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Sumário
Os computadores começam a enteder a arte
Tipografia?Afinal, o que é isso?
Só o pó dos PoKemons!
O poder do PhotoshopO que ele é?Do que ele é capaz?
Quentin TarantinoOs filmes e seus posters
Portifólio Maurício Ricardo
Eco. O que o Design tem a ver com a sustentabilidade?
Tampografia
Página 12 Página 16
Página 6Página 4
Página 14 Página 10
Página 20
Página 8
ExpedienteDiretor responsável: Rangel Sales
Técnico de Design Gráfico:
Jéssica Paola Teixeira
Periodicidade: Edição Única
Tiragem: 1 exemplar
Atendimeno ao leitor:
szjess@hotmail.com
3
4
Tipografia
Tipografia?
Tipografia é a impressão dos tipos. Está
morrendo com o computador. Tipolo-
gia é o estudo da formação dos tipos.
Mas no final, a nomenclatura usada
é tipografia. Como fonte, (família do
tipo) é atualmente chamada de tipo.
O termo tipo é o desenho de uma
determinada família de letras como
por exemplo: verdana, futura, arial,
etc. As variações dessas letras (ligth,
itálico e negrito, por exemplo) de
uma determinada família são as fon-
tes desenhadas para a elaboração de
um conjunto completo de caracteres
que consta do alfabeto em caixa alta e
caixa baixa, números e símbolos.
Os tipos constituem a principal fer-
ramenta de comunicação. As faces
alternativas de tipos permitem que
você dê expressão ao documento,
para transmitir instantaneamente,
atmosfera e imagem
No uso da tipografia o interesse visual
é realizado através da escolha adequa-
da de fontes tipográficas, composição
(ou layout) de texto, a sensibilidade
para o tom do texto e a relação entre
texto e os elementos gráficos na pá-
gina. Todos esses fatores são combi-
nados para que o layout final tenha
Em design só se fala sobre tipogra-fia. Afinal, o que é isso? Qual a im-portância da tipografia na vida do designer gráfico? No que consiste a tipografia? Está na hora de re-sponder suas perguntas.
Revista 5
uma “atmosfera” ou “ressonância”
apropriada ao conteúdo abordado.
No caso da mídia impressa, designers
gráficos costumam se preocupar com
a escolha do papel adequado, da tinta
e dos métodos de impressão. O co-
nhecimento adequado do uso da ti-
pografia é essencial aos designers que
trabalham com diagramação, ou seja,
na relação de texto e imagem. Logo a
tipografia é um dos pilares do design
gráfico e uma matéria necessária aos
cursos de design. Para o designer que
se especializa nessa área, a tipografia
costuma se revelar um dos aspectos
mais complexos e sofisticados do
design gráfico.
Só o pó dos PoKemons!
“Em tempos desconhecidos, criaturas
estranhas apareceram nesse planeta.
Nós os chamamos de Pokémon. Por
muitos anos, incontáveis espécies de
Pokémon se desenvolveram. Pesqui-
sadores procuraram e identificaram
centenas dessas criaturas. E ainda há
muitas mais para serem descobertas.
Muitas histórias foram passadas con-
tando as extraordinárias aventuras
O jeito sádico e criativo de Justin White
que os humanos compartilham com
seus amigos Pokémon. Também hou-
veram conflitos, mas através das eras,
aprendemos a viver em harmonia e
assim a história continua.”
( Trecho de Pokémon 8)
Esta frase, trecho inicial de Poké-
mon 8: Lucario and the Mystery of
Mew, define basicamente o que são
os Pokémon, isto é, criaturas que se
desenvolveram ao longo do tempo
e fizeram amizade com os humanos.
Mas você já reparou que os Poké-
mons vivem lutando e quase nunca
se machucam gravemente? Pois bem,
o ilustrador Justin White imaginou
estes retratos muito engraçados de
como ficariam alguns deles, após
uma longa e violenta batalha, se re-
cuperando em suas Pokebolas.
Ilustração
6
Só o pó dos PoKemons!
7
Eco Design
8
O que o Design tem a ver com a sustentabilidade?
A sustentabilidade é o grande desafio
de nosso tempo. Significa viver em
ambientes sociais e culturais onde
nossas necessidades e desejos sejam
atendidos sem comprometer as pos-
sibilidades das gerações futuras em sa-
tisfazer seus desejos e necessidades.
