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http://historiaonline.com.br LISTA DE EXERCÍCIOS REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Prof. Rodolfo 1. (Uel 2013) Leia o texto a seguir. A tecnologia tem sido o catalizador da mudança social desde antes do matemático grego Arquimedes demonstrar que a água pode ser levantada para irrigar um terreno ressecado acima de um fluxo de água, por meio de um mecanismo contínuo propulsor dentro de um tubo flexível. Contudo, ao mesmo tempo, a diferença entre os contemplados e os tecnologicamente carentes tornouse um abismo. Para cada um que agora compra sua passagem de avião, trem e ingresso de teatro online, milhões ainda esperam pela eletricidade e por água limpa corrente. (Adaptado de: JARDINE, L. Como a tecnologia afeta a transformação social. In: SWAIN, H. Grandes questões da História. Rio de Janeiro: José Olympio, 2010. p.255259.) a) Com base no texto, descreva duas características fundamentais da Revolução Industrial inglesa do século XVIII. b) Discuta as relações entre desenvolvimento tecnológico e bemestar social no mundo contemporâneo. 2. (Uerj 2013) Na Inglaterra, um horário ferroviário uniforme foi adotado em meados do século XIX. Baseavase na hora do Tempo Médio de Greenwich, isto é, a hora do meridiano do Observatório Real de Greenwich, geralmente indicada pelas letras GMT (Greenwich Mean Time). No final da década de 1840, Sir George Airy, astrônomo real, insistiu para que o Big Ben, novo relógio a ser construído, fosse regulado pela hora de Greenwich. Airy expandiu muito o serviço público baseado na GMT, fazendo com que essa hora fosse transmitida por todo o país por cabos que corriam ao longo das linhas férreas. Em 1853, escreveu: “Não posso sentir senão satisfação ao pensar que o Observatório Real está assim contribuindo para a pontualidade dos negócios por toda uma grande extensão deste país”. Adaptado de WHITROW, G. J. O tempo na história: concepções do tempo da préhistória aos nossos dias. Rio de Janeiro: Zahar, 1993. As sociedades industriais modernas desenvolveram formas de medir o tempo associadas ao uso do relógio e à padronização dos horários em escala nacional, como no caso da Inglaterra, no decorrer do século XIX. Um dos efeitos dessas medidas padronizadoras do tempo se manifestou basicamente na regulação dos: a) ritmos do trabalho b) sistemas de plantio c) níveis de escolaridade d) fluxos de investimentos 3. (Unesp 2013) No final do século XVIII, a Inglaterra mantinha relações comerciais regulares com várias regiões do continente africano. O interesse de ingleses nesse comércio derivava, entre outras coisas, da necessidade de a) mercado consumidor para os tecidos, produzidos em escala industrial nas fábricas inglesas e francesas. b) especiarias e sal, utilizados na conservação de alimentos consumidos nas grandes cidades europeias. c) petróleo, utilizado como fonte principal de energia nas fábricas instaladas em torno das grandes cidades inglesas. d) matériasprimas, como o algodão e os óleos vegetais, que eram utilizadas pelas fábricas inglesas. e) mão de obra a ser empregada nas manufaturas e fábricas que proliferavam na Inglaterra e na França. 4. (Unesp 2013) Leia. Todo processo de industrialização é necessariamente doloroso, porque envolve a erosão de padrões de vida tradicionais. Contudo, na GrãBretanha, ele ocorreu com uma violência excepcional, e nunca foi acompanhado por um sentimento de participação nacional num esforço comum. Sua única ideologia foi a dos patrões. O que ocorreu, na realidade, foi uma violência contra a natureza humana. De acordo com uma certa perspectiva, esta violência pode ser considerada como o resultado da ânsia pelo lucro, numa época em que a cobiça dos proprietários dos meios de produção estava livre das antigas restrições e não tinha ainda sido limitada pelos novos instrumentos de controle social. Não foram nem a pobreza, nem a doença os responsáveis pelas mais negras sombras que cobriram os anos da Revolução Industrial, mas sim o próprio trabalho. (Edward P. Thompson. A formação da classe operária inglesa, vol. 2, 1987. Adaptado.) O texto afirma que a Revolução Industrial a) aumentou os lucros dos capitalistas e gerou a convicção de que era desnecessário criar mecanismos de defesa e proteção dos trabalhadores. b) provocou forte crescimento da economia britânica e, devido a isso, contou com esforço e apoio plenos de todos os segmentos da população.

