Jornal nº 67Março - 2018

execução Da VEREADORA É crime político que ATAca POPULAÇÃO POBRE E LUTADORES DO PAÍS

trabalhadores iniciam campanha de plr na região

mars brasil anuncia investimentos na fábrica de guararema

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marielle, presente!

assassinato da vereadora marielle franco gera indignação no país e no mundo

rio de Janeiro

Um crime que indignou o país e o mundo! O assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e de seu mo-torista, Anderson Pedro Gomes, foi um grande ato de covardia que calou uma das principais vozes contra a violência da Polícia Militar no Rio de Janeiro.

Marielle foi a quinta vereadora mais votada nas últimas eleições no Rio. Po-lícia Civil trabalha com a hipótese de execução, devido às circunstâncias do crime, munição usada e linha de tiro.

Uma voz contra a violênciaEm sua atuação política, Mariel-

le denunciava a violação dos Direitos Humanos por parte da PM nas favelas cariocas. Duas semanas antes de sua morte, ela havia assumido a relatoria da Comissão da Câmara de Vereado-res, criada para acompanhar a atuação das tropas na intervenção militar no

estado.Nas redes sociais, a vereadora de-

nunciava a ação truculenta das tropas federais nas favelas do Rio.

Quatro dias antes da morte, ela es-creveu: “Precisamos gritar para que todos saibam o está acontecendo em Acari, neste momento. O 41º Batalhão da Polícia Militar do Rio está aterro-rizando e violentando moradores de Acari. Nesta semana, dois jovens foram mortos e jogados em um valão”.

No dia anterior, uma ação policial na favela destruiu quiosques de comer-ciantes e provocou revolta entre os mo-radores.

Um dia antes de seu assassinato, Marielle denunciou a morte de um jo-vem, baleado pela PM quando saía da igreja. Ela ainda questionou “quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?”.

Marielle Franco tinho 38 anos e deixa uma filha

Manifestação contra o assassinato de Marielle, no Rio

Comparação de fotos desmente notícia falsa de que Marielle seria casada com traficante

em protestos, população eXige Justiça

Em uma tentativa vergonhosa de difamar Marielle Franco, grupos como o MBL (Movi-mento Brasil Livre), deputados da bancada da bala e até juízes estão inundando a internet com imagens falsas e boatos que fazem refe-rências mentirosas ao envolvimento da verea-dora com o Comando Vermelho.

Uma a uma, as chamadas “fake news” (notícias falsas) estão sendo checadas e des-mentidas.

Esta campanha difamatória quer conven-cer a população de que o assassinato de Ma-rielle não foi um crime político e sim um crime comum. Não podemos aceitar!

Desde a morte da vereadora, milhares de pessoas tomaram as ruas do país para mostrar sua indignação e pedir justiça.

Um dia após sua morte, protestos se estenderam até a noite na capital carioca. Com faixas, cartazes, velas e flores, a po-pulação pedia justiça e demonstrava que a luta da vereadora não seria encerrada com sua morte.

Protestos foram registrados na maioria das capitais do país. Em São José dos Cam-pos e Jacareí também houve manifestação.

Crime políticoA indignação também tomou conta das

redes sociais, onde a morte de Marielle é comparada a assassinatos políticos que marcaram o país, como o do líder seringuei-ro Chico Mendes, em 1988, e o da missio-nária Dorothy Stang, em 2005.

Fora do país, aconteceram protestos em Portugal, Estados Unidos e França, onde deputados do Parlamento Europeu exibiram cartazes em homenagem à vereadora.

SolidariedadeO Sindicato repudia este crime e se

solidariza com os parentes e compa-

nheiros das vítimas. É preciso que este crime político seja investigado e punido com todo rigor.

CRIME ELEVA PRESSÃO CONTRA A INTERVENÇÃO

MILITAR NO RIO

O crime eleva a pressão sobre a intervenção militar no estado, que completou um mês no dia 16, sem apresentar resultados.

O assassinato de uma figura política importante deixa claro que a sensação de impunidade não diminuiu com a forças arma-das na rua.

O fato também escancara a farsa da operação militar planeja-da pelo presidente Michel Temer, que apenas aumenta a violência sem garantir mais educação, saúde e serviços para a popula-ção da periferia carioca.

trabalhadores da alimentação iniciam campanha de plr

O Sindicato e os trrabalhadores da alimentação vão dar início à campanha de PLR (Programa nos Lucros e Resulta-dos) nas fábricas da região

Vamos cobrar uma maior participa-ção e mais direitos para os trabalhado-res, afinal, o pessoal suou a camisa no último ano.

HeinekenNa Heineken a luta vai ser grande. A

empresa encerrou 2017 com lucro líqui-do de 1,227 bilhão de dólares, alta de 25,4% em relação ao ganho de 2016.

A empresa divulgou ainda que espe-ra aumentar os lucros este ano, após a compra da Brasil Kirim.

