módulo iii planejamento, prestação de contas e o papel ... · •ipea –. ... agente externo ao...

Post on 26-Nov-2018

214 Views

Category:

Documents

0 Downloads

Preview:

Click to see full reader

TRANSCRIPT

Módulo III Planejamento, Prestação

de Contas e o Papel dos Conselhos

Objetivos

• Identificar os meios e condições de inserção dasdemandas provenientes dos Planos de AssistênciaSocial nos orçamentos municipais e estaduais;

• Compreender o papel e as atribuições dos órgãos decontrole;

• Identificar os procedimentos de prestação de contase do exercício do controle interno e externo; e

• Identificar e compreender as atribuições dosconselhos quanto ao controle social da gestão dosrecursos da Assistência Social.

Planos de Assistência Social

NOB SUAS 2012

O Plano de Assistência Social é um instrumento deplanejamento estratégico que organiza, regula enorteia a execução da Política de Assistência Social naperspectiva do SUAS.

Sua elaboração é de responsabilidade do órgão gestorda política, que o submete à aprovação do Conselho deAssistência Social, reafirmando o princípio democráticoe participativo.

Os planos de assistência social devem conter odiagnóstico socioterritorial do município paraidentificar as vulnerabilidades presentes no territórioe propor medidas para o seu enfrentamento.

Por isso, é fundamental que as medidas propostas decombate às situações de vulnerabilidade sejampensadas sob o ponto de vista financeiro, para seucorreto planejamento e execução.

Planos de Assistência Social

O gestor local deve se preocupar em compatibilizar oplano de assistência social primeiramente com o PPA,para que o planejamento das ações socioassistenciaisintegre o mundo orçamentário.

Além de guardar consonância com o PPA, os planosdevem constar na LDO e, com maior detalhamento, naLOA.

Planos de Assistência Social

Segundo a NOB SUAS 2012, a estrutura do plano é composta basicamente por:

• Diagnóstico socioterritorial;

• Objetivos gerais e específicos;

• Diretrizes e prioridades deliberadas;

• Ações e estratégias correspondentes para sua implementação;

• Metas estabelecidas;

Planos de Assistência Social

• Resultados e impactos esperados;

• Recursos materiais, humanos e financeiros

disponíveis e necessários;

• Mecanismos e fontes de financiamento;

• Cobertura da rede prestadora de serviços;

• Indicadores de monitoramento e avaliação; e

• Espaço temporal de execução.

Planos de Assistência Social

Planos de Assistência Social

IMPORTANTE:

A União, os estados, o DF e os municípios devem elaborar os respectivos planos de assistência social a cada quatro anos, de

acordo com os períodos de elaboração do PPA.

Planos de Assistência Social

A realização de diagnóstico socioterritorial a cadaquatro anos compõe a elaboração dos planos deassistência social em cada esfera de governo.

O diagnóstico tem como base o conhecimento darealidade a partir dos territórios ou outros recortessocioterritoriais que possibilitem identificar asdinâmicas sociais, econômicas, políticas e culturais,reconhecendo as suas demandas e potencialidades.

Planos de Assistência Social

A realização de diagnóstico socioterritorial requer:

• Processo contínuo de investigação das situações derisco e vulnerabilidade social presentes nosterritórios; análise da realidade socioterritorial e dasdemandas sociais, estabelecendo avaliações deresultado e de impacto das ações planejadas;

• Utilização de dados territorializados disponíveis nossistemas oficiais de informação;

Planos de Assistência Social

• Identificação da rede socioassistencial disponível noterritório, bem como de outras políticas públicas, afim de planejar as ações em resposta às demandasidentificadas e a implantação de serviços eequipamentos necessários; e

• Reconhecimento da oferta e demanda de serviçossocioassistenciais e definição de territóriosprioritários para a atuação da política de assistênciasocial.