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Fala sobre a Revolução em uma maneira muito interessante

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LISTA  DE  EXERCÍCIOS  -­‐  REVOLUÇÃO  INDUSTRIAL    

                                                          Prof.  Rodolfo  

1.  (Uel  2013)    Leia  o  texto  a  seguir.    A  tecnologia  tem  sido  o  catalizador  da  mudança  social  desde  antes  do  matemático  grego  Arquimedes  demonstrar  que  a  água  pode  ser  levantada  para  irrigar  um  terreno  ressecado  acima  de  um  fluxo  de  água,  por  meio  de  um  mecanismo  contínuo  propulsor  dentro  de  um  tubo  flexível.  Contudo,  ao  mesmo  tempo,  a  diferença  entre  os  contemplados  e  os  tecnologicamente  carentes  tornou-­‐se  um  abismo.  Para  cada  um  que  agora  compra  sua  passagem  de  avião,  trem  e  ingresso  de  teatro  online,  milhões  ainda  esperam  pela  eletricidade  e  por  água  limpa  corrente.    

(Adaptado  de:  JARDINE,  L.  Como  a  tecnologia  afeta  a  transformação  social.  In:  SWAIN,  H.  Grandes  questões  da  História.  Rio  de  Janeiro:  José  Olympio,  2010.  p.255-­‐259.)  

 a)  Com  base  no  texto,  descreva  duas  características  

fundamentais  da  Revolução  Industrial  inglesa  do  século  XVIII.  

b)  Discuta  as  relações  entre  desenvolvimento  tecnológico  e  bem-­‐estar  social  no  mundo  contemporâneo.    

     2.  (Uerj  2013)      

   

Na  Inglaterra,  um  horário  ferroviário  uniforme  foi  adotado  em  meados  do  século  XIX.  Baseava-­‐se  na  hora  do  Tempo  Médio  de  Greenwich,  isto  é,  a  hora  do  meridiano  do  Observatório  Real  de  Greenwich,  geralmente  indicada  pelas  letras  GMT  (Greenwich  Mean  Time).  No  final  da  década  de  1840,  Sir  George  Airy,  astrônomo  real,  insistiu  para  que  o  Big  Ben,  novo  relógio  a  ser  construído,  fosse  regulado  pela  hora  de  Greenwich.  Airy  expandiu  muito  o  serviço  público  baseado  na  GMT,  fazendo  com  que  essa  hora  fosse  transmitida  por  todo  o  país  por  cabos  que  corriam  ao  longo  das  linhas  férreas.  Em  1853,  escreveu:  “Não  posso  sentir  senão  satisfação  ao  pensar  que  o  Observatório  Real  está  assim  contribuindo  para  a  pontualidade  dos  negócios  por  toda  uma  grande  extensão  deste  país”.    Adaptado  de  WHITROW,  G.  J.  O  tempo  na  história:  concepções  

do  tempo  da  pré-­‐história  aos  nossos  dias.  Rio  de  Janeiro:  Zahar,  1993.  

 As  sociedades  industriais  modernas  desenvolveram  formas  de  medir  o  tempo  associadas  ao  uso  do  relógio  e  à  padronização  dos  horários  em  escala  nacional,  como  no  caso  da  Inglaterra,  no  decorrer  do  século  XIX.  Um  dos  efeitos  dessas  medidas  padronizadoras  do  tempo  se  manifestou  basicamente  na  regulação  dos:    a)  ritmos  do  trabalho        b)  sistemas  de  plantio        c)  níveis  de  escolaridade        d)  fluxos  de  investimentos              3.  (Unesp  2013)    No  final  do  século  XVIII,  a  Inglaterra  mantinha  relações  comerciais  regulares  com  várias  regiões  do  continente  africano.  O  interesse  de  ingleses  nesse  comércio  derivava,  entre  outras  coisas,  da  necessidade  de    a)  mercado  consumidor  para  os  tecidos,  produzidos  em  escala  

industrial  nas  fábricas  inglesas  e  francesas.        b)  especiarias  e  sal,  utilizados  na  conservação  de  alimentos  

consumidos  nas  grandes  cidades  europeias.        c)  petróleo,  utilizado  como  fonte  principal  de  energia  nas  

fábricas  instaladas  em  torno  das  grandes  cidades  inglesas.        d)  matérias-­‐primas,  como  o  algodão  e  os  óleos  vegetais,  que  

eram  utilizadas  pelas  fábricas  inglesas.        e)  mão  de  obra  a  ser  empregada  nas  manufaturas  e  fábricas  

que  proliferavam  na  Inglaterra  e  na  França.              4.  (Unesp  2013)    Leia.    Todo  processo  de  industrialização  é  necessariamente  doloroso,  porque  envolve  a  erosão  de  padrões  de  vida  tradicionais.  Contudo,  na  Grã-­‐Bretanha,  ele  ocorreu  com  uma  violência  excepcional,  e  nunca  foi  acompanhado  por  um  sentimento  de  participação  nacional  num  esforço  comum.  Sua  única  ideologia  foi  a  dos  patrões.  O  que  ocorreu,  na  realidade,  foi  uma  violência  contra  a  natureza  humana.  De  acordo  com  uma  certa  perspectiva,  esta  violência  pode  ser  considerada  como  o  resultado  da  ânsia  pelo  lucro,  numa  época  em  que  a  cobiça  dos  proprietários  dos  meios  de  produção  estava  livre  das  antigas  restrições  e  não  tinha  ainda  sido  limitada  pelos  novos  instrumentos  de  controle  social.  Não  foram  nem  a  pobreza,  nem  a  doença  os  responsáveis  pelas  mais  negras  sombras  que  cobriram  os  anos  da  Revolução  Industrial,  mas  sim  o  próprio  trabalho.    (Edward  P.  Thompson.  A  formação  da  classe  operária  inglesa,  

vol.  2,  1987.  Adaptado.)    O  texto  afirma  que  a  Revolução  Industrial    a)  aumentou  os  lucros  dos  capitalistas  e  gerou  a  convicção  de  

que  era  desnecessário  criar  mecanismos  de  defesa  e  proteção  dos  trabalhadores.        

