jornal encontro de março de 2012
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Página
Jornal de Escola - Fundado em 1990 - Nº 17 - III Série - Março /2012 Agrupamento de Escolas Mestre Martins Correia Periodicidade: Trimestral (Período Letivo)
Entrevista com Eng.º Luís Vasconcellos e Souza A entrevista estava marcada para as 16 h, o nosso entrevistado telefonou às 15.55 h a avisar que estava atrasa-do. Afinal chegou às 16.10 h, o que diz muito sobre a sua pessoa. Em Por-tugal quantos se lembrariam de avi-sar do atraso quando este era de 10 minutos?
ENCONTRO - O que é a Agromais?
Engº Vasconcellos e Souza - A Agro-
mais é uma cooperativa de produtores
que começou nesta zona do país e que
envolvia, na altura, dois concelhos e
uma freguesia: o concelho da Chamus-
ca, o concelho da Golegã e a freguesia
dos Riachos que pertence ao concelho
de Torres Novas.
ENCONTRO - Em que ano foi fundada
a Agromais?
Engº Vasconcellos e Souza - Faz em
maio 25 anos. Foi criada em 1987.
(Página 3)
Poesia ou talvez não… (Página 9)
Entrevista com o músico Gonçalo Marques Fundação Calouste Gulbenkian
(Página 18)
Corta Mato Distrital
(Página 13)
Dias da Cultura 19 a 23 de Março de
2012
(Página 23)
Acontece(u)…
Aconteceu, acontece e vai acontecer
tanta coisa no nosso Agrupamento de
Escolas que o melhor é mesmo ler
todo o jornal ...
Luís Farinha * Rosário Carvalho * Marco Túlio
Testemunhos de antigos alunos da Escola Mestre Martins Correia
(Páginas 7 e 8)
“Subjetividades” na Escola Básica
2,3/S Mestre Martins Correia
Com o sentido de fomentar nos alu-nos o valor estético e criativo e dar mais cor e dinâmica ao espaço escolar,
mais uma vez partiu-se à deswcoberta de novas olhares e perspetivas na arte desta vez através da exposição “Subjetividades”.
(Páginas 11 e 12)
Dia Internacional da Língua Materna
(Páginas 25,26 e 27)
Página 2
Coordenadores
(Deste número)
Professores:
Fernanda Silva
Lurdes Marques
Manuel André
Alunos:
(Os mais assíduos)
5º Ano -Turma B
Francisca Alcobia
Ana Luísa Ferreira
Laura Oliveira
João Mota
Beatriz Santos
Duarte Cerdeira
6º Ano -Turma c
Bernardo Ferreira
7º Ano -Turma C
Manuel Nunes
Daniel Santos
8º Ano - Turma A
Ricardo Carvalho
Rodrigo Ferreira
8º Ano - -Turma B
André Moreira
Reprodução
Luís Farinha
Propriedade
Agrupamento de Escolas Mestre Martins Correia
(Golegã, Azinhaga e Pombalinho)
Sede:
Escola Mestre Martins Correia
Rua Luís de Camões - Apartado 40
2150 GOLEGÂ
Telefone: 249 979 040
Fax: 249 979 045
E-mail: eebs.golega@telepac.pt
Página Web: www.agrupamentoegap.pt
Moodle: moodle.agrupametoegap.pt
Biblioteca: biblioteca.agrupamentoegap.pt
Jornal: encontro.agrupamentoegap.pt
Tiragem
50 exemplares - Papel
100 exemplares - Digital
Caros leitores,
Aqui está mais uma edição do nosso jornal.
Chamamos a vossa atenção para a entrevista ao Eng.º Luís Vasconcellos e
Souza não só pela qualidade do seu conteúdo, mas também pela lição que,
antes da entrevista ocorrer, deu a muita gente:
A entrevista estava marcada para as 16 h, o nosso entrevistado telefonou às
15.55 h a avisar que estava atrasado. Afinal chegou às 16.10 h, o que diz
muito sobre a sua pessoa. Em Portugal quantos se lembrariam de avisar do
atraso quando este era de 10 minutos?
Para além disso, e sabendo nós da agenda muito preenchida do nosso entre-
vistado, propusemos, caso não pudesse estar presente, que respondesse por
escrito a perguntas que entregaríamos antecipadamente. O Engª Vascon-
cellos e Souza fez questão de vir à Escola para falar com o jornal Encontro.
Damos também destaque à criatividade e à autonomia dos nossos jovens
jornalistas. A não perder a entrevista, publicada na página 18, que foi condu-
zida autonomamente e guiada pela criatividade do nosso repórter Bernardo
Ferreira - 6º C - quando da visita de estudo à Fundação Calouste Gulbenkian.
Para assinalar o Dia Mundial da Língua Materna e lembrarmos a importância
da Língua Portuguesa, os encarregados de educação e familiares dos alunos
foram convidados a virem à escola para lerem em português, poemas, textos
ou excertos de obras literárias. Contaram histórias, falaram de um livro que
consideraram importante, sobre a sua profissão e a forma como a língua é
utilizada como ferramenta de trabalho, sobre religião e até sobre o livro em
branco e de como é possível falar com o futuro, partindo do princípio de que
alguém terá razão quando afirma que “escrever é falar com o futuro”. Do
que foi dito e ouvido, resultou a convicção de que devemos ter orgulho na
nossa língua e evitar tratá-la mal
Mais uma vez no historial do nosso agrupamento vai realizar-se a Semana da
Cultura/Dias da Cultura onde serão realizadas diversas atividades. Para ficar a
conhecer quais basta dar um saltinho à página 23.