Mais da metade da humanidade vive
abaixo da linha da pobreza. Estes bi-
lhões de pessoas têm direito a uma
condição de vida justa e adequada,
moradia, alimento, saúde. Aspiram
viver os padrões de vida da sociedade
desenvolvida, o planeta não conse-
guirá fornecer.
Eco-design, design para sustentabili-
dade, green design… o importante
é compreender que se pretendemos
continuar a ocupar este planeta é ne-
cessário conjugar o econômico, o so-
cial e o ambiental. Pessoas, ambiente
e produção têm que estar interconec-
tados, os pilares do futuro. O Design
está intimamente ligado à comunica-
Eco
9
ção e à produção dos bens de con-
sumo. Além de sua função utilitária,
investe de significados os produtos e
serviços, a Cultura Material.
O Design é fundamental neste
processo em direção ao futuro sus-
tentável, repensando a forma como
estamos produzindo e entregando
produtos e serviços, de forma que to-
dos possam viver em abundância sem
comprometer o entorno nem o bem
estar desta e das futuras gerações.
O profissional deve hoje buscar ma-
neiras criativas para projetar produ-
tos e serviços, repensar a utilização
dos materiais, através dos tão falados
3 Rs, (Reduzir, Reusar, Reciclar). Pes-
quisar novos materiais, aperfeiçoar
técnicas de fabricação, montagem,
desmontagem e descarte. E também,
o uso da energia, o ciclo de vida, o
transporte. Ainda não deixar de es-
timular a desmaterialização, através
da redução do peso ou tamanho e a
multifincionalidade dos equipamen-
tos, ou serviços. A pergunta então é
como o designer pode contribuir na
questão da Sustentabilidade?
Sobretudo, os designers podem refle-
tir sobre os valores e o estilo de vida
que estão estimulando e divulgando,
sobre as aspirações e desejos que es-
tão gerando no consumidor para, de
forma mais abrangente, inclusiva e
criativa, repensar os velhos estilos e
criar novos conceitos.
O Adobe Photoshop é o aplicativo
de edição de imagem mais usado em
computadores Macintosh e Windo-
ws. Apesar da concorrência ser forte
entre os mais variados programas ao
longo dos anos, com preços que che-
gam a ser simbólicos até alguns mi-
lhares de dólares por licença, a Adobe
informa que as vendas do Photoshop
são responsáveis por mais de 80% do
mercado de edição de imagens e que
esse número continua crescendo.
Isso torna o Photoshop quatro ve-
zes mais usado do que todos os seus
concorrentes juntos.
No que diz respeito à edição profis-
sional de imagens, o Photoshop não é
apenas líder de mercado, ele também
é a única possibilidade para quem
preza por maior qualidade nas ima-
gens e seu tratamento. A vantagem do
Photoshop é que com o crescimento
das vendas do software é um incen-
tivo claro para a Adobe reinvestir no
programa e aperfeiçoar – ou, em al-
guns casos, corrigir – seus recursos,
e quem ganha com isso é sempre
o usuário. Enquanto o Photoshop
avança numa escalada progressiva,
outros fornecedores apresentam re-
cursos mais limitados para recuperar
a desvantagem, perdendo, assim cada
vez mais sua fatia de mercado.
Embora os concorrentes ofereçam
recursos interessantes e, algumas ve-
zes, surpreendentes, no somatório
de suas partes eles permanecem bem
aquém dos recursos do Photoshop.
Como resultado, o Photoshop man-
tém o domínio em seu ramo de mer-
cado. Ele nem sempre foi o melhor
editor de imagens, nem foi o primei-
ro deles. Mas sua interface objetiva,
combinada com algumas funções
importantes fizeram dele o melhor
recurso desde a primeira versão. Mais
de uma década depois – graças às in-
jeções substanciais de capital e a uma
programação altamente criativa por
parte da equipe da Adobe e do cria-
dor do Photoshop – Thomas Knoll,
ele passou a ser o mais conhecido
programa de sua categoria.
Se você já está familiarizado com o
Photoshop e deseja apenas conhe-
cer seus novos recursos, continue
sempre se atualizando, pois a cada
nova versão tem novidade e mais
facilidades são apresentadas pra to-
dos nós. Manipulação fotográfica
feita por profissionais com técnica
e objetivo, geram trabalhos podem
realmente surpreender.
O que ele é ? Do que ele é capaz?
Design
10
O poder do
Photoshop
11
Revista
Tecnologia
12
Os computadores já podem detectar com precisão a com-
posição de cores de uma imagem e fazer algumas medições
estéticas - alguns pesquisadores já afirmam ter programas
capazes de detectar padrões da beleza feminina.
