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Maturadores e colheita em cana-de-

açúcar

Maximiliano Salles Scarpari

IAC – Centro de Cana

msscarpa@iac.sp.gov.br

6. Colheita

CANA

FIBRA 10-18% CALDO 82-90%

Celulose, hemicelulose, lignina

ÁGUA 75-82% SÓLIDOS SOLÚVEIS (brix) 18-25%

AÇÚCARES REDUTORES TOTAISSACAROSE 14-24% (S%)

GLICOSE 0,2-1,0%

FRUTOSE 0,0-0,5%

NÃO AÇÚCARES

1,0-2,0%

SAIS – INORGÂNICOS

ORGÂNICOS

6. Colheita

Principais constituintes da cana-de-açúcar – PARTE SÓLIDA

Constituintes Sólidos solúveis (%)

Açúcares 75 a 93

Sacarose 70 a 91

Glicose 2 a 4

Frutose 2 a 4

Sais 3,0 a 5,0

De ácidos inorgânicos 1,5 a 4,5

De ácidos orgânicos 1,0 a 3,0

Proteínas 0,5 a 0,6

Amido 0,001 a 0,05

Canas 0,3 a 0,6

Ceras e graxas 0,05 a 0,15

Corantes 3 a 5

6. Colheita

Classes de Maturação

9

10

11

12

13

14

15

16

abr mai jun jul ago set out nov

Mêses da safra

PC

(%

)

Polinômio

(precoce)

Polinômio

(média)

Polinômio

(tardia)

6. Colheita

Período Útil de Industrialização (PUI)

9

10

11

12

13

14

15

16

abr mai jun jul ago set out nov

Mêses da safra

PC

(%

)

Polinômio

(PUI longo)

Polinômio

(PUI curto)

6. Colheita

Diferença teor de sacarose

entre pé e ponta

ALTURA DIÂMETRO PC (%)

260 cm

2,0 cm

13,6

240 cm 2,1 cm 13,8

220 cm 2,2 cm 14,0

200 cm 2,3 cm 14,2

180 cm 2,4 cm 14,4

160 cm 2,5 cm 14,6

140 cm 2,6 cm 14,8

120 cm 2,7 cm 15,0

100 cm 2,8 cm 15,2

80 cm 2,9 cm 15,4

60 cm 3,0 cm 15,6

40 cm 3,1 cm 15,8

20 cm 3,2 cm 16,0

6. Colheita

MÉTODO PRATICADO USUALMENTE VISANDO A COLHEITA

O ponto de maturação pode ser determinado pelo refratômetro de campo e

complementado pela análise de laboratório. Com a adoção do sistema de

pagamento pelo teor de sacarose, há necessidade de o produtor conciliar alta

produtividade agrícola com elevado teor de sacarose na época da colheita.

A maturação ocorre da base para o ápice do colmo. A cana imatura apresenta

valores bastante distintos nesses seguimentos, os quais vão se aproximando no

processo de maturação. Assim, o critério mais racional de estimar a

maturação pelo refratômetro de campo é pelo índice de maturação (IM), que

fornece o quociente da relação.

IM=Brix da ponta do colmo

Brix da base do colmo

6. Colheita

MÉTODO PRATICADO USUALMENTE VISANDO A COLHEITA

IM Estágio de Maturação

< 0,60

0,60 - 0,85

0,85 - 1,00

> 1,00

cana verde

cana em maturação

cana madura

cana em declínio de

maturação

6. Colheita

MÉTODO PARA MAXIMIZAR O TEOR DE AÇÚCAR (DECISÃO DE COLHEITA)

110

100

125

90

60

70

80

90

100

110

120

130

MAIO JUNHO

Kg

de a

çú

car.t

de c

an

a-1

6. Colheita

COMO ALIMENTAR OS MODELO DE GESTÃO?

A MÉDIA DAS SAFRAS REPRESENTA O QUE OCORRERÁ COM A

MATURAÇÃO?

NÃO

SOLUÇÃO: CENÁRIOS BASEADOS NO CLIMA E MODELOS DE

ESTIMATIVA DA PRODUTIVIDADE

6. Colheita

RB 72 454 s EF OUT NOV DEZ

50.000

70.000

90.000

110.000

130.000

150.000

170.000

190.000

1 101 201 301

Dias de safra

AT

R

Maturadores

Provocam algum tipo de “stress”

Uso deve ser bem planejado

Período de efeito entre 20 a 60 dias (variedade, produto, época de aplicação, etc.)

