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Revista de Imprensa10-11-2015

1. (PT) - Jornal de Notícias, 10/11/2015, Quase sete milhões estão isentos de taxas moderadoras 1

2. (PT) - Destak, 10/11/2015, Utentes não pagam se forem referenciados pelo médico 2

3. (PT) - Diário de Notícias, 10/11/2015, Médicos que faltem têm de ser substituídos em duas horas 3

4. (PT) - Jornal de Notícias, 10/11/2015, Metade dos bebés portugueses com um ano já tomou antibióticos 5

5. (PT) - Correio do Minho, 10/11/2015, Extensão de Saúde de Anha reabre esta quarta-feira 6

6. (PT) - Correio da Manhã, 10/11/2015, Morre no dia dos anos 7

7. (PT) - Correio da Manhã, 10/11/2015, Tratado a cancro por erro de laboratório 8

8. (PT) - Destak, 10/11/2015, 23 milhões de euros na luta contra a sida 10

9. (PT) - Destak, 10/11/2015, T-shirt de Joss Stone leiloada na Internet 12

10. (PT) - Correio do Minho, 10/11/2015, Doutor, há vacina para a pneumonia? 13

11. (PT) - Público, 10/11/2015, O que pomos no prato não é o que devíamos 14

12. (PT) - i, 10/11/2015, Portuguesa premiada por investigação sobre Alzheimer 16

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Tiragem: 75721

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 9

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Área: 15,51 x 21,68 cm²

Corte: 1 de 1ID: 61781643 10-11-2015

Utentes que vão às urgências dos hospitais depois de referenciados

pelo médico de família não têm de pagar taxa, recorda Ministério da Saúde

Quase sete milhões estão isentos de taxas moderadoras

Recurso aos centros de saúde reduz idas desnecessárias às urgénclas

Inês Schreck [email protected]

► Mais de seis milhões de•utentes (6 080 135) estão isentos de taxas moderadoras por insuficiência económica e outras condições pre-vistas na legislação, segundo nú-meros do Ministério da Saúde re-lativos a outubro. Há ainda 890 mil doentes crónicos dispensados do pagamento da taxa em determina-dos procedimentos. Tudo somado, são quase sete milhões de pessoas que acedem gratuitamente ao Ser-viço Nacional de Saúde (SNS).

Recorde-se que estão isentos do pagamento de taxas moderadoras por insuficiência económica os utentes que integram um agrega-do familiar cujo rendimento médio mensal, dividido pelos sujeitos passivos, seja igual ou inferior a 628,83 euros (1,5 vezes o valor do indexante de apoios sociais ).

Após a divulgação de notícias sobre o programa acordado pela esquerda. (PS, BE, PCP e Os Ver-des) para a saúde, com destaque para a eliminação do pagamento de taxas moderadoras nas urgên-cias para os utentes que são refe-

rendados pelo médico de família, o ministério liderado por Fernan-do Leal da Costa esclareceu ontem que tal medida já foi implementa-

, da em 2011. De facto, o artigo 8° do decreto-lei 113/2011 de 23 de no-vembro exclui do pagamento de taxas moderadoras os doentes re-ferenciados pelos cuidados de saúde primários para os serviços de urgência.

"Ao contrário do que algumas notícias veicularam este fim de se-mana, o Ministério da Saúde in-centiva os cidadãos, desde nó-vembro de 2011 (artigo 8.° do De-creto-Lei n.° 113/2011), a consul-tarem os seus médicos de família antes de se dirigirem aos serviços de urgência hospitalares. Só assim podemos ajudar a descongestio-nar o atendimento, particular-mente em tempos de maior afluência, como é o caso do inver-no", refere a tutela.

Uma prática que, "a par do alargamento dos horários de fun-cionamento dos centros de saúde, permite, igualmente, afastar das urgênçias os casos não emergen-tes (as chamadas falsas urgências) ou reduzir o número de doentes a quem, segundo os critérios da triagem de Manchester, é atribuí-da pulseira verde no atendimen-to hospitalar, reforçando a efi-ciência". •

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A2

Tiragem: 68889

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Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 6

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Área: 10,92 x 4,66 cm²

Corte: 1 de 1ID: 61781743 10-11-2015

Utentes não pagam se foremreferenciados pelo médico

No âmbito do Plano de Contingên-ciadeTemperaturasExtremasAdver-sas,quevisaprepararparaasondasdefrio,oMinistériodaSaúderecordaqueos cidadãos estão dispensados de pa-gartaxasmoderadorasnosserviçosde

urgênciaquando forem referenciadospelos cuidados de saúde primários, ouseja,seconsultaremomédicodefamí-lia antes de se dirigirem às urgênciasdo hospital. Uma medida para ajudaradescongestionar os serviços.

