livro orientacao desporto com pes e cabeca
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Antnio Aires, Luis Quinta-Nova, Luis Santos
Natlia Pires, Raquel Costa e Rui Ferreira
FEDERAO PORTUGUESA DE ORIENTAO - FPO
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Federao Portuguesa de Orientao - FPO
Rua Jos Valentim Mangens, lote 3 - r/c A
EC Mafra - Apartado 2 - 2641-909 Mafra
261 819 171 / 919 919 801
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Seleco de Contedos e Paginao:
Antnio Aires
2 Edio revista (para distribuio digital): Fevereiro 2011
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Federao Portuguesa de Orientao - FPO Orientao - Desporto com Ps e Cabea
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Contedo
Introduo ....................................................................................................... 2
Orientao: Desporto Para Toda a Vida ........................................................... 4
Mapas de Orientao .....................................................................................15
Orientao Pedestre - Traado de Percursos ..................................................29
Orientao em BTT - Traado de Percursos.....................................................53
Corridas Aventura ..........................................................................................60
Orientao de Preciso ...................................................................................66
Jogos Didcticos .............................................................................................77
Aprendizagem da Orientao .........................................................................85
Treino tcnico ............................................................................................... 108
Desenvolvimento das Competncias Psicolgicas ........................................ 124
Organizao de um Evento ........................................................................... 128
A Orientao e o Ambiente .......................................................................... 141
Glossrio de Termos de Orientao .............................................................. 150
Bibliografia ................................................................................................... 156
Orientao .............................................................................................. 158
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Orientao - Desporto com Ps e Cabea Federao Portuguesa de Orientao - FPO
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Introduo
Orientao, Desporto com Ps e Cabea o resultado da inteno, j com
alguns anos, de produzir um documento que abordasse, de forma transversal,
todas as mltiplas reas relacionadas com a modalidade desportiva Orientao.
Desta inteno nasceu este livro, constitudo por um conjunto de captulos que
so, por um lado, textos j existentes, reproduzidos integralmente ou revistos e
adaptados para se enquadrarem com os restantes captulos e, por outro, textos
escritos de raiz.
O captulo Orientao: Desporto Para Toda a Vida, embora utilizando como
base alguns textos j existentes, foi todo reescrito para dar uma introduo
generalista ao mundo da Orientao.
O segundo captulo aborda a base da Orientao: o mapa. Assim, Mapas de
Orientao fala sobre todo o universo dos mapas utilizados nas suas diversas
disciplinas.
De seguida surgem os captulos Orientao Pedestre - Traado de Percursos e
Orientao em BTT - Traado de Percursos, que se debruam de forma
aprofundada sobre o mais importante aspecto tcnico para o sucesso de uma
prova de Orientao, o trabalho do Traador de Percursos.
O captulo Corridas Aventura trata de forma separada esta disciplina, devido
s diferenas substanciais face s restantes disciplinas da Orientao.
Tambm a Orientao de Preciso, designada, na lngua inglesa, por Trail-O,
tem o seu captulo prprio. Nele se apresentam as virtudes desta disciplina e se
faz uma descrio em pormenor do funcionamento de um percurso de Ori-
Preciso. Alguns dos contedos deste captulo so transversais aprendizagem
de diversas questes tcnicas da Orientao.
Os trs captulos seguintes surgem numa ideia de crescendo ao nvel da
preparao de actividades de aprendizagem e treino da Orientao. Jogos
Didcticos descreve alguns jogos de abordagem s bases da Orientao,
dirigidos essencialmente para crianas. Aprendizagem da Orientao aborda
de forma detalhada as actividades a desenvolver nas diversas etapas de
aprendizagem da Orientao. Treino Tcnico explora, de forma
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Federao Portuguesa de Orientao - FPO Orientao - Desporto com Ps e Cabea
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simultaneamente terica e prtica, o desenvolvimento das diversas capacidades
tcnicas e tcticas essenciais para um bom orientista.
Desenvolvimento das Competncias Psicolgicas analisa de forma superficial
os diversos processos psicolgicos que contribuem para a performance do
praticante de Orientao.
Com o captulo Organizao de um Evento, faz-se uma resenha das tarefas
inerentes ao planeamento e organizao de uma prova de Orientao,
analisando os recursos tcnicos, logsticos e humanos necessrios.
Sendo a Orientao uma modalidade intimamente ligada ao meio natural, este
livro no podia deixar de ter o captulo A Orientao e o Ambiente que
aborda as questes ambientais ligadas a esta modalidade.
A terminar este livro, trs anexos que incluem um glossrio de termos de
Orientao, as referncias bibliogrficas e Orientao .
Para alm dos autores que escreveram os diversos captulos, muitos foram os
atletas, tcnicos e dirigentes que de alguma forma contriburam para os
contedos aqui presentes e para que este livro fosse publicado. A todos eles o
nosso muito obrigado.
As fotos presentes neste livro so da responsabilidade dos autores do livro, de
Joaquim Margarido ou dos atletas retratados nas fotos.
Sendo a Orientao uma modalidade em constante evoluo, foi necessrio
proceder a um conjunto de correces relativamente 1 edio,
principalmente do foro tcnico, para reflectir as alteraes aos regulamentos
quer da FPO quer da IOF para a poca 2011.
Neste contexto, surge esta 2 edio revista e preparada para distribuio
digital.
Antnio Aires
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Orientao - Desporto com Ps e Cabea Federao Portuguesa de Orientao - FPO
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Captulo 1
Orientao: Desporto Para Toda a Vida
Introduo
A Orientao, embora relativamente recente em Portugal, um desporto
organizado j com mais de 100 anos de existncia.
Os registos indicam que ter sido em Bergen, na Noruega, no dia 31 de Outubro
de 1897, que se organizou a primeira actividade desportiva de Orientao. Os
pases nrdicos so, ainda hoje, aqueles onde a modalidade tem maior
implantao, mobilizando um nmero de praticantes que coloca a Orientao
entre os cinco desportos mais praticados na Escandinvia. A maior prova do
mundo, o O-Ringen, realiza-se anualmente na Sucia com um nmero de
participantes que chegou a alcanar os 25.000.
Ao longo destes mais de cem anos de existncia a modalidade foi evoluindo,
tornando-se num desporto altamente desenvolvido, que praticado em
simultneo, no mesmo espao e ao mesmo tempo, por todos, indepen-
dentemente do nvel fsico ou tcnico, da idade ou do gnero do praticante.
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Federao Portuguesa de Orientao - FPO Orientao - Desporto com Ps e Cabea
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O Que ?
Na partida, cada praticante recebe um mapa especfico de Orientao onde
esto marcados pequenos crculos que correspondem a pontos de controlo.
Estes so materializados no terreno pelas "balizas" (prismas de cores laranja e
branca) que tm de ser visitados na ordem indicada. Para permitir que a prova
seja efectivamente aberta a todos, existem sempre diversos percursos
adaptados condio fsica e tcnica de cada participante.
A Orientao pode ser praticada em qualquer lugar desde que exista um mapa
de Orientao dessa rea. Floresta, montanha, montado, zona urbana, qualquer
local adequado para a sua prtica. O terreno deve ser agradvel e com
pormenores de relevo e de vegetao, e possuir caractersticas que o tornem
acessvel a todos os grupos, desde o que se inicia na modalidade quele que a
pratica ao mais alto nvel.
As provas em parques ou jardins citadinos e em reas urbanas, embora
reduzam o factor do contacto com a natureza, so cada vez em maior nmero
conferindo mais visibilidade s competies.
As provas de Orientao so, regra geral, realizadas durante o dia. No entanto
existem tambm provas nocturnas.
Definio
Tomando por base a sua disciplina mais praticada, a Orientao Pedestre,
poderemos definir a modalidade como uma corrida individual, contra-relgio,
em terreno desconhecido e variado, geralmente de floresta ou montanha, num
percurso materializado no terreno por pontos de controlo que o orientista deve
descobrir numa ordem imposta. Para o fazer, ele escolhe os seus prprios
itinerrios, utilizando um mapa e, eventualmente, uma bssola.
As definies para as restantes disciplinas, como ser visto mais frente, tm
de receber algumas adaptaes relativamente a esta.
Tutela
A nvel internacional a modalidade tutelada pela Federao Internacional de
Orientao (IOF - International Orienteering Federation), englobando quatro
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Orientao - Desporto com Ps e Cabea Federao Portuguesa de Orientao - FPO
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disciplinas: Orientao Pedestre, Orientao em BTT, Orientao em Esqui e
Orientao de Preciso (Trail-O), esta ltima criada originalmente para pessoas
portadoras de deficincia motora.
Em Portugal a Orientao tutelada pela FPO - Federao Portuguesa de
Orientao que, embora no tendo calendrio competitivo de Orientao em
Esqui, engloba uma outra disciplina, as Corridas Aventura.
Breve Histria
Embora o registo mais antigo remonte a 1897, apenas em 1912 a Orientao
comeou a dar os primeiros passos de uma forma mais estruturada. Tendo
como base o desdobramento da distncia da Maratona por trs provas, o Major
Killander, de nacionalidade sueca e lder escuteiro, adicionou-lhe a componente
de leitura de mapa.
A extraordinria adeso dos jovens motivou o primeiro Campeonato Nacional
na Sucia em 1922.
No incio da dcada de 70, Portugal aderiu prtica desta actividade desportiva,
e, em 1973, disputou-se o primeiro Campeonato das Foras Armadas, em
Mafra. S em 1987, com a formao da Associao Portuguesa de Orientao
(APORT), se comearam a promover alguns encontros e a produzir mapas
adequados sua prtica, obedecendo s normas da IOF.
Pode considerar-se o ano de 1984 como o incio da prtica da Orientao no
meio civil em Portugal. At essa data, a prtica da modalidade era restrita ao
meio militar que, at meados da dcada de 90, ainda permaneceu como a
principal fora dinamizadora da modalidade em Portugal.
A 19 de Dezembro de 1990, criada a FPO - Federao Portuguesa de
Orientao, tornando-se Portugal membro efectivo da IOF.
