAPRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA ATIVIDADE FÍSICADISSERTAÇÃO DE MESTRADO

PROJETOS SOCIAIS ESPORTIVOS E A FORMAÇÃO DE REDES

Orestes Manoel da SilvaOrientador: Dr. Carlos Alberto Figueiredo da Silva

CRIANÇAS E ADOLESCENTES DO PROJETO “BOXE VIDIGAL”

ESPORTE UNIVERSITÁRIO NO BRASIL: DESDOBRAMENTOS E DESENVOLVIMENTO SOB A ÓTICA DO MODELO TEÓRICO DA HÉLICE TRÍPLICE

Por João Domingos Bezerra MandarinoOrientador: Dr. Carlos Alberto Figueiredo da Silva

EMPREENDEDORISMO DESPORTIVO: UM ESTUDO DE CASO SOBRE O RUNPORTO

O objetivo

Identificar, por meio de um estudo de caso, as formas de atuação da

empresa Runporto, sua relação com os atores da hélice tríplice e a contribuição

para a cidade do Porto.

METODOLOGIA

Estudo de caso Descritivo Abordagem qualitativa Entrevista de profundidade com o presidente do

Runporto, Jorge Teixeira. O referencial-teórico metodológico apoia-se no

modelo teórico da hélice tríplice (Etzkowitz, 2005, Etzkowitz; Leydesdorff, 1996), no que concerne à análise da sinergia entre universidade-empresa-governo.

Utilizou-se a matriz de impacto de Preuss (2008), no sentido de analisar o impacto do empreendimento Runporto em relação a aspectos intangíveis. De modo a efetivar a análise do ambiente externo e interno do empreendimento, utilizou-se a metodologia SWOT (Bechara, 2008).

MATRIZ DE IMPACTO - PREUSS Visível

Invisível

Longo prazo

Curto prazo

Pontos FortesAtrai grande número de pessoas para participar dos

eventos.Possui base de dados com todos que já participaram dos eventos, o que permite entrar em contato rapidamente

com os cadastrados.Possui um número significativo de pessoas cadastradas.

Tem grande capacidade de atrair patrocinadores que permitem o crescimento do projeto.

Possui uma equipe administrativa altamente motivada.Possui uma estrutura administrativa enxuta e ágil.

Tem conseguido crescer de forma sustentada.

Pontos FracosApresenta problemas com a equipe de produção executiva nos dias dos eventos, principalmente em relação à falta de

concentração.

AMBIENTE INTERNO

AmeaçasPossibilidade de atentados terroristas.

O risco de perda de patrocínios em virtude de aspectos econômicos mundiais e regionais.

Falta de apoio da população.Falta de apoio das instituições governamentais.

OportunidadesA crise financeira mundial.

A necessidade de signalling de cidades em Portugal. .

AMBIENTE EXTERNO

Interação entre universidade-empresa-governo

Pouca interação com o governo e com a universidade.

Atua de forma laizzer-faire, ou seja, nos moldes da hélice tríplice-2.

Seria conveniente a busca por outros parceiros além das empresas privadas.

Com efeito, a aproximação com um centro de pesquisa de alguma universidade portuguesa poderia sistematizar e ampliar o conhecimento que já é construído de forma tácita.

Os governos também poderiam se tornar aliados importantes, haja vista a importância de signalling, no campo desportivo, o que poderia trazer recursos tangíveis e intangíveis para as cidades.Constata-se que o Runporto tem expandido suas ações para outras cidades portuguesas. A necessidade de signalling das cidades conjuga-se à vocação do Runporto.

Modernidade - Meta narrativa utópica

OS JOGOS OLÍMPICOS E O ESPORTE COMO REDENTORES DA POBREZA, DA MISÉRIA E DO ATRASO SÓCIO- ECONÔMICO E CULTURAL.

Pós-modernidade - Desconstrutivismo distópico

OS JOGOS OLÍMPICOS E O ESPORTE COMO ÓPIO E /OU INSTRUMENTO DE INTERESSES POLÍTICOS E ECONÔMICOS.

