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I I JORNALDE NOTÍCIAS I6 Segunda-feira 10NI MAIO 2010 I

LN A C I O N A

NOTICIÁRIO ACTUALIZADOwww.jn.pt/nacional

Um em cada dois doentesoperados sem internamentoCirurgia deambulatório atinge 50%eaproxima-sedospaíses europeusmais desenvolvidos

e o tempo de espera baixou paraos 3,4 meses.

Do trabalho realizado, Fernan-do Araújo destaca os investimen-tos em 32 hospitais, num total de25 milhões de euros, que permiti-ram criar e renovar os blocos decirurgiadeambulatório.Tambémas alterações ao financiamentodasunidades,bemcomoosincen-tivos aos profissionais, servirampara estimular a aposta na cirur-gia de ambulatório.

Alentejo na frenteA evolução sentiu-se em todas asregiões, com o Algarve (62%) e oAlentejo (54%) a assumirem adianteira. O Norte atingiu 51%, oCentro48%eLisboaeValedoTe-

jo47%.“OAlentejoéumexemplode que também nas zonas isola-das, com mais idosos é possívelapostar na cirurgia de ambulató-rio”, nota Fernando Araújo.

E é precisamente no Alentejo,no TeatroPaxJuliadeBeja,queosnúmerosalcançadosvãoserapre-sentados e comparados com al-gunsexemploseuropeus,nomea-damente Itália, Espanha, ReinoUnido e Holanda. Em cirurgia deambulatório,Portugalestámelhorque Itália, ligeiramente atrás deEspanha e cada vez mais perto doReino Unido e Holanda, situaPauloLemos,presidentedaAsso-ciação Portuguesa de Cirurgia deAmbulatório e organizador docongresso. ■

Em cerca de dois anos, Portu-gal colou-se aos países europeusmaisavançadosemmatériadeci-rurgia de ambulatório. Em 2006,estas intervenções rápidas repre-sentavam 17% do total das cirur-gias no país. Um ano depois foicriada a Comissão Nacional parao Desenvolvimento da Cirurgiado Ambulatório que definiu umconjunto de medidas e investi-

Metade das cirurgias realizadas em2009 foram feitas em ambulatório. Odoente regressa a casa em menos de23 horas, os hospitais aumentam aprodutividade e diminuem as listas deespera. A meta dos 50% foi atingida.Pisca-se agora o olho aos 60%.

_ INÊS SCHRECK_ ines@jn.pt

ARQUIVO

mentos necessários para atingir,em 2009, uma taxa de 50%. Ameta,consideradademasiadoam-biciosa por muitos, foi alcançada.A 31 de Dezembro do ano passa-do, 213892 doentes foram opera-dos em ambulatório. Outros218289 foram sujeitos a cirurgiasconvencionais.

O passado e o futuro estarãohoje, amanhã e quarta-feira emanálisenoVICongressoNacionalde Cirurgia de Ambulatório, emBeja. A ministra da Saúde estarápresente na abertura.

O evento assinala também aconclusão do trabalho da Comis-são Nacional de Cirurgia de Am-bulatório. “Atingiu-seumpatamarque nos coloca junto aos países

mais avançados. Mudou-se a for-ma de estar e não há volta atrás.Agora, faz sentido ponderar quala estratégia para o futuro”, refereFernando Araújo, que lidera ogrupo de trabalho desde que foicriado. O responsável, tambémpresidentedaARSdoNorte,acre-dita que é possível alcançar umataxa de 60% de cirurgias de am-bulatório. “Tudodependedasme-didas a tomar”, acrescenta.

Fernando Araújo não tem dú-vidas de que os resultados têmconsequências directas na redu-çãodas listasdeesperaparacirur-gia.Em2006,haviaemtodoopaís221mildoentes inscritosparaumaoperação e esperavam em média6,9 meses. Em 2009, eram 164 mil

Oftalmologiaédasespecialidadesquemais recorremàcirurgiadeambulatório.De2006para2009, amedianado tempodeesperadiminiude5,7mesespara2,5meses

PormenoresSANTO ANTÓNIO NO TOPOO Centro Hospitalar do Porto (queintegra o Santo António) foi aunidade que realizou, em 2009,mais cirurgias de ambulatório emnúmeros absolutos:13483. Com aentrada em funcionamento doCentro Integrado de Cirurgia deAmbulatório, previsto para oVerão, deverão aumentar osnúmeros e a diversificação decirurgias.

ESPECIALIDADESCirurgia geral, oftalmologia, otorri-nolaringologia e dermatologiaestão entre as especialidades quemais recorrem à cirurgia de ambu-latório.

PANORAMA INTERNACIONALA taxa de cirurgia de ambulatóriodo Reino Unido e Holanda andaacima dos 60% e a dos EstadosUnidos perto dos 70%. Ascomparações devem ter em contaque, naqueles países europeus,a cirurgia de ambulatório nãoinclui pernoita. O modelo dePortugal aproxima-se do norte-americano porque inclui um pós-operatório de 23 horas, explicouo presidente da AssociaçãoPortuguesa de Cirurgia de Ambu-latório.

25milhões

investidosnos hospitais213

MIL OPERADOSem ambulatório

em 2009

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