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LISTA DE EXERCÍCIOS -‐ REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Prof. Rodolfo
1. (Uel 2013) Leia o texto a seguir. A tecnologia tem sido o catalizador da mudança social desde antes do matemático grego Arquimedes demonstrar que a água pode ser levantada para irrigar um terreno ressecado acima de um fluxo de água, por meio de um mecanismo contínuo propulsor dentro de um tubo flexível. Contudo, ao mesmo tempo, a diferença entre os contemplados e os tecnologicamente carentes tornou-‐se um abismo. Para cada um que agora compra sua passagem de avião, trem e ingresso de teatro online, milhões ainda esperam pela eletricidade e por água limpa corrente.
(Adaptado de: JARDINE, L. Como a tecnologia afeta a transformação social. In: SWAIN, H. Grandes questões da História. Rio de Janeiro: José Olympio, 2010. p.255-‐259.)
a) Com base no texto, descreva duas características
fundamentais da Revolução Industrial inglesa do século XVIII.
b) Discuta as relações entre desenvolvimento tecnológico e bem-‐estar social no mundo contemporâneo.
2. (Uerj 2013)
Na Inglaterra, um horário ferroviário uniforme foi adotado em meados do século XIX. Baseava-‐se na hora do Tempo Médio de Greenwich, isto é, a hora do meridiano do Observatório Real de Greenwich, geralmente indicada pelas letras GMT (Greenwich Mean Time). No final da década de 1840, Sir George Airy, astrônomo real, insistiu para que o Big Ben, novo relógio a ser construído, fosse regulado pela hora de Greenwich. Airy expandiu muito o serviço público baseado na GMT, fazendo com que essa hora fosse transmitida por todo o país por cabos que corriam ao longo das linhas férreas. Em 1853, escreveu: “Não posso sentir senão satisfação ao pensar que o Observatório Real está assim contribuindo para a pontualidade dos negócios por toda uma grande extensão deste país”. Adaptado de WHITROW, G. J. O tempo na história: concepções
do tempo da pré-‐história aos nossos dias. Rio de Janeiro: Zahar, 1993.
As sociedades industriais modernas desenvolveram formas de medir o tempo associadas ao uso do relógio e à padronização dos horários em escala nacional, como no caso da Inglaterra, no decorrer do século XIX. Um dos efeitos dessas medidas padronizadoras do tempo se manifestou basicamente na regulação dos: a) ritmos do trabalho b) sistemas de plantio c) níveis de escolaridade d) fluxos de investimentos 3. (Unesp 2013) No final do século XVIII, a Inglaterra mantinha relações comerciais regulares com várias regiões do continente africano. O interesse de ingleses nesse comércio derivava, entre outras coisas, da necessidade de a) mercado consumidor para os tecidos, produzidos em escala
industrial nas fábricas inglesas e francesas. b) especiarias e sal, utilizados na conservação de alimentos
consumidos nas grandes cidades europeias. c) petróleo, utilizado como fonte principal de energia nas
fábricas instaladas em torno das grandes cidades inglesas. d) matérias-‐primas, como o algodão e os óleos vegetais, que
eram utilizadas pelas fábricas inglesas. e) mão de obra a ser empregada nas manufaturas e fábricas
que proliferavam na Inglaterra e na França. 4. (Unesp 2013) Leia. Todo processo de industrialização é necessariamente doloroso, porque envolve a erosão de padrões de vida tradicionais. Contudo, na Grã-‐Bretanha, ele ocorreu com uma violência excepcional, e nunca foi acompanhado por um sentimento de participação nacional num esforço comum. Sua única ideologia foi a dos patrões. O que ocorreu, na realidade, foi uma violência contra a natureza humana. De acordo com uma certa perspectiva, esta violência pode ser considerada como o resultado da ânsia pelo lucro, numa época em que a cobiça dos proprietários dos meios de produção estava livre das antigas restrições e não tinha ainda sido limitada pelos novos instrumentos de controle social. Não foram nem a pobreza, nem a doença os responsáveis pelas mais negras sombras que cobriram os anos da Revolução Industrial, mas sim o próprio trabalho. (Edward P. Thompson. A formação da classe operária inglesa,
vol. 2, 1987. Adaptado.) O texto afirma que a Revolução Industrial a) aumentou os lucros dos capitalistas e gerou a convicção de
que era desnecessário criar mecanismos de defesa e proteção dos trabalhadores.
b) provocou forte crescimento da economia britânica e, devido a isso, contou com esforço e apoio plenos de todos os segmentos da população.