E finalmente, como se costuma dizer para acabar aconteceu, está a acontecer
e vai acontecer. Para saber exatamente o que aconteceu, acontece ou vai
acontecer navegue pelas páginas deste nosso jornal.
Estamos em contenção financeira mas não se esqueçam que podem sempre
esbanjar Amizade, Compreensão, Solidariedade…
Os dinamizadores da Oficina de Jornalismo
Ficha Técnica Editorial
Página 3
Entrevista com Eng.º Luís Vasconcellos e Souza
base da fundação da Agromais foi sobretudo um, o de juntar
a produção para conseguir vender melhor.
ENCONTRO - Para além da comercialização de produtos o
que faz mais?
Engº Vasconcellos e Souza - Dá assistência técnica aos pro-
dutores, isto é, “ajuda a fazer”. Por exemplo, ver se há doen-
ças nas culturas, quais são as melhores variedades…
ENCONTRO - Qual a importância da Agromais para a
região/país e agricultores?
Engº Vasconcellos e Souza - Para a região pensamos que é
grande, porque os produtores no fundo acabaram por ter
confiança numa organização que lhes vende a produção. Os
produtores, por assim dizer, já não têm de se preocupar com
a parte comercial, com a parte da venda do produto. A nível
do país foi importante porque acabou por ser um exemplo
que, em alguns casos, foi seguido e em relação a alguns
negócios específicos tem um peso muito grande.
ENCONTRO - A Agromais foi então um exemplo para outras
cooperativas poderem existir ou mudar a sua forma de tra-
balhar?
Engº Vasconcellos e Souza - Sim. Acabou por ter um efeito
demonstrativo porque algumas zonas acabaram por fazer o
que nós fazemos aqui.
ENCONTRO - Qual o volume de negócios anuais?
Engº Vasconcellos e Souza - No ano 2011 foi cerca de 41
milhões de euros.
ENCONTRO - Qual a área potencial de produção?
Engº Vasconcellos e Souza - A zona base são cerca de 15 mil
hectares, porém há outras zonas nas quais estamos também
a produzir.
ENCONTRO - A Agromais disponibilizou-se, numa atitude de
mecenas, para atribuir os prémios pecuniários aos melho-
res alunos do ensino secundário das escolas dos concelhos
da sua área de intervenção. Quer falar-nos um pouco disso?
Engº Vasconcellos e Souza - Com muito prazer. A Agromais
considera que, no fundo, tem de ajudar a sua zona a desen-
volver-se e uma das formas de o fazer é “puxar” pelo que há
de melhor na sua zona e isso envolve “puxar” pelos melhores
alunos. Os bons exemplos é que devem ser o modelo, é que
devem ser seguidos, não queremos que seja ao contrário.
A entrevista estava marcada para as 16 h, o nosso entrevis-
tado telefonou às 15.55 h a avisar que estava atrasado. Afi-
nal chegou às 16.10 h, o que diz muito sobre a sua pessoa.
Em Portugal quantos se lembrariam de avisar do atraso
quando este era de 10 minutos?
ENCONTRO - O que é a Agromais?
Engº Vasconcellos e Souza - A Agromais é uma cooperativa
de produtores que começou nesta zona do país e que envol-
via, na altura, dois concelhos e uma freguesia: o concelho da
Chamusca, o concelho da Golegã e a freguesia dos Riachos
que pertence ao concelho de Torres Novas.
ENCONTRO - Em que ano foi fundada a Agromais?
Engº Vasconcellos e Souza - Faz em maio 25 anos. Foi criada
em 1987.
ENCONTRO - Qual é a atual sede?
Engº Vasconcellos e Souza - A sede da Agromais, neste
momento, é nos Riachos, concelho de Torres Novas.
ENCONTRO - Quais os objetivos que presidiram à fundação
da Agromais?
Engº Vasconcellos e Souza - O objetivo que esteve na
Continua
Página 4
ENCONTRO - Que contributo pode dar
o sector agrícola para que o país dê
um “salto em frente”?
Engº Vasconcellos e Souza - Aquilo
que me parece que tem de acontecer
é haver uma concentração de esforços
naquilo que seja competitivo. Em Por-
tugal, nós temos algumas áreas com-
petitivas na agricultura, esta é uma
delas. Temos de dar as mãos e conse-
guir fazer com que as zonas competiti-
vas sejam apoiadas porque, da manei-
ra com as coisas estão a ficar, as zonas
não competitivas vão ter um problema
muito complicado no futuro, aliás
como outras áreas. Por outro lado é
preciso ter a coragem política para
resolver quais são as zonas a apoiar e
as zonas a não apoiar. É claro que é
algo polémico e que faz vítimas e isso,
normalmente, é uma coisa que os polí-
ticos não gostam de fazer.
ENCONTRO - Qual é o produto mais
vendido pela Agromais?
Engº Vasconcellos e Souza - O milho.
ENCONTRO - Há quantos anos é presi-
dente da Agromais?
Engº Vasconcellos e Souza - Deixei de
ser durante três anos e depois voltei
porque achei que havia uma incompa-
ENCONTRO - Há jovens na agricultu-
ra?