De forma cronolgica e sinttica, so os seguintes os principais marcos
histricos da modalidade:
Nvel mundial
1897 - 1 Prova de Orientao (Noruega) 1918 - Orientao como modalidade desportiva por Ernst Killander 1919 - 1 Campeonato Oficial (Estocolmo)
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Federao Portuguesa de Orientao - FPO Orientao - Desporto com Ps e Cabea
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1925 - Oficializao da Orientao (Noruega) 1961 - Fundao da Federao Internacional de Orientao (IOF) 1962 - 1 Campeonato da Europa (Noruega) 1965 - 1 Campeonato do Mundo Militar (Sucia) 1966 - 1 Campeonato do Mundo (Finlndia) 1977 - Reconhecida pelo Comit Olmpico Internacional 1994 - IOF engloba 45 pases 1995 - Primeira edio da Taa dos Pases Latinos (Romnia) 2011 (Fev) - IOF engloba 72 pases-membros (51 efectivos e 21 provisrios)
Nvel nacional
1973 - 1 Campeonato das Foras Armadas (Mafra) 1977 - 1 Participao no Campeonato do Mundo Militar 1980 - 1 Contacto da modalidade com a sociedade civil 1981 - Execuo do 1 mapa de Orientao em Portugal - Aoteias (Albufeira) 1987 - Criada a Associao Portuguesa de Orientao - APORT 1990 - Criao da FPO 1991 - 1 Participao no Campeonato do Mundo (Checoslovquia) 1992 - 1 Campeonato Ibrico (Tria) 1993 - 1 Campeonato com um sistema de ranking 1995 - conferido FPO o Estatuto de Utilidade Pblica Desportiva. 1996 Celebrado Protocolo com Desporto Escolar 1996 - 1 Edio do Portugal O Meeting (Mafra) 2000 - Organizao da etapa final da Taa do Mundo (Leiria e Lisboa) 2001 - Organizao do Campeonato do Mundo Militar (Beja) 2002 - Organizao do Campeonato do Mundo de Desporto Escolar (M.Grande) 2003 - Incio da transmisso regular das provas de Orientao na RTP 2 2007 - Assinatura de Protocolo com DGIDC (Desporto Escolar) 2007 - Primeiro ttulo europeu de jovens (Diogo Miguel, Hungria) 2008 - Organizao do Campeonato do Mundo de Veteranos (3500 atletas) 2008 - Primeiro ttulo mundial de Desporto Escolar (Vera Alvarez, Esccia) 2010 - Organizao do Campeonato do Mundo de Ori-BTT (Montalegre) 2013 - Organizao do Campeonato do Mundo de Desporto Escolar (Algarve)
Intercmbio Desporto Federado / Desporto Escolar
Um dos esteios para o crescimento e desenvolvimento da Orientao em
Portugal tem sido o intercmbio com o Desporto Escolar, o qual se foi
desenvolvendo ao longo dos anos:
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Orientao - Desporto com Ps e Cabea Federao Portuguesa de Orientao - FPO
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1989 - Entrada da Orientao nos Programas de Educao Fsica
1996 - Celebrado protocolo de cooperao entre Gabinete Coordenador do
Desporto Escolar e a FPO
1997 - Primeiro Campeonato Nacional de DE (Jamor)
1997 - Primeira participao num Campeonato do Mundo DE (Itlia)
2002 - Organizao em Portugal do Campeonato do Mundo DE (M. Grande)
2004 - Difuso generalizada e gratuita do DVD Aprender pelas escolas;
2007 - Celebrado protocolo de cooperao com a DGIDC;
2010 Distribuio pelas escolas do livro Orientao Desporto com Ps e
Cabea;
2013 - Organizao em Portugal do Campeonato do Mundo DE (Algarve)
No desenvolvimento do intercmbio entre Desporto Escolar e Desporto
Federado a FPO decidiu adequar os seus escales aos do Desporto Escolar de
forma a permitir a organizao, num mesmo evento, de competies do quadro
competitivo federado e escolar.
No mbito do protocolo entre FPO e DGIDC assiste-se actualmente a uma
colaborao alargada ao nvel das organizaes de estgios e de eventos locais,
regionais e nacionais, e da participao em eventos internacionais.
Quem pode praticar Orientao?
As provas do calendrio da Federao Portuguesa de Orientao, sejam elas de
nvel local, regional, nacional ou internacional, realizam-se segundo um formato
que permite, em simultneo, a partilha do mesmo espao de prtica por todo e
qualquer indivduo, com ou sem vnculo federativo, de diferentes nveis de
condio fsica, masculino ou feminino, jovem ou idoso, portador ou no de
deficincia fsica, com objectivos competitivos ou apenas recreativos.
O Jogo da Orientao
Uma prova de Orientao pode ter diferentes caractersticas consoante a sua
natureza. Tradicionalmente composta por um percurso que consiste num
conjunto de pontos de controlo que tm todos de ser visitados de forma
sequencial.
Este percurso est desenhado num mapa especfico de Orientao.
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Federao Portuguesa de Orientao - FPO Orientao - Desporto com Ps e Cabea
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As provas oficiais so, na sua maioria, realizadas em sistema de contra-relgio,
tendo cada orientista um tempo especfico de partida.
A distncia dos percursos, assim como o seu nvel de dificuldade fsica e tcnica,
varivel consoante o escalo do atleta. Existem escales para todas as idades,
desde os infantis at aos veteranos (por exemplo, no Campeonato do Mundo
de Veteranos, existe o escalo H95 que significa Homens com mais de 95
anos), divididos em homens e mulheres; alguns escales etrios contemplam
ainda subdivises. Em Portugal existem obrigatoriamente, em todas as provas
de Orientao Pedestre e BTT, escales de Iniciao e Promoo.
A escolha do itinerrio entre cada ponto de controlo uma opo do prprio
orientista. Cada ponto de controlo uma meta e, simultaneamente, o incio de
um novo desafio.
O jogo desenvolve-se atravs de prados, florestas, montanhas, onde o
praticante se sente parte integrante do espao que percorre. A velocidade de
movimento tem que ser acompanhada pela velocidade de raciocnio. Em causa
est a leitura do mapa, a interpretao da relao mapa / terreno, a
ponderao sobre as vrias opes de itinerrio e a capacidade de deciso. Em
cada escalo declarado vencedor o atleta que realize correctamente o seu
percurso em menos tempo.
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Disciplinas da Orientao
Orientao Pedestre
A Orientao Pedestre a disciplina da
Orientao com maior tradio e nmero de
praticantes, tanto em Portugal como a nvel
internacional.
So utilizados mapas especficos para
Orientao Pedestre.
Ao longo deste livro, quando algum texto no
referir nenhuma das disciplinas, significa que o
comentrio se refere Orientao Pedestre.
Orientao em BTT
A Orientao em BTT uma disciplina
semelhante Orientao Pedestre, mas
onde a deslocao feita em BTT e
apenas por caminhos.
A Orientao em BTT a disciplina da
Orientao em fase de maior desen-
volvimento a nvel internacional, sendo
reconhecidas as suas enormes poten-
cialidades de futuro.
So utilizados mapas especficos para
Orientao em BTT.
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Corridas Aventura
Disciplina da Orientao, por equipas,
que consiste numa prova de um ou
vrios dias com diversas etapas:
Orientao Pedestre, Orientao em
BTT, em canoa, manobras de cordas e
outros.
Esta disciplina, embora seja tutelada em
Portugal pela FPO, a nvel internacional
no reconhecida pela Federao Internacional de Orientao.
So utilizadas cartas militares 1:25000 ou, sempre que possvel, mapas de
Orientao Pedestre ou de Orientao em BTT.
Orientao de Preciso (Trail-O)
Disciplina da Orientao direccionada para pessoas
com deficincia motora, mas normalmente aberta a
todos e com grandes potencialidades ao nvel da
aprendizagem da Orientao.
Na Orientao de Preciso, o nico factor avaliado a
capacidade de leitura do mapa e interpretao do
terreno.
So utilizados mapas da Orientao Pedestre mas
normalmente com escalas maiores.
Orientao em Esqui
Disciplina da Orientao adaptada a terrenos com neve. Tal como na
Orientao em BTT, a deslocao apenas se pode realizar nos caminhos
indicados no mapa.
So utilizados mapas especficos para Orientao em Esqui.
Pelas caractersticas prprias do clima, a sua prtica no se verifica em Portugal.
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Os Mapas de Orientao
Embora seja possvel praticar Orientao com qualquer tipo de mapa, enquanto
deporto organizado a Orientao praticada com mapas criados exclusiva-
mente para o efeito. Esses mapas so precisos, detalhados e esto preparados
para uma "escala humana", ou seja, o terreno e as caractersticas que aparecem
no mapa so aquelas que uma pessoa, ao mover-se nessa rea, observa
facilmente.
Os mapas de Orientao so desenhados segundo um conjunto de regras bem
definidas pela IOF que tm como objectivo normalizar a sua criao em todo o
mundo.
Pelo facto dos atletas de Orientao utilizarem bssolas, os mapas de
Orientao no apontam o Norte Cartogrfico, mas sim o Norte Magntico.
O Percurso de Orientao
Um percurso de Orientao constitudo por uma partida, uma srie de pontos
de controlo identificados por crculos no mapa, e por uma meta.
Na partida, cada praticante recebe um mapa onde esto marcados, a cor
prpura (magenta):
- Um tringulo que corresponde ao ponto onde se inicia a orientao
propriamente dita e materializado no terreno por uma baliza (prisma de
cores laranja e branca), sem cdigo nem picotador;
- Crculos que correspondem a pontos de controlo, materializados no terreno
pelas "balizas", com um cdigo definido para cada uma e que esto
acompanhadas de uma estao electrnica e/ou um picotador. Introduzindo o
seu identificador electrnico (em Portugal utiliza-se um chip Sport-Ident) que
transportado preso num dedo, ou picotando o seu carto de controlo, o
praticante comprova a passagem por cada ponto;
- Dois crculos concntricos que correspondem chegada, materializada no
terreno por uma baliza, tambm ela acompanhada de uma estao
electrnica (e/ou um picotador). Introduzindo o seu identificador (ou
picotando o seu carto de controlo) o praticante comprova o termo do seu
percurso.