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A3

Tiragem: 27481

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 14

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Área: 25,50 x 16,20 cm²

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Empresas. Falha nas urgências leva à suspensão de contrato Saúde. Prestadoras de serviço estão obrigadas a substituir médico em falta no prazo de duas horas. Objetivo é evitar falhas nas escalas que deixam hospitais sem capacidade de resposta

ANA MAIA

As empresas que contratam médi-cos para preencherem as horas em falta nos hospitais vão estar sujeitas a regras mais apertadas. Ministério da Saúde proíbe a participação em novos concursos se os médicos contratados não se apresentarem ao trabalho. As novas regras preten-dem evitar casos como o do ano passado, na altura do Natal, em que alguns hospitais tiveram 20 horas de espera na urgência por falhas na escala.

A suspensão entre um e seis me-ses, impedindo as empresas de se candidatarem a novos concursos durante esse período, é aplicada se um médico faltar duas vezes segui-das ou três intercaladas. O acordo--quadro estabelece que as empresas - pessoa coletiva ou médicos em so-ciedade unipessoal -são obrigadas a substituir o clínico em falta no pra-zo de duas horas. A comunicação das irregularidades deve ser feita pe-los hospitais à Serviços Partilhados

do Ministério da Saúde (SPMS), res-ponsável pela criação do acordo--quadro, e à li-ispeção-Geral da Saú-de. Está prevista uma sanção cor-respondente a 20% do valor do con-trato, à semelhança do que já existe no acordo ainda em vigor.

O recurso a médicos tarefeiros é habitual para fazer face às aposen-tações, reformas antecipadas, emi-gração e demora nas contratações para os quadros. Em 2013, os hos-pitais compraram um milhão e 54 mil horas médicas através de em-presas. Mas os problemas têm sido vários. Escalas sem médicos tare-feiros - caso do hospital Amado-ra-Sintra no Natal, o que levou a 20 horas de espera nas urgências - ou clínicos sem receber das empresas, apesar de os hospitais pagarem pelo serviço, como aconteceu em Santarém. .

Artur Mimoso, vogal da SPMS, explicou à revista da Ordem dos Médicos que "na habilitação exigi-mos que o médico só esteja inscri-to por uma empresa e, se ficarem qualificados, a empresa tem de se

dimensionar". Se esta "apresentar uma proposta e não cumprir ou se nem sequer apresentar proposta depois de ter concorrido temos esse mecanismo de suspensão".

Preços demasiado baixos Fonte da SPMS disse ao DN que "a expectativa é de que o novo acordo--quadro entre em vigor no início de dezembro". Ainda não é possível saber o número de prestadores que a bolsa de contratações terá, pois o processo ainda não está termina-do. O novo acordo-quadro, válido por um ano e renovável por mais três, cria uma majoração no paga-mento à hora de 10% para zonas carenciadas e o critério de qualida-de, a valer 40%, na escolha do pres-tador de serviço.

E estabelece como preços anor-malmente baixos 20 e 25 euros, a partir dos quais os hospitais po-dem recusar as ofertas por consi-derarem que são baixas. Na mesma entrevista, Artur Mimoso referiu que é expectável que possa au-mentar um pouco os custos, mas

será uma forma de evitar faltas de médicos. A lei prevê que médicos não especialistas recebam um má-ximo de 25 euros à hora e especia-listas 30 euros.

"Havia médicos a trabalhar em várias empresas e empresas que apresentavam currículos e que não tinham médicos inscritos. Estas re-gras parecem minimizar a ques-tão", diz Marta Temido, presidente da Associação dos Administrado-res Hospitalares, referindo que o valor anormalmente baixo de 25 e 20 euros não deverá implicar mais custos para os hospitais. "Penso que nunca se terão afastado muito destes valores. Poderiam existir médicos que recebiam menos por causa da margem das empresas." Quanto à forma de contratação, "há um esforço por melhorar, mas este tipo de contratação é um re-mendo. Os hospitais deveriam po-der contratar diretamente no mer-cado local. Simplificava a compra e a relação com o médico", disse, re-ferindo que o ideal seria a contrata-ção para o quadro.

