morfologia e fenologia do feijão

Post on 18-Dec-2014

1.244 Views

Category:

Education

13 Downloads

Preview:

Click to see full reader

DESCRIPTION

Slide sobre a cultura do feijão, abordando principalmente a fenologia e a morfologia

TRANSCRIPT

Morfologia do feijoeiro

Prof. Laerton

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃOSERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

Morfologia – Raiz

Ramificado (pivotante) Raiz principal,

secundárias, terciárias... 20–40 cm do solo

Sensibilidade à deficiência hídrica

SISTEMA RADICULAR

Distribuição varia quanto à: Estrutura do solo Porosidade Aeração Profundidade de adubaçãoCondições muito favoráveis –

1m de comprimento

Morfologia - Caule

Herbáceo, com eixo principal Formado por nós e entrenós Nó – ponto de inserção das folhas nos caules

1º nó constitui os cotilédones 2º corresponde à inserção das folhas primárias 3º corresponde à inserção das folhas

trifolioladas

Hipocótilo: porção entre as raízes e os cotilédones Epicótilo: porção entre os cotilédones e as folhas

primárias.

Entrenó – espaços entre dois nós

Morfologia – Caule

Morfologia - Caule

Hábito de crescimento Crescimento determinado

Florescimento inflorescência na parte terminal

Crescimento indeterminado Não há presença de inflorescência terminal (apenas flores axilares) – floração ocorre da base para o ápice.

Morfologia - Caule

Vilhordo et al. (1980) – propuseram a seguinte classificação, baseada principalmente no tipo de orientação de suas ramificações: Tipo I – determinado arbustivo, com

ramificação ereta e fechada; Tipo II – indeterminado, com ramificação

ereta e fechada; Tipo III – indeterminado, com ramificação

aberta; Tipo IV – indeterminado, prostrado ou

trepador.

HÁBITO DE CRESCIMENTO – tipo I

Determinado arbustivo Talo principal resistente (pouco

ramificado) Pequeno porte (25-50 cm) Ciclo precoce Período de florescimento reduzido

(5 a 7 dias) Uniformidade de maturação de

vagens Ex: Feijão Preto

HÁBITO DE CRESCIMENTO – tipo II

Indeterminado arbustivo Haste principal de

crescimento vertical Poucos ramos laterais e

geralmente curtos Satisfatório potencial

produtivo Adequada distribuição de

flores e vagens na planta (melhor qualidade) Ex: Feijão mulato

HÁBITO DE CRESCIMENTO – tipo III

Indeterminado Grande número de ramificações Ramificação aberta Plantas prostradas / semi-

prostradas Período de florescimento amplo

(15 a 20 dias) Grande potencial de produção Grande desuniformidade de

maturação das vagens

HÁBITO DE CRESCIMENTO – tipo IV

Colheita parcelada (floração se prolonga por semanas)

Devido ao seu longo período de floração, não é recomendado que se realize a colheita mecanizada, visto que haverão vagens secas e verdes ao mesmo tempo, na mesma planta

Ex: Feijão trepador

Indeterminado Trepador Caule com forte dominância apical Grande desenvolvimento da haste principal Grande nº de nós (30 nós aproximadamente)

Morfologia - Folha

Simples Composta *

Primárias Demais folhas* A cor e pilosidade variam com a cultivar, posição na planta, idade e condições do ambiente.

Pecíolo

Estípulas

Folíolo laterais

Folíolo central

Estipelas

Folíolo laterais

Trifolioladas – inseridas nos nós do caule e ramificações.

Morfologia - Inflorescência

Flores – agrupadas em inflorescência, tipo rácimo Axilar (II, III e IV) Terminal (I)

Podem ser brancas, branco-amareladas, róseas e roxas (feijão preto)

asa

estilete

quilha

estandarte

estigma

estilete

óvuloovário

antera

grão de polén

Tubo polínico

Morfologia - Inflorescência

Tipo de flor e disposição dos órgãos reprodutores favorece a autofecundação (Autogamia);

Taxa de cruzamentos naturais ou polinização cruzada (Alogamia) varia de 2 a 5%;

O abortamento de flores pode chegar a 75% (maior pegamento nos primeiros dias de floração);

Morfologia - Fruto

Legume (vagem) Deiscente Duas valvas, unidas por duas suturas (dorsal e

ventral) Sementes prendem-se à sutura ventral

Morfologia - Semente

Figura 1. Semente do feijão. 1.Cotilédone; 2.Radícula; 3.Plúmula; 4. Tegumento; 5. Hilo; 6. Micrópila

Morfologia – Plântula

EPÍGEAHIPÓGEA

Morfologia - Semente

Pode ter várias formas: arredondada, elíptica, reniforme ou oblonga

Tamanhos que variam de muito pequenas (<20g/100sementes) a grandes (>40g/100sementes)

Ampla variabilidade de cores, variando do preto, bege, roxo, róseo, vermelho, marrom, amarelo, até o branco.

