jornal político objetivo edição 1 - nov.dez2014
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Às vésperas do segundo turno das eleições, reunimos o grupo de alunos com um projeto: investigar o perfil político do povo guaçuano em relação aos nossos candidatos à
presidência.
No mês de outubro, reunimos os alunos do oitavo ano para sair às ruas e “brincar de Ibope e Datafolha”, fazendo um levantamento das intenções de voto de familiares, ami-
gos e até desconhecidos!
> Não perca, na pág. 3
Pesquisa revela o perfil político do
guaçuano para o segundo turno das eleições
EM FOCO: reportagem especia l
mostra a lguns candidatos a deputados
da nossa região
CORPO EDITORIAL
Supervisão:
Carol Madruga e
Matheus Marchiori
Editorial:
Matheus Marchiori e
Carol Madruga
Diagramação e revisão:
Carol Madruga
Coordenação:
Michelle Moraes
JPO - Jornal Político Objetivo
Jornal interno do Colégio
Objetivo, criado pelos alunos
do 8º ano de 2014, com a
colaboração da turma do 9º
ano.
Nesta edição
Editorial 2
CAPA: O perfil político do guaçuano 3
EM FOCO: Os deputados da região 4 e 5
RESENHAS: “Horário humorístico” 6 e 7
HUMOR: Tirinhas e Charges 8 e 9
CRÔNICAS: Os vira-latas 10
Edição 1, Nov/Dez 2014
Imagem de: Alexandre Caverni Portal UOL notícias
Você já ouviu fa lar de complexo de vira - lata?
Criada pelo escritor Nelson Rodrigues, a ideia de “complexo de vira-lata'“ é, na verdade um complexo de inferioridade que faz parte do povo brasileiro. Para o autor, "o brasileiro é um narciso às aves-sas, que cospe na própria imagem. Eis a verdade: não encontramos pretextos pessoais ou históricos para a auto-estima”. E com essa definição, brincamos de cronistas, pensando na maneira como o povo brasileiro encara a corrupção.
> Confira mais na pág.10
Humor e crít ica na seção de resenhas
São inúmeras as companhias de
humor que vêm fazendo sucesso
no YouTube. E com eles, muitas
são as sátiras políticas disponíveis
internet afora nesta época de elei-
ções.
Nossos alunos de 9º ano seleciona-
ram e analisaram alguns vídeos para
rir e refletir sobre a política no Brasil e
no mundo.
> Veja as resenhas a partir da página 6
Decidir o candidato em que vamos votar é uma árdua tarefa que a democra-cia nos impõe a cada quatro anos. E para fazê-lo consciente, nada melhor do que conhecer mais a fundo o que propõem nossos representantes. A turma do oitavo ano exercitou como descobrir qual candidato representa melhor suas ideias e expectativas, realizando uma reportagem especial com pesquisa sobre sete candidatos a deputados de nossa região.
> Pág. 4 e 5
Divirta -se com as nossas
charges e t ir inhas
Se tem uma coisa que torna o
povo brasileiro conhecido no mun-
do todo é pela arte de fazer humor
em qualquer circunstância! E é por
isso que não podíamos deixar de
lado nossa veia humorística!
> Páginas 8 e 9
que queremos uma sociedade em
que as pessoas privilegiadas sejam
menos alijadas da realidade – e que
estas usem seu privilégio para o bem
de todos e busquem aquilo que leve,
de fato, à grandeza de nossa nação.
Matheus Marchiori dos Santos Primeiro ano da Faculdade de
Direito da USP
imparcial, de educar politica-
mente os jovens para criar
neles criticidade; de estrutu-
rar ONGs e ouvidorias que
fiscalizem de maneira efici-
ente as decisões do poder
público e de incentivar a
participação da sociedade
na política e principalmente
na atividade legislativa.
Assim surgiu a intenção ao
trabalhar com o Ensino Fun-
damental sobre esse assun-
to tão importante. E como os
alunos foram receptivos!
Trabalhamos com temas
complexos como os anterior-
mente expostos, que remon-
tam a sociólogos de primeira
linha como Sérgio Buarque
de Hollanda e Darcy Ribeiro.
Incitamos o debate – para
que cada um chegasse às
suas conclusões – sobre
temas polêmicos como justi-
ça, igualdade, meritocracia e
maioridade penal. Busca-
mos, aos poucos, auxiliar na
formação de gente jovem,
crítica, bem fundamentada,
que questione o que deve
ser questionado e apoie
boas iniciativas de mudança
ou de permanência.
