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LÍNGUAPORTUGUESA

PROF. DENILSON SATURNINO

PROF.ª JOYCE MARTINS3º ANOENSINO MÉDIO

Unidade IICultura – A pluralidade na expressão humana

CONTEÚDOS E HABILIDADES

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Aula 14.1Conteúdos

• Modernismo no Brasil – Segunda Fase – Prosa: José Lins do Rego

• Modernismo no Brasil – Segunda Fase – Prosa: Rachel de Queiroz

CONTEÚDOS E HABILIDADES

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Habilidades • Reconhecer elementos que caracterizam a literariedade

de um dado texto. • Estabelecer relações entre o texto literário e o momento

de sua produção, situando os aspectos do contexto histórico-social e político.

CONTEÚDOS E HABILIDADES

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Modernismo - 2ª Fase - 1930~1945O contexto exigia dos artistas e intelectuais uma tomada de posição ideológica, da qual resultou uma arte engajada.

REVISÃO

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Graciliano Ramos (1892-1953)A paisagem nordestina está presente em sua obra, no entanto, ela importa menos do que a representação de um indivíduo em conflito com a natureza, com a sociedade e consigo mesmo.

REVISÃO

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Vidas Secas“Fabiano atentou na farda com respeito e gaguejou, procurando as palavras de seu Tomás da bolandeira: - Isto é. Vamos e não vamos. Quer dizer Enfim, contanto, etc. É conforme.”

REVISÃO

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O que acontece quando um menino, nascido e criado na cidade grande, muda-se para o interior?Você já viu situação semelhante ocorrer? Como foi a adaptação do menino?Será que tal situação renderia uma narrativa literária?

DESAFIO DO DIA

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“Eu ia reparando em tudo, achando tudo novo e bonito. A estação ficava perto de um açude coberto de uma camada espessa de verdura. Os matos estavam todos verdes e o caminho cheio de lama, e havia poças de água. Pela estrada estreita, por onde nós íamos, de vez em quando atravessava um boi. Meu tio dizia-me que tudo aquilo era do meu avô. E um pouco adiante, avistava-se uma casa branca e um bueiro grande.

AULA

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— É ali o engenho, mas nós temos que andar um bocado.A minha mãe falava-me sempre do engenho como de um recanto do céu. E uma negra que ela trouxera para criada sabia tantas histórias de lá, das moagens, dos banhos de rio, das frutas e dos brinquedos, que me acostumei a imaginar o engenho como qualquer coisa de um conto de fadas, de um reino fabuloso.”

Menino de Engenho

AULA

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Quem escreveu?José Lins do Rego (1901-1957).Um dos grandes ficcionistas da segunda fase do Modernismo. Revelou uma das realidades nordestina: a do contexto da produção de açúcar.O escritor escreveu num momento em que ocorre a tomada de consciência sobre os graves atrasos sociais existentes no interior do país.

AULA

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A permanência dos traços do período da escravidão:A senzala do Santa Rosa não desaparecera com a abolição. Ela continuava pegada à casa-grande, com as suas negras parindo, as boas amas-de-leite e os bons cabras do eito.

AULA

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O coronelismo típico do Nordeste:Meu avô me levava sempre em suas visitas de corregedor às terras de seu engenho. Ia ver de perto os seus moradores, dar uma visita de senhor nos seus campos. O velho José Paulino gostava de percorrer a sua propriedade, de andá-la canto por canto, entrar pelas suas matas, olhar as suas nascentes, saber das precisões

ELEITOR

AULA

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de seu povo, dar os seus gritos de chefe, ouvir queixas e implantar a ordem. Andávamos muito nessas suas visitas de patriarca.

ELEITOR

AULA

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Estilo de José Lins do RegoEmpregou uma linguagem fluente, marcada pela oralidade, para articular memórias da região canavieira, pesquisa histórica, imaginação e personagens marcantes.

— Tira a peia da canela, moleque safado! O diabo não anda!

— Meninos só endireita com chinela!

AULA

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O quinzeO quinze narra as histórias entrecruzadas de dois núcleos de personagens. A narrativa do primeiro núcleo aborda o amor fracassado entre Vicente, vaqueiro e criador de gado, e sua prima Conceição, professora da cidade, culta e com tendência feminista. A história do segundo núcleo trata da vida miserável e decadente de Chico Bento e sua família, devastados em consequência da seca de 1915.

AULA

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“Foi Conceição quem os descobriu, sentados pensativamente debaixo do cajueiro: Chico Bento com os braços cruzados, e o olhar vago, Cordulina de cócoras segurando um filho, e um outro menino mastigando uma folha, deixando escorrer-lhe pelo canto da boca um fio de saliva esverdeada.[...]

AULA

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A moça dirigiu-se a Cordulina:- E você, comadre, como vai? Tão fraquinha, hein? A mulher respondeu tristemente:- Ai, minha comadre, eu lá sei como vou!... Parece que ainda estou viva...- É este o meu afilhado?

AULA

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Mas Conceição, que tivera a intenção de o tomar ao colo, recuou ante a asquerosa imundície da criança, contentando-se em lhe pegar a mão - uma pequenina garra seca, encascada, encolhida...

AULA

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Quem escreveu?Rachel de Queiroz (1910-2003).Exerceu profissionalmente a atividade de jornalista. Escreveu reportagens e crônicas para jornais importantes do Brasil durante toda a vida, mas sua literatura é feita quase exclusivamente de romances.O romance “O quinze” pertence ao mesmo período literário do romance “Menino de engenho”.

AULA

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Estilo de Rachel de QueirozUma presente preocupação por apresentar uma escrita feita de “forma simples” é uma característica central de seu estilo. Por consequência, é também característico do estilo de Rachel de Queiroz a busca por uma linguagem oral e natural.

AULA

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1. Por que “O Quinze”, romance de estreia de Rachel de Queiroz, publicado em 1930, está enquadrado como pertencente à segunda geração do Modernismo?

DINÂMICA LOCAL INTERATIVA

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Releia o trecho abaixo pertence ao romance “Menino de Engenho”, de José Lins do Rego:

“Meu avô me levava sempre em suas visitas de corregedor às terras de seu engenho. Ia ver de perto os seus moradores, dar uma visita de senhor nos seus campos.

DINÂMICA LOCAL INTERATIVA

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O velho José Paulino gostava de percorrer a sua propriedade, de andá-la canto por canto, entrar pelas suas matas, olhar as suas nascentes, saber das precisões de seu povo, dar os seus gritos de chefe, ouvir queixas e implantar a ordem. Andávamos muito nessas suas visitas de patriarca.”

DINÂMICA LOCAL INTERATIVA

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2. Nesta passagem, o autor põe em cena um típico coronel nordestino. De que formas o poder de mando é exercido pela personagem José Paulino?

3. O uso abundante de pronomes possessivos, nesta passagem do romance, reforça ou desmente o patriarcalismo do coronel José Paulino? Explique.

DINÂMICA LOCAL INTERATIVA

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