b)  provocou  forte  crescimento  da  economia  britânica  e,  devido  a  isso,  contou  com  esforço  e  apoio  plenos  de  todos  os  segmentos  da  população.        

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LISTA  DE  EXERCÍCIOS  -­‐  REVOLUÇÃO  INDUSTRIAL    

                                                          Prof.  Rodolfo  

c)  representou  mudanças  radicais  nas  condições  de  vida  e  trabalho  dos  operários  e  envolveu-­‐os  num  duro  processo  de  produção.        

d)  piorou  as  condições  de  vida  e  de  trabalho  dos  operários,  mas  trouxe  o  benefício  de  consolidar  a  ideia  de  que  o  trabalho  enobrece  o  homem.        

e)  preservou  as  formas  tradicionais  de  sociabilidade  operária,  mas  aprofundou  a  miséria  e  facilitou  o  alastramento  de  epidemias.        

     5.  (Fuvest  2013)    Maldito,  maldito  criador!  Por  que  eu  vivo?  Por  que  não  extingui,  naquele  instante,  a  centelha  de  vida  que  você  tão  desumanamente  me  concedeu?  Não  sei!  O  desespero  ainda  não  se  apoderara  de  mim.  Meus  sentimentos  eram  de  raiva  e  vingança.  Quando  a  noite  caiu,  deixei  meu  abrigo  e  vagueei  pelos  bosques.  (...)  Oh!  Que  noite  miserável  passei  eu!  Sentia  um  inferno  devorar-­‐me,  e  desejava  despedaçar  as  árvores,  devastar  e  assolar  tudo  o  que  me  cercava,  para  depois  sentar-­‐me  e  contemplar  satisfeito  a  destruição.  Declarei  uma  guerra  sem  quartel  à  espécie  humana  e,  acima  de  tudo,  contra  aquele  que  me  havia  criado  e  me  lançara  a  esta  insuportável  desgraça!    

Mary  Shelley.  Frankenstein.  2ª  ed.  Porto  Alegre:  LPM,  1985.    O  trecho  acima,  extraído  de  uma  obra  literária  publicada  pela  primeira  vez  em  1818,  pode  ser  lido  corretamente  como  uma    a)  apologia  à  guerra  imperialista,  incorporando  o  

desenvolvimento  tecnológico  do  período.        b)  crítica  à  condição  humana  em  uma  sociedade  

industrializada  e  de  grandes  avanços  científicos.        c)  defesa  do  clericalismo  em  meio  à  crescente  laicização  do  

mundo  ocidental.        d)  recusa  do  evolucionismo,  bastante  em  voga  no  período.        e)  adesão  a  ideias  e  formulações  humanistas  de  igualdade  

social.              6.  (Unesp  2012)    Noite  após  noite,  quando  tudo  está  tranquilo  E  a  lua  se  esconde  por  trás  da  colina,  Marchamos,  marchamos  para  realizar  nosso  desejo.  Com  machado,  lança  e  fuzil!  Oh!  meus  valentes  cortadores!  Os  que  com  golpes  fortes  As  máquinas  de  cortar  destroem.  Oh!  meus  valentes  cortadores!  (...).    

(Canção  popular  inglesa  do  início  do  século  XIX.  Citada  por:  Luzia  Margareth  Rago  e  Eduardo  F.  P.  Moreira.  O  que  é  

Taylorismo,  1986.)    A  canção  menciona  os  “quebradores  de  máquinas”,  que  agiram  em  muitas  cidades  inglesas  nas  primeiras  décadas  da  industrialização.  Alguns  historiadores  os  consideram  “rebeldes  ingênuos”,  enquanto  outros  os  veem  como  “revolucionários  conscientes”.  Justifique  as  duas  interpretações  acerca  do  movimento.          