Engº Vasconcellos e Souza - Há cada
vez menos, por isso é que é bom irem
para este sector. Há cada vez mais
cabeleireiros, mais médicos, mais
advogados e há cada vez menos agri-
cultores portanto quem for vai ter
mais oportunidades (salientou não ter
nada contra estas profissões, que são
importantes e dignas, mas que estão
sobrelotadas, não oferecendo, portan-
to, saída profissional).
ENCONTRO - Considera que a agricul-
tura é um sector que, a curto prazo,
possa estar em vias de extinção?
Engº Vasconcellos e Souza - Não. Julgo
que não vai estar, mas vai ter de haver
políticas diferentes. Na minha opinião
é um sector com futuro.
ENCONTRO - Para além do cargo de
presidente da Agromais, sabemos que
desempenha outros. O que move
uma pessoa tão ocupada a estar dis-
ponível para assegurar estes lugares-
chave que precisam de alguém que
leve as coisas para a frente? É preciso
dizer que a Agromais existe, mas foi
muito impulsionada por algumas pes-
soas-chave, entre as quais o Sr Enge-
nheiro.
Engº Vasconcellos e Souza - Considero
que as pessoas têm de ter a ideia que
o esforço compensa e que há coisas
tibilidade. Saí de 2000 a 2003 e desde
2003 cá estou eu.
ENCONTRO - Quais são as outras pro-
duções da Agromais?
Engº Vasconcellos e Souza - Tomate,
ervilha, pimentos, brócolos, trigo,
cevada… Muita coisa.
Desde já, fica aqui o convite para que
todos os alunos da Escola façam uma
visita de estudo à Agromais.
ENCONTRO - Há alguma coisa que
seja importante ser dito sobre a Agro-
mais, sobre a agricultura e que even-
tualmente não tenha sido pergunta-
do?
Engº Vasconcellos e Souza - Há uma
coisa muito importante que ainda não
foi aqui referida que é sobre o futuro
profissional que a agricultura pode dar
às pessoas. É importante perceber que
a agricultura pode dar um futuro pro-
fissional, contrariamente ao que às
vezes se diz. Pode ser um futuro inte-
ressante e, do ponto de vista remune-
ratório, bom para quem escolher esta
área.
Entrevista com Eng.º Luís Vasconcellos e Souza
Continua
Página 5
que podem ser feitas. Quem não pen-
sar assim, de facto, passa a vida a dor-
mir ou passa ao lado da vida. As pes-
soas movem-se por ideias. Há pessoas
que se movem pela ideia de ganhar
dinheiro, há pessoas que se movem
pela ideia de fazer um mundo mais
justo, há pessoas que se movem pela
ideia de serem felizes. É preciso ter
ideias na cabeça, e essas ideias, no
fundo, condicionam as nossas vidas.
ENCONTRO - Os portugueses são pou-
co intervenientes na sociedade?
Engº Vasconcellos e Souza - Na verda-
de, os portugueses não são muito
dados a tomarem posições e a coisa
que mais custa a um português é dizer
não ou tomar uma posição. Só para
dar um pequeno exemplo quando um
carro está mal parado, passam 50 pes-
soas e 49 não dizem “Tire daqui o car-
ro”. Acho que os portugueses são
laxistas de mais.
ENCONTRO - A Agromais tem alguma
iniciativa ou campanha para promo-
ver a agricultura?
Engº Vasconcellos e Souza - A ideia de
estar aqui é um pouco isso. E aprovei-
to também para deixar o convite para
que todos os alunos da Escola façam
uma visita de estudo à Agromais (E
este foi o segundo convite).
Aqui a redação do ENCONTRO referiu
que os portugueses estão um pouco
divorciados da agricultura, embora
Engº Vasconcellos e Souza - Penso
que hoje em dia, a maior parte da agri-
cultura europeia é subsídio-
dependente, porque no fundo o que a
Europa tem são padrões de vida que
se traduzem em regras de produção
muito mais exigentes do que noutras
zonas do mundo, portanto, isso, aliado
a um nível de vida superior, acaba por
ter de ser compensado de uma deter-
minada maneira, e a melhor maneira
para isso é haver subsídios.
ENCONTRO - 50 % daquilo que consu-
mimos vem do estrangeiro. Temos
quotas no leite, os produtores não
podem produzir livremente. Por que
motivo?
Engº Vasconcellos e Souza - Como
sabem, prevê-se o fim das quotas do
leite para o ano. As quotas, no fundo,
é alguma segurança. Isto levanta a
questão dos mercados, dos mercados
nesta zona nem tanto, porque há
sempre uma ligação à agricultura,
através de um tio, ou avô, mas, por
exemplo, se se falar com uma pessoa
do Entroncamento poderá já não ter
nada a ver com a agricultura. E então
questionou sobre a possibilidade de
organizar visitas de estudo para dar a
conhecer esta realidade, não só aos
alunos desta Escola mas também de
outras, de concelhos limítrofes ou
outros para dar a conhecer a agricul-
tura, a Agromais.
Engº Vasconcellos e Souza - Faz todo
o sentido, pode pensar-se nisso para
os professores, para os alunos desta
Escola, e depois para outras escolas.
Aqui a entrevista deixou de seguir o
formato convencional deste género
jornalístico e o Eng. Vasconcellos e
Souza entrou em contacto telefónico
com o Eng. Mário Antunes para ime-
diatamente começar a tratar do
assunto (estávamos perante um
homem de ação, de fazer, não de ficar
à espera). O Eng. Vasconcellos e Sou-
za passou depois o telemóvel a um
elemento da redação para acertar
alguns detalhes e pensar no modus
faciendi.