Com mobilização, podemos ser vito-riosos e conquistar um PLR maior que o de 2017. Vamos à luta!

mais contratações

baixa qualidade

lucro em alta

Sindicato vai mobilizar trabalhadores por maior particpação nos lucros

Ampliação da fábrica vai gerar empregos na região

mars brasil vai dobrar fÁbrica de guararema até 2019

ambev faZ mudanças no convênio, mas estÁ longe de atender necessidades do trabalhador

A Mars Brasil anunciou que vai concluir no ano que vem as obras que vão dobrar o tamanho de sua fábrica em Guararema.

A ampliação da unidade faz parte do in-vestimento de R$ 1 bilhão que o grupo ame-ricano fará no Brasil. A ampliação da unida-de de Guararema deverá gerar centenas de empregos, beneficiando os trabalhadores e a região.

Participação nos lucrosO investimento é resultado do bom resul-

tado financeiro da fábrica no último período, o que também deve impulsionar a luta por PLR na fábrica.

Por isso, os trabalhadores devem estar mobilizados nesta Campanha de PLR. Nada de cair em choradeira de patrão!

Depois da pressão dos trabalha-dores, a Ambev até fez alterações no convênio médico, mas não solucio-nou o problema da baixa qualidade do serviço. Por isso, a luta precisa con-tinuar.

Graças à nossa mobilização, a abrangência dos serviços foi amplia-da em Jacareí. A SulAmérica incor-porou novos hospitais, que atendem

mais exames e especialidades. Mas ainda há muito o que melhorar

em relação ao convênio anterior.O atendimento nos novos hospitais

é demorado e cheio de burocracia.

Em São José, nada mudouEm São José dos Campos, nada

mudou! Os trabalhadores continuam com atendimento precário.

O Sindicato está reivindicando jun-to à Ambev que o SulAmérica inclua em seus serviços o atendimento na Policlin e no Hospital Santos Dumont.

Mobilização continuaO Sindicato vai continuar mobili-

zando os trabalhadores até conquistar um convênio médico de qualidade. Ambev, respeite a nossa saúde!

Sindicato ganha novo logo e site

O Sindicato está passando por uma reestruturação para melhor atender o trabalhador. A partir deste mês temos um novo logotipo, mais moderno. Em abril, um novo site vai dinamizar a comunicação entre a entidade e a categoria. Fique ligado, logo logo tem mais novidade!

Sócios já podem retirar Jornal de Convênios

O Jornal de Convênios do Sindicato já á está sendo distribuído nas fábricas e na sede e subsedes da entidade.

No jornal, os sócios encontram todas das informações sobre des-contos em serviços e estabeleci-mentos comerciais conveniados ao Sindicato. São faculdades, escolas, médicos, farmácias, academias, colônias de férias e muito mais, em várias cidades da região. Retire já o seu e aproveite mais esta vantagem oferecida aos sócios do Sindicato.

Em abril, tem eleição de Cipa na Tachão e Mars

Em abril, os trabalhadores da Ta-chão, em Ubatuba, e Mars Brasil, em Guararema, têm compromisso com a eleição de Cipa.

Na Mars as inscrições podem ser feitas até o dia 12 e a votação será entre os dias 15 a 17. Na Tachão a eleição será no dia 20. Vamos eleger candidatos que vão cobrar da em-presa mais contratações, melhores condições de trabalho, mais saúde e segurança na fábrica.

Sindicato participa do 3º Encontro de Saúde da Conlutas

Representantes da Secreta-ria de Saúde do Sindicato par-tiparam do 3º Encontro Nacio-nal da Saúde do Trabalhador da CSP-Conlutas, realizado entre os dias 23 a 25, em Xerém (RJ). O evento contou com a participação de cipei-ros, diretores sindicais, ativistas e es-pecialistas no tema de vários estados do país e debateu os impactos da re-forma trabalhista saúde e segurança no local de trabalho.

Também discutiu exemplos de ini-ciativas de luta que podem ser toma-das dentro das fábricas na defesa da saúde e segurança do trabalhador.

NOTAS:

EXPEDIENTE: Publicação do Sindicato da Alimentação de São José dos Campos e Região. Responsável: diretoria colegiada. São José dos Campos/SP: Av. Rui Barbosa, 14, centro, CEP:12209-000, Tel: 12-3922-1464. Jacareí: R. 03 de Abril n°64 Jardim Leonídia, centro, Tel: 3951-9729. Campos do Jordão: R. Frei Orestes Girardi, 371, Abernéssia, Tel: 3664-2777. Fale conosco: stiasjc@hotmail.com bicodoce-stia@hotmail.com. Acesse: www.stialimentacao.com.br

no dia da mulher, milhares foram às ruas em todo mundo. espanha tem forte greve geral

contra o machismo

Demissões injustasJá não bastasse o problema da falta de

mão de obra na fábrica, a Heineken ago-ra deu pra demitir trabalhadores alegando falta de qualidade. Essa pressão é inacei-tável e só vai piorar o problema. Não va-mos aceitar!