7.  (Pucrj  2012)    Entre  1837  e  1839,  o  escritor  inglês  Charles  Dickens  publicou  o  romance  “Oliver  Twist”.  Abaixo,  estão  reproduzidos  os  primeiros  parágrafos  desse  texto  de  Dickens:    “Dentre  os  vários  monumentos  públicos  que  enobrecem  uma  cidade  de  Inglaterra,  cujo  nome  tenho  a  prudência  de  não  dizer,  e  à  qual  não  quero  dar  um  nome  imaginário,  um  existe  comum  à  maior  parte  das  cidades  grandes  ou  pequenas:  é  o  asilo  da  mendicidade.  Lá  em  certo  dia,  cuja  data  não  é  necessário  indicar,  tanto  mais  que  nenhuma  importância  tem,  nasceu  o  pequeno  mortal  que  dá  nome  a  este  livro.  Muito  tempo  depois  de  ter  o  cirurgião  dos  pobres  da  paróquia  introduzido  o  pequeno  Oliver  neste  vale  de  lágrimas,  ainda  se  duvidava  se  a  pobre  criança  viveria  ou  não;  se  sucumbisse,  é  mais  que  provável  que  estas  memórias  nunca  aparecessem,  ou  então  ocupariam  poucas  páginas,  e  deste  modo  teriam  o  inapreciável  mérito  de  ser  o  modelo  de  biografia  mais  curioso  e  exato  que  nenhum  país  em  nenhuma  época  jamais  produziu.”    (Charles  Dickens,  Oliver  Twist,  Tradução  de  Machado  de  Assis  

e  Ricardo  Lísias,  1ª.  Ed.,  São  Paulo,  Hedra,  2002.)    Considerando  a  passagem  acima,  assinale  a  alternativa  que  indica  corretamente  as  características  do  período  a  que  Dickens  se  refere.    a)  Crescimento  urbano  e  pobreza  que  acompanharam  o  

desenvolvimento  material  da  revolução  industrial.        b)  Revolução  comercial,  reforma  protestante  e  surgimento  de  

uma  nova  ética  de  trabalho.        c)  Crise  econômica  do  feudalismo  e  ascensão  das  ideias  

científicas  do  liberalismo.        d)  Espírito  regenerador  dos  valores  cristãos  praticados  pela  

Contra  Reforma  na  Inglaterra.        e)  Exaltação  da  classe  operária  inglesa  e  suas  propensões  

naturais  para  o  socialismo  e  a  revolução.              8.  (Uftm  2011)    Leia  o  texto.    Em  1801,  em  todo  o  continente  [europeu],  não  havia  mais  de  23  cidades  com  mais  de  100  mil  habitantes,  agrupando  menos  de  2%  da  população  da  Europa.  Em  meados  do  século,  seu  número  já  se  elevava  para  42;  em  1900  eram  135  e,  em  1913,  15%  dos  europeus  moravam  em  cidades.  Quanto  às  cidades  com  mais  de  500  mil  habitantes  que,  na  época,  pareciam  monstros,  só  existiam  duas  no  início  do  século  XIX:  Londres  e  Paris.  Às  vésperas  da  Primeira  Guerra  Mundial,  elas  já  eram  149.    

(René  Rémond.  Introdução  à  história  do  nosso  tempo  –  O  Século  XIX,  1976.)  

   A  situação  descrita  pode  ser  explicada    a)  pela  pressão  dos  senhores  feudais,  que  substituíram  os  

antigos  servos  por  trabalhadores  livres.        b)  pela  descoberta  dos  antibióticos,  que  contribuiu  para  

erradicar  doenças  e  aumentar  a  expectativa  média  de  vida.        

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LISTA  DE  EXERCÍCIOS  -­‐  REVOLUÇÃO  INDUSTRIAL    

                                                          Prof.  Rodolfo  

c)  pelo  crescimento  da  publicidade,  que  incentivava  o  deslocamento  de  populações  por  todo  o  continente.        

d)  pelo  processo  de  industrialização,  que  concentrou  a  produção  e  a  mão  de  obra  nos  centros  urbanos.        

e)  pela  política  armamentista,  que  incentivava  o  serviço  militar  obrigatório  e  o  crescimento  do  exército  nas  áreas  urbanas.        

     9.  (Ufu  2011)    Da  forma  pela  qual  a  fabricação  de  alfinetes  é  hoje  executada,  um  operário  desenrola  o  arame,  outro  o  endireita,  um  terceiro  corta,  um  quarto  faz  as  pontas,  um  quinto  o  afia  nas  pontas  para  a  colocação  da  cabeça  do  alfinete  e  assim  por  diante.  Dessa  forma,  a  importante  atividade  de  fabricar  um  alfinete  está  dividida  em  aproximadamente  dezoito  operações  distintas.  Trabalhando  desta  maneira,  dez  pessoas  conseguiam  produzir  entre  elas  mais  de  quarenta  e  oito  mil  alfinetes  por  dia.  Assim,  pode-­‐se  considerar  que  cada  uma  produzia  4.800  alfinetes  diariamente.  Se,  porém,  tivessem  trabalhado  independentemente  um  do  outro,  sem  que  nenhum  tivesse  sido  treinado  para  este  ramo  de  atividade,  certamente  cada  um  deles  não  teria  conseguido  fabricar  vinte  alfinetes  por  dia,  e  talvez  nem  mesmo  um.    

SMITH,  Adam.  A  riqueza  das  nações.  São  Paulo:  Abril  Cultural,1996,  p.  65.  