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Num percurso tradicional de Orientao tero de ser visitados todos os pontos
de controlo pela ordem indicada sob pena de desclassificao.
O percurso a seguir entre os pontos de controlo no est definido e decidido
por cada participante. Este elemento de escolha do percurso e a capacidade de
se orientar atravs da floresta so a essncia da Orientao.
A maioria das provas de Orientao utiliza o sistema de contra-relgio com
partidas intervaladas para que o orientista tenha a possibilidade de realizar
individualmente as suas prprias opes. Mas existem muitas outras formas
populares, incluindo estafetas e provas de partida em massa.
Bssola
A bssola o nico auxiliar permitido para ajudar na orientao, embora no
seja obrigatrio. Por exemplo, em diversas fases da formao de jovens
importante no utilizar bssola.
Uma bssola um aparelho com uma agulha magntica que atrada para o
plo magntico terrestre. Os atletas utilizam-na para orientar o mapa para
norte fazendo coincidir a agulha da bssola com as linhas de norte presentes no
mapa.
Existem bssolas prprias de competio que se transportam presas ao dedo e
directamente em cima do mapa. No entanto, mesmo em competio, pode ser
utilizada qualquer tipo de bssola.
No hemisfrio sul as bssolas tm de ser diferentes das utilizadas no hemisfrio
norte, devido diferente influncia do campo magntico terrestre entre os dois
hemisfrios.
Os Plos Magnticos
O fenmeno que faz a agulha da bssola apontar na direco Norte-Sul o
Magnetismo terrestre. A Terra como um man gigante. Apesar de o
magnetismo ter sido descoberto h muito tempo, a sua utilizao como auxiliar
de orientao bastante mais recente.
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Origem da Bssola
Os Chineses tero sido os primeiros a explorar o fenmeno
do magnetismo para indicar o Norte (ou o Sul). "Si Nan" (Si =
Apontar para; Nan = Sul) considerada como a primeira
bssola e consiste numa pedra magntica, esculpida em
forma de concha, cuja pega aponta para Sul.
De acordo com alguns escritos chineses, as primeiras
bssolas, desenvolvidas a partir da Si Nan) foram utilizadas
no mar por volta do ano 850. A inveno foi ento espalhada para o ocidente
por astrnomos e cartgrafos.
A bssola foi desenvolvida atravs dos sculos e conheceu um avano
considervel quando se descobriu que uma pea fina de metal (agulha) podia
ser magnetizada podendo depois ser envolvida e encerrada num invlucro
cheio de ar e transparente, ficando assim a agulha protegida.
Inicialmente, as agulhas das bssolas demoravam muito tempo a estabilizar. As
bssolas modernas so instrumentos de preciso e a sua agulha, agora
geralmente encerrada num invlucro cheio de lquido, rapidamente aponta o
norte (ou o Sul no hemisfrio Sul).
Sinaltica
A sinaltica a descrio da localizao exacta dos pontos de controlo indicados
pelo mapa.
Para alm disso, indica qual a colocao da baliza relativamente ao elemento
caracterstico onde est o ponto de controlo e assegura ao orientista, atravs
do cdigo, que se trata do ponto procurado.
No deve ser confundida com a simbologia do mapa, embora exista semelhana
entre a maioria dos smbolos utilizados no mapa e os utilizados na sinaltica.
Para o transporte da sinaltica normalmente utilizado um porta-sinaltica que
se adapta ao antebrao do atleta.
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Captulo 2
Mapas de Orientao
Cartografia Especfica de Orientao
Uma das caractersticas da Orientao enquanto modalidade desportiva a
cartografia especfica necessria, tanto para a Orientao Pedestre como para a
Orientao em BTT. Assim, todas as provas oficiais dos calendrios competitivos
da IOF (e, como tal, tambm as da FPO) tm forosamente de ser organizadas
em Mapas de Orientao. As Corridas Aventura no so abrangidas por esta
obrigatoriedade, utilizando principalmente Cartas Militares na escala 1:25000,
embora por vezes algumas etapas utilizem Mapas de Orientao.
A produo dos mapas de Orientao feita mediante as regras definidas pela
IOF. Estas especificaes esto definidas em trs diferentes documentos,
consoante a natureza da prova:
- ISOM: International Specification for Orienteering Maps (Especificao
Internacional para Mapas de Orientao)
- ISSOM: International Specification for Sprint Orienteering Maps (Especificao
Internacional para Mapas de Orientao - Sprint)
- ISmtbOM: International Specification for Mountain Bike Orienteering Maps
(Especificao Internacional para Mapas de Orientao em BTT)
Pode-se ler na introduo do ISOM que a Orientao um desporto praticado
em todo o mundo, sendo por isso essencial uma abordagem comum ao desenho
e interpretao dos mapas de Orientao para uma competio justa e para o
crescimento futuro desta modalidade. As Especificaes Internacionais para
Mapas de Orientao tm como
objectivo a definio de um conjunto de
regras que consigam abranger todos os
diferentes tipos de terreno existentes no
mundo e todas as diferentes formas de
praticar Orientao.
essencial que o mapa seja preciso e
exacto de forma a permitir que nele se desenhem percursos que testem as
capacidades de navegao dos atletas.
"O Mapa o maior dos poemas picos. As suas linhas e cores mostram a realizao de grandes sonhos" - Gilbert H. Grosvenor. Editor da National Geographic
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Orientao - Desporto com Ps e Cabea Federao Portuguesa de Orientao - FPO
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A informao contida no mapa deve ser relevante para as necessidades do
atleta, no sentido em que no deve conter pormenores em excesso nem ter
falta de elementos importantes.
tambm muito importante que o terreno seja rico em elementos que
permitam criar desafios de navegao aos atletas.
Histria da Cartografia de Orientao
Nos primeiros anos de existncia da Orientao, os atletas utilizavam qualquer
tipo de mapas disponveis, normalmente mapas topogrficos locais. Por
exemplo, nos anos 40, realizavam-se eventos na Escandinvia onde se
utilizavam mapas na escala 1:100000 (1 cm = 1 Km), geralmente a preto e
branco e sem curvas de nvel para
mostrar o relevo do terreno. Depois, e
principalmente na Escandinvia,
comearam a ser utilizados mapas com
uma escala maior 1:50000, 1:40000,
1:20000.
Na imagem ao lado est ilustrado um
dos primeiros mapas feitos especifi-
camente para a Orientao.
Nos pases onde no existiam mapas
topogrficos com uma escala grande,
eram utilizados frequentemente mapas
tursticos.
O primeiro mapa de Orientao a cores,
com trabalho de campo e desenho feito
especificamente para a prtica da
Orientao, foi publicado na Noruega
em 1950.
Gradualmente comearam a ser
desenhados mapas que respondessem
s caractersticas especficas da
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Federao Portuguesa de Orientao - FPO Orientao - Desporto com Ps e Cabea
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Orientao, ou seja, com informao mais detalhada. A escala destes primeiros
mapas era de 1:25000 ou 1:20000, com equidistncias de 10m ou 5m.
Jan Martin Larsen foi o grande pioneiro no desenvolvimento de mapas
especficos de Orientao, tendo presidido primeira Comisso de Mapas de
IOF, em 1965. Esta Comisso de Mapas a responsvel, entre outras funes,
por desenvolver os ISOMs, tendo no ano da sua fundao criado a primeira
verso desta especificao.
Uma grande inovao na produo de mapas de Orientao foi o surgimento de
programas informticos especficos para o desenho dos mapas que levou
simplificao desta tarefa. O lder destes programas o O-Cad, actualmente
utilizado de forma generalizada pelos cartgrafos de Orientao a nvel
mundial.
Escala
Para a competio de Orientao Pedestre, os mapas tm normalmente escalas
de 1:15000 (Distncia Longa), 1:10000 (Distncia Mdia e Estafetas) ou 1:4000 e
1:5000 (Distncia Sprint). Para os escales mais jovens, abaixo dos 15 anos, e
para os mais velhos, acima de 45 anos, no se devem utilizar mapas 1:15000.
Para actividades de Iniciao de jovens e Promoo da modalidade comum
utilizarem-se mapas de parques, jardins ou escolas, com escalas entre 1:1000 e
1:5000.
Na Formao de jovens dever existir uma progresso de escalas. Mapas numa
escala muito grande, como por exemplo 1:2000, contm normalmente
informao adicional mais detalhada.
Para a Orientao em BTT as escalas so menores, sendo utilizadas escalas
1:20000 (Distncia Longa), 1:15000 (Distncia Mdia) e 1:10000 (Distncia
Sprint).
Mas o que que representa a escala? Os valores indicados, por exemplo, numa
escala 1:15000 significam que o mapa representa o terreno reduzido 15000
vezes. Assim, 1 cm no mapa corresponde a 15000 cm no terreno, ou seja, 150
metros.
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Antes de se produzir um mapa necessrio avaliar tambm se o grau de
complexidade do terreno no demasiado elevado que impea a incluso no
mapa de todos os elementos essenciais a uma boa orientao.
Equidistncia
A equidistncia distncia vertical, ou desnvel, entre cada curva de nvel. Nos
mapas de Orientao normalmente de 5 metros em terreno de maior relevo,
ou de 2,5 metros em terreno menos desnivelado.
Norte Geogrfico e Norte Magntico
Relativamente aos mapas tradicionais, para alm da simbologia especfica,
existe uma outra caracterstica nos Mapas de Orientao que especfica deste
desporto: os meridianos dos mapas esto orientados no para o Norte
Geogrfico, mas sim para o Norte Magntico.