Mas será que os computadores já são capazes de compreen-
der a arte e diferenciar uma pintura artisticamente relevante
de um monte de rabiscos de um pintor principiante?
Tendências da arte
Uma equipe de pesquisadores espanhóis e alemães afirma
estar a caminho disso. Eles desenvolveram algoritmos
matemáticos que podem tirar conclusões sobre o estilo
artístico de uma pintura.
“Nunca será possível determinar matematicamente com
precisão um período artístico e nem a reação humana a
uma obra de arte, mas nós podemos detectar tendências,”
explica Miquel Feixas, um dos autores do estudo.
Os pesquisadores da Universidade de Girona e do Institu-
to Max Planck demonstraram que determinados algorit-
mos de visão artificial permitem que um computador seja
programado para “entender” uma imagem e diferenciar
entre estilos artísticos com base em informações pictóricas
de baixo nível.
Medidas da estética
Informações pictóricas de baixo nível incluem aspectos
como a densidade das pinceladas, o tipo de tinta e de tela
e a composição da paleta de cores.
O estudo mostra que o cálculo da “ordem” da imagem - a
análise dos pixels e da distribuição de cores, assim como da
composição e da diversidade de cores - pode representar
determinadas medições estéticas.
Não é o suficiente para enquadrar automaticamente uma
pintura em um determinado período histórico, mas é o
bastante para auxiliar em programas de computador dedi-
cados à análise, classificação e busca em bancos de dados
de imagens e coleções digitalizadas de museus.
Os pesquisadores vão partir agora para desenvolver pro-
gramas especialistas nesse tipo de busca e em sistemas para
uso em quiosques interativos, auxiliando os usuários de
museus e galerias de arte.
Beleza, ordem e complexidade
O ser humano usa também informações de médio e de
alto níveis para compreender a arte.
As informações de nível intermediário diferenciam entre
determinados objetos e cenas que aparecem em uma ima-
gem, bem como como o tipo de pintura (paisagem, retrato,
natureza morta etc.). Informações de alto nível levam em
Pesquisadores espanhóis e alemães de-senvolveram algoritmos matemáticos que podem tirar conclusões sobre o estilo artístico de uma pintura.
Os computadores começam a entender a arte
Revista 13
conta o contexto histórico e o conhecimento que se detém
sobre os artistas e as tendências artísticas.
Os primeiros trabalhos que procuravam sistematizar a
compreensão da arte, foram feitos em 1933, quando o
matemático George D. Birkhoff tentou formalizar a no-
ção de beleza por meio de uma medição estética definida
como a relação entre a ordem e a complexidade. Depois
disso, o filósofo Max Bense converteu essa noção em uma
medida de informação baseada na entropia (desordem ou
diversidade). Segundo ele, o processo criativo é um proces-
so seletivo ( “criar é selecionar”) dentro de uma gama de
elementos (uma paleta de cores, sons, fonemas, etc.).
Revista 14
Posters
Quentin TarantinoHistórias, filmes e Posters
Quentin Jerome Tarantino (Kno-
xville, 27 de março de 1963) é um di-
retor, ator e roteirista de cinema dos
Estados Unidos da América. Ele al-
cançou a fama rapidamente no início
da década de 1990 por seus roteiros
não-lineares, diálogos memoráveis
e o uso de violência que trouxeram
uma vida nova ao padrão de filmes
norte-americanos.
Ele é o mais famoso dos jovens dire-
tores por trás da revolução de filmes
independentes dos anos 90, tornan-
do-se conhecido pela sua verborra-
gia, seu conhecimento enciclopédi-
code filmes, tanto populres,quanto os
considerados “cinema de arte”.
Estética
Os filmes de Tarantino são conheci-
dos por seus diálogos afiados, crono-
logia fragmentada e sua obsessão pela
cultura pop. Comumente, são vistos
como graficamente violentos e, em
seus filmes Cães de Aluguel, Pulp
Fiction e Kill Bill, há uma enorme
quantidade de sangue jorrando.
Marcas fictícias como os cigarros “Red
Apple” e a lanchonete “Big Kahuna
Burgers”, de Pulp Fiction, apareceram
depois em vários filmes, como Four
Rooms, Um drink no inferno e Kill
Bill. O diretor também é conhecido
por gostar de cereais matinais, que
aparecem constantemente em seus
filmes, com marcas como “Fruit Brute”
em Cães de Aluguel e Pulp Fiction, e
“Kaboom” em Kill Bill.