CONTRATAÇÃO

A compra de prestações de serviço já era feita de forma centralizada, mas há diferenças entre o regime ainda em vigor e o novo acordo.

Valor mínimo e mais 10% em zonas carenciadas

> O novo acordo-quadro estabelece como valores anormalmente baixos os 20 e os 25 euros à hora. No anterior acordo, por causa do regime supletivo, os valores só eram considerados anor-malmente baixos se fosse 50% abaixo do preço-base (ou seja, cerca de l5 euros à hora). Outra novidade é a cria-ção de zonas consideradas carencia-das - Beja, Bragança, Castelo Branco, Évora, Guarda, Portalegre, Vita Real e Viseu -, que podem aumentar em10% o valor por hora para compensar gas-tos de deslocações dos médicos.

Qualidade conta 40% na escolha do prestador > Ao contrário do que estava definido

anteriormente, o critério de adjudica-ção deixa de ser apenas o preço mais baixo apresentado. No novo acordo--quadro, a qualidade passa a contar 40% na ponderação da escolha dos hospitais. Os critérios de qualidade não estão fechados, deixando uma margem de escolha aos hospitais, mas podem ser o currículo técnico e prático do médico, a experiência, o nú-mero de médicos que fazem parte da lista da empresa. O preço mais baixo conta 60%.

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País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

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UR9ÉNCIAS

Médicos que faltem têm de ser substituídos em duas horas

•As regras para empresas que con-tratam médicos para as urgências vão ser apertadas para garantir que os hospitais não ficam sem resposta. Se houver falhas, não poderão voltar a COnCOrler. PORTUGAL PÁG. 14

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Âmbito: Informação Geral

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Medicação Metade dos bebés portugueses com um ano já tomou antibióticos

• Em Portugal, 54% das crianças, no primeiro ano de vida, já toma-ram antibióticos, uma situação está a preocupar os pediatras que alertam para a necessidade de criar políticas capazes de reduzir o consumo destes medicamentos. Segundo Libério Ribeiro, pediatra e presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia Pediátrica, "cer-ca de 90% das infeções das vias respiratórias são de origem virar e "não existe beneficio terapêutico de tais medicamentos para as infe-ções virais, como nos casos de gripes e constipações, muito comuns nesta época do ano", : " É extremamente preocupan-te perceber que mais de meta-de das crianças com menos de um ano já tomou antibióticos para tratar essas infeções. muitas das vezes sem necessi-dade", alertou.

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Tiragem: 8000

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Âmbito: Regional

Pág: 37

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Área: 13,49 x 11,29 cm²

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VIANA DO CASTELO| Redacção/Lusa |

O presidente da Junta de Vila Nova de

Anha, em Viana do Castelo, anunciou à

Lusa que a extensão de saúde da freguesia

“vai regressar à normalidade”, na quarta-

feira, com a colocação de um médico.

“O novo médico foi colocado hoje (on-

tem) mas como a extensão de saúde só

funciona dois dias por semana (quarta e

sexta-feira) o regresso à normalidade vai

acontecer na próxima quarta-feira”, expli-

cou Rui Matos.

O autarca adiantou ter recebido a infor-

mação da colocação daquele profissional

de saúde, “depois de ter sido recebido pe-

lo presidente do conselho de administra-

ção da Unidade Local de Saúde do Alto

Minho (ULSAM).

“O problema ficou sanado, voltando à

normalidade a situação da extensão de

saúde de Vila Nova de Anha. Agradece-

mos penhoradamente o empenho e a dili-

gência do senhor presidente da ULSAM

na resolução do assunto”, frisou Rui Ma-

tos.

A extensão de saúde da freguesia encer-

rou no passado dia 2, “por falta de médi-

co”. Na altura, o autarca explicou que “a

única médica que exercia funções concor-

reu a um concurso aberto pela Adminis-

tração Regional de Saúde (ARS) do Norte

e foi colocada em Barcelos”.