Linhas de Norte
As Linhas de Norte so linhas paralelas desenhadas do Sul Magntico para o
Norte Magntico, espaadas geralmente 500 metros (1:15000) ou 250 metros
(1:10000). Estas linhas so normalmente azuis ou pretas.
As Linhas de Norte dos mapas de Orientao no apontam para o Norte
Geogrfico como na maioria dos restantes mapas, pelo facto das bssolas
indicarem o Norte Magntico e no o Norte Geogrfico. Assim, os mapas de
Orientao tm apenas linhas de norte magntico.
Declinao magntica
A declinao magntica o ngulo entre a linha do norte real (Norte
Geogrfico) e a linha apontada pela bssola (Norte Magntico), para Este
positivo ou Oeste negativo. Esta declinao varia consoante o local do mundo.
Em certas zonas do Canad ultrapassa os 40 graus, mas, por exemplo, na
Escandinvia ela insignificante.
A declinao magntica varia tambm ao longo do tempo, calculando-se que
varie cerca de 1o a cada 8 anos.
Em Portugal continental, em 2011, a declinao de cerca de 4o
oeste, ou seja,
negativa.
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Caractersticas de um bom mapa
Tal como em todos os desportos, necessrio assegurar que as condies de
competio sejam iguais para todos. Neste sentido, quanto mais preciso for o
mapa, mais facilmente isso ser conseguido e melhores condies havero para
traar um bom e justo percurso.
Relativamente ao orientista, s um mapa preciso e legvel ser uma ajuda eficaz
para a escolha de trajectos que se adaptem s suas capacidades tcnicas e
fsicas. No entanto, a boa capacidade para fazer opes correctas perde todo o
significado se o mapa no for uma imagem real do terreno, ou seja, se for
impreciso, desactualizado ou de pouca legibilidade.
Tudo o que impea a progresso considerado informao essencial: falsias,
gua, vegetao densa. A rede de caminhos indica onde a progresso e a
orientao so mais fceis. Uma classificao detalhada dos nveis de
progresso e obstculos auxilia o orientista na tomada de decises. A
orientao acima de tudo baseada na leitura do mapa. Idealmente, nenhum
competidor dever ganhar vantagem ou sofrer desvantagem devido a erros do
mapa.
O objectivo do traador de percursos conseguir percursos onde o factor
decisivo dos resultados seja a capacidade de orientao. Isso s poder ser
conseguido se o mapa for suficientemente exacto, completo e fivel e tambm
claro e legvel em situaes de competio. Quanto melhor for o mapa,
melhores possibilidades ter o traador para desenhar percursos bons e justos,
tanto para os atletas experientes como para os principiantes.
Os pontos de controlo (em conjunto com a qualidade das pernadas) so a mais
importante componente de um percurso. A escolha dos locais, colocao de
marcas, verificao da sua posio e colocao dos pontos para a prova, so
tudo tarefas que exigem bastante de um mapa. O mapa dever oferecer uma
imagem do terreno completa, exacta, detalhada e dever estar actualizado em
todos os pormenores que possam afectar o resultado final.
A tarefa do cartgrafo saber que elementos do terreno colocar no mapa e
como as representar. Um bom envolvimento neste desporto importante para
uma compreenso bsica dos requisitos de um Mapa de Orientao: o seu
contedo, a necessidade de exactido, o nvel de detalhe e, acima de tudo, a
legibilidade.
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Contedo de um Mapa
Sendo o Mapa de Orientao um mapa topogrfico detalhado, dever conter as
caractersticas do terreno que sejam bvias para um orientista em corrida. Nele
se insere tudo o que possa influenciar a leitura do mapa ou a escolha de
trajectos: relevo, formaes rochosas, tipo de superfcie, velocidade de
progresso atravs da vegetao, reas de cultivo, hidrografia, zonas privadas e
casas individuais, rede de caminhos, outras linhas de comunicao e todas as
demais caractersticas teis orientao.
A forma do terreno uma das caractersticas mais importantes num Mapa de
Orientao. A utilizao de curvas de nvel essencial para a representao de
uma imagem tridimensional do terreno (a sua forma e variao em altitude).
A magnitude das diversas caractersticas do terreno, a densidade da floresta e a
velocidade de progresso, devem ser consideradas aquando do trabalho de
campo, tendo em vista a homogeneidade do produto final.
Os limites entre os diferentes tipos de superfcie fornecem importantes pontos
de referncia para o utilizador do mapa. muito importante a correcta
apresentao destes elementos no mapa.
A velocidade do orientista e a suas opes de itinerrio so influenciadas por
muitos factores. Informao sobre todos estes factores deve, portanto, ser
fornecida no mapa atravs da classificao dos caminhos, da indicao da
transponibilidade de zonas alagadias, zonas aquticas, paredes rochosas e
vegetao e mostrando os tipos de superfcie e a presena de reas abertas.
Limites de vegetao bem definidos no terreno tambm devem ser desenhados
no mapa, visto que so teis para a sua leitura.
O mapa deve conter todos os elementos visveis no terreno que sejam teis
sua leitura. Durante o trabalho de campo deve-se promover a clareza e
legibilidade do mapa. As medidas mnimas definidas para uma boa visualizao
de um determinado elemento devero ser levadas em conta aquando da
escolha do grau de generalizao.
O mapa dever conter linhas de norte magntico e poder conter nomes de
locais e outro texto perifrico que possam ajudar o seu utilizador a orient-lo
para Norte. Este texto dever ser escrito de oeste para este. Texto dentro da
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rea do mapa dever ser colocado de modo a que no obscurea outras
informaes e o seu estilo de letra dever ser simples.
As linhas de Norte Magntico devem ser paralelas aos limites da folha do mapa,
podendo conter setas na sua extremidade superior.
Preciso
A preciso do mapa depende da exactido das medidas (posio, altura e
forma) e do desenho. As posies relativas dos elementos num Mapa de
Orientao devero ser consistentes com as obtidas atravs de bssola e
contagem de passos. Um objecto dever ser posicionado com um nvel de
preciso tal, que o orientista em competio, utilizando bssola e contagem de
passos, no encontre qualquer discrepncia entre o mapa e o terreno.
Geralmente, este objectivo alcanado quando a distncia para outros objectos
vizinhos tenha um erro menor que 5%.
O valor exacto da altitude absoluta de pouca importncia num mapa de
Orientao. Por outro lado, importante que o mapa indique, o mais
correctamente possvel, as altitudes relativas entre dois objectos vizinhos.
Uma representao exacta do relevo de grande importncia para o orientista,
visto que uma imagem detalhada e por vezes exagerada da forma do terreno
essencial para uma boa leitura do mapa. Deve evitar-se a incluso em demasia
de pequenos detalhes de forma a no se esconder os elementos principais.
Generalizao e legibilidade
Um bom terreno de Orientao dever conter um grande e variado nmero de
elementos. Aqueles que sejam essenciais ao orientista em competio devero
ser representados no mapa. Para conseguir este objectivo de modo a que o
mapa seja legvel e fcil de interpretar, necessrio aplicar uma generalizao
cartogrfica. Existem duas fases de generalizao: generalizao selectiva e
generalizao grfica.
Generalizao selectiva a deciso de quais os detalhes e elementos do terreno
que devero ser apresentados no mapa. Duas consideraes importantes
influenciam esta deciso: a importncia do elemento do ponto de vista do
orientista e a sua influncia na legibilidade do mapa. Estas duas consideraes
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so, por vezes, incompatveis, mas a legibilidade nunca dever ser sacrificada a
favor da apresentao em excesso de pequenos detalhes ou elementos no
mapa. Como tal, necessrio, no trabalho de campo, definir tamanhos mnimos
para muitos tipos de detalhes. Estes tamanhos mnimos podero variar
consideravelmente de um mapa para outro de acordo com a quantidade
existente dos detalhes respectivos. No entanto, a consistncia uma das mais
importantes qualidades de um Mapa de Orientao.
A generalizao grfica pode afectar bastante a clareza do mapa. So utilizados
para este fim a simplificao, o deslocamento de posio e o exagero de
dimenses.
Para uma boa legibilidade essencial que o tamanho dos smbolos, a espessura
das linhas e o espao entre elas sejam bem visveis luz do dia. Na criao dos
smbolos, devero ser considerados todos os factores, excepto a distncia entre
smbolos vizinhos.
A dimenso do elemento mais pequeno representado no mapa depende, por
um lado, das qualidades grficas do smbolo (forma, formato e cor) e, por outro,
da localizao relativa dos smbolos vizinhos. Para elementos muito prximos,
que ocupem mais espao no mapa que no terreno, essencial que seja mantida
a correcta relao entre estes e outros elementos vizinhos.
Simbologia
Os elementos do mapa esto classificados em cinco categorias: relevo; terreno
rochoso e pedras; gua e pntanos; vegetao; elementos construdos. Para
alm destes, existem tambm os smbolos utilizados para os percursos que, ao
nvel das especificaes oficiais,
so considerados como smbolos
dos mapas.
Obs: No verso da contra-capa
deste livro esto ilustradas legen-
das a cores para as diferentes
simbologias existentes.
"O mapa de Orientao como um livro. Para o utilizador importante ser capaz de o interpretar. O cartgrafo, como o escritor, tem de saber faz-lo. Para se compreenderem tm que falar a mesma linguagem. Esta linguagem a dos smbolos. Alexander Shirinian
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Relevo (castanho)
A forma do terreno representada a castanho por curvas de nvel detalhadas e
por alguns smbolos especiais para representar cotas, depresses, etc. O relevo
complementado a preto com os smbolos para rochas e falsias.
Terreno rochoso e pedras (preto + cinzento)
A incluso das rochas til para avaliar perigos e velocidades de progresso.
Fornece tambm elementos para uma melhor leitura do mapa e para pontos de
controlo. As rochas so representadas a preto para se distinguirem de outros
elementos de relevo.
gua e pntanos (azul)
Este grupo inclui zonas aquticas e tipos especiais de terreno criados pela
presena de gua (pntanos). A classificao importante visto que indica o
grau de dificuldade que se apresenta perante o orientista e fornece elementos
(poos, nascentes e outros) para a leitura do mapa e para pontos de controlo.