Algumas fontes de dados e informações para a construção dos diagnósticos socioterritoriais

• IBGE – www.ibge.gov.br

• MDS/SAGI – www.mds.gov.br/sagi

• PNUD – www.pnud.org

• IPEA – www.ipea.gov.br

Planos de Assistência Social

Os planos de assistência social devem observar:

• Deliberações das conferências de assistência socialpara a União, os estados, o DF e os municípios;

• Metas nacionais pactuadas;

• Metas estaduais pactuadas;

• Ações articuladas e intersetoriais; e

Planos de Assistência Social

• Ações de apoio técnico e financeiro à gestão descentralizada do SUAS tais como:

Capacitação;

Elaboração de normas e instrumentos;

Publicação de materiais informativos e de orientações técnicas;

Assessoramento e acompanhamento;

Incentivos financeiros.

Oficina de aprendizagem nº 5

Com o surgimento do Estado de Direito, foi estabelecidaa separação de poderes, para que não haja qualquer tipode poder absoluto no Estado. A cada poder foramatribuídas funções principais:

• Poder Executivo: atos de gestão (criação de programasde governo, gerenciamento das receitas e despesas,dentre outros);

• Poder Legislativo: criação de leis;

• Poder Judiciário: aplicação de leis.

Órgãos de Controle

Embora cada poder possua suas funçõesprincipais, todos os poderes têm açõescomplementares de gestão, de criação denormas e de julgamento.

Órgãos de Controle

Órgãos de Controle

Para fiscalizar as ações dos três poderes, foram criadasinstituições dentro da estrutura do poder, como aControladoria Geral da União (CGU), e em outros casosinstituições externas, como o Tribunal de Contas daUnião (TCU).

Além disso, foram elaborados diversos mecanismos decontrole, tais como a prestação de contas e osrelatórios de execução orçamentária e financeira.

As controladorias fazem parte do controle interno,que estão dentro da estrutura do Poder Executivo.

Normalmente, elas não possuem o mesmo grau deautonomia do controle externo, desempenhando umpapel importante na certificação/análise das contasdo Poder Executivo, porém sem realizar julgamento.

Controle Interno

Controle Interno

Cabe à controladoria orientar os gestores quanto àcorreta utilização dos recursos públicos e às melhorespráticas de gestão.

Seu principal objetivo é examinar a gestão do titular doPoder Executivo, dotando-o de dados e argumentos paramelhorar a gestão dos programas, bem como suaavaliação dentro e fora do governo.

No âmbito federal, a CGU é um órgão vinculado aoChefe do Poder Executivo, que tem comoatividades a serem desenvolvidas:

• Transparência pública;

• Fiscalização de recursos federais executados pelos entes;

Controle Interno

• Auditoria interna dos procedimentos adotados pelosgestores federais pela via da auditoria anual (prestaçãode contas do gestor ao controle externo) ou pela viaexcepcional (denúncias ou outro fato gerador);

• Supervisão técnica dos órgãos do controle interno doPoder Executivo, como as Assessorias Especiais deControle Interno vinculadas às pastas ministeriais; e

• Outras ações, como a certificação das contas anuaisdos gestores federais e da Tomada de Contas Especial.

Controle Interno

Programa de Fiscalização por Sorteios Públicos

É uma iniciativa do governo federal que visa inibir acorrupção entre gestores de qualquer esfera daadministração pública.

O Programa usa o mesmo sistema de sorteio dasloterias da Caixa Econômica Federal para definir, deforma isenta, as áreas municipais e estaduais a seremfiscalizadas quanto ao correto uso dos recursos públicosfederais.

Programa de Fiscalização por Sorteios PúblicosA cada sorteio são definidos 60 municípios. Em cadauma dessas unidades, os auditores examinam contas edocumentos e fazem inspeção pessoal e física das obrase serviços em realização, mas privilegiam sobretudo ocontato com a população, diretamente ou por meio dosconselhos comunitários e outras entidades organizadas,como forma de estimular os cidadãos a participarem docontrole social.

Os relatórios de auditorias realizadas sãodisponibilizados no site da CGU e podem ser utilizadoscomo referência no aprimoramento da gestão.

O controle externo é a fiscalização da coisa pública por umagente externo ao Poder Executivo, bem como a avaliaçãodas prestações de contas dos órgãos públicos.