Saúde

Extensão de Saúde de Anha reabre esta quarta-feira

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Tiragem: 164213

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Âmbito: Informação Geral

Pág: 48

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Área: 7,45 x 2,91 cm²

Corte: 1 de 1ID: 61782067 10-11-2015

VILA REAL Morre no dia de anos Mana da Graça Gonçalves morreu ontem, no dia

em que completava 48 anos, quando chegava ao Hospital de Vila Real, após, segundo os familiares. ter-lhe sido negada ajuda no Centro de Saúde de Ribeira da Pena, onde chegou com falta de ar.

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A8

Tiragem: 164213

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Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

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Área: 21,53 x 29,49 cm²

Corte: 1 de 2ID: 61782242 10-11-2015

Hospital de Mirandela

CONFIRMADA INDEMNIZAÇÃO DE 71 MIL EUROS PARA PACIENTE

Tratado a cancro que nunca teve • Laboratório trocou exames e o homem esteve durante cinco meses a ser sujeito a tratamentos hormonais. A vítima pensou que não iria sobreviver • ANA ISABEL FONSECA

Sofre impotência sexual durante quatro meses

Acreditou durante cinco meses que tinha um cancro na próstata e pensou que não iria

sobreviver. O homem, na altu-ra, com 68 anos, e natural de Mirandela, chegou a fazer um tratamento hormonal, que tinha em vista preparar o organismo para as sessões de radioterapia. Em março de 2006, o paciente descobriu que o La-boratório de Anato- mia Patológica do Porto tinha trocado os resultados da biopsia. O laborató-rio vai pagar uma indemnização de 71 mil euros.

A decisão foi ago-ra confirmada pelo Tribunal Central Administrati-vo do Norte. "Sofreu alterações hormonais como o crescimento do peito, acrescidas da impo-tência sexual com a qual se de-parou e que se arrastou por 3 a 4 meses após o fim do tratamen-to", diz o acórdão.

A vítima começou a ser tra-tada em outubro de 2005 no hospital de Mirandela. Apresen-tava um aumento do volume da próstata e realizou exames no laboratório, tendo ocorrido uma troca de resultados das biopsias nessa altura. Em março de 2006, quando já estava a fazer o tra-tamento hormonal no IPO do Porto, foi submetido a uma cirurgia para tratar a retenção urinária. Foram feitos novos exames e o erro foi detetado. ■

NOTÍCIA EXCLUSIVA M 7 1 1 • DA EDIÇÃO EM PAPEL mar, -,.79

a O homem já estava em fase de preparação para fazer radioterapia

Foi no final de março de 2006 que o hospital de Miran-dela, onde o paciente começou a ser seguido, foi alertado para o erro. O Instituto de Português de Oncologia tinha recolhido novas amostras e deu conta ao urologista de que o paciente não tinha cancro. Os resulta -dos da biopsia pertenciam afi -

%SAIBA MAIS

REALIZAÇÃO DE EXAMES O rastreio ao cancro da prósta-ta deve ser feito aos 50 anos. Quem já teve casos na família deve fazer exames mais cedo.

4000 Dados da Associação Portu-guesa de Doentes da Prósta-ta revelam que em Portugal são diagnosticados 4 mil casos por ano.

33 Por cada 100 mil pessoas com cancro da próstata, registam--se 33 mortes. Em média, 1 em cada 6 homens é diagnostica-do com esta doença.

SINTOMAS DA DOENÇA Necessidade frequente de urinar, dor, problemas de ereção ou presença de san-gue na urina são alguns dos sintomas da doença.

nal a um outro doente, que à data tinha 88 anos.

O médico do hospital de Mirandela chamou então os dois doentes e comunicou-lhes que tinha existido uma troca de resultados. Aquela unidade de saúde e o IPO chegaram tam-bém a ser réus no processo, mas foram absolvidos. ■

Exames eram de idoso

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Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

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Área: 4,68 x 4,78 cm²

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INDEMNIZADO

Tratado a cancro por erro de laboratório PAG.17

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Tiragem: 68889

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Âmbito: Informação Geral

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Corte: 1 de 2ID: 61781724 10-11-2015

SAÚDE

23 milhões naluta contra VIH

Missão é ter uma vacina pronta a ser testada em humanos em cinco anos

PEDRO ZENKL

Cerca de 35 milhões de pes-soas viviam em todo o mun-

do, no fimde 2013, como VIH. Umvírus que, todos os anos, contagiamais dois milhões, estimando-seuma fatura, para tratamentos ecuidadosdesaúde,dequalquercoi-sa como 20 mil milhões de euros.