Vegetao (verde + amarelo)
A representao da vegetao importante para o orientista porque indica a
velocidade de progresso e a visibilidade, fornecendo tambm elementos
(rvores, troncos, etc) para a leitura do mapa.
Elementos construdos (preto)
A rede de caminhos fornece informao importante ao orientista e a sua
classificao deve ser facilmente reconhecvel no mapa. particularmente
importante a classificao de trilhos menores. Deve ser considerada no apenas
a largura mas tambm a visibilidade do caminho para o orientista.
Outros elementos construdos (casas, vedaes, etc), so tambm importantes
tanto para a leitura do mapa como para a colocao de pontos de controlo.
Smbolos dos percursos (magenta)
Conjunto de smbolos utilizados para a representao do percurso no mapa.
Inclui smbolos para partida, chegada, ponto de controlo, etc.
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Cartografia especfica para provas de Sprint
As provas de Sprint divergem em vrios aspectos das mais longas e tradicionais
formas de Orientao Pedestre. Enquanto as provas de Orientao so
organizadas tradicionalmente em zonas de floresta, as provas de Sprint
organizam-se normalmente em zonas de parque e terreno urbano.
Esta expanso do clssico terreno de floresta para parques e zonas urbanas
apresenta novos desafios cartografia de Orientao. A Especificao
Internacional para Mapas de Orientao (ISOM 2000) j contm smbolos que
formam a base para a representao dessas zonas. No entanto, para assegurar
competies justas de Sprint, esse conjunto de smbolos necessitou de uma
reviso e extenso de forma a melhor incorporar as referidas zonas de parque e
urbanas.
Existe um conjunto de razes para que a representao cartogrfica do terreno
para provas de Sprint necessite de uma abordagem diferente da utilizada para a
representao do terreno de floresta clssico:
- Maior nmero de obstculos que afectam a escolha de itinerrios em parques
e terrenos urbanos, como muros intransponveis, reas com acesso proibido
ou estruturas com diversos nveis;
- Quantidade de detalhes em terreno urbano, particularmente no centro de
cidades antigas, geralmente muito superior ao dos terrenos de floresta.
Na criao da especificao para mapas de Sprint, teve-se em considerao no
apenas os novos tipos de terreno, mas tambm a finalidade do mapa. O
formato dos mapas para estas provas foi definido pela IOF da seguinte forma:
As provas de Sprint so rpidas, com maior visibilidade e mais fceis de
acompanhar. So provas em parques, ruas e florestas onde seja possvel a
corrida a alta velocidade. O tempo do vencedor, tanto masculino como feminino
dever ser entre 12 e 15 minutos, de preferncia na zona inferior do intervalo.
Assim, derivado das referidas restries e obrigatoriedades, foi criada uma
especificao de mapas (ISSOM) prpria para mapas de Sprint, com alguns
princpios que, em certas situaes, se afastam significativamente dos definidos
no ISOM.
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Cartografia especfica para Orientao em BTT
Os mapas para Orientao em BTT baseiam-se nas especificaes para os
mapas de Orientao Pedestre. No entanto, de modo a respeitar as
necessidades especficas do mapa face natureza da Orientao em BTT, foi
necessrio criar variaes, suplementos e supresses relativamente
simbologia dos mapas de Orientao Pedestre.
Assim, foi criado o ISmtbOM (Especificao para Mapas de Orientao em BTT)
que tem recebido sucessivas actualizaes.
Como os atletas apenas podem circular por caminhos, s os pormenores que
influenciem opes de percursos e localizao, necessitam de ser representados
no mapa.
Assim, por um lado os mapas de Ori-BTT tm de ter um sistema de classificao
de caminhos mais detalhado; por outro, tm de omitir a maioria dos
pormenores em terreno livre (fora dos caminhos) de modo a ser possvel
exagerar a rede de caminhos e carreiros e a simplificar a apresentao do
relevo.
Classificao de caminhos
A Orientao em BTT requer duas classificaes para caminhos e carreiros:
a) Velocidade (ou transitabilidade);
b) Largura.
Existem quatro classes para velocidade e duas classes para largura, num total
de oito combinaes.
Classificao da transitabilidade
Existem quatro nveis de classificao: DIFCIL, LENTO, MDIO, RPIDO.
Classificao da largura
Existem dois nveis de largura:
- Mais de 1,5m de largura (Caminho): pode ser utilizado por veculos de
quatro rodas, carros, tractores, etc. sempre possvel ultrapassar ou cruzar
com outros ciclistas;
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- Menos de 1,5m de largura (Carreiro): muito estreito para um veculo de
quatro rodas. normalmente um carreiro pedestre.
Mapas para Orientao de Preciso (Trail-O)
Os mapas para a Orientao de Preciso so semelhantes aos mapas de
Orientao Pedestre. A escala do mapa normalmente de 1:5000 ou 1:4000,
desenhado de acordo com as especificaes convencionais (ISOM), com os
smbolos ampliados para 150% (por vezes 200%) comparando com as
dimenses dos mapas 1:15000. Esta dimenso de smbolos semelhante dos
mapas de Sprint (ISSOM), podendo os mapas ser desenhados segundo esta
especificao.
Embora se utilizem mapas de Orientao Pedestre, estes tm de ter uma
preciso bastante elevada na zona dos pontos de controlo, visto que a
resoluo dos problemas a colocados exige uma anlise mais detalhada do
terreno e do mapa.
Mapas para Corridas Aventura
Nas provas de Corridas Aventura, so normalmente utilizados mapas militares
na escala 1:25000 da srie M888 do IGeoE - Instituto Geogrfico do Exrcito.
Sempre que possvel so utilizados, em algumas etapas, mapas especficos de
Orientao Pedestre ou Orientao em BTT. Esporadicamente podem ser
utilizados tambm outros tipos de suporte cartogrfico, como mapas
ortofotogramtricos (fotografias areas), mapas hidrogrficos, e outros, com
escalas variadas.
Produo dos Mapas
Pode-se decompor a produo de um mapa de Orientao em quatro etapas:
mapa-base, trabalho de campo, desenho e impresso.
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Mapa-base
O mapa-base pode ser um mapa topogrfico simples produzido para outras
finalidades, ou um mapa fotogramtrico especfico produzido a partir de uma
fotografia area.
Idealmente o mapa-base deve ser produzido j com a necessria declinao
magntica, ou seja, j orientado para o norte magntico.
Embora o trabalho de campo seja imprescindvel, pois o detalhe necessrio a
um mapa de Orientao s se consegue no terreno, a qualidade do mapa-base
influencia directamente o tempo necessrio para o trabalho de campo.
Trabalho de campo
O trabalho de campo feito utilizando uma parte do mapa-base fixo numa
prancheta e com um papel especial semitransparente aplicado por cima que
permite o desenho sobre ele do mapa com lapiseiras de cor.
Este trabalho de campo deve ser feito com grande preciso para que o mapa e
o terreno sejam consistentes. Nos casos em que esta preciso e consistncia
no sejam completamente asseguradas nalguma zona ou elemento especfico,
esse local no deve ser utilizado para a marcao de pontos.
O trabalho de campo feito normalmente com uma escala 2x superior
relativamente ao mapa final, para que o cartgrafo consiga desenhar de forma
clara os elementos necessrios. Por exemplo, se um mapa final for 1:15000, o
trabalho de campo deve ser realizado a 1:7500.
Um cartgrafo poder demorar 20 a 30 horas por Km2 de trabalho de campo
para mapas de Orientao Pedestre (1:10000 ou 1:15000). Os mapas de
Orientao de Sprint, devido escala maior (1:4000 ou 1:5000) e consequente
maior detalhe, necessitam de mais tempo de trabalho por Km2. Os mapas de
Orientao em BTT necessitam de menos tempo de trabalho por Km2 devido
no s escala menor, mas tambm ao facto de serem mapas mais
simplificados ao nvel do contedo.
Desenho
Hoje em dia o desenho final dos mapas feito em programas especiais de
computador, dos quais o O-CAD sem dvida o mais utilizado mundialmente.
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Este programa permite que o cartgrafo digitalize o trabalho de campo e depois
o coloque como base para o desenho final utilizando as ferramentas prprias do
programa.
O programa tem j as ferramentas de desenho com as medidas e caractersticas
de cada elemento definidas nos ISOMs, o que significa que o cartgrafo nesta
fase j no tem de se preocupar com as espessuras de trao correctas, com as
cores exactas, etc, porque o programa faz tudo isso automaticamente
consoante o elemento escolhido.
Actualmente comea a vulgarizar-se a utilizao de meios informticos
portteis que permitem fazer o desenho directamente aquando da execuo do
trabalho de campo.
Impresso
O mtodo de impresso que ainda exigido pela IOF nas competies
internacionais e que permite uma maior qualidade e exactido de cores e
padres, a impresso offset. No entanto, para pequenas quantidades, este
tipo de impresso torna-se muito dispendioso devido necessidade de se ter de
criar os fotolitos para cada impresso diferente. Como a maior parte dos mapas
so impressos j com os percursos respectivos, a quantidade de cada verso
do mapa a imprimir nunca muito elevada, pelo que a impresso a laser se
torna menos dispendiosa.
Com o surgimento da impresso digital, com o aumento da sua qualidade e
diminuio do seu preo, tornou-se de tal forma comum a impresso dos
mapas de Orientao em impressoras laser a cores que em Portugal j
praticamente no so feitas quaisquer impresses de mapas em offset.
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Captulo 3
Orientao Pedestre - Traado de Percursos
Introduo
Este captulo tem como objectivo fornecer ao traador de percursos os
princpios bsicos do planeamento de percursos para Orientao Pedestre.
Num desporto de competio como a Orientao, essencial que exista justia
desportiva, o que s conseguido se existirem condies iguais de participao
para todos os atletas.
Assim, estes princpios visam estabelecer um padro comum para o traado de
percursos de Orientao, de modo a assegurar uma competio justa e
salvaguardar o carcter nico da Orientao.