Modernidade Reflexiva/Fluida/Tardia –

Automonitoramento reflexivo

OS JOGOS OLÍMPICOS E O ESPORTE COMO REFLEXIVIDADE.

EXPECTATIVAS DA MÍDIA SOBRE O LEGADO DOS JOGOS OLÍMPICOS DE

2016Antes e após a eleição do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016, a mídia iniciou um processo de discussão sobre o legado do evento para a cidade.

Entre o dia 1º de outubro de 2009 e o dia 31 de dezembro de 2009, a equipe que desenvolveu este estudo catalogou as notícias que abordaram o tema do legado dos jogos para a cidade do Rio de Janeiro.

Foram pesquisados os jornais O Globo, O Dia, O Fluminense, Jornal do Brasil e Lance. Num total de 360 edições. O levantamento das expectativas da mídia foi realizado nas edições impressas e também online.

Transporte 25%Empregos 15%

Meio Ambiente 8%Vias Públicas 8%

Turismo 7%Segurança Pública 7%

Sinalização da Cidade 5%Negócios 5%

Saúde 3%Transparência Política 3%

Saneamento Público 3%Reassentamento de Famílias 3%

Internet Banda Larga 2%Segurança Privada 2%Construção Civil 2%

Reciclagem do Lixo 2%Restauração da Cidade 2%

CATEGORIAS

CONCLUSÕES

A mídia focalizou os aspectos instrumentais do legado.

As questões substantivas ficaram em segundo plano.

A mídia deixou a distância a discussão sobre valores, ética e estética, potencializando os aspectos técnicos, econômicos e utilitários do legado.

Há de se observar que o instrumental e o substantivo se complementam. No entanto, o foco nos aspectos instrumentais demonstra a necessidade de se estabelecer um novo marco nas discussões sobre o legado dos jogos para a cidade.

O movimento olímpico fundamenta-se em valores substantivos. Esta é uma questão de fundo e que a racionalidade instrumental não dá conta.

Ratifica-se, portanto, que a racionalidade instrumental tem um poder de difusão muito maior que a racionalidade substantiva.

Na qualidade de megaevento, os legados ocorrem tanto no tangível quanto no intangível.

É no campo educacional que vamos encontrar o espaço para a discussão de valores substantivos. Não apenas na escola; mas concomitantemente no trabalho, na família, na rua, na mídia, no cotidiano. São esses valores substantivos, que poderão arquitetar até mesmo elementos instrumentais, mas não o oposto.

Todos os objetivos traçados para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos deveriam ter um para quê?, caso contrário, a dimensão instrumental não encontrará a sua finalidade, a sua razão de ser.

Esporte Olímpico

Sugestões

Ampliar os fóruns de discussão, no sentido de incluir representantes dos governos, das universidades, das empresas/indústrias e da sociedade.

Sugestões

Discutir modelos de projetos sociais esportivos, que incluam também a formação profissional e educacional, além da iniciação ao esporte.

Sugestões

Estimular programas de educação a distância para que, durante o período da vida profissional no esporte, os atletas possam também se preparar para o mercado de trabalho quando encerrarem suas carreiras esportivas.

Sugestões

Discutir políticas que estimulem a aproximação das empresas com as universidades para atuarem na construção, gestão e desenvolvimento de parques esportivos.

Sugestões

Inaugurar pesquisas que estimulem a criação de áreas esportivas sustentáveis por parte de empresas, com incentivo governamental.

Sugestões

O campo é fértil, no entanto, é preciso que a hélice de fato gire e produza a sinergia necessária para que sonhos se concretizem.

Os três espaços

CONHECIMENTO

Neste espaço, efetiva-se a criação de massa crítica a partir do ensino, da pesquisa e da extensão, transformando o conhecimento tácito em conhecimento explícito.

CONSENSO/DISSENSO

Neste espaço, diferentes atores se aproximam, de modo a produzir sinergias criativas.

INOVAÇÃO

Aqui as ações cooperativas entre atores da HT gerariam a inovação.