No âmbito estadual e municipal, o controle externo érealizado por meio das Assembleias Legislativas, Câmarados Vereadores, Tribunais de Contas Estaduais (TCE) e, emalguns casos, por Tribunais de Contas dos Municípios(TCM), como no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Controle Externo

No âmbito federal, o controle externo é exercido peloCongresso Nacional com auxílio do Tribunal de Contas daUnião (TCU), cujas atribuições são:

• Avaliar as contas prestadas anualmente pelo Presidenteda República;

• Avaliar as contas dos administradores e demaisresponsáveis por dinheiro, bens e valores públicos daadministração direta e indireta, incluídas as fundações esociedades mantidas pelo Poder Público Federal e ascontas daqueles que acarretarem alguma irregularidadeque resulte prejuízo ao erário público;

Controle Externo (TCU)

• Avaliar a legalidade dos atos de admissão depessoal, a qualquer título, na administraçãodireta e indireta (com exceção de nomeaçõespara cargo de comissão, bem comoaposentadorias, reformas e pensões);

• Realizar inspeções e auditorias nas unidadesadministrativas dos Poderes Legislativo,Executivo, Judiciário e demais entidades querecebem ou executam recurso federal;

Controle Externo (TCU)

• Fiscalizar a aplicação de quaisquer recursosrepassados pela União aos estados, DF ou municípiosmediante convênio, acordo, ajuste ou similares;

• Elaborar relatórios com informações solicitadas peloCongresso Nacional sobre a fiscalização contábil,financeira, orçamentária, operacional, patrimonial eresultados de auditorias e inspeções realizadas;

• Fiscalizar as contas nacionais das empresassupranacionais de cujo capital social a Uniãoparticipe, de forma direta ou indireta;

Controle Externo (TCU)

• Avaliar em caso de ilegalidade de despesa ouirregularidade de contas as sanções previstas em lei,que estabelecerá multa proporcional ao danocausado ao erário, entre outras penalidades;

• Determinar que o órgão ou entidade adote asprovidências necessárias ao exato cumprimento dalei no prazo estipulado, se verificada ilegalidade;

• Suspender a execução do ato impugnado,comunicando a decisão à Câmara dos Deputados eao Senado Federal;

Controle Externo (TCU)

• Representar ao poder competenteirregularidades ou abusos apurados. No caso decontrato, o ato de sustação será adotadodiretamente pelo Congresso Nacional, quesolicitará de imediato as medidas cabíveis aoPoder Executivo;

• Elaborar relatórios trimestrais e anuais sobre asatividades desenvolvidas pelo tribunal; e

• Realizar outras ações relacionadas na Lei nº8.443/92.

Controle Externo (TCU)

Existem outros órgãos importantes na fiscalização dacoisa pública, como o Ministério Público (MP), que é ainstituição responsável pela defesa da ordem jurídica,do regime democrático e dos interesses sociais eindividuais indisponíveis.

O MP possui importante papel na fiscalização dosrecursos públicos e na apuração de responsabilidadedos agentes públicos que não atuaram conforme a leiou que geraram dano ao erário.

Ministério Público

O MP desenvolve ação punitiva nas esferascriminais e cíveis, sem abranger o julgamentoadministrativo das contas dos agentes públicos.

Além disso, acompanha e fornece parecer nosprocessos administrativos dos Tribunais de Contaspor meio do Ministério Público de Contas.

Ministério Público

Existem diversos tipos de prestação de contas,podendo ser anuais, apresentadas aos Tribunaisde Contas ou aos órgãos transferidores derecursos, como é o caso de convênios outransferências fundo a fundo.

Os órgãos de controle interno ou externoacompanham todo o processo de contas, bemcomo a execução dos recursos.

Prestação de Contas

Prestação de Contas

A prestação de contas é feita para comprovar a boa eregular aplicação dos recursos públicos, gerenciadospor qualquer pessoa física ou jurídica, pública ouprivada. Esse dever está disposto na CF/88 (art. 70):

Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa físicaou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade,guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens evalores públicos ou pelos quais a União responda, ouque, em nome desta, assuma obrigações de naturezapecuniária.

Prestação de Contas

No âmbito da assistência social, a obrigação de prestarcontas abrange todos os mecanismos de financiamentosob gestão do MDS – sejam os de transferência regulare automática (fundo a fundo) ou os viabilizados pormeio de convênios e contratos de repasse.