Outra caracteristica refere-se as cenas
de diálogos em que a camera se localiza
dentro do porta-malas de um carro.
Mundo Paralelo
Através dos roteiros de Quentin
Tarantino é possivel notar que as
histórias se passam num mundo pa-
ralelo e que os personagens de seus
filmes possuem elos entre si. Um
exemplo disso são os irmãos Vega,
Vicent Vega aparece em Pulp Fiction,
já seu irmão Vic Vega é presente em
Cães de Aluguel.
Revista 15
Jackie Brown (1997)
Inglourious Basterds (2009)
Grindhouse: Planet Terror (2007)
Kill Bill Vol. 1 (2003)
Revista 16
Portfólio
Chargista, cartunista e músico. Maurício Ricardo Quirino nascido no Rio de Janeiro
em 24 de setembro de 1963, foi criado em Uberlândia,
Minas Gerais. Foi baixista e jornalista. É o roteirista e
desenhista do site “Charges.com.br”, que iniciou por di-
versão. Quando o site começou a dar lucro, abandonou
um emprego em um diário de Uberlândia. Hoje, além de
desenhar (com uma prancheta digital) e animar, ele dubla
(geralmente fazendo todas as vozes) e toca a música de
fundo das charges apresentadas no site. Atualmente ele
também faz charges para o programa BBB.
Para cartunistas, fãs de quadrinhos e bem-humorados
de plantão, Maurício se tornou quase um mito. São 31
comunidades no Orkut dedicadas ao Charges.com, uma
delas com mais de 9 mil membros e outra dedicada exclu-
sivamente ao cara, com mais de mil membros. Então vá lá.
Senhoras e Senhores, Maurício Ricardo Quirino.
[DiaGramando] Maurício, você se considera um artista,
cartunista, empresário ou um tremendo oportunista que
uniu o talento a uma demanda de mercado?
Sorte é o encontro da oportunidade com o trabalho e o
que eu consegui fazer foi isso. Talvez tenha sido mesmo
senso de oportunidade. Oportunismo dá a impressão de
que você está fazendo algo violentando sua natureza. No
meu caso, foi exatamente o contrário. É como se minha
natureza estivesse o tempo todo esperando essa oportuni-
dade. A internet veio como um catalisador das coisas que
eu fazia mais ou menos, porque eu não era bom em nada
daquilo. Eu era meia boca em tudo, mas consegui juntar
num produto bem acabado.
[DiaGramando] Dá pra pensar em você sendo outra coisa
além do que é hoje?
O que eu tenho hoje é uma sensação de prazer. Coisas que a
gente busca na vida e que eu fui obter com esse projeto. É você
acordar de manhã e se perguntar: o que eu vim fazer nesse
planeta? É bom poder dizer “já sei e já fiz”. Isso te desobriga de
um monte de coisas. Tanto que, aos 36 anos, virei minha vida
do avesso e se tiver que fazer isso de novo, eu faço. Sou um cara
de mídia e sei que as coisas têm começo, meio e fim. Sei que,
por mais que eu possa prolongar essa onda, não vou eternizá-la.
Mas como é um fenômeno de mídia (se referindo ao site) e
que eu dependo de audiência pra pagar minhas contas, pode
acabar amanhã. Mas me surpreende a longevidade dele, já está
com seis anos. O que na internet dura seis anos?
[DiaGramando] A combinação clássica sexo, drogas e
rock’n’roll já fez parte da sua vida? Em que momento?
Claro, no início da minha carreira o sexo e o rock’n’roll
estavam unidos. Nunca fui um cara de ter experiências for-
tes com drogas, embora tenha conhecido e vivido aquele
momento como todo mundo. Fazia parte. A gente vivia
numa época em que você comprava o pacote completo.
Quando eu fui gravar o disco do Solo Vertical no Rio
Maurício Ricardo
Revista 17
(banda que Maurício formou nos anos 80), o produtor
cheirava cocaína no piano de calda. Era uma realidade.
Não dava pra fingir que não estava vivendo aquilo. Mas
não me identifiquei com nada daquilo. Alias, só com o
rock. Nem com o sexo, porque sexo casual nunca foi a
minha. Nunca me senti confortável em ficar pegando uma
mulher por noite.
[DiaGramando] Até onde eu sei, você não está diretamen-
te envolvido em causas sociais. Qual dos problemas globais
te sensibiliza ou em qual das causas se engajaria?