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c) representou mudanças radicais nas condições de vida e trabalho dos operários e envolveu-‐os num duro processo de produção.
d) piorou as condições de vida e de trabalho dos operários, mas trouxe o benefício de consolidar a ideia de que o trabalho enobrece o homem.
e) preservou as formas tradicionais de sociabilidade operária, mas aprofundou a miséria e facilitou o alastramento de epidemias.
5. (Fuvest 2013) Maldito, maldito criador! Por que eu vivo? Por que não extingui, naquele instante, a centelha de vida que você tão desumanamente me concedeu? Não sei! O desespero ainda não se apoderara de mim. Meus sentimentos eram de raiva e vingança. Quando a noite caiu, deixei meu abrigo e vagueei pelos bosques. (...) Oh! Que noite miserável passei eu! Sentia um inferno devorar-‐me, e desejava despedaçar as árvores, devastar e assolar tudo o que me cercava, para depois sentar-‐me e contemplar satisfeito a destruição. Declarei uma guerra sem quartel à espécie humana e, acima de tudo, contra aquele que me havia criado e me lançara a esta insuportável desgraça!
Mary Shelley. Frankenstein. 2ª ed. Porto Alegre: LPM, 1985. O trecho acima, extraído de uma obra literária publicada pela primeira vez em 1818, pode ser lido corretamente como uma a) apologia à guerra imperialista, incorporando o
desenvolvimento tecnológico do período. b) crítica à condição humana em uma sociedade
industrializada e de grandes avanços científicos. c) defesa do clericalismo em meio à crescente laicização do
mundo ocidental. d) recusa do evolucionismo, bastante em voga no período. e) adesão a ideias e formulações humanistas de igualdade
social. 6. (Unesp 2012) Noite após noite, quando tudo está tranquilo E a lua se esconde por trás da colina, Marchamos, marchamos para realizar nosso desejo. Com machado, lança e fuzil! Oh! meus valentes cortadores! Os que com golpes fortes As máquinas de cortar destroem. Oh! meus valentes cortadores! (...).
(Canção popular inglesa do início do século XIX. Citada por: Luzia Margareth Rago e Eduardo F. P. Moreira. O que é
Taylorismo, 1986.) A canção menciona os “quebradores de máquinas”, que agiram em muitas cidades inglesas nas primeiras décadas da industrialização. Alguns historiadores os consideram “rebeldes ingênuos”, enquanto outros os veem como “revolucionários conscientes”. Justifique as duas interpretações acerca do movimento.
7. (Pucrj 2012) Entre 1837 e 1839, o escritor inglês Charles Dickens publicou o romance “Oliver Twist”. Abaixo, estão reproduzidos os primeiros parágrafos desse texto de Dickens: “Dentre os vários monumentos públicos que enobrecem uma cidade de Inglaterra, cujo nome tenho a prudência de não dizer, e à qual não quero dar um nome imaginário, um existe comum à maior parte das cidades grandes ou pequenas: é o asilo da mendicidade. Lá em certo dia, cuja data não é necessário indicar, tanto mais que nenhuma importância tem, nasceu o pequeno mortal que dá nome a este livro. Muito tempo depois de ter o cirurgião dos pobres da paróquia introduzido o pequeno Oliver neste vale de lágrimas, ainda se duvidava se a pobre criança viveria ou não; se sucumbisse, é mais que provável que estas memórias nunca aparecessem, ou então ocupariam poucas páginas, e deste modo teriam o inapreciável mérito de ser o modelo de biografia mais curioso e exato que nenhum país em nenhuma época jamais produziu.” (Charles Dickens, Oliver Twist, Tradução de Machado de Assis
e Ricardo Lísias, 1ª. Ed., São Paulo, Hedra, 2002.) Considerando a passagem acima, assinale a alternativa que indica corretamente as características do período a que Dickens se refere. a) Crescimento urbano e pobreza que acompanharam o
desenvolvimento material da revolução industrial. b) Revolução comercial, reforma protestante e surgimento de
uma nova ética de trabalho. c) Crise econômica do feudalismo e ascensão das ideias
científicas do liberalismo. d) Espírito regenerador dos valores cristãos praticados pela
Contra Reforma na Inglaterra. e) Exaltação da classe operária inglesa e suas propensões
naturais para o socialismo e a revolução. 8. (Uftm 2011) Leia o texto. Em 1801, em todo o continente [europeu], não havia mais de 23 cidades com mais de 100 mil habitantes, agrupando menos de 2% da população da Europa. Em meados do século, seu número já se elevava para 42; em 1900 eram 135 e, em 1913, 15% dos europeus moravam em cidades. Quanto às cidades com mais de 500 mil habitantes que, na época, pareciam monstros, só existiam duas no início do século XIX: Londres e Paris. Às vésperas da Primeira Guerra Mundial, elas já eram 149.