Os percursos, em todas as provas oficiais da FPO, devem ser planeados de
acordo com estes princpios. Podem tambm servir como linhas-guia para a
organizao de eventos de outra natureza.
Este documento composto por uma parte principal com princpios genricos e
especficos para Orientao Pedestre. No captulo seguinte abordaremos os
princpios especficos para a Orientao em BTT.
Objectivo de um bom planeamento de percursos
O objectivo de um bom planeamento de percursos oferecer a todos os
orientistas percursos adaptados s suas capacidades. O resultado da
competio deve reflectir tanto as capacidades tcnicas como as fsicas do
orientista.
Um bom traador de percursos aquele que consegue potenciar ao mximo o
mapa, atravs dos locais onde coloca os pontos e das pernadas que constri,
utilizando as melhores zonas do mapa e evitando as zonas de menor interesse
ou onde a cartografia de pior qualidade. Entenda-se por pernada o espao
que medeia entre dois pontos de um percurso.
O traador deve saber escolher bons locais para a chegada, ou seja, locais
bonitos, agradveis, onde seja possvel aos atletas/familiares/pblico concen-
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trarem-se para assistir chegada dos companheiros. Sempre que possvel deve
existir um ponto de espectadores visvel a partir da chegada.
Um mapa pode ser bom ou mau, mas do trabalho do traador que nasce uma
possvel ideia negativa dos orientistas, j que um bom mapa pode ter percursos
que no o potenciam minimamente. No entanto, tambm possvel que num
mapa mau se faam percursos bons, utilizando as zonas interessantes e
pensando com cuidado em cada pernada que se constri. Nestes casos, mais
vale um bom percurso curto, que um vulgar ou mau percurso longo.
O Traador de Percursos
A pessoa responsvel pelo planeamento dos percursos deve conseguir avaliar
um bom percurso, a partir da sua experincia pessoal. Deve tambm estar
familiarizado com a teoria do traado de percursos e ter em considerao os
requisitos para os diferentes escales e tipos de competio.
O traador de percursos deve ser capaz de avaliar no terreno os vrios factores
que podem afectar a competio, tais como as condies do terreno, a
qualidade do mapa, a eventual presena de orientistas e espectadores, etc.
O traador responsvel pelos percursos e pelo decorrer da competio entre
o local de partida e o de chegada. O seu trabalho deve ser verificado pelo
Supervisor, de forma a minimizar as inmeras possibilidades de erros que
podero ter graves consequncias no decorrer da prova.
O traador de percursos deve estar completamente familiarizado com o
terreno, antes de decidir utilizar qualquer rea para o percurso.
Regras de ouro do traador de percursos
O traador de percursos deve manter os seguintes princpios em mente:
- O carcter nico da Orientao enquanto corrida com orientao;
- Garantir uma competio justa;
- Satisfao dos orientistas;
- Proteco do ambiente e da vida selvagem;
- Necessidades dos espectadores e dos media.
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Carcter nico
Cada desporto tem o seu carcter prprio. O carcter nico da Orientao
consiste em encontrar e seguir o melhor itinerrio, atravs de terreno
desconhecido, numa luta constante contra o tempo. Isto exige diversas
capacidades de orientao: boa leitura do mapa, avaliao de opes, utilizao
da bssola, concentrao sob stress, rapidez na tomada de deciso, corrida em
terreno acidentado, etc.
Justia
A justia um requisito bsico nos desportos competitivos. Se no houver
grande cuidado durante o traado e marcao dos percursos, o factor sorte
pode ter um peso muito grande nos resultados. O traador de percursos deve
considerar todos estes factores, de modo a assegurar que a competio justa
e que todos os atletas so confrontados com as mesmas condies, em toda a
extenso do percurso.
Satisfao dos orientistas
A popularidade da Orientao s pode ser alcanada se os orientistas ficarem
satisfeitos com os percursos que fazem. necessrio um planeamento
cuidadoso, de forma a assegurar que os percursos so apropriados em termos
de extenso, dificuldade tcnica e fsica, localizao dos pontos de controlo, etc.
de extrema importncia que os percursos estejam adaptados ao nvel dos
orientistas que os vo executar.
Deve-se evitar passar em locais desagradveis (principalmente no que se refere
aos percursos de promoo e de formao), com entulho, locais com ces ou
onde existam zonas urbanas que impliquem alguns possveis riscos de
segurana para os orientistas.
Ambiente e vida selvagem
O ambiente sensvel: a vida selvagem pode ser perturbada e o solo, bem
como a vegetao, podem sofrer com o excesso de utilizao. O ambiente
tambm inclui as pessoas que vivem nas reas de competio, os muros, as
vedaes, os terrenos agrcolas, as casas, etc.
normalmente possvel encontrar formas de no interferir com as reas mais
sensveis. A experincia e a investigao demonstraram que mesmo grandes
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eventos podem ser realizados em reas sensveis sem causar danos se forem
tomadas as devidas precaues e se o traado dos percursos for correcto.
muito importante que o traador de percursos obtenha as autorizaes para a
utilizao do terreno e que todas as reas sensveis sejam detectadas com
antecedncia.
Espectadores e media
A necessidade de transmitir uma boa imagem da Orientao para o pblico
deve ser uma preocupao constante do traador de percursos. Ele deve ter a
preocupao de dar condies aos espectadores e aos media para
acompanharem o decorrer da competio sem, no entanto, comprometer a
verdade desportiva.
Principais erros a evitar
Planeamento Distncia
O traador de percursos nunca dever planear um ponto de controlo ou uma
pernada sem conhecer detalhadamente o terreno e o mapa, particularmente
nas zonas dos itinerrios possveis.
Deve tambm ter em considerao que no dia da prova as condies do terreno
podem ser diferentes das existentes no momento em que os percursos foram
planeados.
No deve escolher os pontos de controlo priori e depois limitar-se a combin-
los para os diversos percursos, j que dessa forma a qualidade das opes
intermdias ficar comprometida.
Percursos demasiado difceis para escales de promoo e de formao
O planeamento de percursos adequados a jovens e principiantes to ou mais
difcil do que o planeamento de percursos para os escales de Elite.
bastante comum encontrar esses percursos com demasiada dificuldade fsica
e/ou tcnica. O traador deve ter o cuidado de no estimar a dificuldade
baseado na sua prpria capacidade quer fsica quer tcnica.
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Percursos demasiado fceis para escales de Elite
Para os escales Elite e Juniores A essencial que se consiga um conjunto de
pernadas e de pontos de controlo de elevada dificuldade tcnica. prefervel
diminuir um pouco um percurso, do que utilizar zonas demasiado fceis para
estes escales.
importante potenciar ao mximo as zonas interessantes do mapa, colocando
pontos de controlo em locais que obriguem interpretao do mapa at ao
elemento caracterstico e fazendo com que no seja possvel ver os pontos ao
longe.
Percursos demasiado exigentes fisicamente
O percurso deve ser planeado de forma que um atleta mdio possa fazer a
maior parte do percurso a correr.
O desnvel acumulado de um percurso no deve, normalmente, exceder 4% da
sua extenso total, medido pelas melhores opes.
A dificuldade fsica dos percursos deve diminuir progressivamente com o
aumento da idade nos escales veteranos.
Pontos de controlo inadequados
Por vezes o desejo de conseguir as melhores pernadas possveis, leva o traador
de percursos a escolher locais inadequados para os pontos de controlo.
essencial perceber que raramente os atletas notam a diferena entre uma boa
e uma excelente pernada, mas vo ser bastante crticos se perderem tempo
num ponto devido baliza estar escondida, se existir ambiguidade na sua
localizao, sinaltica enganadora, etc.
Pernadas com opes demasiado complicadas
O traador de percursos pode ver opes de itinerrio, que nunca sero
utilizadas pelos atletas e assim perder tempo a construir intricados problemas.
No esquecer que o atleta em competio tem tendncia a escolher opes que
no envolvam percas de tempo em planeamento. Como excepo temos as
situaes que podero ser criadas na distncia Longa, obrigando os atletas a
procurar opes mais longas mas mais rpidas.
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Percursos no testados
O Traador de percursos deve testar os diversos percursos, podendo recorrer a
elementos da organizao de acordo com as suas capacidades tcnicas e fsicas
adaptadas aos percursos correspondentes.
O Percurso de Orientao
Definio de um percurso de Orientao
Um percurso de Orientao definido por uma partida, pelos pontos de
controlo e pela chegada. Entre os pontos de controlo, dos quais dada a
localizao exacta no terreno, atravs do mapa, o itinerrio da livre escolha
dos atletas.
As distncias dos percursos so medidas desde a partida, passando em linha
recta por todos os pontos at chegada, desviando-se por, e apenas por,
obstculos intransponveis (vedaes altas, lagos, falsias, etc.), reas interditas
e itinerrios obrigatrios.
Partida, Tringulo e Primeira Pernada
A partida deve ter uma rea para aquecimento, podendo ser fornecido um
pequeno mapa da rea para ser usado durante o mesmo.
A partida deve estar colocada num local e organizada de forma a que os
orientistas, para l chegarem e enquanto esperam para partir, no consigam
ver as opes dos atletas em prova (excepto num eventual ponto de especta-
dores).
A escolha do local para a partida deve ter em ateno a necessidade de permitir
o planeamento de percursos fceis. Se necessrio, e de forma a permitir bons
percursos tanto de formao como de Elite, podero existir dois locais
diferentes de partidas (um para os percursos mais curtos e outra para os
percursos mais longos).
Para isso, o terreno est balizado desde a linha de partida (local onde comea a
contar o tempo, no indicado no mapa) at ao local a partir do qual os atletas
se comeam a orientar (geralmente designado por tringulo). Este ponto deve
estar marcado no terreno com uma baliza sem sistema de controlo, caso no
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coincida com o local de recolha do mapa, e no mapa por um tringulo (com 7
mm de lado).