ENCONTRO - Pensa-se, muitas vezes,
que na agricultura portuguesa não há
grande criatividade e que esta é
“subsídio-dependente”. Qual a sua
opinião?
Entrevista com Eng.º Luís Vasconcellos e Souza
Continua
Página 6
perfeitos e dos mercados imperfeitos.
A questão dos mercados é a grande
questão. Há duas questões que são
crónicas e que são dificílimas de res-
ponder neste momento em relação à
agricultura. Uma é os mercados, não
só para a agricultura, mas também
para outras coisas, a imperfeição que,
hoje em dia têm. A partir do momento
em que, por exemplo, os mercados de
matérias-primas passaram a ser alvos
de operações especuladoras, os preços
já não colam com o mercado, portanto
os fundos acabam por distorcer os
mercados a seu favor. Há quem diga
que se não tivessem entrado os fun-
dos, os preços agrícolas não estariam
no patamar em que estão. É verdade
para o petróleo, é verdade para os
alimentos. É natural que haja uma
parte do preço dos alimentos que seja
fruto da especulação, especulação não
em termos normais e gerais, mas em
termos de fundos que querem fazer
mais-valias em curto espaço de tempo
e compram posições futuras a preços
mais elevados do que aqueles que
estariam se não comprassem. É fácil
de ver, a partir do momento em que
se reconhece que um terço da massa
monetária envolvida na formação de
preços agrícolas não é do sector, são
agentes externos que vêm marcar
para ganhar dinheiro com os preços do
sector. Por outro lado o que se sente é
que há uma vontade grande em ali-
mentar uma população que tem cada
vez mais capacidade de compra. Há
aquela regra de que as pessoas ao
passarem a comer carne, consomem
por assim dizer seis vezes mais do que
aquilo que consumiam se fosse só con-
sumir cereais ou oleaginosas. Em rela-
ção a Portugal, nós temos uma depen-
dência muito grande e essa dependên-
cia vem, por um lado de termos sido
sempre um país muito protegido do
agricultura. Há uma agricultura pobre
que é aquela com ausência de risco,
que é semear, gastar o menos possí-
vel, arriscar o mínimo e uma agricultu-
ra que é baseada no regadio e que
permite alguma estabilização (na
maior parte do mundo isto é verdade).
Na agricultura de sequeiro em Portu-
gal existem constrangimentos, e uma
pessoa pode perder dinheiro.
ENCONTRO - Na sua opinião, a agri-
cultura pode contribuir para vencer a
crise?
Engº Vasconcellos e Souza - Nós
temos de perceber que temos de pro-
duzir, a riqueza não se compra, faz-se.
A ideia que tem vindo a passar é que
por haver tudo no supermercado éra-
mos um país rico, porém isso não cor-
responde à verdade. Os países são
ricos quando produzem, não são ricos
quando compram. E nós comprávamos
à custa de nos endividarmos ao exte-
rior, nós não éramos ricos, mas pedía-
mos emprestado, foram-nos empres-
tando e, no fim, deu este “estoiro”.
É importante pensar-se na agricultura
como profissão porque vão existir, tal
como disse no início desta entrevista,
profissões com sobrelotação e vão
existir outras com sublotação. Poderão
estar certos que a agricultura é daque-
las que vai ter mais procura em rela-
ção a outras.
ponto de vista de preços e de merca-
do, por outro lado também de termos
um tempo, um clima com uma variabi-
lidade muito grande. Isto é uma das
consequências de sermos um país
mediterrânico, temos uma boa média,
sabemos que em média chove deter-
minado montante, em média temos
uma determinada temperatura, mas
depois temos desvios muito grandes.
Os desvios padrões são cada vez maio-
res, nós temos uma boa média e um
mau desvio padrão e isto é muito gra-
ve. Isto fez com que sempre tivésse-
mos tido uma dependência alimentar
grande, sobretudo na parte dos
cereais. A ida de Portugal para o Norte
de África, quando fomos para Ceuta,
em 1415 foi por duas razões: uma pri-
meira o combate aos não cristãos, os
árabes, que tinham invadido a penín-
sula ibérica 700 anos antes e, por
outro lado, Portugal estava convenci-
do de que ia conseguir ter trigo para
se alimentar. Por volta de 1420 já está-
vamos com uma feitoria no sul de
Espanha onde já comprávamos trigo.
ENCONTRO - Acredita que o Alentejo
vai voltar a ser o celeiro de Portugal?
Engº Vasconcellos e Souza - Acredito
que o Alentejo com o Alqueva tem
potencialidades grandes e é importan-
te as pessoas perceberem isso. A agri-
cultura em Portugal tem uma oportu-
nidade grande no regadio. No sequeiro
temos uma questão climática muito
complicada. Não somos a Europa do
Norte nem a América do Norte, nós
temos uma situação muito mais com-
plicada do ponto de vista climático,
somos um clima de transição entre os
climas áridos e os climas húmidos.
Temos sempre o anticiclone dos Aço-
res a visitar-nos mais tempo do que os
outros.
Há duas grandes maneiras de fazer
Entrevista com Eng.º Luís Vasconcellos e Souza
Continua
Página 7
IDENTIFICAÇÃO
Luís Miguel Rosa Farinha
Idade: 36 anos
ENCONTRO - Estudou aqui até que ano?
Estudei neste estabelecimento de ensino até ao ano de 1993, onde concluí o curso
de Técnico-Profissional Agrícola que dava equivalência ao 12º ano de escolaridade.