(René Rémond. Introdução à história do nosso tempo – O Século XIX, 1976.)
A situação descrita pode ser explicada a) pela pressão dos senhores feudais, que substituíram os
antigos servos por trabalhadores livres. b) pela descoberta dos antibióticos, que contribuiu para
erradicar doenças e aumentar a expectativa média de vida.
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c) pelo crescimento da publicidade, que incentivava o deslocamento de populações por todo o continente.
d) pelo processo de industrialização, que concentrou a produção e a mão de obra nos centros urbanos.
e) pela política armamentista, que incentivava o serviço militar obrigatório e o crescimento do exército nas áreas urbanas.
9. (Ufu 2011) Da forma pela qual a fabricação de alfinetes é hoje executada, um operário desenrola o arame, outro o endireita, um terceiro corta, um quarto faz as pontas, um quinto o afia nas pontas para a colocação da cabeça do alfinete e assim por diante. Dessa forma, a importante atividade de fabricar um alfinete está dividida em aproximadamente dezoito operações distintas. Trabalhando desta maneira, dez pessoas conseguiam produzir entre elas mais de quarenta e oito mil alfinetes por dia. Assim, pode-‐se considerar que cada uma produzia 4.800 alfinetes diariamente. Se, porém, tivessem trabalhado independentemente um do outro, sem que nenhum tivesse sido treinado para este ramo de atividade, certamente cada um deles não teria conseguido fabricar vinte alfinetes por dia, e talvez nem mesmo um.
SMITH, Adam. A riqueza das nações. São Paulo: Abril Cultural,1996, p. 65.
Sobre a divisão do trabalho instituída a partir da Revolução Industrial e seus desdobramentos, é correto afirmar que: a) o toyotismo é uma forma de gerenciamento de estoque das
indústrias, que proporcionou melhores meios de lidar com o meio ambiente e o controle de matérias-‐primas.
b) o fordismo é uma forma de gerenciamento científico que serviu para os trabalhadores exercitarem suas melhores habilidades em atividades específicas.
c) a redução da exigência do desenvolvimento das habilidades do trabalhador teve impacto sobre o processo produtivo e restringiu o conhecimento integral do trabalhador sobre seu ofício.
d) a especialização do trabalhador obrigou que somente homens, bem treinados e com instrução sólida, fossem absorvidos pelas vagas de trabalho geradas com o processo de industrialização.
10. (Pucrs 2010) A Revolução Industrial que se consolidou na Inglaterra da segunda metade do século XVIII apresentava fatores condicionantes em variados campos da sociedade britânica. No campo institucional, tem-‐se a _________; no que se refere ao pensamento econômico, apresenta-‐se o _________; no plano ético de fundamentação religiosa, cita-‐se o _________ e, no campo econômico, verifica-‐se a liberação de mão de obra causada pela prática dos _________. a) Monarquia Parlamentar mercantilismo protestantismo cercamentos b) República Parlamentar
liberalismo catolicismo campos abertos c) Monarquia Parlamentar liberalismo protestantismo cercamentos d) República Parlamentar mercantilismo protestantismo campos abertos e) Monarquia Parlamentar liberalismo catolicismo cercamentos 11. (Unifesp 2010) A paz não passa de um engodo, de uma quimera, de um sonho fugaz; a indústria tornou-‐se o suplício dos povos, depois que uma ilha de piratas [refere-‐se à Inglaterra] bloqueia as comunicações (...) e transforma suas fábricas e oficinas em viveiros de mendigos.