O tringulo deve estar posicionado de
forma a que no seja vantajoso no
passar por ele a caminho do primeiro
ponto (no exemplo ao lado, P representa
o local efectivo de partida). Recorda-se
que no obrigatrio passar pelo
tringulo, a menos que isso seja
indicado no mapa.
Os orientistas devem ser confrontados com problemas de Orientao logo
desde o incio. No entanto, a primeira pernada (entre o tringulo e o ponto 1)
no dever ser demasiado difcil nem fisicamente nem tecnicamente, de forma
a permitir ao orientista ambientar-se ao mapa e ao tipo de terreno.
Por vezes torna-se necessrio criar uma pr-partida como forma de compensar
a exiguidade do espao disponvel, de reduzir o desnvel ou de controlar o
acesso dos atletas partida quando possa interferir com os percursos.
No entanto, para a escolha dos locais de partida e de chegada tem de existir
estreita colaborao entre traador de percursos e director da prova, pois
existem outros factores a ter em ateno, como sejam a comodidade dos
participantes, o local de concentrao, a existncia de infra-estruturas de apoio
para funcionamento do secretariado e das classificaes, etc.
Pernadas
As pernadas (em conjunto com a qualidade da localizao dos pontos de
controlo) so o elemento mais importante de um percurso de Orientao e
determinam a sua qualidade.
Boas pernadas oferecem problemas de Orientao interessantes, conduzem os
orientistas atravs de bom terreno, dando alternativas para opes
individualizadas e escolha da informao necessria para navegar. A escolha de
boas pernadas facilita tambm a disperso dos atletas.
Num mesmo percurso devem existir diferentes tipos de pernadas, alternando a
necessidade de pormenorizada leitura do mapa com opes mais fceis e
rpidas. Deve tambm haver variaes no que diz respeito extenso e
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dificuldade das pernadas, para forar o atleta a usar diferentes tcnicas de
orientao e velocidades de corrida.
Devero, sempre que possvel, existir pernadas que ofeream ao orientista a
possibilidade de seleccionar, entre vrias opes de itinerrios numa pernada, a
que se adequar melhor s suas capacidades.
O traador de percursos deve tambm provocar alteraes na direco geral de
pernadas consecutivas, pois isto fora os atletas a se reorientarem
frequentemente.
Cada tipo de percurso existente (longa, mdia ou sprint) tem as suas caracte-
rsticas prprias que tero de ser tidas em considerao pelo traador de
percursos.
Situaes a evitar
ngulos agudos - necessrio ter muito cuidado ao escolher a localizao dos
pontos de controlo, por forma a evitar ngulos agudos (entrada e sada do
ponto pelo mesmo itinerrio), para que os atletas que esto a sair do ponto de
controlo, no denunciem a sua posio aos que chegam.
Esta situao pode ser evitada, por exemplo, colocando-se um ponto de
controlo suplementar (ver figura abaixo - esquerda).
necessrio ter em ateno que este ngulo agudo pode ser provocado pelo
terreno e no pelo ngulo real entre as pernadas (ver figura acima - direita).
Uma situao semelhante pode ocorrer quando diferentes escales percorrem
um conjunto de pernadas em direco oposta.
Pernadas cruzadas - Quando existirem pernadas cruzadas deve-se evitar que o
trao que une os pontos passe junto ou sobre outro ponto de controlo.
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Factor sorte - Nenhuma pernada deve conter opes que dem qualquer
vantagem ou desvantagem que no possa ser prevista atravs do mapa por um
atleta em competio.
Zonas interditas ou perigosas - No devem ser escolhidas pernadas que
encorajem os orientistas a atravessar reas interditas (p.ex. zonas privadas ou
cultivadas) ou perigosas (p.ex. falsias, rios, estradas).
Pontos de controlo
Localizao dos pontos de controlo
Os pontos de controlo so materializados no terreno por uma baliza de
orientao, equipada com um sistema de controlo e assinalados no mapa por
um crculo (com 5 a 7 mm de dimetro).
As balizas devem ser colocadas em elementos do terreno que estejam
marcados no mapa. Num percurso tradicional, estes tm que ser visitados pelos
orientistas pela ordem imposta pela organizao, mas seguindo as suas prprias
opes de itinerrio. Isto exige cuidadoso planeamento e verificaes no
terreno, para garantir justia na competio.
de particular importncia que o mapa represente fielmente o terreno na rea
do ponto de controlo e que as distncias e ngulos de aproximao estejam
correctos.
As balizas no devem estar situadas em elementos pequenos, s visveis a curta
distncia, se no existirem outros elementos de referncia prximos.
As balizas no devem ser colocadas em locais onde a visibilidade da baliza para
atletas vindos de vrias direces, no possa ser avaliada atravs do mapa ou
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da sinaltica. Devem ser tambm evitadas situaes em que a presena de um
atleta junto ao ponto ajude outro atleta a localiz-lo.
As balizas devem estar colocadas de forma a que s sejam visveis quando o
orientista veja o elemento em que ele est colocado, do lado indicado na
sinaltica. No entanto, os pontos no devero estar escondidos de forma a que
dificultem a sua localizao pelo orientista que j tenha chegado ao elemento
onde est o ponto.
Considera-se que o ponto est escondido quando o orientista que tenha
chegado ao elemento caracterstico onde est o ponto de controlo no o
consegue ver na exacta localizao indicada pela sinaltica. Quer isto dizer que
se o ponto de controlo est no lado Norte de uma pedra, o atleta deve avist-lo
logo que veja a base Norte dessa pedra.
A baliza deve ter a mesma visibilidade para os primeiros que partem como para
os ltimos. Como tal deve-se evitar colocar os pontos junto a vegetao que
fique mais aberta medida que os participantes vo passando.
O equipamento do ponto de controlo deve estar de acordo com as regras para
competies internacionais de Orientao.
Funo dos pontos de controlo
A principal funo do ponto de controlo marcar o incio e o fim de uma
pernada.
Por vezes h necessidade de usar pontos com outros fins especficos, como por
exemplo:
- obrigar os orientistas a contornar reas perigosas ou interditas, ou seja,
colocar pontos onde se quer que exista uma passagem obrigatria (por
exemplo numa ponte para atravessar um rio);
- evitar ngulos agudos entre pernadas;
- abastecimento;
- ponto de espectadores.
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Proximidade dos pontos de controlo
Pontos de controlo de diferentes percursos colocados muito prximos uns dos
outros, podem enganar atletas que navegam correctamente at rea do
ponto.
Os pontos de controlo s devem ser colocados a menos de 60 metros uns dos
outros, quando os elementos onde se encontram so distintamente diferentes
no terreno e no mapa. Neste caso a distncia mnima de 30 metros.
Nas provas de Sprint em zonas urbanas, comum existir a necessidade de no
se cumprir esta regra. Neste caso, deve existir autorizao do Supervisor da
prova para colocar pontos mais prximos que o regulamentado.
Sinaltica do ponto de controlo
A posio da baliza em relao ao elemento representado no mapa, descrita
pela sinaltica. A correspondncia entre o elemento no terreno e o ponto
marcado no mapa no deve suscitar qualquer dvida. Os pontos de controlo
que no possam ser definidos pelos smbolos da IOF, no so normalmente
adequados e devem ser evitados.
A chegada
O ltimo ponto de controlo , geralmente, comum a todos os percursos
(geralmente com o nmero 100 ou 200), de forma a que todos os atletas
abordem a chegada pela mesma direco. Este ponto no dever ser de grande
dificuldade tcnica.
Os espectadores na zona de chegadas no devero conseguir ver o percurso
dos orientistas antes destes chegarem ao ltimo ponto.
A distncia entre o ltimo ponto de controlo e a chegada dever ser curto.
Poder ser mais longa caso se pretenda dar visibilidade chegada dos atletas,
por exemplo, numa zona de espectadores e/ou para cmaras de televiso.
O itinerrio desde o ltimo ponto de controlo at chegada poder ser ou no
balizado. No entanto, como em Portugal normal este itinerrio ser balizado,
deve ser comunicado aos atletas antes da partida caso o balizado seja
incompleto ou no exista.
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Tipo de Provas (Perfil e Distncias)
Embora as competies oficiais sejam todas baseadas no mesmo conceito e
regras, existem diversas distncias oficiais (Sprint, Mdia, Longa, Ultra-Longa)
onde dever existir uma variao considervel no equilbrio entre a leitura do
mapa, escolha do itinerrio e capacidade fsica.
Consoante o tipo de prova a realizar existem tambm diferentes tipos de
terreno mais adequados sua especificidade.
A escala do mapa deve ser escolhida tendo em considerao que se deve
privilegiar a fcil leitura do mapa, ou seja, no deve ser difcil ver qualquer
elemento no mapa.
Sprint
Preferencialmente mapas de grande complexidade tcnica e que permitam uma
elevada velocidade de progresso. Embora exista em Portugal uma grande
tradio de organizar provas de Sprint em meio urbano, possvel e desejvel a
realizao de provas desta natureza em floresta aproveitando zonas muito
pormenorizadas de terreno.
Caso sejam realizadas em meio urbano, devem-se planear percursos onde seja
muito importante a rapidez de interpretao do mapa com muitas mudanas de
direco.
Escala 1:5000 ou 1:4000.
Distncia Mdia
Mapa rico em pormenores de difcil e de fcil interpretao, diferentes tipos de
navegao e velocidade quer derivado do tipo de floresta e dos seus
pormenores (relevo, reas rochosas, vegetao), quer pelos prprios percursos,
suas mudanas de direco e localizao dos pontos de controlo.
Deve exigir aos orientistas um grande nvel de concentrao ao longo de todo o
percurso.
Escala 1:10000. Em caso de terreno com muito detalhe pode-se utilizar a escala
1:7500 mediante autorizao da FPO.
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Distncia Longa
Baseia-se na boa escolha de pernadas longas em terreno fisicamente exigente.