Democracia dá trabalho.
Instituições fortes e respeita-
das levam décadas para
firmar-se. Uma população
interessada e que debata
política de maneira qualifica-
da se constrói aos poucos,
com iniciativas pequenas
como esta. E por que empe-
nhar-nos nesta atividade?
Porque não há felicidade
numa sociedade infeliz. Por-
dos – que têm uma popula-
ção com características
culturais e étnicas bastante
diversas das nossas – estru-
turas de poder e instituições
para controlar a nossa políti-
ca e esperamos resultados
magníficos de fórmulas que ,
ao serem implantadas já se
encontram fadadas ao insu-
cesso.
Temos uma democracia
bastante jovem com uma
história recheada de desres-
peito institucionalizado: gol-
pes militares, ditaduras,
votos de cabresto, falta de
estímulo à democracia e à
conquista de direitos.
Somos ainda um povo
muito engraçado – que em
grandes números pratica
pequenos atos de corrupção
ou de egoísmo e exige a
uma classe política que se
comporte como ele mesmo
não faz. Cobramos na prova
uma lição que nós mesmos
não expusemos em aula e
finalmente somos uma de-
mocracia birrenta, capaz de
ameaçar deixar o país por-
que não teve o candidato X
ou Y eleitos. O fato é que há
muito desinteresse por Políti-
ca tal como ela deveria ser
praticada.
O quadro é grave, mas
tem solução. Em aula públi-
ca na Faculdade de Direito
da Universidade de São
Paulo o professor emérito
Fábio Konder Comparato
chamou atenção para a
importância de se trabalhar
com a política de maneira
Página 2 - JPO— Nov/Dez 2014
Editorial
“Buscamos, aos
poucos, auxiliar
na formação de
gente jovem,
crítica, bem
fundamentada,
que questione o
que deve ser
questionado e
apoie boas
iniciativas de
mudança ou de
permanência.”
“A grande questão era: como fazer com que os alunos
discutam sobre política sem causar desinteresse ou
repulsa?
Por meio de um ambiente
descontraído via Facebook e
também em sala de aula, em
um trabalho com a brilhante
parceria do Matheus,
conseguimos travar longas
discussões sobre questões
polêmicas, auxiliando o
desenvolvimento da
argumentação e contribuindo
para a formação de nossos
jovens enquanto cidadãos
questionadores.”
Profª Carol Madruga
Para quê Política?
Nosso Brasil é um caso
único no mundo – por conta
de nossas belezas naturais,
de nossa abundância em
recursos minerais, vegetais
e hídricos, pela riqueza cul-
tural que permeia cada canto
de nosso país e pela recepti-
vidade de nosso povo. Ago-
ra, de fato, somos um caso
único também por termos
um grande problema com
uma antiga “criação grega”:
a Política. Afinal, para que
serve a Política?
Somos um país em que o
particular, o privado, invade
incessantemente o espaço
público e acaba subjugando
o que deveria haver para o
bem de muitos em detrimen-
to do benefício de poucos
bem relacionados. Temos
uma formação e miscigena-
ção cultural que nos tornam
um caso difícil de lidar e
ainda tentamos importar da
Europa e dos Estados Uni-
Durante o mês de outubro de 2014, nossos alunos
saíram às ruas e realizaram uma pesquisa sobre as
intenções de voto. O critério era entrevistar apenas
pessoas residentes em Mogi Guaçu, de modo a tra-
çar o perfil político do povo guaçuano em relação à
disputa presidencial que estava em curso.
O sucesso da pesquisa foi tamanho, que conse-
guimos reunir 217 entrevistados, dos quais 53%
eram mulheres e 47% eram homens. Dentre os parti-
cipantes havia pessoas de todas as faixas etárias,
escolaridades e classes sociais e nossa intenção era
a de mapear como estava o posicionamento do gua-
çuano frente ao segundo turno das eleições.
Em relação às intenções de voto, ganhou o candi-
dato do PSDB, Aécio Neves, com 50% do total, es-
tando a outra metade dividida entre os que decidiram
apoiar a candidata à reeleição, a atual presidenta
Dilma Rousseff (35%) e aqueles que não votaram em
nenhum dos dois candidatos (entre os votos nulos,
justificados ou participantes que preferiram não opi-
nar).