Antes de entrarmos na questão das redes e do terceiro setor

Marcelo Melo e Nelson Marcelino fazem duras críticas às ideias apresentadas até aqui. No livro Poder público. terceiro setor e controle social: interfaces na construção de políticas de esportes e lazer, estes autores afirmam que existe uma reconfiguração do movimento neoliberal no esporte e no lazer.

POLÍTICAS PÚBLICAS DE ESPORTE E LAZER: O PAPEL DO PODERPÚBLICO E DO TERCEIRO SETORMarcelo Paula de Melo

Conceitos são apropriados por forças políticas com projetos de sociedade muitas vezes antagônicos.

Cidadania, formação humana, trabalho, sociedade civil, Estado, entre outros, têm sido alvo de intensas disputas políticas (MELO, 2007, passim).

A menção a tais conceitos não esclarece muito das concepções e projetos políticos daqueles que o fazem. A disputa semântica, longe de ser algo de menor relevo na luta política, pode indicar o grau de consolidação da hegemonia de uma determinada classe e suas frações em torno do seu projeto de sociedade (MELO, 2007, passim).

Tais considerações indicam como a burguesia, ainda que hegemonizada pela burguesia financeira, tem obtido sucesso na busca do consenso em torno do atual projeto histórico, o neoliberalismo, tomado não apenas como uma série de mudanças econômicas, mas um novo reordenamento do projeto societário capitalista, incidindo nos mais variados planos da sociabilidade, buscando adequar o conjunto da população às suas bases principais (MELO, 2007, passim).

Nesse processo a transmutação do conceito de sociedade civil em “terceiro setor” pode ser apontada como umas das dimensões e características centrais do atual projeto histórico dominante (MONTAÑO, 2002, NEVES, 2005, DURIGHETTO, 2005). A aceitação da lógica de atuação do chamado terceiro setor implica na aceitação e naturalização do processo de delegação da execução das políticas sociais ao conjunto de organismos na sociedade civil, ainda que guardadas as especificidades de cada tipo de organismo, como uma ONG, Fundação empresarial, Associação de moradores, sindicatos ou outros (MELO, 2007, passim).

Questões

Como está o terceiro setor em Portugal, no que concerne à gestão do desporto?

No Brasil, temos visto um crescimento exponencial de ONGs, Institutos, Fundações etc., no campo do desporto. Como está isto em Portugal?

Não é possível separar a atuação dos organismos do chamado terceiro setor na execução das políticas públicas da emergência do projeto neoliberal de novo tipo. São processos que estão intimamente ligados, ainda que não reconhecidos pelos partidários do terceiro setor. A defesa apaixonada por parte dos organismos internacionais do capital como Banco Mundial (1997), Garrison, (2000), UNESCO/ONU (2003), ou então dos teóricos intimamente ligados ao projeto neoliberal não deve ser ignorada (MELO, 2007, passim).

A educação física é amplamente influenciada por esse momento histórico. A batalha política no campo das idéias apresenta-se como um dos principais campos de manifestação da penetração dos postulados neoliberais. É possível observar um grande aumento das iniciativas privadas no que se refere à execução e implementação de ações sociais em diversas áreas. Sejam ONGs, Fundações e Institutos empresariais, de artistas e atletas, todos parecem estar imbuídos da chamada missão social. Isto tem se dado no exato momento em que a natureza de atuação do Estado capitalista se altera (MELO, 2007, passim).

Questões

No Brasil, ex-atletas têm se envolvido no terceiro setor e liderado ações no campo desportivo. Como está isto em Portugal?

Por que, no Brasil, as políticas públicas têm privilegiado a parcerias com ONGs em vários setores e principalmente no desporto?

Questões

Este organismo da sociedade civil (ONG, Institutos, Fundações etc.) pode ser considerado como terceiro setor?

O que é o terceiro setor?