 Sobre  a  divisão  do  trabalho  instituída  a  partir  da  Revolução  Industrial  e  seus  desdobramentos,  é  correto  afirmar  que:    a)  o  toyotismo  é  uma  forma  de  gerenciamento  de  estoque  das  

indústrias,  que  proporcionou  melhores  meios  de  lidar  com  o  meio  ambiente  e  o  controle  de  matérias-­‐primas.        

b)  o  fordismo  é  uma  forma  de  gerenciamento  científico  que  serviu  para  os  trabalhadores  exercitarem  suas  melhores  habilidades  em  atividades  específicas.        

c)  a  redução  da  exigência  do  desenvolvimento  das  habilidades  do  trabalhador  teve  impacto  sobre  o  processo  produtivo  e  restringiu  o  conhecimento  integral  do  trabalhador  sobre  seu  ofício.        

d)  a  especialização  do  trabalhador  obrigou  que  somente  homens,  bem  treinados  e  com  instrução  sólida,  fossem  absorvidos  pelas  vagas  de  trabalho  geradas  com  o  processo  de  industrialização.        

     10.  (Pucrs  2010)    A  Revolução  Industrial  que  se  consolidou  na  Inglaterra  da  segunda  metade  do  século  XVIII  apresentava  fatores  condicionantes  em  variados  campos  da  sociedade  britânica.  No  campo  institucional,  tem-­‐se  a  _________;  no  que  se  refere  ao  pensamento  econômico,  apresenta-­‐se  o  _________;  no  plano  ético  de  fundamentação  religiosa,  cita-­‐se  o  _________  e,  no  campo  econômico,  verifica-­‐se  a  liberação  de  mão  de  obra  causada  pela  prática  dos  _________.    a)  Monarquia  Parlamentar  mercantilismo  protestantismo  cercamentos        b)  República  Parlamentar  

liberalismo  catolicismo  campos  abertos        c)  Monarquia  Parlamentar  liberalismo  protestantismo  cercamentos        d)  República  Parlamentar  mercantilismo  protestantismo  campos  abertos        e)  Monarquia  Parlamentar  liberalismo  catolicismo  cercamentos              11.  (Unifesp  2010)    A  paz  não  passa  de  um  engodo,  de  uma  quimera,  de  um  sonho  fugaz;  a  indústria  tornou-­‐se  o  suplício  dos  povos,  depois  que  uma  ilha  de  piratas  [refere-­‐se  à  Inglaterra]  bloqueia  as  comunicações  (...)  e  transforma  suas  fábricas  e  oficinas  em  viveiros  de  mendigos.    

(Charles  Fourier.  Théorie  des  quatre  mouvements  (1808),  in  OEuvres  complètes.  Paris:  Anthropos,  vol.  I,  1978,  citado  por  

Elias  Thomé  Saliba.  As  utopias  românticas.  São  Paulo:  Estação  Liberdade,  2003.)  

 O  fragmento,  escrito  em  1808,  mostra  a  visão  de  Charles  Fourier  acerca  do  nascimento  das  fábricas.  Explique  a)  por  que  o  autor  chama  as  fábricas  de  “viveiros  de  mendigos”.  b)  o  que  leva  o  autor  a  afirmar  que  a  Inglaterra  “bloqueia  as  comunicações”.          12.  (Uerj  2010)    O  permanente  revolucionar  da  produção,  o  abalar  ininterrupto  de  todas  as  condições  sociais,  a  incerteza  e  o  movimento  eternos  distinguem  a  época  de  todas  as  outras.  Todas  as  relações  fixas  e  enferrujadas,  com  seu  cortejo  de  representações  e  concepções,  são  dissolvidas,  todas  as  relações  recém-­‐formadas  envelhecem  antes  de  poderem  ossificar-­‐se.  Tudo  o  que  era  estável  se  volatiliza,  e  os  homens  são  por  fim  obrigados  a  encarar  com  os  olhos  bem  abertos  a  sua  posição  na  vida.    

MARX  e  ENGELS  Adaptado  do  Manifesto  do  Partido  Comunista  

 Em  1848,  na  defesa  de  uma  nova  sociedade,  o  Manifesto  Comunista  criticou  as  transformações  advindas  da  modernização  capitalista  nos  países  da  Europa  Ocidental.  Dois  aspectos  dessa  modernização,  então  criticados,  foram:      a)  crescimento  industrial  –  garantia  de  direitos  sociais        b)  aceleração  tecnológica  –  aumento  da  divisão  do  trabalho        c)  mecanização  da  produção  –  elevação  da  renda  salarial  

média        d)  diversificação  de  mercados  –  valorização  das  corporações  

sindicais        

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LISTA  DE  EXERCÍCIOS  -­‐  REVOLUÇÃO  INDUSTRIAL    

                                                          Prof.  Rodolfo  

     13.  (Enem  2010)    A  Inglaterra  pedia  lucros  e  recebia  lucros,  Tudo  se  transformava  em  lucro.  As  cidades  tinham  sua  sujeira  lucrativa,  suas  favelas  lucrativas,  sua  fumaça  lucrativa,  sua  desordem  lucrativa,  sua  ignorância  lucrativa,  seu  desespero  lucrativo.  As  novas  fábricas  e  os  novos  altos-­‐fornos  eram  como  as  Pirâmides,  mostrando  mais  a  escravização  do  homem  que  seu  poder.    DEANE,  P.  A  Revolução  Industrial.  Rio  de  Janeiro:  Zahar,  1979  