Meia-bocaA Heineken está cada dia mais mão

de vaca. Economizaram em tudo que puderam na festa deste ano. Comemo-ração que é bom mesmo, nem teve! Não teve camiseta para o pessoal e a infraestrutura do lugar era bem fraca. Deixou a desejar!

Com tantos cortes, daqui a pouco vão cortar até a festa.

Mais contratações, já!A empresa acabou com o turno da

noite da linha 6 e remanejou o pessoal para outros turnos. Mesmo assim conti-nua faltando gente nas linhas e, pra pio-rar, não estão substituindo as ausências do pessoal que sai de férias. Queremos mais contratações, já!

bico docebico doce

Segurança em último lugarA empresa deu férias para o técnico

de segurança e não colocou outro para substituí-lo.

Pra piorar, a fábrica não tem ambulató-rio e ambulância de plantão, para o caso de acidentes. Queremos mais segurança!

Segurança em último lugarA coordenção está pressionando o pes-

soal a fazer o exame periódico em dia de folga. Tomem vergonha na cara!

A culpa é do patrãoCom a falta de mão de obra e a produ-

ção bombando, o trabalhador da Tachão acaba se lesionando. Agora, o patrão tem a coragem de reclamar dos atesta-dos médicos. Absurdo!

O pessoal tá doente por culpa da fá-brica. Exigimos mais contratações!

PANCO

MARS BRASIL

TACHÃO

HEINEKENRisco à saúdeO pessoal da fábrica de K-suco está ina-

lando muito pó. No local faltam ventiladores e exaustores para dissipar as partículas do produto. Isso é um risco à saúde do traba-lhador. Queremos uma solução!

A culpa não é do trabalhadorO trabalhador da J. Macêdo está cansado

de pagar pela má gestão da fábrica. A empresa comprou um motor que deu

prejuízo de mais de 180 toneladas de pro-duto. Em outra linha, um gerente quis fazer uma nova receita de macarrão, que tam-bém acabou no lixo.

Esse problema tem que acabar. Não acei-tamos pagar pelos erros da empresa!

Falta segurançaA empacotadeira da linha cinco está co-

locando a segurança do pessoal em risco. Passou da hora de resolver o problema!

A liderança de toda fábrica também pre-cisa tomar vergonha na cara e parar de es-conder os erros da empresa sobre seguran-ça. Tô de olho!

J. MACÊDO

Sem jantaA liderança da manutenção está deixan-

do os GPAs sem janta, até terminarem o serviço. Pra amenizar, levam um lanchinho para o pessoal. Isso é totalmente irregular!

Risco sérioO caos no restaurante da Ambev só piora

e já coloca os trabalhadores em risco. O teto precisa ser arrumado com urgência, antes que desabe na cabeça de alguém.

Será que vou ter que chamar a Defesa Civil pra interditar o local?

Vista grossaA zeladoria da Ambev tá fazendo vista

grossa. Nas inspeção de rota, eles fingem que não veem a iluminação precária, os buracos por toda fábrica, o piso dos meza-ninos elétricos afundado, os alagamentos provocados pelos telhados quebrados.

O Sindicato e os cipeiros de luta estão de olho e vão continuar denunciando.

AMBEV

Manifestação do 8 de Março em Madri, na Espanha

No 8 de Março (8M), Dia Internacional de Luta da Mulher, milhares de pessoas foram às ruas em pelo menos 17 países. Na Es-panha, seis milhões de mulheres aderiram a uma Greve Geral para exigir igualdade de direitos e o fim da violência machista.

“Contra o Estado machista, vamos nos levantar. Vamos todas as mulheres à Greve Geral”, cantaram em coro. As trabalhadoras espanholas ganham, em média, 23% menos que os homens. Com cartazes, elas também pediram justiça contra a violência, o feminicí-dio e o assédio.

Também houve protestos na Itália, Ale-manha, Inglaterra, França, Paquistão, Chile,

entre outro países. Na Argentina, um protesto em Buenos Aires reuniu centenas de milha-res de pessoas em frente ao Congresso para pedir a aprovação de um projeto de lei que legaliza a interrupção da gravidez, sem restri-ções, até a 14ª semana de gestação.

BrasilPor aqui, o 8M teve manifestações em vá-

rias capitais. As mulheres protestaram contr a violência do machismo, o assédio e em de-fesa da democracia. Elas também protesta-ram contra a reforma da Previdência que, se aprovada, vai obrigar milhares de trabalhado-res a uma velhice sem aposentadoria.

No Brasil, uma mulher é assassinada a cada duas horas e 135 são estupradas por dia. Estes dados alarmantes tornam nosso país o quinto no mundo com maior violência contra mulheres, no ranking da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O machimo também atinge a mulher

no trabalho. Trabalhadoras ganham, em média, salários 30% menores que os dos homens na mesma função.

O assédio sexual e moral também atin-ge as mulheres no ambiente de trabalho.

É preciso denunciar os agressores para colocar fim nesta violência.

ESTUPRO E FEMINICÍDIO: VIOLÊCIA CONTRA MULHER NO BRASIL É ALARMANTE