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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”

Departamento de Produção Vegetal

Prof. Dr. Gil Miguel de Sousa Câmara

Piracicaba – SP

Maio / 2014

LPV-506: PLANTAS OLEAGINOSAS

MÓDULO VII - COLHEITA DA CULTURA DA SOJA

7.1 MOMENTO DE COLHEITA DA SOJA

Câmara (2014)

7.1 MOMENTO DA COLHEITA DE SOJA

6 11 16 21 26 31 36 41 46 51 DAR1

Desenvolvimento da vagem e da semente de soja

Câmara (2014)

NÍVEIS DE UMIDADES DE EQUÍLIBRIO DE SEMENTES DE SOJ A SUBMETIDAS A DIFERENTES UMIDADES RELATIVAS E TEMPERATURAS DE AMBIENTE DE AR MAZENAMENTO

T

(oC)

UMIDADES RELATIVAS (%)

30 40 50 60 70 80 90

16 5,8 7,5 9,2 10,9 12,9 15,4 19,1

18 5,7 7,4 9,1 10,8 12,8 15,3 19,0

20 5,6 7,3 9,0 10,7 12,8 15,2 19,0

22 5,4 7,2 8,9 10,7 12,7 15,2 18,9

24 5,3 7,1 8,8 10,6 12,6 15,1 18,8

26 5,2 7,0 8,7 10,5 12,5 15,0 18,7

28 5,1 6,9 8,6 10,4 12,4 14,9 18,6

30 5,0 6,8 8,5 10,3 12,3 14,8 18,6

32 4,9 6,7 8,4 10,2 12,2 14,8 18,5

Fonte: adaptado de ASAE (1980).Câmara (2014)

EFEITO DO RETARDAMENTO DE COLHEITA NA EMERGÊNCIA DE SEMENTES DE SOJA, CULTIVAR BOSSIER, EM AMBIENTE DE CASA-DE-VEGE TAÇÃO

Datas de Colheita Precipitação (mm) 1 Umidade (%) 2 Emergência (%)

1 Precipitação de campo registrada a partir da colhei ta imediatamente anterior.

2 Umidade determinada na semente em campo por ocasião da colheita.

Fonte: EMBRAPA-CNPSo (1977).

15 de março - 11,7 74,0

17 de março 27,8 10,5 54,0

19 de março 0,0 10,6 58,0

22 de março 21,8 23,0 28,0

24 de março 30,6 13,0 32,0

26 de março 0,0 11,0 32,0

29 de março 29,2 26,9 16,0

06 de abril 79,3 11,4 12,0

Câmara (2014)

7.1 MOMENTO DA COLHEITA DE SOJA

ALTERAÇÃO FÍSICA QUE RESULTA NA DETERIORAÇÃO DA SEM ENTE DE SOJA: VARIAÇÕES SUCESSIVAS DO VOLUME EM FUNÇÃO DA UMIDADE DA SEMENT E

Fonte: EMBRAPA-CNPSo (1984).Câmara (2014)

INCIDÊNCIA DE MICRORGANISMOS PATOGÊNICOS EM SEMENTE S DE SOJA, CULTIVAR BOSSIER, CUJA COLHEITA FOI SUCESSIVAMENTE RETARDADA

MicrorganismosIncidência (%)

Fonte: QUEIROZ et al., 1978.

15/03 17/03 19/03 22/03 26/03 06/04

Phomopsis sojae 3,5 15,5 6,5 18,5 35,5 62,5

Fusarium spp. 5,5 8,0 10,0 38,0 20,0 6,5

Cercospora kikuchii 11,1 5,0 11,0 2,0 3,0 -

Alternaria spp. 2,5 1,0 0,5 - - -

Bacterioses 1,0 5,0 1,0 2,0 2,5 11,0

Câmara (2014)

7.1 MOMENTO DA COLHEITA DE SOJA

DETERIORAÇÃO DOS GRÃOS X PADRÕES DE QUALIDADE NA AG ROINDÚSTRIA MOAGEIRA

AVARIADOS Grãos ou pedaços de grãos que se apresentam ardidos, brotado s, imaturos,chochos, mofados ou danificados.