Para pôr fim a esta epidemia, oúnico caminho parece serumava-cina que 30 anos de investigaçãonão conseguiram criar. É nessesentido que nasce a IniciativaEuropeia Vacina com a Sida (EA-VI2020), um consórcio que juntainvestigadores daEuropa, Austrá-lia, Canadá e EUA com o mesmopropósito: chegar a uma vacina.

São, ao todo, 23 milhões de eu-ros de investimento feito no pro-jeto, que não começa, no entanto,do zero. Avanços recentes têmpermitido isolar anticorpos capa-zes de bloquear o VIH em mode-los de investigação pré-clínica, ten-do havido também novos desen-

CARLA MARINA [email protected]

Cientistas de 22instituições uniram-separa desenvolveruma vacina capaz devencer o vírus da sida.

volvimentos no uso dabiologiasin-téticaparao desenho das vacinas.

União faz a forçaLiderado pelo Imperial College deLondres, o consórcio conta comaparticipação de cientistas de vin-te e duas instituições, que já fixa-ram um prazo: ter um novo can-didato em forma de vacina capazde ser testado em seres humanosnum prazo de cinco anos.

Um desafio confirmado porRobin Shattock, professor no De-partamento de Medicinado Impe-rial College de Londres e coorde-nador do projeto, que consideraque este «cria uma oportunidadeúnica» paraque se consigachegara bom porto, graças «ao enormeprogresso científico adquirido aolongo dos últimos anos».

O especialistareforçaque é «im-possível para um grupo ou insti-tuição criar sozinho uma vacinacontra o VIH. Este novo projetodeverápermitirque nos movamosmuito mais depressa. Junta umaequipa multidisciplinar de biólo-gos moleculares, imunologistas,virologistas, especialistas em bio-tecnologiae clínicos», ajudadape-los 23 milhões de euros financia-dos pela Comissão Europeia noâmbito do programade investiga-ção e pesquisa Horizonte 2020.

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País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 5,10 x 3,18 cm²

Corte: 2 de 2ID: 61781724 10-11-2015

23 milhões deeuros na lutacontra a sida

ATUALIDADE • 06

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Tiragem: 68889

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 11

Cores: Cor

Área: 5,54 x 14,76 cm²

Corte: 1 de 1ID: 61781833 10-11-2015

T-shirt de JossStone leiloadana Internet

A cantora britânica Joss Stoneaproveitou a sua vinda a Portugal,no âmbito da world tour em julhode 2014, para conhecer o trabalhodesenvolvido pela Operação NarizVermelho junto das crianças hospi-talizadas. Durante a visita ao Hospi-tal São João, no Porto, Joss Stone“meteu o nariz” pelacausae autogra-fou três T-shirts. Como intuito de an-gariar fundos para a continuidadedo trabalho dos Doutores Palhaços,uma das T-shirts vai ser leiloada naplataformaesolidar. O leilão arrancahoje e dura duas semanas.

Em apoio à Operação Nariz Vermelho

DR

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Tiragem: 8000

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Regional

Pág: 28

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Área: 12,41 x 26,84 cm²

Corte: 1 de 1ID: 61784820 10-11-2015

A pneumonia é uma infeção respiratória grave que se caracterizapor febre, tosse com expetoração, dores no tórax, calafrios e faltade ar. É responsável por elevadas taxas de internamentos e mortal-idade.

Nos adultos, as causas mais frequentes desta patologia são asbactérias, mas também os fungos e os vírus podem provocarpneumonia. Esta infeção pode ser transmitida pela inalação degotículas contendo microrganismos, quando em contacto com apessoa que tem a infeção, e pela aspiração de microrganismos quehabitualmente existem na nossa cavidade bocal e que, em deter-minadas situações, se tornam agressivos. Relativamente às causasque predispõem à pneumonia, destaco o alcoolismo e o tabaco.