É importante notar, porém, que 54% dos entrevis-
tados declararam-se como pertencentes à classe
média, 33% à classe alta e apenas 13% de classe
baixa, fator que aponta para a hipótese de que as
classes mais abastadas tendiam a votar no candidato
do PSDB. Apesar disso, a análise dos dados mostrou
que as classes mais altas tinham uma diferença me-
nor entre os candidatos do que as outras, conforme
mostra o gráfico ao lado.
Um terceiro dado interessante que revelou nossa
pesquisa se relaciona aos entrevistados menores de
18 anos: a diferença entre a porcentagem de votos
para PT ou PSDB foi a menor entre todas as faixas
etárias, fomentando a hipótese de que os mais ve-
lhos, já atuantes no mercado de trabalho tendiam a
optar pela mudança de presidente, conforme
revela o gráfico a seguir.
Dentre tantos dados levantados nesta
pesquisa, fica a confirmação de que a popula-
ção guaçuana optou pelos votos no candidato
do PSDB, como já mostravam as pesquisas
do Portal Globo de Notícias.
Pesquisa realizada pelos alunos do 8º ano Notícia elaborada coletivamente pelos alunos e
revisada pela professora Carol.
Página 3 Edição 1, Nov/Dez 2014
O perfil polít ico do povo guaçuano
Dilma e Aécio: caricaturas Fonte: Google Imagens®
Votos por faixa etária
Votos por classe social
Intenções de voto
Página 4 - JPO— Nov/Dez 2014
Os deputados de nossa região
Thomaz Caveanha O político Thomaz Caveanha, do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), concorreu ao cargo de deputado federal, com o número de urna 1436. Nascido em 20 de agosto de 1978, mora em Mogi Guaçu, é pai de família e filho do prefeito Walter Caveanha e da Sra. Maria Amélia Franco de Oliveira Caveanha. É
formado em Engenharia Agrônoma pelo CREUPI e pós-graduado pela UNIFEOB.
Thomaz foi eleito vereador em 2008 com 1621 votos e reeleito em 2012 com 2319 votos, não tendo sido eleito em 2014 ao cargo de deputado federal, mesmo tendo sido o mais votado em Mogi Guaçu.
Não está envolvido em nenhum escândalo político, muito respeitado e também popular no cenário político guaçuano. Enquanto vereador, conquistou mais de 5 milhões de reais para recapear as ruas e avenidas de Mogi Guaçu, duas ambulâncias para a Rede Pública de Saúde de nossa cidade e, ainda, dois ônibus escolares para a Rede Municipal de Educação.
Grupo: Guilherme, Moisés e Rafael
Daniel Rossi O candidato Engenheiro Daniel Rossi possui 56
anos e nasceu em Andradas, Minas Gerais no dia 7 se setembro de 1958. É brasileiro, solteiro, com ensino superior completo e tem ficha limpa.
Este ano, candidatou-se ao cargo de deputado estadual pelo PR (Partido da República), em São Paulo.
Daniel Rossi não foi eleito ao cargo, obtendo 0,03% dos votos (6.942 no total) nas urnas.
Grupo: Giovanna, Bianca, Júlia e Lara C.
Marcos Antonio Marcos Antônio foi candidato a Deputado Estadual
pelo partido político PSD. Candidato ficha limpa, tinha como proposta garantir mais segurança no comércio e em praças públicas.
Seu nível de escolaridade é superior completo e é diretor de escola da qual é dono.
Em 2012 foi candidato a prefeito de nossa cidade, mas não venceu a eleição.
Julga relevante um político cumprir com a maioria das propostas que apresenta.
Grupo: Gabriela, Beatriz , Laís e Laura
Alex Tailândia Alex Tailândia é vereador em
Mogi Guaçu e se candidatou nas eleições de 2014 ao cargo de Deputado Federal do Estado de São Paulo, pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Obteve apenas 10.549 votos e não foi eleito.
O principal motivo que o levou a se tornar político foi por entender as necessidades de nossa cidade.
No dia 10 de setembro, Alex Tailândia foi à Brasília para tomar providências no sentido de captar recursos para a cidade de Mogi Guaçu.
Além disso, lutou para conseguir investimentos em creches e hospitais de nossa cidade. Foi considerado o vereador mais atuante, durante dois anos consecutivos, pelo Instituto Tiradentes.