ENCONTRO - Quando acabou aqui os seus estudos, estudou mais ou foi traba-
lhar?
Para onde é que foi estudar?
Que curso tirou ou está a tirar?
Que profissão tem?
Gosta do que faz? Porquê?
Quando concluí os meus estudos, iniciei outra fase da minha vida ao entrar no mer-
cado de trabalho. A minha primeira profissão foi de serralheiro. Estive cerca de dois
anos a trabalhar nas oficinas da E.M.E.F. no Entroncamento. Entretanto estive
desempregado e foi então que abriu um concurso para algumas vagas de Auxiliar de
Acção Educativa na Escola C+S de Golegã (antiga denominação da escola sede deste
Agrupamento) onde entrei nesse concurso e fiquei a desempenhar essas funções
até hoje, voltando assim ao local onde estudei durante oito anos.
Gosto muito do que faço, primeiro porque o faço com muito gosto, o serviço não é
monótono visto que todos os dias são diferentes, adoro o contacto com o público e
toda a exigência que as minhas funções implicam. E é muito gratificante as pessoas
valorizarem o nosso trabalho e ficarem satisfeitas.
ENCONTRO - Gostou de andar nesta escola, porquê?
Que coisas o marcaram nesta escola?
Aconteceu-lhe alguma coisa de especial nesta escola, que queira partilhar connos-
co?
Adorei estudar nesta escola, tanto que acabei por vir para cá trabalhar (ah! ah!
ah!), mas agora a sério foi muito bom porque ajudou-me a crescer bastante e a
obter todos os meus princípios e valores.
Todos os meus professores e colegas de turma e de escola eram excelentes, sempre
disponíveis para ajudar. O ambiente era muito saudável e de entreajuda o que aju-
dava bastante no rendimento escolar. As turmas do curso Técnico - Profissional
Agrícola eram compostas por alunos e alunas das mais variadas faixas etárias e de
muitas localidades próximas e não só do concelho de Golegã.. Eu por exemplo tinha
colegas de Chamusca, Alpiarça, Pafar-
rão, Mira D`Aire, Torres Novas, Entron-
camento, etc. , o que nos levava a
conhecer outras experiências de vida e
realidades.
Ao longo destes oito anos existi-
ram muitas coisas que me marcaram,
mas aquelas que me marcaram e mui-
to foram a convivência e conhecimen-
tos transmitidos pelos excelentes pro-
fessores que lecionavam e alguns ain-
da lecionam nesta escola, e as amiza-
des que fiz e ainda perduram ao longo
destes anos, mantendo ainda contacto
com alguns deles. Ao longo destes
anos foram também muitas as brinca-
deiras que tínhamos nas pausas das
aulas. Gostaria ainda de partilhar duas
experiências muito engraçadas que
aconteceram enquanto estudante:
uma delas foi quando vínhamos no
transporte escolar da Câmara Munici-
pal no percurso de São Caetano - Gole-
gã (residia em São Caetano). Tínhamos
de passar na Quinta da Labruja para
trazer outros alunos, qual não é o nos-
so espanto quando o veículo tem uma
avaria e fizemos todo o percurso des-
de a quinta até à escola. Outra situa-
ção muito cómica foi quando um cole-
ga de turma resolveu levar para a sala
de aula de História uma cobra com o
intuito de assustar a professora, mas
qual não é o nosso espanto quando a
professora agarrou na cobra e come-
çou a brincar com ela.
Um grande abraço e beijos a
todos os professores e ex-colegas de
escola.
Com os melhores cumprimentos.
Luís Miguel Rosa Farinha
Testemunhos de antigos alunos da Escola Mestre Martins Correia
Continua
Página 8
IDENTIFICAÇÂO
Maria do Rosário Sousa Costa Godinho de
Carvalho
Idade: 36 anos
ENCONTRO - Estudou aqui até que ano?
Estudei na Escola C+S da Golegã até 1993
(Curso Técnico Profissional de Agropecuária).
ENCONTRO - Quando acabou aqui os seus estudos, estudou
mais ou foi trabalhar? Para onde é que foi estudar?
Que curso tirou ou está a tirar?
Que profissão tem?
Gosta do que faz? Porquê?
Quando acabei o meu 12º Ano, frequentei durante algum
tempo a Universidade, mas como não me identifiquei com o
curso resolvi mais tarde seguir uma área bem diferente, a
área da saúde.
Fui então para Lisboa e tirei o curso de Massagem de Recu-
peração no SIMAC (Sindicato Nacional de Massagistas de
Recuperação e Cinesioterapeutas).
Mais recentemente, devido à falta de emprego, resolvi tirar
uma nova formação para abrir o meu leque de conhecimen-
tos e melhorar a minha formação académica. Frequentei o
curso de Animação Sociocultural no Centro de Formação
Profissional de Tomar, tendo terminado em 2011.
Neste momento encontro-me desempregada mas com
alguns projetos em mente.
ENCONTRO - Gostou de andar nesta escola, porquê?
Que coisas a marcaram nesta escola?
Aconteceu-lhe alguma coisa de especial nesta escola, que
queira partilhar connosco?
Gostei muito de andar nesta escola e recordo bons momen-
tos, acima de tudo o ambiente familiar entre Professores/
Alunos.