(adaptado).    Qual  relação  é  estabelecida  no  texto  entre  os  avanços  tecnológicos  ocorridos  no  contexto  da  Revolução  Industrial  Inglesa  e  as  características  das  cidades  industriais  no  início  do  século  XIX?    a)  A  facilidade  em  se  estabelecerem  relações  lucrativas  

transformava  as  cidades  em  espaços  privilegiados  para  a  livre  iniciativa,  característica  da  nova  sociedade  capitalista.        

b)  O  desenvolvimento  de  métodos  de  planejamento  urbano  aumentava  a  eficiência  do  trabalho  industrial.        

c)  A  construção  de  núcleos  urbanos  integrados  por  meios  de  transporte  facilitava  o  deslocamento  dos  trabalhadores  das  periferias  até  as  fábricas.        

d)  A  grandiosidade  dos  prédios  onde  se  localizavam  as  fábricas  revelava  os  avanços  da  engenharia  e  da  arquitetura  do  período,  transformando  as  cidades  em  locais  de  experimentação  estética  e  artística.        

e)  O  alto  nível  de  exploração  dos  trabalhadores  industriais  ocasionava  o  surgimento  de  aglomerados  urbanos  marcados  por  péssimas  condições  de  moradia,  saúde  e  higiene.        

     14.  (Enem  2ª  aplicação  2010)    Os  cercamentos  do  século  XVIII  podem  ser  considerados  como  sínteses  das  transformações  que  levaram  à  consolidação  do  capitalismo  na  Inglaterra.  Em  primeiro  lugar,  porque  sua  especialização  exigiu  uma  articulação  fundamental  com  o  mercado.  Como  se  concentravam  na  atividade  de  produção  de  lã,  a  realização  da  renda  dependeu  dos  mercados,  de  novas  tecnologias  de  beneficiamento  do  produto  e  do  emprego  de  novos  tipos  de  ovelhas.  Em  segundo  lugar,  concentrou-­‐se  na  inter-­‐relação  do  campo  com  a  cidade  e,  num  primeiro  momento,  também  se  vinculou  à  liberação  de  mão  de  obra.    RODRIGUES,  A.  E.  M.  “Revoluções  burguesas”.  In:  REIS  FILHO,  D.A.etal  (Orgs.).  O  século  XX,  v.  I.  Rio  de  Janeiro:  Civilização  

Brasileira,  2000  (adaptado).    

Outra  consequência  dos  cercamentos  que  teria  contribuído  para  a  Revolução  Industrial  na  Inglaterra  foi  o    a)  aumento  do  consumo  interno.        b)  congelamento  do  salário  mínimo.        c)  fortalecimento  dos  sindicatos  proletários.        d)  enfraquecimento  da  burguesia  industrial.        e)  desmembramento  das  propriedades  improdutivas.              15.  (Unicamp  2010)    Na  Europa,  até  o  século  XVIII,  o  passado  era  o  modelo  para  o  presente  e  para  o  futuro.  O  velho  

representava  a  sabedoria,  não  apenas  em  termos  de  uma  longa  experiência,  mas  também  da  memória  de  como  eram  as  coisas,  como  eram  feitas  e,  portanto,  de  como  deveriam  ser  feitas.  Atualmente,  a  experiência  acumulada  não  é  mais  considerada  tão  relevante.  Desde  o  início  da  Revolução  Industrial,  a  novidade  trazida  por  cada  geração  é  muito  mais  marcante  do  que  sua  semelhança  com  o  que  havia  antes.    

(Adaptado  de  Eric  Hobsbawm,  O  que  a  história  tem  a  dizer-­‐nos  sobre  a  sociedade  contemporânea?,  em:  Sobre  História.  

São  Paulo:  Companhia  das  Letras,  1998,  p.  37-­‐38.)    a)  Segundo  o  texto,  como  a  Revolução  Industrial  transformou  nossa  atitude  em  relação  ao  passado?  b)  De  que  maneiras  a  Revolução  Industrial  dos  séculos  XVIII  e  XIX  alterou  o  sistema  de  produção?          