Provocam a “redução” do estádio vegetativo => indução artificial do início da maturação

Podem auxiliar no controle do florescimento, reduzir o chochamento e aumentar a qualidade da matéria prima

6. Colheita

Fatores que afetam a ação dos maturadores

Atuação na maturação fisiológica: Maiores respostas no terço inicial da

safra

Qualidade da luz solar

Redução na oferta de luz reduz sensivelmente a elaboração e

armazenamento de sacarose

Maturadores requerem a produção normal da fotossíntese para

maximização da função

Tempo entre aplicação e absorção: Chuvas logo após reduzem a absorção

6. Colheita

Fatores que afetam a ação dos maturadores

Variedades

Em função do potencial genético, da precocidade ou não de cada

variedade temos diferentes níveis de respostas

Tipos de solo

Atuam como fornecedores de água e nutrientes

Limitações de água (favorecem a maturação natural)

Disponibilização de água (favorece ação de maturadores)

Excesso de orvalho na aplicação

Excesso de umidade nas folhas pode acarretar o escorrimento e

consequentemente a menor absorção

6. Colheita

Época de utilização dos maturadores em SP

Aplicação a partir da 2a quinzena de fevereiro até a 1a quinzena de março

(período indutivo ao florescimento)

Início da safra: variedades mais precoces e inibir o florescimento dos

cultivares mais floríferos

Meio da safra: exploração do potencial máximo de sacarose das

variedades

Final de safra: melhoria da qualidade da cana pela manutenção do teor de

sacarose, evitando o seu declínio pelo reinício das chuvas

6. Colheita

6. ColheitaPol % Pur % Fib % TCH TCHsoca TPH

Glifosato 0,400 litros/ha 13,06 83,76 10,99 93,37 105,84

Testemunha 12,42 83,10 10,63 94,59 100,61

Ganho 0,64 0,66 0,36 (1,22) 5,23 0,44

experimentos com 4 repetições 31 31 31 31 6

Ethefon 0,67 litros pc/ha 13,56 86,19 10,73 103,91 104,27

Testemunha 13,17 85,53 10,53 104,57 96,69

Ganho 0,39 0,66 0,20 (0,66) 7,58 0,32

experimentos com 4 repetições 21 21 21 21 5

Curavial 20 g/ha 13,77 86,21 10,76 104,08 103,96

Testemunha 13,48 86,06 10,60 103,83 98,91

Ganho 0,29 0,15 0,16 0,25 5,05 0,34

experimentos com 4 repetições 22 22 22 22 5

Moddus 0,8 litros/ha 13,83 85,92 10,75 103,82 102,29

Testemunha 13,35 85,32 10,46 105,94 98,69

Ganho 0,48 0,60 0,29 (2,12) 3,60 0,21

experimentos com 4 repetições 18 18 18 18 4

Fonte: Valmir Barbosa – Usina SantelisaVale

Recepção e pagamento

Pesagem e controles – rastreamento da produção

Amostragem da carga

Sondas

6. Colheita

6. Colheita – sonda oblíqua

Análise da qualidade da matéria prima

Teores de impurezas minerais e vegetais

Teor de fibra, brix, pol, PCC, ocasionalmente AR

Cálculo do ATR e do valor da carga

Sistema de pagamento em SP considera MIX industrial

e preços dos produtos (beneficia qualidade da cana)

6. Colheita

Aspectos ambientais

Cultura com menor taxa de erosão

Seqüestro de carbono (5 t/ha.ano)

Controle biológico das principais pragas

Controle de doenças pelo melhoramento

Aspectos ambientais

Adubação orgânica rotineira – reciclagem

Torta de filtro

Vinhaça

Palha

Geração de empregos

Alta adaptabilidade aos diferentes ambientes de produção

Problema que está em solução: Queima

Grande potencial gerador de energia em épocas de

estiagem

Produção de energia limpa e renovável

Eliminação de aditivos poluidores

Eliminação de dependência externa

Grande potencial de geração de empregos

Fornecimento de matéria prima para outras

indústrias de transformação e alimentação

Aspectos ambientais

OBRIGADO !

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