Tive vários acontecimentos que me marcaram e que ficarão
para sempre na minha lembrança, desde os almoços, petis-
cos que fazíamos na própria escola numa sala chamada (sala
da lareira), desde as saídas para o campo nas aulas práticas,
entre muitas outras…
Para finalizar lamento que o curso técnico profissional tenha
terminado. Mas foram bons tempos, muitas recordações
ficaram como também alguns amigos e Professores se manti-
veram presentes na minha vida.
IDENTIFICAÇÃO
Marco Túlio Cardoso Pires
Idade: 24 anos
ENCONTRO - Estudou aqui até que ano?
Frequentei a escola da Golegã até ao 12º
ano
ENCONTRO - Quando acabou aqui os seus
estudos, estudou mais ou foi trabalhar? Para onde é que foi
estudar?
Fui estudar para a Universidade de Aveiro
ENCONTRO - Que curso tirou ou está a tirar?
Licenciei-me em Biologia e de momento estou a terminar o
mestrado em Biologia Aplicada, ramo de Ecologia Biodiversi-
d a d e e G e s t ã o d e E c o s s i s t e m a s
ENCONTRO - Que profissão tem? Gosta do que faz? Por-
quê?
Neste momento encontro-me a elaborar a tese de mestrado
sendo, profissionalmente, ainda estudante. A ideia de renta-
bilizar os conhecimentos que adquiri na minha área de estu-
do é uma ideia que me agrada bastante. O que estou a
desenvolver é um estudo ecológico cuja finalidade é estudar
números, alimentação e reprodução de um grupo específico
de aves. A oportunidade de poder observar tais fenómenos e
entender os seus motivos, in vivo, é mais do que gostar, é
ter um propósito.
ENCONTRO - Gostou de andar nesta escola, porquê?
Em retrospetiva, não se trata de uma questão de gostar mas
de reconhecer a preparação que me deu para as etapas
seguintes. Acredito que não existam duas escolas que ensi-
nem exactamente o mesmo conteúdo, quando me refiro a
conteúdo não me resumo ao conteúdo disciplinar mas tam-
bém ao conteúdo de formação da personalidade, que os
docentes tendem a menosprezar.
ENCONTRO - Que coisas o marcaram nesta escola?
A parcialidade do corpo docente foi, sem dúvida, algo que
me marcou. Quer a parcialidade fosse positiva ou negativa.
Esta parcialidade, no meu caso, levou a que aprendesse a
adaptação ao ambiente de trabalho. Um professor que nos
favoreça, ensina a não desiludir essa confiança, um professor
que nos prejudique, estimula uma adaptação estratégica,
para que se possa preencher os requisitos que ele pretende
do aluno.
.ENCONTRO - Aconteceu-lhe alguma coisa de especial nesta
escola, que queira partilhar connosco?
Todos os dias nesta escola foram “especiais” porque “coisa
de especial” é um conceito relativo. A meu ver o dia a dia
numa escola deve ser especial, uma vez que todos os dias o
aluno é confrontado, dentro e fora da sala de aula, com algo
fora do comum. Pode não entendê-lo no momento, mas se
mais tarde refletir na experiência escolar, chega a essa con-
clusão.
Testemunhos de antigos alunos da Escola Mestre Martins Correia
Página 9
Caminhos cruzados
Foram cruzados os nossos caminhos,
Cruzámo-nos mas não nos encontrámos,
Sonhámos em belas praias douradas,
Praias românticas de mares azuis,
De águas onduladas,
Ora calmas, ora agitadas,
Bebemos salpicos de espuma branca,
À beira de falésias encantadas,
Sonhámos com encontros escondidos,
Em locais recônditos,
Escolhemos locais para amar,
Sonhámos com uma pérola no meio do mar.
Percorremos estradas sem fim,
Cruzámo-nos no cruzamento da vida,
E afinal nunca nos encontrámos,
No fundo, apenas sonhámos,
Apenas em doces sonhos nos amámos. João Ramalho 2003
Poema a uns olhos sorridentes
Gosto desses teus olhos sorridentes,
Desse teu sorriso bonito,
Parece um sorriso feliz,
Mas quem sabe?
Só tu princesa de perfeito nariz,
De cabelo dourado,
De lindos caracóis,
Gosto dessa cara de menina ,
Cara bonita, quase de petiz,
És menina, és mulher,
És aquilo que quiseres ser,
Mas por favor,
Não largues esse teu sorriso,
Sorriso de ouro,
Sorriso que me encanta,
Porque se perdes o sorriso,
Que nada tem de pouco siso,
Esses teus olhos sorridentes,
Passarão a olhos tristes,
E meninas de olhos tristes,
São gente sem alegria,
Gente sem magia,
Não queiras ser apenas menina,
Sê mulher, alegre e feliz,
Sê mulher de corpo inteiro,
Mas de olhos sorridentes,
E de sorriso brejeiro. João Ramalho 2002
Sofres de alergias? Sabes o que são?
O teu corpo é protegido
por um sistema, o siste-
ma imunitário. Este é
responsável pelo com-
bate a “coisas” estra-
nhas ao organismo, os
antigénios. Para este
combate são produzi-
das várias substâncias (anticorpos), entre eles a responsável
pelas alergias – IgE (imunoglobulina E). Se tens alergias, estas
devem-se a uma resposta exagerada do teu organismo a
antigénios, que não são de todo perigosos. O pólen, o pó, os
ácaros, as substâncias químicas e alguns alimentos, por
exemplo, podem desencadear asma, rinite alérgica, eczema,
urticária ou conjuntivi-
te. Os períodos mais
críticos para a manifes-
tação de crises alérgicas
são a primavera e o
outono. Concluindo, o
teu sistema imunitário
protege-te de diversas
doenças mas, por
vezes, atraiçoa-te.