(Charles Fourier. Théorie des quatre mouvements (1808), in OEuvres complètes. Paris: Anthropos, vol. I, 1978, citado por
Elias Thomé Saliba. As utopias românticas. São Paulo: Estação Liberdade, 2003.)
O fragmento, escrito em 1808, mostra a visão de Charles Fourier acerca do nascimento das fábricas. Explique a) por que o autor chama as fábricas de “viveiros de mendigos”. b) o que leva o autor a afirmar que a Inglaterra “bloqueia as comunicações”. 12. (Uerj 2010) O permanente revolucionar da produção, o abalar ininterrupto de todas as condições sociais, a incerteza e o movimento eternos distinguem a época de todas as outras. Todas as relações fixas e enferrujadas, com seu cortejo de representações e concepções, são dissolvidas, todas as relações recém-‐formadas envelhecem antes de poderem ossificar-‐se. Tudo o que era estável se volatiliza, e os homens são por fim obrigados a encarar com os olhos bem abertos a sua posição na vida.
MARX e ENGELS Adaptado do Manifesto do Partido Comunista
Em 1848, na defesa de uma nova sociedade, o Manifesto Comunista criticou as transformações advindas da modernização capitalista nos países da Europa Ocidental. Dois aspectos dessa modernização, então criticados, foram: a) crescimento industrial – garantia de direitos sociais b) aceleração tecnológica – aumento da divisão do trabalho c) mecanização da produção – elevação da renda salarial
média d) diversificação de mercados – valorização das corporações
sindicais
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13. (Enem 2010) A Inglaterra pedia lucros e recebia lucros, Tudo se transformava em lucro. As cidades tinham sua sujeira lucrativa, suas favelas lucrativas, sua fumaça lucrativa, sua desordem lucrativa, sua ignorância lucrativa, seu desespero lucrativo. As novas fábricas e os novos altos-‐fornos eram como as Pirâmides, mostrando mais a escravização do homem que seu poder. DEANE, P. A Revolução Industrial. Rio de Janeiro: Zahar, 1979
(adaptado). Qual relação é estabelecida no texto entre os avanços tecnológicos ocorridos no contexto da Revolução Industrial Inglesa e as características das cidades industriais no início do século XIX? a) A facilidade em se estabelecerem relações lucrativas
transformava as cidades em espaços privilegiados para a livre iniciativa, característica da nova sociedade capitalista.
b) O desenvolvimento de métodos de planejamento urbano aumentava a eficiência do trabalho industrial.
c) A construção de núcleos urbanos integrados por meios de transporte facilitava o deslocamento dos trabalhadores das periferias até as fábricas.
d) A grandiosidade dos prédios onde se localizavam as fábricas revelava os avanços da engenharia e da arquitetura do período, transformando as cidades em locais de experimentação estética e artística.
e) O alto nível de exploração dos trabalhadores industriais ocasionava o surgimento de aglomerados urbanos marcados por péssimas condições de moradia, saúde e higiene.
14. (Enem 2ª aplicação 2010) Os cercamentos do século XVIII podem ser considerados como sínteses das transformações que levaram à consolidação do capitalismo na Inglaterra. Em primeiro lugar, porque sua especialização exigiu uma articulação fundamental com o mercado. Como se concentravam na atividade de produção de lã, a realização da renda dependeu dos mercados, de novas tecnologias de beneficiamento do produto e do emprego de novos tipos de ovelhas. Em segundo lugar, concentrou-‐se na inter-‐relação do campo com a cidade e, num primeiro momento, também se vinculou à liberação de mão de obra. RODRIGUES, A. E. M. “Revoluções burguesas”. In: REIS FILHO, D.A.etal (Orgs.). O século XX, v. I. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2000 (adaptado).