Grupo: Ana Clara, Maryana, Pietra e Rebecca
Página 5 Edição 1, Nov/Dez 2014
Dr. Paulinho
Ao falarmos no Dr. Paulinho, é inevitável lembrar de seu mandato como prefeito de Mogi Guaçu no período de 2008 a 2012, já que muitas críticas foram feitas ao trabalho dele. Aceitamos o desafio de pesquisar sobre ele e nos sentimos honrados pelo candidato a Deputado Federal ter recebido com tanto carinho nosso grupo e por ele ter conversado conosco sobre sua carreira política! Iniciando sua carreira no Centro Acadêmico da Faculdade de Medicina (em 1980), atuou como Secretário da Saúde em Mogi Guaçu no ano de 1992, o Dr. Paulinho seguiu na política e filiou-se ao Partido Verde (PV), com o qual conquistou o cargo de prefeito de nossa cidade. O candidato se mostrou orgulhoso em ter rompido com uma tradição de mais de trinta anos de alternância entre três candidatos a prefeito (os Srs. Carlos Nelson Bueno, Hélio Miachon Bueno e Walter Caveanha, atual prefeito de nossa cidade) e declarou ter deixado como legado algumas obras importantes para o desenvolvimento de nossa cidade: a construção do Shopping Buriti como um ponto de lazer para a nossa juventude, a reforma de vários setores do Hospital Municipal “Dr. Tabajara
Ramos”, a contratação de médicos oncologistas, trazendo ainda o AME – Ambulatório Médico Especializado e o SAMU- Serviço de Atendimento Médico de Urgência para Mogi Guaçu. Dr. Paulinho destacou ainda uma série de melhorias na área de Educação, como o fornecimento de uniformes e a melhoria da merenda escolar (avaliada como uma das dez melhores de nosso Estado), e na área cultural, trazendo a Virada Cultural, diversos shows e peças teatrais para nossa cidade. Em relação às criticas feitas a seu mandato, Dr. Paulinho se defende dizendo que elas fazem parte da vida de qualquer político e advertindo que não se deve confiar em tudo que falam sobre ele, declarando-se magoado pelo que ouviu por aí. Como candidato a Deputado Federal pelo Partido Humanista da Solidariedade (PHS), Dr. Paulinho propôs melhorar o trânsito da cidade e trazer uma universidade pública para Mogi Guaçu além, é claro, de representar nossa cidade no Congresso Nacional, lamentando não ter sido eleito e dizendo que pretende disputar outras eleições, porque suas duas paixões na vida são ser pediatra e político.
Grupo: Arthur, Jésus, Pedro e Igor.
André Mazon
André Mazon foi
candidato a Deputado Federal pelo Partido Verde.
Ele se preocupa muito com os animais. Duas de suas propostas eram a criação do código de defesa animal e critérios do uso de animais na indústria. Além disso, participa do AMA (Associação do Meio Ambiente) que realiza campanhas de conscientização e castração em massa de animais.
Foi Secretário da Cultura. Propôs a criação de leis que destinem verba para atividades na área de Esporte e Cultura e também tem se mostrado preocupado com a Educação.
Na Saúde, propôs reajuste nos salários do SUS, e na Segurança, reduzir a maioridade penal.
Grupo: André, Caio e Matheus
Barros Munhoz O candidato a deputado Barros Munhoz está envolvido com a política desde sua juventude, tendo sido diretor do Centro Acadêmico da Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Foi prefeito de Itapira por três vezes, quatro vezes Deputado Estadual, sendo eleito por duas vezes presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Além disso, foi Secretário da Agricultura de São Paulo e Ministro da Agricultura do Brasil.
Durante os mandatos que cumpriu, obteve importantes obras para nossa região, como estradas, escolas, creches, construções e reformas de hospitais e postos de saúde, casas populares, quadras poliesportivas, centros médicos, verbas para saneamento básico e para entidades assistenciais.
Teve uma grande aceitação política durante sua campanha de 2014 e novamente foi eleito Deputado Estadual.
Grupo: Gabriel e Lucca
Página 6 - JPO— Nov/Dez 2014
“HORÁRIO HUMORÍSTICO”: resenhas de sátiras políticas do YouTube
O vídeo “Deputado” traz um deputado e seus assessores reunidos para discutir sobre diferentes estratégias para colocá-lo na mídia, tornando-o popular e conquistando, assim, mais votos. As estratégias sugeridas pelos assessores fazem uma referência implícita à maneira como alguns políticos se colocam na mídia, como no caso do deputado federal do Partido Social Cristão, Marco Feliciano, que constantemente é citado pela mídia por causa de suas polêmicas relacionadas ao movimento LGBT, aos comentários racistas contra afro-descendentes e às discussões sobre os direitos das mulheres.