ARDIDOSGrãos ou pedaços de grãos que se apresentam pela ação do calor e ou umidade,visivelmente fermentados com coloração externa (casca) ou interna marrom ouescura.

BROTADOS Grãos que se apresentam com indícios de germinação ou germin ados.

CHOCHOS Grãos que se apresentam enrugados e atrofiados no seu desenv olvimento.

MOFADOS Grãos ou pedaços de grãos que se apresentam claramente afeta dos por fungos.

DANIFICADOSGrãos ou pedaços de grãos que se apresentam atacados por prag as e oudoenças, afetados por processo de secagem ou por qualquer ou tra causa.

QUEBRADOS Pedaços de grãos sadios, inclusive com cotilédones que fica m retidos na peneira.

ESVERDEADOSGrãos ou pedaços de grãos que apresentam coloração esverdea da na casca e napolpa em decorrência de maturação forçada.

Fonte: MAPA (2000).

Câmara (2014)

7.1 MOMENTO DA COLHEITA DE SOJA

DETERIORAÇÃO DOS GRÃOS X PADRÕES DE QUALIDADE NA AG ROINDÚSTRIA MOAGEIRA

Fatores de Qualidade

(Defeitos)

Padrão Básico

(Limites Máximos - %)

Grãos avariados 8,0

Grãos quebrados 30,0

Grãos esverdeados 10,0

Impurezas e matérias estranhas 1,0

Umidade 14,0

Fonte: MAPA (2000).

Câmara (2014)

7.2 PERDAS DE COLHEITA NA CULTURA DA SOJA

Câmara (2014)

7.2 PERDAS DE COLHEITA DE SOJA

Perdas

1 – 20%

Lavoura

20%

Máquina

80%

Velocidade = 4 a 5 km h -1

REGULAGENS:

Mecanismo de corte e alimentação

Mecanismo de trilha

Mecanismo de separação e limpeza

Manejo do solo (“preparo”)

Cultivar adaptado

Adubação

Época de semeadura

População de plantas

Controle de plantas daninhas

Câmara (2014)

7.2 PERDAS DE COLHEITA DE SOJA

ORIGENS DAS PERDAS DE COLHEITA EM SOJA

ANTES DA COLHEITA Retardamento do início da colheita

Debulha ou degrana natural

Chuvas, granizo, ventos fortes

Falhas de manejo da lavoura

NO MOMENTO DA COLHEITA Lavouras não adaptadas à colheita mecânica

Presença de plantas daninhas

Umidade inadequada dos grãos

Velocidade inadequada da máquina

Má regulagem da máquinaCâmara (2014)

7.2 PERDAS DE COLHEITA DE SOJA AUTOMOTRIZ - COMPONENTES

Câmara (2014)

7.2 PERDAS DE COLHEITA DE SOJA AUTOMOTRIZ - COMPONENTES

Câmara (2014)

7.2 PERDAS DE COLHEITA DE SOJA

1 Molinete

2 Condutor longitudinal

AUTOMOTRIZ - COMPONENTES

18 Condutor transversal

19 Barra segadora

20 Plataforma segadora 5 Batedor

7 Cortina defletora

17 Transportador

14 Grade de transição

21 Separadores

MECANISMO

DE

CORTE

E

ALIMENTAÇÃO

Câm

ara

(201

4)

7.2 PERDAS DE COLHEITA DE SOJA AUTOMOTRIZ - COMPONENTES

MECANISMO DE CORTE E ALIMENTAÇÃO

EIXO DO MOLINETE BARRA DE CORTE

Câmara (2014)

7.2 PERDAS DE COLHEITA DE SOJA AUTOMOTRIZ - COMPONENT ES

Câmara (2014)