Sabias que… …se os teus pais possuem algum tipo de alergias tens mais
probabilidade de também seres alérgico?
…se andares constantemente a espirrar, a tossir, com comi-
chões, com o nariz a pingar ou com falta de ar, podes ter
alergias?
…felizmente já existem diversos medicamentos que permi-
tem aos alérgicos controlar os sintomas e ter uma melhor
qualidade de vida? Alunos do 12ºA
Poesia ou talvez não... Sabia(s) que...
Página 10
É preciso ter opinião
“Quando nos deixamos cativar é certo e sabido que algum
dia alguma coisa nos há-de fazer chorar”
Por vezes, deixamo-nos levar pelas aparências e entregamo-
nos sem conhecer. Conhecemos a pessoa, simpatizamos com
essa mesma pessoa e a pouco e pouco vamo-nos dando ou
deixando cativar. Tentamos sempre conhecer essa pessoa ao
máximo a ponto de começarmos a gostar da pessoa e da sua
personalidade. Acreditamos que tudo é recíproco: o amor, a
simpatia, a honestidade, a confiança e sobretudo a preocu-
pação e começamos a ver essa pessoa como sendo uma pes-
soa especial e importante, tão importante que somos capa-
zes de fazer tudo para que nos valorizem. A cada dia que
passa e a cada momento que estamos com essa pessoa, o
carinho por ela começa a crescer e fica tão intenso, que
somos capazes de dizer ou fazer coisas mesmo sabendo que
essa pessoa nunca o diria por nós. O tempo passa e, como
sabemos, nada do que é bom dura muito tempo e ao mínimo
erro ou mudança que essa pessoa tenha connosco (sim, por-
que tudo e todos mudam) é óbvio que a pessoa sofra, mas
mesmo assim querem arriscar numa segunda oportunidade
e voltarem a ser como dantes, mas as pessoas têm de enten-
der que a confiança e a amizade são como a borracha que
fica menor a cada erro cometido. Para quê sermos cativados
ou darmo-nos às pessoas sabendo que nos vão magoar? Não
sei, mas sei que mesmo que digamos que não vai acontecer
ou que não nos vamos dar um ao outro, nós pensamos sem-
pre que é diferente e acabamos sempre por nos dar, por isso
não vale a pena mostrar o nosso mundo a pessoas que nem
sequer nos mostram um pouco do seu. Não deveria ser per-
mitido que, a meio de uma relação amorosa ou de amizade,
um dos envolvidos mudasse drasticamente. Podemos even-
tualmente levar tudo como um desafio, o desafio de conhe-
cer a pessoa, o desafio de conviver com a pessoa, mas todo o
ser humano tem sentimentos, e os sentimentos não são
desafios. Não devia ser também permitido que qualquer pes-
soa cativasse outra sem intenção de a proteger, ou simples-
mente gostar dela.
Joana Duarte—1º Profissional
“É muito mais difícil julgarmo-nos a nós próprios do que aos
outros”
Na minha opinião é muito mais difícil julgarmo-nos a nós
próprios do que oas outros porque para nós, não temos
qualquer defeito e tudo o que fazemos está correto, ao con-
trário dos outros, que para nós têm muitos defeitos e não
conseguem fazer nada bem.
Não nos conseguimos julgar a nós próprios perto das outras
pessoas, sejam amigos ou familiares.
Acho que a frase que acabei de escrever é verdade porque,
simplesmente, não queremos admitir que temos defeitos,
que erramos, e às vezes erramos com demasiada frequência,
mas infelizmente não podemos fazer nada para o facto de
errarmos, porque errar é humano.
Só nos conseguimos julgar a nós próprios quando estamos
sozinhos e acabamos por refletir sobre o que se passou
naquele momento da nossa vida, porque quando nos julga-
mos a nós próprios quando estamos acompanhados ou pelos
amigos ou familiares, temos a sensação que nos estamos a
rebaixar, sentimos que somos inferiores ao outro e por isso é
que eu acho que é mais fácil julgar os outros do que a nós
próprios, porque ao julgar o outro estamos a apontar-lhe
defeitos e a “rebaixá-lo” perante nós, que nos sentimos cla-
ramente superiores.
Tiago Santos—1º Profissional
Para muitos os livros não servem para nada, apenas para
ocupar espaço nas estantes em nossas casas. Para outros os
livros são usados para ocupar os tempos livres ou como for-
ma de estudo. Com a evolução da tecnologia, as pessoas
deixaram de ler, pois graças aos computadores pode fazer-se
tudo de uma forma mais rápida, o que traz o desinteresse
das pessoas para com os livros, isto porque, com as novas
tecnologias, as pessoas tornaram-se cada vez mais preguiço-
sas e preferem retirar informações da internet, sabendo que
o contexto pode não ser o pretendido. Preferem navegar na
net em vez de um livro e saber que aquele é o contexto pre-
tendido e verdadeiro.
Ana Catarina Silva Batista—1ºProfissional
Página 11
É preciso ter opinião
“É muito mais difícil julgarmo-nos a nós próprios do que aos
outros.”
Por mais razão que supostamente se tenha em relação a
outras pessoas, por mais que outras pessoas estejam com
d i f i c u l d a d e s , d e v e m o s e v i t a r j u l g á - l a s .