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LISTA  DE  EXERCÍCIOS  -­‐  REVOLUÇÃO  INDUSTRIAL    

                                                          Prof.  Rodolfo  

Gabarito:        Resposta  da  questão  1:  

 a)  Sobre  a  revolução  industrial,  o  candidato  deve  articular  uma  resposta  que  aponte  suas  características:  o  surgimento  da  manufatura,  a  urbanização,  o  surgimento  do  proletariado,  o  surgimento  da  indústria  de  bens  de  consumo,  a  expulsão  do  homem  do  campo,  o  cercamento  das  terras,  a  exploração  do  trabalho  assalariado.  

b)  Espera-­‐se  que  o  candidato  articule  uma  reflexão  demonstrando  como  o  desenvolvimento  tecnológico  pode  contribuir  para  o  desenvolvimento  humano  e  até  mesmo  para  a  preservação  ambiental.  Essas  tecnologias  não  estão,  contudo,  disponíveis  para  todos,  o  que  reforça  a  desigualdade  existente.  Em  suma,  o  candidato  deverá  argumentar  sobre  os  aspectos  contraditórios  das  relações  entre  desenvolvimento  tecnológico  e  bem-­‐estar  social.        Resposta  da  questão  2:    [A]      Desde  o  final  do  século  XVIII,  com  a  expansão  da  indústria,  foram  criadas  formas  de  controlar  o  trabalho  desenvolvido  pelos  operários,  como  forma  de  aumentar  a  produtividade  e  consequentemente  o  lucro.  A  utilização  do  relógio  pelo  patrão  e  a  padronização  do  horário  no  país  fizeram  parte  desse  processo  no  decorrer  do  século  seguinte.        Resposta  da  questão  3:    [D]      O  século  XVIII  foi  caracterizado  pela  Revolução  Industrial  na  Inglaterra  e,  apesar  de  destacar-­‐se  a  indústria  têxtil  e  sua  matéria-­‐prima  fundamental,  o  algodão,  outros  componentes  eram  necessários  para  o  desenvolvimento,  funcionamento  e  manutenção  do  maquinário.  No  século  XVIII,  o  mercado  era  essencialmente  inglês  e  europeu,  e  a  mão  de  obra  era  composta  por  antigos  camponeses  expulsos  de  suas  terras.  As  especiarias  já  não  tinham  grande  importância  comercial,  e  o  petróleo  e  seus  derivados  não  haviam  sido  descobertos.        Resposta  da  questão  4:    [C]      O  autor  destaca  aspectos  sociais  da  Revolução  Industrial,  na  medida  em  que  promove  a  separação  definitiva  entre  capital  e  trabalho  e  agudiza  as  distinções  sociais.  Mais  do  que  um  avanço  tecnológico,  aponta  o  retrocesso  social,  na  medida  em  que  trabalhadores  são  submetidos  a  uma  condição  de  vida  e  de  trabalho  marcada  pela  exploração  e  pela  miséria.        Resposta  da  questão  5:    [B]    O  romance  Frankenstein,  de  Mary  Shelley,  foi  escrito  e  publicado  sob  o  contexto  da  Primeira  Revolução  Industrial,  época  marcada  por  grandes  avanços  científicos  e  pela  crença  

de  que  o  homem  poderia  controlar  a  natureza  –  fatos  que  são  questionados  pela  autora.        Resposta  da  questão  6:    O  movimento  dos  quebradores  de  máquinas  entre  os  séculos  XVIII  e  XIX,  na  Inglaterra,  também  conhecido  por  “Ludismo”,  reuniu  operários  nos  principais  centros  urbanos,  que  invadiam  as  fábricas  e  destruíam  as  máquinas.  Para  alguns,  em  especial  os  autores  marxistas,  eram  rebeldes  ingênuos,  pois  representaram  um  movimento  espontâneo,  sem  ideologia,  objetivos  concretos  ou  forma  mais  acabada  de  organização,  portanto,  fadados  à  derrota.  Para  outros,  eram  revolucionários  conscientes,  encaixando-­‐se  nessa  visão,  historiadores  mais  tradicionais  que  entendem  que  os  operários  tinham  consciência  do  papel  nefasto  das  máquinas  e  das  fábricas  em  suas  vidas,  responsáveis  pelo  aumento  do  desemprego  e  pela  precarização  do  trabalho;  ou  ainda  os  historiadores  anarquistas,  que  consideram  que  o  movimento  organizado  de  massas  tem  potencial  revolucionário  e,  de  alguma  forma,  pretende  se  opor  ao  “status  quo”.        Resposta  da  questão  7:    [A]    [B]  Incorreta.  A  Revolução  comercial  é  um  processo  que  

antecede  o  período  tratado  no  texto,  além  disso,  o  extrato  da  obra  Oliver  Twist  que  foi  selecionado  não  trata  de  aspectos  ligados  ao  comércio.  

[C]  Incorreta.  A  Inglaterra  do  século  XIX  não  estava  passando  pela  crise  econômica  do  feudalismo.  

[D]  Incorreta.  No  século  XIX,  a  Igreja  Anglicana  não  estava  passando  por  uma  crise  religiosa  relacionada  à  Contra  Reforma.  