Morfologia - Semente

A grande variabilidade apresentada pelas características externas da semente tem sido usada para diferenciar e classificar cultivares de feijão em alguns grupos ou tipos distintos, com base na cor e no tamanho das sementes: Preto, Mulatinho, Carioca, Roxinho, Rosinha, Amarelo, Manteigão, Branco, e outros.

ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO – ESTÁDIOS FENOLÓGICOS

Fenologia é o estudo dos eventos periódicos da vida vegetal em função da sua reação às condições de ambiente e sua correlação com aspectos morfológicos da planta.

O desenvolvimento do feijoeiro compreende duas grandes fases distintas: Fase vegetativa: vai da germinação até o

aparecimento dos primeiros botões florais. Fase reprodutiva: vai da emissão dos botões

florais até o pleno enchimento de vagens e a maturação das sementes.

ESTÁDIOS FENOLÓGICOS

Tipo I

Tipo IV

Estádio V0 - germinação

Absorção água

Estádio V0 - Germinação

Caracterizado pelo aparecimento da radícula;

Feijão possui grande sensibilidade a falta e/ou excesso de água após a semeadura;

Temperaturas <12 ºC reduzem a taxa e a velocidade de germinação das semente – enquanto, valores próximos a 25 ºC favorecem.

Estádio V1

Estádio V1 - Emergência

Caracterizado pela presença dos cotilédones acima da superfície do solo;

Ocorre o desdobramento da alça do hipocótilo;

Estádio V2

Folhas primárias unifolioladas

Estádio V2

Tamanho e conformidade das folhas primárias pode estar relacionada: Tamanho da sementes; Incidência pragas e fungos de solo; Escassez de água; Vigor da semente.

Não se recomenda o uso de produtos químicos com potencial fitotóxico (herbicidas), que podem provocar perda significativa de área foliar e redução de estande;

Estádio V3

Estádio V3

Inicia-se quando a 1ª folha trifoliolada encontra-se plenamente desdobrada;

Cotilédones – encontram-se em fase final de exaustão e frequentemente já sofreram abscisão;

A planta passa a depender diretamente dos nutrientes do solo;

Estádio V4

Estádio V4

A 3ª folha trifoliada está plenamente desdobrada e tem início o processo de ramificação da planta;

A ramificação depende de fatores como genótipo (características da variedade), condições ambientais, sistemas de produção adotados e densidade de semeadura, além de outros.

Estádio R5

Estádio R5

Caracterizado pelo aparecimento dos primeiros botões florais;

Nas variedades de hábito de crescimento indeterminado (II, III e IV) o desenvolvimento vegetativo prossegue, mediante a emissão de novos nós, ramos e folhas;

O genótipo, a temperatura, restrições hídricas e fotoperíodo são os principais elementos determinantes do momento do aparecimento dos botões florais.

Estádio R6

Estádio R6

Caracterizado pela abertura das primeiras flores;

Nas plantas de hábito de crescimento determinado (TIPO I), a floração tem início no último nó da haste principal e prossegue em sentido descendente.

Nas plantas de hábito de crescimento indeterminado (TIPOS II, III e IV), a abertura das flores segue sentido ascendente.

Estádio R7

Estádio R7

Caracterizado pelo aparecimento das primeiras vagens, apesar da planta continuar emitindo novas flores, por tempo variável relacionado aos tipos de plantas correspondentes;

Deficiências hídricas nesse estádio proporcionam diminuição da produção pela redução da fotossíntese e do metabolismo da planta, pela queda de vagens jovens (abortamento) e pela retração do tamanho das vagens em fase de crescimento.

Estádio R8

Estádio R8

Tem início com o enchimento da primeira vagem;

A ocorrência de condições climáticas desfavoráveis, principalmente falta de água e nutrientes, poderão reduzir a produção, em número e peso de grãos;

No final da presente etapa, evidencia-se o início do processo de pigmentação das sementes e em seguida das vagens.

Estádio R9

Evolução normal exige a ausência ou baixa disponibilidade de água no sistema

Estádio R9

Caracterizado pela mudança da cor das vagens (amarela ou pigmentada de acordo com a variedade);

As sementes adquirem sua cor e brilho final;

O processo de senescência da planta (amarelecimento e queda das folhas) se acelera.

Obrigado pela atenção !!!

laerton.leite@bol.com.br

top related