Atualmente, existem duas vacinas com o objetivo de prevenir apneumonia. Estas estão indicadas em todas as crianças, em adul-tos com mais de 65 anos e para os grupos de pessoas que têm riscoacrescido de pneumonia. Desse grupo, constam adultos comdoenças crónicas do coração, pulmão, fígado e rim, diabetes mel-litus, Síndrome de Down, imunodeprimidos, entre outras patolo-gias. Deverá informar-se junto do seu Médico de Família, de mo-do a ser esclarecido sobre a necessidade de tomar a vacina.

As duas vacinas deverão ser administradas segundo um esquemade vacinação protocolado, que será explicado pelo seu médico. Asvacinas contra a pneumonia podem ser administradas simultanea-mente com outras vacinas.

Os doentes que não pertencem aos grupos de risco, mas que pre-tendem fazer a vacinação, poderão solicitar a sua prescrição médi-ca e assim obter a comparticipação do SNS.

A vacina contra a pneumonia está contraindicada em pessoasque já tiveram reações adversas prévias à vacina antipneumocóci-ca, assim como em pessoas com alergias a determinadas substân-cias nela contida, como o fenol. Esta não deverá ser administradaquando a pessoa apresenta febre, uma infeção ativa ou nasagudizações de doenças crónicas. Com a vacinação, pretende-se reduzir o número de pessoas que desenvolvem pneumonia, as-sim como a morbilidade e a mortalidade causadas por esta, pre-venindo as complicações e as sequelas da doença e o seu impactosocial.

Se tiver qualquer dúvida, não hesite em contactar o seu Médicode Família. Cuide de si, cuide da sua saúde!

* Médica Interna de Medicina Geral e Familiar(texto escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico)

DOUTOR, HÁ VACINAPARA A PNEUMONIA?

VOZ À SAÚDE | JOANA BARBOSA*

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País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

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Fontes: DGS “A Saúde dos Portugueses. Perspectiva, 2015”; INE – “Balança Alimentar Portuguesa, 2008-2012”; DGS – “Alimentação Saudável em Números, 2014”; FAO - Food and Nutrition in Numbers, 2014

2000 a 25003398RecomendadoMédia nacional

Quilocalorias diárias para um adultoEm 2014

3320 - 37852980 - 33202690 - 29802360 - 26901912 -2360Sem dados

A saúde dos portugueses e os hábitos alimentares inadequados

Para Portugal estimou-se que o baixo consumode fruta (definido como comer menos do quetrês peças de fruta por dia) constitui o riscoalimentar evitável que mais contribui paraa perda de anos de vida saudável:

Estimam-se em 141 mil os anos de vidapotencialmente perdidos pela populaçãoportuguesa em 2010, devido a morbilidadeou mortalidade prematura por doenças doaparelho cardiovascular e por doençasoncológicas, em proporçõesde 83% e 17%, respectivamente.

Desequilíbrio das disponibilidades diáriasVariação entre 2008 e 2012, per capita em %

Pobre em fruta

Pobre em frutos secos

Pobre em ácidos gordos ómega 3

0 60 12030 90 150

Pobre em ácidos gordos polinsaturados

Rica em sódio

Rica em carnes transformadas

Pobre em fibras

Pobre em vegetais

Rica em carnes vermelhas

Pobre em cereais integrais

-13,9

+5,8

-1,0

-2,5

-4,0

-8,2

-9,5Frutos

Hortícolas

Leguminosassecas

Laticínios

Cereais, raízese tubérculos

Óleos e gorduras

Carnes, pescadoe ovos

LEGUMINOSAS

ÓLEOS E GORDURAS

18,0

54

LACTICÍNIOS

DESVIO FACE

BALANÇA ALIMENTARRECOMENDADA

em %

28,0CEREAIS E TUBÉRCULOS

23,0HORTÍCOLAS

20,0FRUTOS

Consumo de quilocalorias diárias per capita2009-2011

Hábitos alimentares inadequadosHipertensão arterialÍndice de massa corporal elevadoFumo de tabacoConsumo de álcoolGlicose plasmática em jejum aumentadaInactividade e pouca actividade físicaColesterol total elevadoRiscos ocupacionaisPoluição do ar por partículas

19,2%16,5

13,311,2

9,77,57,3

3,73,2

2,5

Factores de risco, por peso na carga de doença segundo as doenças associadas Milhares de anos de vida potencialmente perdidos pela população, em 2010

O que pomos no prato

Os números não deixam margem pa-

ra dúvidas: os portugueses comem

muito mais proteína animal (carne,

ovos e pescado) e lacticínios do que

o recomendado e muito menos fruta

e hortícolas. Estes hábitos alimenta-

res inadequados têm um peso muito

considerável (19,2%) nos factores de

risco associados às principais doen-

ças — ou seja, contribuem mais para

elas do que outros hábitos, como,

por exemplo, a pouca activida-

de física ou o consumo de álcool.