7.2 PERDAS DE COLHEITA DE SOJA AUTOMOTRIZ - COMPONENTES

15 Côncavo3 Cilindro 6 Elevador da retrilha

MECANISMO

DE

TRILHA

Câmara (2014)

7.2 PERDAS DE COLHEITA DE SOJA AUTOMOTRIZ - COMPONENTES

MECANISMO DE TRILHA

Câmara (2014)

7.2 PERDAS DE COLHEITA DE SOJA AUTOMOTRIZ - COMPONENTES

MECANISMO DE TRILHA

ABERTURA ANTERIOR ABERTURA POSTERIOR

Câmara (2014)

7.2 PERDAS DE COLHEITA DE SOJA AUTOMOTRIZ - COMPONENT ES

MECANISMO DE TRILHA

Câmara (2014)

7.2 PERDAS DE COLHEITA DE SOJA AUTOMOTRIZ - COMPONENTES

MECANISMO DE TRILHA

Câmara (2014)

7.2 PERDAS DE COLHEITA DE SOJA AUTOMOTRIZ - COMPONENTES

9 Saca-palha10 Peneira superior

11 Peneira inferior

12 Ventilador13 Bandeja coletora

4 Depósito de grãos

8 Elevador de grãos

16 Coletor de pedras

MECANISMO

DE

SEPARAÇÃO

E

LIMPEZA

Câm

ara

(201

4)

7.2 PERDAS DE COLHEITA DE SOJA AUTOMOTRIZ - COMPONENTES

MECANISMO DE SEPARAÇÃO E LIMPEZA

Câmara (2014)

7.2 PERDAS DE COLHEITA DE SOJA AUTOMOTRIZ - COMPONENT ES

MECANISMO DE SEPARAÇÃO E LIMPEZA

Câmara (2014)

7.2 PERDAS DE COLHEITA DE SOJA

ALTURA DE CORTE E RENDIMENTO DA SOJA

Altura de corte

(cm)

Rendimento

(kg ha -1)

Perdas

(kg ha -1) (%)

- -Colheita manual 2.250

120 5,49,0 2.130

210 9,412,5 2.040

280 12,216,0 1.980

Fonte: Scott & Aldrich (1975).

Câmara (2014)

ÍNDICE (%) DE SEMENTES DANIFICADAS POR INJÚRIA MECÂ NICA, EM FUNÇÃO DA UMIDADE DA SEMENTE E DA VELOCIDADE DO CILINDRO DE T RILHA

Velocidade do cilindro

(rpm)

Umidade da Semente

13% 11%

- 9,94450

2,18 9,56475

2,38 9,64500

4,11 11,84550

5,06 13,82600

5,29 16,02650

7,38 17,24700Fonte: MIYASAKA (1973).

Câmara (2014)

7.2 PERDAS DE COLHEITA DE SOJA

INFLUÊNCIA DO HORÁRIO DE COLHEITA SOBRE A UMIDADE E A OCORRÊNCIA DE DANOS ÀS SEMENTES DE SOJA

Hora da

Colheita

Umidade

(%)

Danos

(%)

Germinação (%)

Intactos Danificados

Manhã 14,6 1,9 96 54

Tarde 13,5 13,5 87 56

Fonte: WELSH (1970).

Câmara (2014)

7.2 PERDAS DE COLHEITA DE SOJA

Debulha de vagens provocada pelo molinete em veloci dade excessiva

Câmara (2014)

7.2 PERDAS DE COLHEITA DE SOJA

Plantas acamadas não recolhidas pela máquina

Câmara (2014)

7.2 PERDAS DE COLHEITA DE SOJA

Hastes e ramificações soltas sobre caídas ao solo n ão recolhidas pela máquina

Câmara (2014)

7.2 PERDAS DE COLHEITA DE SOJA

A B

Baixa Inserção de Ramificações na Haste Principal

A = plantas com baixa inserção de ramificações na h aste principal

B = correção do problema por meio de medidas de man ejo

Câmara (2014)