Resenha elaborada por Ana Torres, Beatriz Toso, Julia Sant’Ana
No vídeo “Vote em mim”, Luís Lobianco representa um candidato
político que não faz nenhuma promessa para melhorar o país, mas pede para ser seguido nas redes sociais usando o nome @marcinho_silveira2010. Ele se autopromove, dizendo que não costuma incomodar as pessoas com postagens excessivas, como frases religiosas ou de autores famosos. Promete apenas retribuir “likes” ou seguir seus eleitores nas redes sociais, já que isso é uma atitude bem vista hoje em dia, que torna mais respeitadas na vida real as pessoas que são populares na internet. Assim, existe uma crítica ao fato de muitos candidatos usarem as redes sociais para se tornarem conhecidos e ganharem votos sem apresentar nenhuma proposta.
Resenha elaborada por Laís Dias e Fernanda
Chico Rezende em: “Doritos VS Ruffles— Eleições 2014”
Chico Rezende, formado em jornalismo, tem 29 anos. Atualmente é um vlogueiro famoso por produzir vídeos de humor muitas vezes satirizando situações do cotidiano e postando no YouTube. Hoje, seu canal possui mais de 200.000 inscritos e mais de 230.000 visualizações.
O vídeo mostra as eleições de 2014, mas através de um meio humorístico, no qual ele utiliza alimentos no lugar dos principais candidatos: biscoito de polvilho é associado à Marina, Ruffles, ao Aécio Neves e o Doritos, à Dilma. Ao final, mais dois exemplos são citados como o Miojo, associando a candidata Luciana Genro e o salgadinho Fofura, que pode ser ligado a outros dois candidatos.
O humor consiste em trocar os candidatos por salgadinhos e mostra suas características semelhantes: um dos argumentos usados foi o molho família que alude ao bolsa família da candidata Dilma; enquanto o governo de Aécio (Ruffles) foi criticado por proteger a elite que o cerca. Por fim percebemos que todos os candidatos possuem pontos positivos e negativos para levar em conta na hora da votação.
Link: http://goo.gl/ceJvQj Resenha elaborada por Ana Laura da Matta e Ana Beatriz Santos
O grupo de alunos do 9º ano colaborou com nosso jornal, realizando resenhas de vídeos disponíveis gratuitamente na internet
contendo sátiras sobre a política no Brasil. Há companhias de humor bastante conhecidas, como é o caso do Porta dos Fundos e do
Parafernalha, cujos integrantes atuam também em redes de televisão. Mas não podíamos deixar de lado alguns humoristas que
estão se firmando no cenário virtual, por meio de postagens de vídeos semanais, como é o caso de Chico Rezende e da Cia Barbi-
xas de Humor. O critério de seleção consistia em escolher vídeos que satirizassem um aspecto político vivenciado por eles na atuali-
dade. Confira, portanto, nossas resenhas...
Links: Deputado: http://goo.gl/8FFIwM e Vote em Mim: http://goo.gl/haQlvV
Criado pelos humoristas Fábio Porchat, Antonio Pedro Tabet, Gregório Duvivier, Ian SBF e João Vicente de Castro, o grupo “Porta dos Fundos” é um canal do YouTube que lança esquetes semanais todas as segun-das e quintas-feiras e faz muito sucesso. A prova disso é que em menos de um ano de existência tornou-se
o canal brasileiro do YouTube com mais inscritos no Brasil.