Outra consequência dos cercamentos que teria contribuído para a Revolução Industrial na Inglaterra foi o a) aumento do consumo interno. b) congelamento do salário mínimo. c) fortalecimento dos sindicatos proletários. d) enfraquecimento da burguesia industrial. e) desmembramento das propriedades improdutivas. 15. (Unicamp 2010) Na Europa, até o século XVIII, o passado era o modelo para o presente e para o futuro. O velho
representava a sabedoria, não apenas em termos de uma longa experiência, mas também da memória de como eram as coisas, como eram feitas e, portanto, de como deveriam ser feitas. Atualmente, a experiência acumulada não é mais considerada tão relevante. Desde o início da Revolução Industrial, a novidade trazida por cada geração é muito mais marcante do que sua semelhança com o que havia antes.
(Adaptado de Eric Hobsbawm, O que a história tem a dizer-‐nos sobre a sociedade contemporânea?, em: Sobre História.
São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 37-‐38.) a) Segundo o texto, como a Revolução Industrial transformou nossa atitude em relação ao passado? b) De que maneiras a Revolução Industrial dos séculos XVIII e XIX alterou o sistema de produção?
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Gabarito: Resposta da questão 1:
a) Sobre a revolução industrial, o candidato deve articular uma resposta que aponte suas características: o surgimento da manufatura, a urbanização, o surgimento do proletariado, o surgimento da indústria de bens de consumo, a expulsão do homem do campo, o cercamento das terras, a exploração do trabalho assalariado.
b) Espera-‐se que o candidato articule uma reflexão demonstrando como o desenvolvimento tecnológico pode contribuir para o desenvolvimento humano e até mesmo para a preservação ambiental. Essas tecnologias não estão, contudo, disponíveis para todos, o que reforça a desigualdade existente. Em suma, o candidato deverá argumentar sobre os aspectos contraditórios das relações entre desenvolvimento tecnológico e bem-‐estar social. Resposta da questão 2: [A] Desde o final do século XVIII, com a expansão da indústria, foram criadas formas de controlar o trabalho desenvolvido pelos operários, como forma de aumentar a produtividade e consequentemente o lucro. A utilização do relógio pelo patrão e a padronização do horário no país fizeram parte desse processo no decorrer do século seguinte. Resposta da questão 3: [D] O século XVIII foi caracterizado pela Revolução Industrial na Inglaterra e, apesar de destacar-‐se a indústria têxtil e sua matéria-‐prima fundamental, o algodão, outros componentes eram necessários para o desenvolvimento, funcionamento e manutenção do maquinário. No século XVIII, o mercado era essencialmente inglês e europeu, e a mão de obra era composta por antigos camponeses expulsos de suas terras. As especiarias já não tinham grande importância comercial, e o petróleo e seus derivados não haviam sido descobertos. Resposta da questão 4: [C] O autor destaca aspectos sociais da Revolução Industrial, na medida em que promove a separação definitiva entre capital e trabalho e agudiza as distinções sociais. Mais do que um avanço tecnológico, aponta o retrocesso social, na medida em que trabalhadores são submetidos a uma condição de vida e de trabalho marcada pela exploração e pela miséria. Resposta da questão 5: [B] O romance Frankenstein, de Mary Shelley, foi escrito e publicado sob o contexto da Primeira Revolução Industrial, época marcada por grandes avanços científicos e pela crença
de que o homem poderia controlar a natureza – fatos que são questionados pela autora. Resposta da questão 6: O movimento dos quebradores de máquinas entre os séculos XVIII e XIX, na Inglaterra, também conhecido por “Ludismo”, reuniu operários nos principais centros urbanos, que invadiam as fábricas e destruíam as máquinas. Para alguns, em especial os autores marxistas, eram rebeldes ingênuos, pois representaram um movimento espontâneo, sem ideologia, objetivos concretos ou forma mais acabada de organização, portanto, fadados à derrota. Para outros, eram revolucionários conscientes, encaixando-‐se nessa visão, historiadores mais tradicionais que entendem que os operários tinham consciência do papel nefasto das máquinas e das fábricas em suas vidas, responsáveis pelo aumento do desemprego e pela precarização do trabalho; ou ainda os historiadores anarquistas, que consideram que o movimento organizado de massas tem potencial revolucionário e, de alguma forma, pretende se opor ao “status quo”. Resposta da questão 7: [A] [B] Incorreta. A Revolução comercial é um processo que
antecede o período tratado no texto, além disso, o extrato da obra Oliver Twist que foi selecionado não trata de aspectos ligados ao comércio.