Além disso, continuamos a consu-

mir mais calorias por dia (3398)

do que o ideal (de 2000 a 2500).

Demasiada carne; legumes e fruta a menos. E, sobretudo, sal em excesso. Estes são os maiores desequilíbrios na dieta actual dos portugueses. A alimentação disparou no sentido oposto ao recomendado

A estes factores junta-se outro que

representa uma enorme preocupa-

ção em Portugal: a ingestão de sal,

que é o dobro do recomendado, o

que se traduz numa população em

que 44% dos homens e 40% das

mulheres sofrem de hipertensão

arterial.

Quando se olha para o mundo,

Portugal anda relativamente a par

dos países desenvolvidos (e está

bastante melhor no consumo de

fruta, por exemplo), enquanto os

dados da média mundial mostram

que, a partir de 2002, houve mudan-

ças drásticas: o consumo de carne

disparou, assim como o de leite e o

de vinho, enquanto o de vegetais,

leguminosas e cereais está em que-

da. Ou seja, o mundo parece estar a

distanciar-se da balança alimentar

recomendada.

AlimentaçãoAlexandra Prado Coelho Texto, C. Rodrigues, J. Guerreiro, J.Alves Infografia

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PÚBLICO

Média mundialPaíses desenvolvidosPortugal

201420021992

201420021992

201420021992

201420021992

Carne e miudezas

Cereais

Frutos

Óleos e gorduras

9,411,3

4,1

18,516,9

10,8

2,92,5

7,0

11,910,8

34,828,828,2

201420021992

Vegetais

2,82,22,0

3,3

2,3

1,5

4,2

20,818,7

8,5

3,0

201420021992

Tubérculos ricos em amido

7,0

5,04,4 3,7

2,63,0

201420021992

Peixe, marisco

2,5

1,51,0

2,6

1,61,7

16,9

201420021992

201420021992

201420021992

Leguminosas

Leite (excepto manteiga)

Bebidas alcoólicas

8,6

8,1

5,1

2,5

5,9

4,4

8,9

10,1

6,64,9

7,07,3

50,6

29,5

2,2

1,01,4

0,60,9

Disponibilidades diárias de proteínasPor tipo de origem, por pessoa em 2012

Disponibilidade diária de carneMédia de gramas por habitante

Ovinos ecaprinos

Aves decapoeira

SuínosBovinos

Média 2003-08

41,3

68,6

56,7

6,3

37

64,9 66,6

4,9

Origemvegetal

Origemanimal 2008

-20122000-2008

Recomendado

62,5% 62,8%

37,5%

Décadade 90

59,8%

40,2% 37,2%60%

40%

2012

Origem das fontes alimentares de energiaEm % do total

Ingestão de salGramas por dia

10,7

5,0Recomendado

pela OMS

PORTUGAL

Hipertensão arterialPrevalência napopulação adulta

Doenças do aparelho circulatórioHipertensão, consumo escessivode sal e hipercolesterolemia são grandes factores de risco

Diabetes Entre os 20 e os 79 anos

44% 40%

MortalidadePor 100.000 hab.

2008 2009 2010 2011 2012

316,4 313,3 317,1

299,9313,5

Total106.876

Representamquase 30% dototal das mortes

29,5%31.528

Diabetes

Normalglicemia

Hiperglicemiaintermédia

(Pré-diabetes)