Pedagogia da hegemonia

Intensas campanhas de difusão do trabalho voluntário A atuação dos organismos da sociedade civil no

campo do trabalho em “parceria” com os organismos do capital

Abandono da noção de direito social Educação para o consenso A atuação do que se convencionou chamar de

Organização não-governamental (ONG) Despolitização e repolitização pelo consenso em torno

do projeto societário dominante. A explosão do número de organizações na sociedade

civil a partir dos anos 1990 e sua vinculação direta à implementação de políticas sociais no bojo do projeto neoliberal de novo tipo (MELO, 2007, passim).

Questão

As ONGs Desportivas estariam a fazer a gestão da pobreza, ao atuarem de maneira focalizada, restrita e competitiva, favorecendo a penetração e expansão das atividades voltadas para a mais valia relativa, apoiando muitas vezes a expropriação de conquistas de cunho universalizante e o direito ao desporto para todos?

Questão

No Brasil, há uma explosão do trabalho precário/informal no âmbito das ONGs Desportivas. Isto seria um indício do processo radicalizado de subsunção do trabalho ao capital apontado por Virgínia Fontes, mesmo em áreas onde a penetração e expansão da mais valia relativa não era tão intensa?

Questão

Além do aparelho de governo, as ONGs estariam se configurando como os novos aparelhos privados de hegemonia (ou sociedade civil)?

Estado = aparelho de governo + aparelhos privados de hegemonia (sociedade civil)?

Questão

Defender o Estado como garantidor de políticas sociais universais não precarizadas e provisórias, configurando direitos sociais como educação, saúde, esporte, lazer, assistência social, significa uma postura de esquerda ou neoliberal?

Questão

As políticas públicas de esporte e lazer são um lugar privilegiado na disseminação e implementação do projeto neoliberal de terceira via?

A atuação do terceiro setor no campo desportivo enfraquece ou fortalece o direito ao desporto para todos?

Novo vocabulário

P2P (peer-to-peer, par-a-par, pessoa-a-pessoa)

COOPETIVIDADE (competição + cooperação) DESCONSTRUÇÃO RECRIATIVA (refazendo,

refazenda, desprogramando) CO-CRIAÇÃO (rede) EMPREENDIZAGEM (aprender

empreendendo) ABUNDÂNCIA DISTRIBUÍDA CO-LABOR-ATIVA

Refazenda – Gilberto Gil

Abacateiro acataremos teu atoNós também somos do mato como o pato e o leãoAguardaremos brincaremos no regatoAté que nos tragam frutos teu amor, teu coraçãoAbacateiro teu recolhimento é justamenteO significado da palavra temporãoEnquanto o tempo não trouxer teu abacateAmanhecerá tomate e anoitecerá mamãoAbacateiro sabes ao que estou me referindoPorque todo tamarindo tem o seu agosto azedoCedo, antes que o janeiro doce manga venha ser tambémAbacateiro serás meu parceiro solitárioNesse itinerário da leveza pelo arAbacateiro saiba que na refazendaTu me ensina a fazer renda que eu te ensino a namorarRefazendo tudoRefazendaRefazenda todaGuariroba

Pela internet – Gilberto GilCriar meu web site

Fazer minha home-pageCom quantos gigabytesSe faz uma jangadaUm barco que veleja

Que veleje nesse informarQue aproveite a vazante da infomaréQue leve um oriki do meu orixáAo porto de um disquete de um micro em Taipé

Um barco que veleje nesse infomarQue aproveite a vazante da infomaréQue leve meu e-mail até CalcutáDepois de um hot-linkNum site de HelsinquePara abastecer

Eu quero entrar na redePromover um debateJuntar via InternetUm grupo de tietes de Connecticut

De Connecticut de acessarO chefe da Mac Milícia de MilãoUm hacker mafioso acaba de soltarUm vírus para atacar os programas no Japão

Eu quero entrar na rede para contatarOs lares do Nepal,os bares do GabãoQue o chefe da polícia carioca avisa pelo celular

Que lá na praça Onze tem um videopôquer para se jogar...

Carlos Alberto Figueiredo da Silva ca.figueiredo@yahoo.com.br http://www.carlosfigueiredo.org/

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