Revista 18
Portfólio
Eu diria que da minha maneira, usando meu veículo, eu
estou tentando me engajar numa causa, que é a da cons-
cientização política. Portanto, minha causa é ser o mais ético
possível na minha cobertura, porque sei que estou influen-
ciando um monte de jovens. Se a geração anterior à minha,
que durante a ditadura teve um papel de lutar pela liberdade
e romper a barreira da censura através do humor, a minha
geração tem o humor como um instrumento de justiça. O
público sabe que sem o humor, a zoação, a falta de punição
será completa. É como se o público pudesse dizer: “olha seu
babaca, você pode sair livre e rico, mas nós sabemos que
você é um crápula”. É uma espécie de vingança.
[DiaGramando] Existe algum trauma de adolescência
que você não tenha superado ou que superou, mas guarda
como troféu?
Eu era gordo e feio. Tímido eu nunca fui. Pelo fato de
saber desenhar, eu era o cara alternativo... Roqueiro né!
Normalmente, o cara que assume essa postura está tentan-
do colocar uma capa em cima de um monte de traumas.
Se você é gordinho e cheio de espinhas, é melhor ser um
gordinho cheio de espinha cabeludo e com uma camiseta
de banda. Pelo menos, mostra atitude (risos).
[DiaGramando] A fama te incomoda? Ser abordado na
rua te incomoda?
Cara, meu nome está na lista telefônica, trabalho de
bermuda, fico dois dias sem fazer a barba, quem quiser
me achar, estou na Av. Rondon Pacheco todos os dias de
manhã fazendo caminhada. Eu não sou o Paulo Ricardo,
sou um cartunista (risos).
[DiaGramando] Quando o destino é generoso assim,
como tem sido com você, não dá pra ficar desconfiado?
Não, sabe por quê? Porque não existe essa generosidade.
Quem me vê na rua, não vê a ralação aqui dentro, com o
cérebro fritando atrás de uma idéia bacana. Ninguém sabe
o que é ficar recebendo nota ruim durante uma semana
(no site). Ou receber 500 e-mails por dia e 150 deles te
xingando, ou ser incompreendido porque ninguém en-
tendeu o que você fez e as pessoas te “sacanearem” ou te
execrarem e te odiarem. Todo mundo vê o lado bonito.
Ninguém sabe o quanto insisti com esse site, fazendo ele
de madrugada sem ganhar um centavo, saindo do jornal
(Jornal Correio) tarde e ficar até as duas da manhã fazendo
o site. Quem estiver a fim de fazer isso, cara, “tá” aí.
[DiaGramando] Você está com 42 anos. Afinal de contas,
o que é ter 42 anos em pleno século XXI?
Eu não me sinto com a idade que tenho. Acho que essa
coisa da idade cronológica não existe mais. Eu recebo e-
mails de garotos de 14 anos e me identifico com eles em
muitos aspectos. Nossa geração é diferente da geração
dos nossos pais, onde aos 42, você estava praticamente
fechando um ciclo, estava praticamente no fim da vida.
Acho que estou só começando.
Revista 19
“Suelen”
“Tobb Entrevista”
Revista
Processos de Impressão
20
Há também a versão em que, a tam-
pografia tenha sido inventada por vol-
ta dos anos de 1950 para decorar os
finos e delicados relógios suíços, prin-
cipalmente os femininos, e em 1970
ela tenha sido aperfeiçoada na Alema-
nha que hoje é tida como o berço da
tampografia. Consta que as primeiras
máquinas a funcionar na Alemanha
começaram a ser comercializadas em
1978 e 1979. A tampografia, apesar
de bastante acessível e desenvolvida
para clientes de médio e grande porte,
ainda é deixada muito de lado, como
coadjuvante da impressão gráfica.
Porém vem se desenvolvendo em
escala industrial e modificando o
pensamento de vários clientes com
sua variedade de trabalhos.
A tampografia possui hoje dois ti-
pos básicos de impressão (todos
indiretos pois a impressão é feita do
tampão para a peça e não do clichê
diretamente): Tinteiro Aberto Como
o próprio nome diz, a máquina de
tinteiro aberto funciona da seguinte
maneira: uma espátula empurra toda
a tinta para o clichê gravado em baixo-
relevo e quando volta retira todo o ex-
cesso de tinta com uma lâmina (como
se fosse um rodo), deixando apenas
tinta suficiente para a impressão do
grafismo do clichê. Depois desta pas-
sagem, o tampão de silicone desce
até ao clichê coletando a tinta que vai
decorar o objeto. Tinteiro Fechado
ou Selado Quase todo o processo de
impressão com máquina de tinteiro
aberto é igual ao de tinteiro selado.