7.2 PERDAS DE COLHEITA DE SOJA

Baixa Altura de Inserção da Primeira Vagem na Plant a

Câmara (2014)

7.2 PERDAS DE COLHEITA DE SOJA

Fatos Observados

Possíveis Causas

Plantas acamadas

Cultivar não

adaptado

Época de

Semeadura

População

de Plantas

Solo

Fertilidade

Hastes e ramos quebrados

Ramificações baixas

Baixa Inserção da 1ª vagem

Debulha no campo

Atraso na

Colheita

SIM

NÃO

SIM

NÃO

NÃO

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

NÃO

SIM

NÃO

SIM

SIM

NÃO

SIM

NÃO

SIM

SIM

NÃO

SIM

NÃO

SIM

SIM

Câmara (2014)

7.2 PERDAS DE COLHEITA DE SOJA

Câmara (2014)

7.3 COLHEITA DA SOJA EXERCÍCIO-1

Considere as seguintes informações de campo ( caso real ):

A) Cultivar de soja com peso de 100 sementes = 15 gramas.

B) Lavoura de 1.000 hectares.

C) Espaçamento entre linhas = 0,45 m.

D) Estande final = 10 plantas m -1.

E) No de vagens não colhidas por planta = 4.

F) No de sementes por vagem = 3.

G) Preço da saca de soja (60 kg) = R$ 60,00.

H) Produtividade estimada = 3.000 kg ha -1.

I) Produtividade observada = 2.500 kg ha -1.

PEDE-SE:

1º) Os valores de perdas de colheita em sacas por hectare e em p ercentagem (%).

2º) As perdas totais de grãos em sacas.

3º) O prejuízo unitário (hectare) e total (lavoura).

Câmara (2014)

EXERCÍCIO-1

1º) Calculando-se a metragem cultivada com soja por hectare.

1 ha

100 m

100 m

100 m / 0,45 m = 222,22 linhas

222,22 linhas X 100 m

22.222 m ha -1

7.3 COLHEITA DA SOJA

2º) Calculando-se o número de sementes não colhidas por hectare.

22.222 m ha -1 x 10 plantas m -1 x 4 vagens planta -1 x 3 sementes vagem -1

2.666.640 sementes ha -1

Câmara (2014)

3º) Calculando-se as perdas em massa (peso).

100 sementes 15 g

2.666.640 sem ha -1 X2 = 399.996 g / 1.000 g kg -1 = 399,996 kg

60 kg 1 saca

400 kg X3 = 6,666 sc = 6,7 saca ha -1

1 ha 6,7 sacas

1.000 ha X4 = 6.700 sacas

EXERCÍCIO-17.3 COLHEITA DA SOJA

4º) Calculando-se o índice percentual de perdas.

3.000 kg ha -1 100 %

400 kg ha -1 X5 = 13,3 %

Perda Máxima

1%

Câmara (2014)

5º) Calculando-se os prejuízos decorrentes das perd as.

1 hectare 6,7 sacas

EXERCÍCIO-17.3 COLHEITA DA SOJA

x R$ 60,00 sc -1 = R$ 402,00 ha-1

6.700 sacas x R$ 60,00 sc -1 = R$ 402.000,00

Câmara (2014)

7.3 COLHEITA DA SOJA EXERCÍCIO-2

Considere as seguintes informações de campo ( Exercício ):

A) Cultivar de soja com peso de 100 sementes = 15 gramas.

B) Lavoura de 3.000 hectares.

C) Espaçamento entre linhas = 0,50 m.

D) Estande final = 12 plantas m -1.

E) No de vagens não colhidas por planta = 4.

F) No de sementes por vagem = 3.

G) Preço da saca de soja (60 kg) = R$ 65,00.

H) Produtividade estimada = 3.200 kg ha -1.

PEDE-SE:

1º) Os valores de perdas de colheita em sacas por hectare e em p ercentagem (%).

2º) As perdas totais de grãos em sacas.

3º) O prejuízo unitário (hectare) e total (lavoura).

Câmara (2014)

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