Esse dever é regulamentado das mais diversas formas,tendo em vista as especificidades de cada tipo deexecução, modalidade de transferência de recursos e aquem é destinada a prestação de contas dos recursosexecutados.

Prestação de Contas dos recursos fundo a fundo

A NOB SUAS 2005 estabeleceu como prestação decontas o Relatório de Gestão Anual, que se materializapara o gestor federal no Demonstrativo Sintético deExecução Físico-Financeira.

Relatório de gestão é o conjunto de informações sobre aexecução física e financeira dos recursos transferidos,declarado pelos entes federados no SUAS WEB.

Neste modelo, o uso dos recursos federaisdescentralizados para os fundos de assistência socialestaduais e municipais deve ser declarado pelos entesrecebedores ao ente transferidor, anualmente,mediante relatório de gestão que comprove a execuçãodas ações e seja submetido à apreciação do respectivoconselho de assistência social.

Importante: a prestação de contas deve ser aprovadapelo FNAS.

Prestação de Contas dos recursos fundo a fundo

Prestação de Contas dos recursos fundo a fundo

Atenção! Na lógica atual, os gestores podem a cada exercício reprogramar os saldos relativos aos recursos repassados, a fim de executá-los nos exercícios subsequentes.

As normas relativas à prestação de contas dos serviçossocioassistenciais são estabelecidas por meio deportarias ministeriais que contêm regras e fluxosbásicos para o planejamento da execução de recursos(Plano de Ação) e da execução física e financeira de umdeterminado exercício (Demonstrativo).

Prestação de Contas dos recursos fundo a fundo

PORTARIA EXERCÍCIO

Portaria/MDS nº 459 de 2005 2005 -2007

Portaria/MDS nº 96 de 2009 2008

Portaria/MDS nº 625 de 2010 2009 - 2012

Prestação de Contas dos recursos fundo a fundo

Desde 2005, o MDS publicou três portarias que normatizaram a prestação de contas:

Prestação de Contas de Convênios

A execução por meio de convênios ou contratos derepasse possui regras distintas quanto ao repasse derecurso e prestação de contas.

Neste modelo, os recursos não executados devemser devolvidos após o final da execução do convênioou contrato de repasse nos prazos estabelecidos nalegislação. Essa devolução deve ser feita mediante ocálculo proporcional dos valores repassados pelaUnião e os provenientes da contrapartida municipalou estadual.

A prestação de contas deve ser apresentada àSecretaria Nacional de Assistência Social (SNAS) porintermédio do FNAS, contendo:

• Relatório de cumprimento do objeto;

• Notas e comprovantes fiscais contendo data dodocumento, compatibilidade entre o emissor e ospagamentos registrados no SICONV, valor, junçãode dados do convenente, programa e número doconvênio;

Prestação de Contas de Convênios

• Relatório de prestação de contas aprovado eregistrado no SICONV pelo convenente;

• Declaração de realização dos objetivos doinstrumento;

• Relação de bens adquiridos, produzidos ouconstruídos, quando for o caso;

Prestação de Contas de Convênios

• Relação de capacitados, quando for o caso;

• Relação dos serviços prestados, quando for o caso;

• Comprovante de recolhimento do saldo derecursos, quando houver; e

• Termo de compromisso por meio do qual oconvenente é obrigado a manter os documentosrelacionados ao convênio.

Prestação de Contas de Convênios

ANÁLISE DA PRESTAÇÃO DE CONTAS PELO GESTOR

FEDERAL

NOTIFICAÇÃO REPROVAÇÃO APROVAÇÃO

TOTAL PARCIAL

TOMADA DE CONTAS ESPECIAL

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Etapas da Prestação de Contas

• Análise de Prestação de Contas: essa fase ocorreapós o término do prazo que o ente tem paraapresentar a prestação de contas ao órgãorepassador;

• Notificação: ocorre após identificação de algumapossível irregularidade na execução do recursofederal. Os gestores responsáveis são notificadospara apresentarem documentação complementar oujustificativas;

Etapas de Prestação de Contas

• Aprovação: é um ato do ordenador de despesa doFNAS, que avaliou a documentação apresentada econsiderou-a suficiente para comprovar a boa eregular aplicação dos recursos transferidos;

• Reprovação: também é um ato exclusivo do ordenadorde despesa do FNAS. Ocorre quando o gestor nãoconsegue, após notificação, comprovar a boa e regularaplicação dos recursos. A reprovação pode ser parcialou total, dependendo de quanto o gestor conseguiucomprovar.