Web série “Campanha Política”
A Cia Barbixas de Humor é formada pelos humoristas Anderson Bizzochi, Daniel Nascimento e Elídio Sanna. Possui grande prestígio no teatro, tendo sido convidada a participar do 16º Festival de Teatro de Improvisação de Amsterdã, e é valorizada também na web, contando com mais de 2 milhões de inscritos em seu canal no YouTube. No ano de 2014, lançou uma websérie satirizando a posição dos candidatos políticos à presidência, através de dois candidatos fictícios, Ricardo Reis (aludindo à presidenta Dilma Rousseff) e Álvaro Campos (em referência ao opositor Aécio Neves). O primeiro vídeo de Ricardo Reis faz uma crítica bem-humorada ao mandato de Dilma e à sua candidatura à reeleição, pois ridiculariza os projetos realizados pelo personagem e as promessas feitas por ele em sua campanha, dando ênfase ao desvio de verbas em obras públicas através do slogan “Fez um, daria para fazer três”. No segundo vídeo deste candidato, a frase “vamos juntos continuar” é repetida várias vezes, mostrando obras que foram realizadas em seu mandato e perguntas do povo para ele. Ricardo Reis não responde claramente e desvia de acusações feitas pelo povo, semelhante ao que fez a candidata à reeleição no ano de 2014. O vídeo que inaugura a campanha de Álvaro Campos traz homens e mulheres de diferentes etnias falando sobre o candidato, como acontece normalmente durante o horário político. As falas são visivelmente ensaiadas e alguns personagens deixam claro que receberam cachê para fazer o vídeo, indicando uma crítica ao fato de muitos eleitores serem pagos para fazer esse tipo de trabalho. O segundo vídeo começa com uma dramatização em que uma menina está indecisa sobre quem votar e sua mãe apresenta o candidato Álvaro Campos como o opositor que pode promover uma mudança no país. Terminando a dramatização, ele aparece, afirmando que seu adversário o atacou durante a campanha política, mostrando um vídeo, claramente manipulado, no qual Ricardo Reis teria chamado Campos de machista. Este último se defende mostrando estar rodeado de mulheres em sua família, que na verdade é uma família para manter as aparências, pois Ricardo Reis erra o nome de sua “esposa”. Assim, a companhia de humor coloca em questão as críticas que foram feitas a Aécio Neves sobre sua relação com as mulheres. Também fazem parte da websérie outros dois vídeos de cada candidato, um com o debate político entre eles, um com a participação de Ricardo Reis em um programa de culinária e um último com provocações entre os candidatos, totalizando 11 vídeos.
Resenha elaborada por
Marcela e Nathália (introdução e Ricardo Reis #1); Gabriela Paniçolo e Daniel (Ricardo Reis#2); Guilherme Lombardi, Lucas e Marcos Paulo
(Álvaro Campos#1); Isabella e Giovana Araujo (Álvaro Campos#2)
Página 7 Edição 1, Nov/Dez 2014
Parafernalha
Quem gosta do horário político? Aqueles minutos de tédio, no qual os candidatos falam sobre suas promessas, caso vençam as eleições. Muitos aspirantes à política não têm capacidade e atribuem às suas propagandas eleitorais assuntos que muitas vezes não têm a menor lógica.
O vídeo “Candidatos Políticos pt 1”, do canal Parafernalha no Youtube, trabalha com esse assunto e aborda principalmente os tipos de candidatos. O vídeo satiriza os candidatos que não apresentam propostas políticas bem fundamentadas, como o exemplo do primeiro personagem que é um mendigo semi-analfabeto, vinculado ao Partido dos “su jismundo”. Há também
um exemplo de ex-participante de reality show que tenta a candidatura pelo fato de ser famoso. Existe ainda uma crítica ao tempo destinado à campanha política de alguns candidatos ser insuficiente para que ele mostre suas propostas.
Link: http://goo.gl/0PaAmU
Resenha elaborada por Renan, José Otávio e Rafael Santos
O sucesso do primeiro vídeo foi tão grande, que a companhia de humor lançou o “Candidatos Políticos pt 2”, que conta com quinze personagens para satirizar os candidatos sem nenhum ideal ou propostas. Alguns dos personagens parecem estar presentes apenas para ocupar espaço ou receber votos para um determinado partido.
Como no outro vídeo, o humor é construído a partir dos nomes dos candidatos, seus números, roupas, plano de fundo do vídeo, assim como pela descrição do candidato e de suas propostas. Trata-se de um humor exagerado e uma crítica inteligente
Link: http://goo.gl/gWzYxu
Resenha elaborada por Giovany, Rodrigo e Micael
Link para a playlist da Websérie “Campanha Política”:
http://goo.gl/CXN0YC
“HORÁRIO HUMORÍSTICO”
Página 8 - JPO— Nov/Dez 2014
HUMOR: divirta-se com nossas charges
Campanha duvidosa
Ladrão que rouba político, tem perdão?
Por Laís Rua Marques e Laura Veiga
Por Giovanna Grigoletto
Por Guilherme M. B. Rezende
Enquanto isso, na idade da pedra...