Porém, o processo de tinteiro selado
se difere porque as lâminas são subs-
tituídas por um reservatório de tinta
com formato cilíndrico (semelhante
à um copo, geralmente fabricado em
cerâmica para maior durabilidade e
resistência).
Esse reservatório fica sobre o cli-
chê e faz a raspagem de toda tinta
excessiva com sua própria borda.
Tampografia
Tampão
O tampão é semelhante à uma almo-
fada. É fabricado de silicone e usado
para transferir a tinta depositada no
clichê para a peça a ser decorada.
O tampão varia de acordo com o
material e o formato da peça e com
as configurações do grafismo a ser
impresso. Ele possui uma medida
chamada dureza, que regula qual será
a flexibilidade da massa de silicone
do tampão. Essa medida para ser
ideal deve ficar entre 8 e 18 Shores
A. Cada peça pede um tipo diferen-
te de tampão, devido às distorções
que podem ocorrer com o grafismo
e a pressão excessiva ou ausente, por
isso é necessário saber o que se quer
fazer para que não haja erros de im-
Capaz de imprimir em superfícies irregulares
Revista 21
Tampografia
pressão e “cabelinho de anjo” (erro
de impressão).
Clichê
O clichê tampográfico é a matriz de
onde será gerada a impressão. Ele é
gravado em baixo-relevo, tecnica-
mente chamado de encavográfico,
com cerca de 5 a 8 mícrons (a milé-
sima parte de um milímetro) de pro-
fundidade (esse é um dos motivos
pelo qual não é aconselhável o uso
de tinta serigráfica, pois o depósito
de tinta de sua matriz é de 30 a 50
mícrons, aproximadamente), solici-
tando tintas de grãos finos. Existem
3 tipos de clichês na tampografia:
Clichê de aço – Feito em aço e de
custo elevado. Sua utilização somen-
te se justifica com altíssimas tiragens
(500.000, 1.000.000 impressões)
para que seu custo seja amortizado
e não encareça a impressão. Tem
uma vida útil muito longa de mais de
1.000.000 ciclos. · Clichê de lâmina
de aço – É de difícil elaboração e tem
custo médio. Utilizado para tiragens
de 20.000 a 500.000 impressões.
Tintas
Existem quatro tipos de tintas usadas
na tampografia que são a vinílica, a
sintética, a epóxi e a poliuretânica. As
duas primeiras são as mais usadas no
mercado, porém são específicas para
a impressão serigráfica. Isso aconte-
ce porque as tintas para tampografia
não possuem fabricante nacional no
mercado brasileiro e a importação
das mesmas inviabiliza o processo
elevando o custo do trabalho. As
tintas específicas de tampografia
são bicomponentes compostas por
catalisador (aglomera os pigmentos
da tinta) e solvente (que ajudam a
diluir a tinta para melhor aderên-
cia), além do acréscimo que pode
ser feito pelo profissional de tam-
pografia, o tampógrafo, de aditivos
secantes, anti-sedimentantes (para
a não formação de coágulos de tin-
ta), niveladores, anti-peles (para não
descascar e ficar com partes de im-
pressão soltas, anti-espumantes), etc.
Em alguns casos, é necessário um tra-
tamento superficial nas peças a serem
tampografadas para melhor absorção
Revista 22
de tinta. Existem três tipos de trata-
mento: Químico - ideal para peças de
difícil absorção; com poro (célula)
fechado. Flambagem - aquecimento
da peça por cerca de 8 horas para a
abertura dos poros. Corona - feito su-
perficialmente para limpeza através
de um feixe de alta frequência. Alguns
tipos de materiais possuem tintas que
se adaptam mais facilmente a sua su-
perfície. Curiosamente, este é o caso
do isqueiro, que por ser uma das pe-
ças mais tampografadas, possui uma
tinta específica para sua decoração,
ideal para plástico tipo polipropileno,
dispensando qualquer tratamento
superficial. Após a decoração, peças
que são manuseadas contantemente
como controles remoto e teclados de
computador são submetidas à subli-
mação. Sublimação é um tratamento
térmico que promove a difusão da
tinta na peça tampografada e só pode
ser realizado e peças que agüentem
até 200ºC, caso do polyester e do
polyacetato, entre outros.
Processos de Impressão
“As tintas específicas de tampografia são bicomponentes compostas por catalisa-dor e solvente.”
“Máquina Tampográfica Lógica 08”
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