Etapas da Prestação de Contas

• Tomada de Contas Especial: é um procedimento deexceção que deve ser aberto após o órgão esgotartodas as medidas administrativas internas para queocorra o ressarcimento ao erário. Esse procedimentovisa levar ao conhecimento do TCU as situaçõesapuradas.

Como um dos principais instrumentos de controlesocial, os Conselhos de Assistência Social têm comoprincipais atribuições a deliberação e fiscalização daexecução da política de assistência social e de seufinanciamento, em consonância com as diretrizespropostas pelas Conferências Nacionais de AssistênciaSocial.

Atribuições dos Conselhos como Órgãos de Controle Social

Atribuições dos Conselhos de Assistência Social

Entre as suas principais funções, destacam-se:

• Análise e aprovação da proposta orçamentária para aárea de assistência social;

• Aprovação dos planos de assistência social;

• Acompanhamento, avaliação e fiscalização dosserviços de assistência social prestados pela redesocioassistencial, definindo os padrões de qualidadedo atendimento;

Atribuições dos Conselhos de Assistência Social

• Análise e aprovação da prestação de contas dosrecursos financeiros aplicados;

• Avaliação do cumprimento das metas físicas efinanceiras;

• Análise da documentação do órgão gestor daassistência social, bem como da capacidade degestão, execução e aplicação dos recursosfinanceiros.

Conselhos de Assistência Social

Para desempenhar essas funções, os Conselhos deAssistência Social devem ser capazes de avaliar,deliberar e fiscalizar a execução da política deassistência social.

É papel do gestor municipal fornecer as condiçõesnecessárias ao adequado funcionamento do CMAS,com estrutura mínima ao desempenho de suasatribuições: local apropriado, mobília, computador comacesso à internet, dentre outros.

Conselhos de Assistência Social

Atenção! Uma importante inovação doIGDSUAS é a obrigatoriedade dos gestoreslocais fornecerem aos seus respectivosconselhos as condições necessárias para oacompanhamento e fiscalização do controlesocial.Assim, o gestor deverá destinar no mínimo3% dos recursos do IGDSUAS aos conselhosde assistência social.

Conselhos de Assistência Social

Os conselhos de assistência social devem tercomposição paritária: 50% de representantes dasociedade civil e 50% de representantes do governo.

O Ministério Público tem a responsabilidade defiscalizar o processo de eleição dos representantes dasociedade civil.

Conselhos de Assistência Social

A composição paritária entre governo e sociedade civildeve ser respeitada independentemente do número deconselheiros, a fim de garantir a participação dasorganizações sociais e populares no processo deformulação, decisão e controle das políticas sociais.

Conselhos de Assistência Social

É importante observar também o princípio dasegregação de funções no desempenho do controlesocial.

Por exemplo, o cargo de presidência do conselho nãodeve ser ocupado pelo responsável pela execuçãoorçamentária e financeira.

Conselhos de Assistência Social

O FMAS e o FEAS devem apresentar didaticamente aosrespectivos conselhos quadros demonstrativos daexecução orçamentária e financeira.

Estes quadros devem conter no mínimo:

• O orçamento aprovado,

• O valor empenhado (em valores e em percentual),

• Os valores pagos (em valores e em percentual) e

• As alterações ocorridas no orçamento.

Conselhos de Assistência Social

Faz parte do exercício do controle social municipal oacompanhamento da execução de convênioscelebrados com os estados e a União, para averiguarpossíveis irregularidades financeiras, interrupção deobras ou aquisição de equipamentos incompatíveiscom as necessidades dos serviços de assistência social.

Conselhos de Assistência Social

Como vimos, os conselhos são estratégicos na gestãodo SUAS, pois contribuem para a adoção de práticasque favorecem o planejamento e a execução da políticade assistência social de modo transparente eparticipativo.