Por Lara Cussolim
Página 9 Edição 1, Nov/Dez 2014 Ali Babá... Por André Salvi
Avalanche de campanha política
A impunidade nossa de cada dia
Por Rafael Manzoli
Mas com certeza, nunca pensamos além do Brasil. Vemos a Itália como um grande centro econômico, o lindo Coliseu de Roma e a magnífica Torre de Pisa. Entretanto, não podemos negar que em junho de 2014, houve uma investigação por corrupção e lavagem de dinheiro, envolvendo políticos, isso mesmo caro leitor, políticos!
É claro que a corrupção pode ser feita de maneiras diferentes no exterior, mas a ideia continua a mesma.
Quando assisto um noticiário na televi-são ou converso com amigos meus, sem-pre me pego dizendo: “Tem que ser o Brasil!” ou “Só no Brasil mesmo! “.
Será?
Afinal, a população está acostumada a comentar sobre a corrupção no Brasil, colocando o nosso país numa ideia cen-tral e “exemplar” de corrupção.
Nós, os brasileiros, sempre destacamos o quanto nosso país é “sujo”, pior do que qualquer coisa neste mundo!
Ainda pensamos de forma equivocada, ainda temos “complexo de vira-latas”.
É difícil a corrupção acabar, mas daí a acreditar que só nós brasileiros somos corruptos, é o jeito errado de se pensar.
Crônica: “Só no Brasil tem?” , p o r G i o va n n a G r i g o le t t o
Jornal interno do Colégio Objetivo,
criado pelos alunos do 8º ano de 2014,
com a colaboração da turma do 9º ano
Ana Clara F.Cruz,
André M. Salvi,
Arthur H. V. Correa,
Beatriz L. M. Monzoli,
Bianca W. Simionato,
Caio H. F.Costa,
Gabriel T. Mansano,
Gabriela F. A. Lima,
Giovanna M.
Grigoletto, Guilherme
M. B. Rezende,
Igor F. Freitas,
Jésus S.F. Junior,
Júlia S. Zanoni,
Laís R. Marques,
Lara C. Bujansky,
Lara C. Matheus,
Larissa R.L. Gouveia,
Laura G. Veiga,
Lucca A. Pietro,
Maryana B. V. Carvalho,
Matheus Fazoli,
Moisés Q. Rodrigues,
Pedro H. Pasin,
Pietra B. Pappa,
Rafael F. Manzoli
Rebecca E. Rebechi.
Colaboradores do 9º ano:
Ana Beatriz S. Santos,
Ana Beatriz T. Ramos,
Ana Laura C. Matta,
Beatriz F. Toso,
Daniel F. Mendes,
Fernanda V. B.
Meneguel,
Gabriela S. Paniçolo,
Giovana O. Araujo,
Giovany A. Silva,
Guilherme O. Lombardi,
Isabella P. M. Patelli,
José Otávio M.
Domingues,
Júlia Sant'Ana,
Laís M. Dias,
Lucas L. Jesus,
Marcela A. Farche,
Marcos Paulo L. Filho,
Micael J. Manera,
Nathália M. Magioli,
Rafael O. Santos,
Renan M. Simionato,
Rodrigo M. Mendes
Ora, você já ouviu falar de “complexo de vira-latas”? Isso mes-mo, vira-latas! Criado pelo sábio escritor Nelson Rodrigues, é o ato que o brasileiro normalmente comete quando se diz pior que o estrangeiro. Trata-se do mais puro complexo de inferioridade pensarmos que somos um povo corrupto na origem e que ne-nhum povo é assim.
Por isso, antes de reclamar sobre o Brasil e o brasileiro, dê uma pesquisada em sites internacionais e veja se não há cor-
rupção fora do nosso “país complexado”.
Você acha que os atos de corrupção são apenas brasileiros? Então pesquise um pouco mais... Leia jornais estrangeiros, visite sites da mídia internacional, consulte outros meios e veja mil e um casos de corrupção cometida pelas pessoas de outros paí-ses!
Acontece que na mídia brasileira, suas emissoras de televisão e sites de notícias, há pouca ênfase aos atos corruptos de outros locais, induzindo o brasileiro a pensar que somos o único ou o
mais corrupto dos países do mundo.
Crônica: “Reclamação de vira - lata” , po r R eb ec a E le n R eb ec c h i
Página 10 - JPO— Nov/Dez 2014
Foto: Confraternização dos alunos do 8º ano Créditos: Profª Márcia
Alunos do 8º ano:
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