[C] Incorreta. A Inglaterra do século XIX não estava passando pela crise econômica do feudalismo.
[D] Incorreta. No século XIX, a Igreja Anglicana não estava passando por uma crise religiosa relacionada à Contra Reforma.
[E] Incorreta. O texto não faz referências ao socialismo ou a movimentos revolucionários. A opção correta é aquela que relaciona crescimento urbano e pobreza com o desenvolvimento material da revolução industrial. Portanto, a opção [A] está correta. Resposta da questão 8: [D] O enunciado induz o candidato a pensar que sua resposta terá relação com a Primeira Guerra Mundial, mas uma interpretação mais profunda mostra que o texto se relaciona às consequências da Revolução Industrial, que provocou o inchamento das cidades europeias. Resposta da questão 9: [C] O texto retrata o processo de especialização do trabalho, que retira do trabalhador o conhecimento sobre a elaboração completa de um produto. Até antes da Revolução Industrial, do final do século XVIII, os artesãos produtores eram aqueles que conheciam e realizavam todas as etapas da produção e, portanto, controlavam a produção. A partir da industrialização, a especialização tira do trabalhador o
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controle sobre a elaboração do produto, que passa a ser controlado pelo burguês ao empregar alguns especialistas. Resposta da questão 10: [C] A questão sintetiza de forma objetiva os fatores de ordem política, ideológica, religiosa e econômica que favoreceram a consolidação da Revolução Industrial Inglesa no século XVIII Resposta da questão 11:
a) Nas fábricas dos primeiros tempos da Revolução Industrial, os operários trabalhavam em precárias condições, devido às longas jornadas de trabalho em ambiente em insalubre, sujeitos a acidentes e a castigos físicos e em troca de salários insignificantes.
b) A afirmação de Charles Fourier de que a Inglaterra “bloqueia as comunicações”, remete, no contexto em que se deu, à hegemonia inglesa no comércio internacional, condição que a Inglaterra ostentava desde o século XVII e que foi consolidada com a Revolução Industrial no século XVIII. Resposta da questão 12: [B] A crítica dá ênfase ao ritmo de trabalho ditado pela máquina e à perda da autonomia do trabalhador cujo trabalho foi subdividido em múltiplas operações, realizadas em linhas de montagem. Essa divisão do trabalho conduziu a especialização do trabalhador, levando-‐o ao que se convencionou chamar de trabalho alienado. Resposta da questão 13: [E] A Revolução Industrial que se processou na Inglaterra a partir do final do século XVIII teve características sociais nefastas para os trabalhadores, uma vez que, a inexistência de legislação determinou um processo de superexploração. As condições de trabalho e de vida eram marcadas pela miséria. Surgiram grandes bairros operários, caracterizados pela formação de cortiços, marcados pela falta de infraestrutura e, muitas vezes, pela promiscuidade. Resposta da questão 14: [A] Os cercamentos representaram, na prática, a concentração das propriedades até então improdutivas, desde o final do século XVI. Analisando-‐se a Revolução Industrial do século XVIII, percebe-‐se a ausência de leis trabalhista e a proibição de associação por parte dos trabalhadores, o aumento da população urbana e da riqueza na Inglaterra, que possibilitaram a ampliação do mercado interno, apesar da pobreza da maioria dos trabalhadores.
Resposta da questão 15: a) De acordo com o texto sim, pois antes da Revolução Industrial, “o passado era o modelo para o presente e o futuro”, pois o velho representava a sabedoria, experiência e a memória. Depois da Revolução Industrial, novidade surgida a cada geração ganhou mais importância em relação a sua semelhança com o que havia antes. b) A Revolução Industrial dos séculos XVIII e XIX promoveu a substituição da produção artesanal como sistema de produção predominante pelo sistema fabril. Promoveu também a mecanização da produção e a perda o controle por parte do trabalhador sobre o processo de trabalho, isto é, a alienação.
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