Exercício 8 /

Oficina de aprendizagem nº 6

Documentação

O gestor público deve realizar a abertura deprocessos de pagamentos de recursos federais comtodos os documentos que comprovem a origem e aexecução orçamentária e financeira do recurso.

Devem estar contidos no processo oscomprovantes de despesas, contratos, convênios elicitações, a fim de comprovar a regular aplicaçãodos recursos.

Orientações do Fundo Nacional de Assistência Social

É obrigação do gestor de recursos públicos a guardade todos os documentos, sendo boa prática de gestãoidentificar a documentação que comprove gastospúblicos com a origem da despesa, a fim decomprovar o nexo de causalidade entre a receita e adespesa.

Por isso, notas fiscais, cheques e outros documentosdevem ser atestados com a respectiva procedência,contendo descrição do que foi pago no própriodocumento ou no processo de pagamento.

Orientações do Fundo Nacional de Assistência Social

O gestor municipal deve executar os recursosem conta específica, aberta pelo FNAS, sendoproibida a sua transferência para contasdistintas, exceto se houver autorização doFNAS.

Os recursos podem ser movimentadossomente mediante cheque nominal ao credorou ordem bancária.

Orientações do Fundo Nacional de Assistência Social

Enquanto não são utilizados, os recursos devemser obrigatoriamente aplicados em cadernetade poupança ou no mercado financeiro.

Os pagamentos devem ser feitos medianteemissão de ordem bancária ou cheque nominal,contabilizado pelo órgão competente eobrigatoriamente assinado pelo ordenador dadespesa e pelo encarregado do setor financeiro.

Orientações do Fundo Nacional de Assistência Social

Pagamento de Pessoal

É permitido pagar profissionais da equipe de referência comrecursos do FNAS até o limite de 60% dos recursosrepassados (Resolução do CNAS nº 32/2011).

O cálculo dos 60% deve ser feito de acordo com cada nível deProteção Social (Básica e Especial).

É proibido utilizar recursos do FNAS para o pagamento deprofissionais que não integrarem as equipes de referência,bem como de rescisão trabalhista ou indenizações dequalquer natureza.

Orientações do Fundo Nacional de Assistência Social

Atenção! Os recursos do IGDSUAS não podem ser utilizados para pagamento de pessoal, nem mesmo da equipe de referência.

Orientações do Fundo Nacional de Assistência Social

Composição das equipes de referência:

• Proteção Social Básica: assistente social e psicólogo.

• Proteção Social Especial de Média Complexidade: assistente social, psicólogo e advogado.

• Proteção Social Especial de Alta Complexidade: assistente social e psicólogo.

(Resolução nº 17, de 20 de junho de 2011)

Orientações do Fundo Nacional de Assistência Social

COMPOSIÇÃO DA EQUIPE DE REFERÊNCIA DO CRAS

Pequeno Porte I

(4 técnicos)

Pequeno Porte II

(6 técnicos)

Médio, Grande, Metrópole

e DF

(8 técnicos)

Até 2.500 famílias

referenciadas

Até 3.500 famílias

referenciadas

A cada 5.000 famílias

referenciadas

2 técnicos de nível

superior, sendo 1

profissional

assistente social e

outro

preferencialmente

psicólogo

3 técnicos de nível

superior, sendo 2

profissionais

assistentes sociais e

preferencialmente 1

psicólogo

4 técnicos de nível

superior, sendo 2

profissionais assistentes

sociais, 1 psicólogo e 1

profissional que compõe o

SUAS

2 técnicos de nível

médio

3 técnicos de nível

médio 4 técnicos de nível médio

COMPOSIÇÃO DA EQUIPE DE REFERÊNCIA DO CREAS

MunicípiosCapacidade de

AtendimentoEquipe de Referência

Porte Nível de gestão

Pequeno Porte

I, II e Médio

Porte

Gestão inicial,

básica ou plena

No mínimo 50

famílias/indivíduos

1 coordenador

1 assistente social

1 psicólogo

1 advogado

2 profissionais de nível superior ou

médio para abordagem de rua

1 auxiliar administrativo

Grande Porte,

Metrópole e

DF

Gestão inicial,

básica ou plena

No mínimo 80

famílias/indivíduos

1 coordenador

2 assistentes sociais

2 psicólogos

1 advogado

4 profissionais de nível superior ou

médio para abordagem de rua

2 auxiliares administrativos

É possível pagar com os recursos de 60% do Governo Federal (Resolução do CNAS nº 32/2011):

• Salários de concursados do regime estatutário, celetista ou temporário, desde que integrem a equipe de referência, independentemente da sua data de ingresso no quadro de pessoal do ente federado;

• Encargos sociais advindos do vínculo; e

• Auxílio, gratificações, complementação salarial, vale-transporte e vale-refeição, conforme o caso.