Devem-se utilizar mapas que tenham barreiras naturais, principalmente ao nvel
do relevo, mas tambm da vegetao, falsias ou zonas muito tcnicas. Poder
tambm ser interessante a existncia de alguns caminhos que possibilitem uma
opo mais longa, para evitar zonas tcnicas (caso esta seja a melhor opo,
nunca dever ser bvia nem fcil de descortinar).
Em geral, o ponto de controlo ser apenas o ponto de chegada de uma pernada
longa e no necessariamente difcil de encontrar.
Escala 1:15000 (1:10000 para escales de formao e escales menos jovens).
Caso o mapa fique muito confuso (como consequncia do desenho dos
percursos ou do terreno muito detalhado) pode-se utilizar 1:10000 para todos
os escales mediante autorizao da FPO.
Distncia Ultra-Longa
Um percurso que exija ao atleta a necessidade de gerir o esforo fsico e
psicolgico com predominncia de opes longas. aconselhvel a realizao
deste tipo de provas em terrenos montanhosos, de grande exigncia fsica e
tcnica.
Escala 1:15000
Estafetas
O traado de percursos para estafetas deve ter em conta a necessidade dos
espectadores poderem seguir de perto a evoluo da competio. Deve ser
usado um bom sistema de juno/separao nos percursos, para aumentar o
nmero de combinaes de percursos possveis, de forma a minimizar as
colas.
A parte final dos vrios percursos deve ser idntica, de forma a aumentar a
espectacularidade da prova, j que atletas que terminam juntos esto a
competir directamente entre si.
Escala 1:10000 ou 1:15000.
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Escales de Formao
Para alm dos cuidados especiais que se devem ter com os percursos para estes
escales, dever tambm ser dada muita ateno escala a utilizar. Caso o
terreno seja muito detalhado, devem-se utilizar (para as provas de distncia
Longa e Mdia) escalas de 1:7500 ou at mesmo 1:5000 para facilitar a leitura
do mapa por parte dos jovens.
Outras Caractersticas de um Percurso
Terreno
Terreno exigente
Um terreno exigente e adequado dever ter vrias das seguintes caractersticas:
Zonas de floresta; visibilidade limitada; terreno com muitos detalhes e
pequenos elementos; rede de caminhos reduzida; desnvel moderado; zonas
sem construes e no cultivadas; piso que permita a corrida; vegetao
moderada; terreno com muitas variaes.
Terreno pouco exigente ou inadequado
A combinao de vrias das seguintes caractersticas tornam um terreno
inadequado para uma prova de orientao (no seu formato tradicional): reas
abertas com muita visibilidade; uniformidade; poucos elementos que permitam
a orientao; muitas estradas e caminhos; muitos elementos lineares e
fechados; zonas muito cultivadas; encostas com grande desnvel; povoaes;
lagos extensos.
Tambm se deve ter em considerao o nvel de conhecimento que alguns
atletas possam ter do terreno e/ou do mapa. Em Portugal, as regras exigem a
utilizao de mapas novos em Campeonatos Nacionais.
A leitura do mapa
Num bom percurso de Orientao os orientistas so forados a concentrar-se
na navegao, durante todo o percurso.
Devem ser evitadas seces que no solicitem leitura do mapa, a no ser que
elas sejam resultado de opes de itinerrio particularmente boas (como as
aconselhadas no tpico anterior Terreno para a Distncia Longa).
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Opes de itinerrio
Os percursos devem ter opes de itinerrio alternativas, para forar os
orientistas a consultar o mapa frequentemente. As opes de itinerrio
alternativas fazem os orientistas pensar individualmente, dividindo-os pelas
vrias opes, reduzindo assim as possibilidades de colas.
O grau de dificuldade
Para qualquer tipo de terreno e mapa, um traador de percursos pode planear
percursos com vrios nveis de dificuldade. O grau de dificuldade das pernadas
pode ser aumentado ou diminudo, fazendo, por exemplo, os atletas seguir
mais perto ou mais longe de referncias lineares (caminhos, vedaes, linhas
elctricas, etc), ou escolhendo pontos mais prximos ou mais afastados de
grandes referencias. A direco de abordagem dos pontos tambm influencia a
sua dificuldade.
Os orientistas devem ter a possibilidade de avaliar a dificuldade de aproximao
ao ponto, a partir da informao disponvel no mapa, e assim utilizar a tcnica
de aproximao mais apropriada.
Deve ser tida em ateno a capacidade tcnica dos atletas, a sua experincia e a
sua capacidade de compreender os pormenores do mapa. particularmente
importante conseguir o nvel correcto de dificuldade, quando o percurso se
destina a principiantes e crianas.
Como foi j referido antes, um erro comum fazer os percursos de formao e
de promoo demasiado difceis. O traador de percursos deve ter cuidado para
no avaliar a dificuldade do percurso de acordo com a sua prpria capacidade
tcnica e velocidade de execuo.
Um bom mtodo para traar percursos de forma a tornar o nvel dos percursos
adequado, comear pelos percursos mais fceis (Infantis) e mais difcil (H21E)
e depois a partir dessas referncias extremas fazer todos os restantes
percursos.
Medio da Distncia e do Desnvel
A distncia de um percurso deve ser medida em linha recta desde a partida (e
no apenas do tringulo) passando por todos os pontos de controlo e at
chegada, devendo ser considerados desvios na medio apenas em zonas de
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transposio impossvel (lagos, falsias intransponveis, vedaes altas, etc),
reas marcadas como fora de prova e itinerrios balizados.
O desnvel deve ser medido pelo itinerrio em linha recta apenas com os
desvios que todos os orientistas fariam de grandes elevaes e depresses,
como tal, o itinerrio desta medio geralmente no ser a opo perfeita.
Marcao do percurso no mapa
Caso se trate de um elemento de pequenas dimenses, os
crculos que indicam a localizao dos pontos devem estar
centrados no elemento especfico, sendo a sinaltica que
indica o lado do elemento onde est colocado. O crculo no
deve ser desviado para tentar indicar esse lado.
essencial a verificao, em todos os pontos de controlo e pernadas, se os
respectivos crculos e traos no se sobrepem informao relevante do
mapa. Isto consegue-se cortando os traos e os crculos de forma a no
esconder os elementos importantes do mapa.
tambm importante que os traos e crculos no se sobreponham entre si, ou
seja, que no existam crculos atravessados por traos, ou crculos que se
sobreponham. Tambm os traos das pernadas devem ser cortados nos locais
onde se cruzam, ficando contnuo o trao da primeira pernada.
Em relao aos nmeros dos pontos de controlo, nunca devero ser cortados,
mas sim colocados numa posio que no esconda informao importante do
mapa. Em caso de pontos demasiado prximos, a localizao dos nmeros deve
ser cuidada de forma a no se confundir o ponto a que pertence cada nmero.
O tamanho dos diversos elementos (tringulo, crculos, nmeros dos pontos,
etc) deve ser o indicado nas especificaes para a elaborao de mapas (ISOM
e ISSOM).
Tempos Recomendados
Tempos dos vencedores
A tabela seguinte contm os tempos de vencedor recomendados para cada
escalo em cada distncia (Longa, Mdia e Sprint) indicados no Regulamento de
Competies 2011 da FPO.
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Distncia longa
Distncia mdia
Sprint Estafetas
(percurso)
D H D H D H D H
Seniores 70-80 90-100 30-35
12-15
30-40
Juniores 50-55 65-70 30-35 25-30
Veteranos I 50-55 65-70 30-35 25-30
Veteranos II 45-50 55-60 30-35 25-30
Veteranos III 40-45 50-55 30-35 25-30
Veteranos IV 35-40 45-50 25-30 25-30
Juvenis 45-50 50-55 25-30 20-25
Iniciados* 35-40 20-25 15-20
Infantis* 20-25 - * N mnimo recomendado de pontos por percurso: 12.
Os pernadas destes escales no devem ter distncias superiores a 400 metros
(iniciados) e 300 metros (infantis).
Provas de Floresta
Provas Urbanas / Sprint
Estafetas (por percurso)
Promoo 1 20-25
15-20
Popular Curta 15-20 Promoo 2 25-30
Promoo 3 45-50 Popular Longa 25-30 Promoo 4 45-50
Distncias oficiais
Apesar de existirem e serem referidas apenas 3 distncias oficiais (longa, mdia
e sprint) comum encontrarem-se percursos de distncia intermdia entre a
Longa e a Mdia. Devem-se incentivar os clubes a realizar Longas, mas, caso
no seja possvel, os traadores de percursos podero fazer a mdia entre os
tempos de vencedor das duas tabelas para encontrar os valores para estes
percursos intermdios.
Provas de Sprint
As provas de sprint podem e devem ser em Floresta, aproveitando as zonas
tecnicamente mais interessantes dos mapas. No entanto, devero ser em
terrenos que permitam uma elevada velocidade de progresso.
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Escales de formao
Para os escales de formao (Infantis e Iniciados) as pernadas devero ter, no
mximo, 300 e 400 metros respectivamente. Estes escales devero ter,
preferencialmente, um mnimo de 12 pontos de controlo, tanto nas provas de
distncia Longa como de Mdia.
Escales Veteranos
Os escales Veteranos superiores (D55, D60, H55, H60, H65, H70), devero ter
dificuldade tcnica relativamente elevada, mas necessrio ter especial
ateno exigncia fsica do percurso que dever ser baixa.
Nmero de pontos no terreno
De forma a conseguir a especificidade do nvel de dificuldade dos pontos de
controlo de cada percurso, e para minimizar as colas necessrio diminuir o
nmero de pontos de controlo comuns entre percursos, o que s se consegue
se o traador de percursos no tiver problemas em aumentar o nmero de
pontos de controlo no terreno (sem entrar em exageros que dificultem a
logstica da montagem dos pontos). Isto torna-se crucial nos escales de
formao que, em geral, no devero ter pontos coincidentes com os percursos
tecnicamente mais difceis (excepto, claro, no ltimo ponto, pontos de
espectadores ou de passagem obrigatria).
Percursos de Promoo
Para os percursos de Promoo devem ser aproveitados ao mximo
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