60%

27%13%

3,1milhões

de pessoas

-7,9

+1,7

-8,0

31,3CEREAIS E TUBÉRCULOS

19,7LACTICÍNIOS

15,4CARNES,OVOS E PESCADO

15,1HORTÍCOLAS

12

6

FRUTOS

BALANÇA ALIMENTARPORTUGUESA EM 2012

AO RECOMENDADOem %

LEGUMINOSAS

ÓLEOS EGORDURAS

0,6

10.965 - 56.810

56.811 - 102.656

102.657 - 148.501

148.502 - 194.347

> 194.347

Registo de obesidade dos utentes nos cuidados de saúde primáriosEm 2013

+10,4

-3,4+4,0

+3,3

Consumo de carne por pessoaVariação entre 2008 e 2012, em %

25,9

-3,71

-5,61

-10,2

-19,76

-25,76Ovino e caprino

Miudezas comestíveis

Outras carnes

Carne de bovino

Carne de suíno

Animais de capoeira

O consumo de carne de aves cresce, pelaprimeira vez desde que há registo, ao contrário

da de bovino e de suíno que contrariam atendência de crescimento dos anos anteriores

3,20 - 3,97

3,98 - 4,74

4,75 - 5,52

>5,52%

2,42 - 3,19

Por ARS

Em % dosdoentesinscritos

não é o que devíamos

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Natural de Estre-moz, Rita Guerreiro,

35 anos, vive e tra-balha no Reino Uni-

do desde 2010. O prémio foi-lhe atri-

buído pelo seu tra-balho sobre as

mutações do gene TREM2

ANA KOTOWICZ ana. [email protected]

E vão três. A investigadora portuguesa Rita Guerreiro, da britânica University College of London (UCL), recebeu ontem mais um prémio pelo seu trabalho sobre doenças neurodegenerativas. Desta vez, a sua pes-quisa sobre as mutações do gene TREM2 e a sua relação com o de-senvolvimento da doença de Alzheimer valeu-lhe o reconhe-cimento de uma instituição italiana e rece-beu o galardão Fondazione Gino Galletti Neuroscience Prize 2015.

Este é já o terceiro prémio que a jovem investigadora portuguesa recebe este ano. Em Janeiro foi distinguida com o Prémio

Europeu do Jovem Investigador, atribuí-do pela Associação francesa para a Inves-tigação sobre Alzheimer. Seguiu-se o pré-mio da Sociedade britânica de Investiga-ção de Alzheimer e Demência na categoria de "realização académica". Agora, foi Itá-lia a premiá-la.

Entre os pares de Rita Guerreiro, os elo-gios foram bastantes. John Hardy, gene-ticista e o mais importante especialista britânico na doença de Alzheimer, refe-riu-se à sua colega da UCL como "uma estrela em ascensão". Na área da investi-gação da neurociência, claro. "Ela encon-trou o primeiro gene de Alzheimer em 15 anos e isso é uma descoberta revolucio-nária no meio."

Citada pela agência Lusa, Rita Guerreiro não escondeu a relevância destes galar-dões: são importantes em termos de "pres-tígio" e contribuem bastante para a evolu-ção do estatuto profissional. Importante é também o valor do prémio, 10 mil euros, que não têm de ser aplicados necessaria-mente em investigação. Rita Guerreiro con-fessou à Lusa que este financiamento pode-rá ser útil para "projectos pessoais" para-lelos ao seu trabalho de investigação.

E conta que há pouco tempo foi contac-tada por uma família portuguesa que pro-curava diagnosticar a doença da filha, mas estava com dificuldades em fazê-lo em Portugal, através do SNS. "Aceitámos analisar o ADN e em três meses conse-guimos fazer um diagnóstico e descobri-mos que ela sofre de uma doença desco-berta apenas em 2013, a síndrome Schaaf-Yang/MAGEL 2, que afecta umas 19 crianças em todo o mundo."

"Já recebemos pedidos de outras famí-lias, mas não podemos responder sempre porque às vezes não temos os meios técni-cos para o fazer", justificou a investigado-ra. Rita Guerreiro lamentou que as famí-lias de crianças portuguesas com doenças raras tenham de pagar cinco a seis mil euros a um laboratório privado para obter um diagnóstico ou tenham de depender de estu-dos científicos feitos no estrangeiro.

Natural de Estremoz, Rita Guerreiro tem hoje 35 anos e vive e trabalha no Reino Uni-do desde 2010, para onde se mudou depois de completar o doutoramento nos EUA. Consigo tem viajado sempre o marido, José Brás, com quem partilha a direcção do labo-ratório. Com Lusa

Portuguesa premiada por investigação sobre Alzheimer

O geneticista John Hardy, o mais importante especialista britânico na doença de Alzheimer, considerou Rita Guerreiro uma estrela em ascensão

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