Orientações do Fundo Nacional de Assistência Social

É proibido contratar com esses recursos:

• Profissionais que não integrem as equipes de referência; e

• Rescisão trabalhista ou similar.

Orientações do Fundo Nacional de Assistência Social

Para realizar o pagamento da folha de pessoal dosprofissionais que integram as equipes dereferência, os gestores devem utilizar a unidadegestora dos fundos de assistência social ou, emcaráter excepcional, outra estrutura daadministração pública, enquanto o FMAS nãoestiver constituído como unidade orçamentária egestora, com estrutura mínima paraoperacionalizar o pagamento.

Orientações do Fundo Nacional de Assistência Social

É essencial que o gestor municipal empenheesforços para executar os recursos federais emunicipais no FMAS, constituindo-o comounidade orçamentária e gestora.

Além de ser uma obrigação legal, aoperacionalização de recursos pelo FMAS facilitaa correta execução e transparência do gasto.

Orientações do Fundo Nacional de Assistência Social

Nos casos de municípios que ainda não possuemestrutura adequada para executar os pagamentos daequipe de referência por meio do FMAS, o gestor poderealizar o pagamento por outro órgão da administraçãopública enquanto providencia a organização,estruturação e operacionalização do FMAS.

Orientações do Fundo Nacional de Assistência Social

Com os recursos repassados para o nível de ProteçãoBásica é possível contratar somente profissionais daProteção Básica?

Sim. O total de recursos repassados para este nívelde proteção, observando o percentual de até 60%,poderá pagar apenas profissionais da equipe dereferência deste nível de proteção.

Orientações do Fundo Nacional de Assistência Social

Principais itens de despesas que podem serexecutados com recursos do FNAS para arealização dos serviços:

• Materiais de consumo: para seremdisponibilizados nos CRAS, CREAS, Abrigos eCentros POP;

• Locação de materiais permanentes: desde quecomprovado o uso para realização dos serviçosde acordo com a sua tipificação;

Orientações do Fundo Nacional de Assistência Social

• Contratações:

– Pessoa Jurídica: reparos, pinturas, reformas eadaptações para acessibilidade de bens imóveissem que ocorra a ampliação do imóvel;

– Pessoa Física: realização de capacitação e outrasatividades relacionadas aos serviços;

• Locação de veículos para oferta dos serviços;

Orientações do Fundo Nacional de Assistência Social

• Aluguel de espaço para funcionamento dosequipamentos da rede socioassistencial para ofertaexclusiva dos serviços tipificados;

• Aluguel de espaço para eventos, palestras ouatividades esportivas, desde que tenha pertinênciacom o serviço e por tempo determinado;

Orientações do Fundo Nacional de Assistência Social

• Deslocamentos:

– Usuários: para participação nas atividadesreferentes aos serviços ofertados;

– Equipe: para atendimento do público residenteem longas distâncias (indígenas, quilombolas,entre outros).

Orientações do Fundo Nacional de Assistência Social

Prestação de contas dos repasses fundo a fundo paraexecução dos serviços socioassistenciais transferidospelo FNAS aos FEAS e FMAS:

Para a prestação de contas, o gestor e o conselhodevem preencher o Demonstrativo Sintético Anualde Execução Físico-Financeira do SUAS disponível noSUASWEB, conforme disposto na Portaria MDS nº625/2010.

Orientações do Fundo Nacional de Assistência Social

Em caso de dúvidas, entre em contato com o FNAS: (61) 2030-1912 ou 2030-1862.

Oficina de aprendizagem nº 7

Obrigado pela atenção!

top related