[E]  Incorreta.  O  texto  não  faz  referências  ao  socialismo  ou  a  movimentos  revolucionários.  A  opção  correta  é  aquela  que  relaciona  crescimento  urbano  e  pobreza  com  o  desenvolvimento  material  da  revolução  industrial.  Portanto,  a  opção  [A]  está  correta.          Resposta  da  questão  8:    [D]    O  enunciado  induz  o  candidato  a  pensar  que  sua  resposta  terá  relação  com  a  Primeira  Guerra  Mundial,  mas  uma  interpretação  mais  profunda  mostra  que  o  texto  se  relaciona  às  consequências  da  Revolução  Industrial,  que  provocou  o  inchamento  das  cidades  europeias.        Resposta  da  questão  9:    [C]    O  texto  retrata  o  processo  de  especialização  do  trabalho,  que  retira  do  trabalhador  o  conhecimento  sobre  a  elaboração  completa  de  um  produto.  Até  antes  da  Revolução  Industrial,  do  final  do  século  XVIII,  os  artesãos  produtores  eram  aqueles  que  conheciam  e  realizavam  todas  as  etapas  da  produção  e,  portanto,  controlavam  a  produção.  A  partir  da  industrialização,  a  especialização  tira  do  trabalhador  o  

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controle  sobre  a  elaboração  do  produto,  que  passa  a  ser  controlado  pelo  burguês  ao  empregar  alguns  especialistas.        Resposta  da  questão  10:    [C]    A  questão  sintetiza  de  forma  objetiva  os  fatores  de  ordem  política,  ideológica,  religiosa  e  econômica  que  favoreceram  a  consolidação  da  Revolução  Industrial  Inglesa  no  século  XVIII        Resposta  da  questão  11:  

 a)  Nas  fábricas  dos  primeiros  tempos  da  Revolução  Industrial,  os  operários  trabalhavam  em  precárias  condições,  devido  às  longas  jornadas  de  trabalho  em  ambiente  em  insalubre,  sujeitos  a  acidentes  e  a  castigos  físicos  e  em  troca  de  salários  insignificantes.  

 b)  A  afirmação  de  Charles  Fourier  de  que  a  Inglaterra  “bloqueia  as  comunicações”,  remete,  no  contexto  em  que  se  deu,  à  hegemonia  inglesa  no  comércio  internacional,  condição  que  a  Inglaterra  ostentava  desde  o  século  XVII  e  que  foi  consolidada  com  a  Revolução  Industrial  no  século  XVIII.        Resposta  da  questão  12:    [B]    A  crítica  dá  ênfase  ao  ritmo  de  trabalho  ditado  pela  máquina  e  à  perda  da  autonomia  do  trabalhador  cujo  trabalho  foi  subdividido  em  múltiplas  operações,  realizadas  em  linhas  de  montagem.  Essa  divisão  do  trabalho  conduziu  a  especialização  do  trabalhador,  levando-­‐o  ao  que  se  convencionou  chamar  de  trabalho  alienado.        Resposta  da  questão  13:    [E]    A  Revolução  Industrial  que  se  processou  na  Inglaterra  a  partir  do  final  do  século  XVIII  teve  características  sociais  nefastas  para  os  trabalhadores,  uma  vez  que,  a  inexistência  de  legislação  determinou  um  processo  de  superexploração.  As  condições  de  trabalho  e  de  vida  eram  marcadas  pela  miséria.  Surgiram  grandes  bairros  operários,  caracterizados  pela  formação  de  cortiços,  marcados  pela  falta  de  infraestrutura  e,  muitas  vezes,  pela  promiscuidade.        Resposta  da  questão  14:    [A]    Os  cercamentos  representaram,  na  prática,  a  concentração  das  propriedades  até  então  improdutivas,  desde  o  final  do  século  XVI.  Analisando-­‐se  a  Revolução  Industrial  do  século  XVIII,  percebe-­‐se  a  ausência  de  leis  trabalhista  e  a  proibição  de  associação  por  parte  dos  trabalhadores,  o  aumento  da  população  urbana  e  da  riqueza  na  Inglaterra,  que  possibilitaram  a  ampliação  do  mercado  interno,  apesar  da  pobreza  da  maioria  dos  trabalhadores.        

Resposta  da  questão  15:    a)  De  acordo  com  o  texto  sim,  pois  antes  da  Revolução  Industrial,  “o  passado  era  o  modelo  para  o  presente  e  o  futuro”,  pois  o  velho  representava  a  sabedoria,  experiência  e  a  memória.  Depois  da  Revolução  Industrial,  novidade  surgida  a  cada  geração  ganhou  mais  importância  em  relação  a  sua  semelhança  com  o  que  havia  antes.      b)  A  Revolução  Industrial  dos  séculos  XVIII  e  XIX  promoveu  a  substituição  da  produção  artesanal  como  sistema  de  produção  predominante  pelo  sistema  fabril.  Promoveu  também  a  mecanização  da  produção  e  a  perda  o  controle  por  parte  do  trabalhador  sobre  o  processo  de  trabalho,  isto  é,  a  alienação.