Ninguém tem informações suficientes para fazer um comen-
tário e colocar-se acima dos factos e da verdade. Quando se
julga alguém baseamo-nos nos aspetos que essa pessoa tem
e nas dificuldades que sofre. Em vez de julgarmos os outros
talvez seja melhor oferecer ajuda/apoio, pois essa pessoa
pode precisar. Julgar os outros é deixarmos de olhar para nós
mesmos, esquecermo-nos daquilo que realmente somos e
também dos erros que cometemos no decorrer das nossas
vidas
Quando criticamos alguém, podemos estar a revelar algumas
verdades a nosso respeito. Podemos fazer críticas, mas que
essas sejam construtivas e não destrutivas, que sejam positi-
vas.
Também temos de saber ouvir críticas negativas, para mais
tarde não cometermos o mesmo erro. O importante é que
tenhamos a nossa opinião e que a nossa palavra seja dita de
forma construtiva.
Vamos sentir-nos muito melhor se ajudarmos os outros e
não nos limitarmos a criticar.
Ana Catarina Silva Batista - 1ºAno—Curso Profissional
“Subjetividades”
na Escola Básica 2,3/S Mestre Martins Correia
Com o sentido de fomentar nos alunos o valor estético e
criativo e dar mais cor e dinâmica ao espaço escolar, mais
uma vez partiu-se à descoberta de novos olhares e perspeti-
vas na arte, desta vez através da Exposição “Subjetividades”.
Na Sala Polivalente da Escola Básica nº1 da Golegã e pelas
paredes dos blocos da Escola Básica 2,3/S Mestre Martins
Correia foram dadas as boas vindas a muitos visitantes com
cor, forma e textura de várias obras de artistas plásticos,
atuais e antigos alunos da escola, no final do mês de janeiro.
Integrado nesta exposição foi possível admirar imagens de
diferentes momentos vividos na escola nos últimos anos no
filme criado pelos professores Augusto Ramos, Conceição
Pereira, Martinho Branco e Sandra Martinho. Na entrada da
escola, as professoras Conceição Pereira e Cristina Rodrigues
e os alunos César Mendes, Tarina Romeu e Tiago Pereira
pintaram um painel baseado numa serigrafia do Mestre Mar-
tins Correia, patrono da escola sede, dando jus ao nome da
escola.
Como é hábito as exposições vão surgindo na escola para
valorizar os trabalhos realizados pelos alunos e cativá-los
para as artes plásticas, como tal… aguardem que em breve
haverá mais…..
Cristina Rodrigues
Olhares...
Continua
Página 12
Olhares...
“Subjetividades”
na Escola Básica 2,3/S Mestre Martins Correia
A minha opinião sobre o painel escolar e a exposição…
Eu acho que aquele painel é digno de ser considerado uma obra-prima.
Aliás tem tudo a ver com a nossa escola, pois é uma das obras inspirada no patrono
da escola, os professores que o desenharam, fizeram-no extremamente bem, pois
está idêntica à sua obra…
Em relação às exposições eu acho que os alunos estiveram muito bem e a sua imagi-
nação foi até ao limite… Beatriz 5ºB
O que eu acho sobre o painel e exposição da escola…
À porta da escola está uma bonita pin-
tura, que foi um aluno e duas profes-
soras que desenharam e pintaram. O
desenho é igual ao desenho do cartão
electrónico.
Eu acho que aquele desenho é muito
ligado à escola, porque foi Martins
Correia que desenhou e não foi por
acaso que o desenho está no cartão
escolar e no painel….o desenho está
nesses dois sítios porque Martins Cor-
reia é o potrono da escola e fica sem-
pre bem haver algo que identifique
esta escola sem ser apenas o nome em
letras grandes à porta da escola.
Aquela pintura está muito bonita e
idêntica à verdadeira. O trabalho de
pintura ficou muito bem estruturado,
acho que aquele trabalho dos profes-
sores e do aluno merecia uma recom-
pensa, pois está lindo, perfeito e des-
lumbrante. A escola ficou com um
brilho que nuca teve. Se pensarmos,
bem entrar numa escola com uma
bela pintura é diferente de entrar
numa escola sem nada pintado.
Agora, falando da exposição, também
estava muito bonita. Os alunos esme-
raram-se.
A exposição era uma exposição engra-
çada, estava realmente bonita.
Ana Ferreira - 5B
Eu acho que o novo painel da escola
está muito bem desenhado e acho que
as professoras que o fizeram se esfor-
çaram muito para o fazer.
Também acho que está muito bem
pintado com as cores muito bem utili-
zadas e à moda de M.C.
Também acho que condiz muito bem
com a nossa escola, porque M.C. é o
patrono da nossa escola e o desenho é
uma obra dele. Eu tenho essa obra em
minha casa e é muito bonita.
Duarte—5ºB
Página 13
Acontece(u) ...
Uma ida ao teatro/Pavilhão do Conhecimento No passado dia 3 de fevereiro, os alu-
nos das turmas A e B do nono ano de
escolaridade e a turma B do CEF parti-
ciparam numa visita de estudo em
Lisboa, a fim de assistir à representa-
ção da obra de Gil Vicente, Auto da
Barca do Inferno, pela Companhia de
Teatro Arte d´Encantar e de visitar
duas exposições no Pavilhão do
Conhecimento.
Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente
É a obra mais conhecida de Gil Vicen-
te, intitulada pelo próprio como um
“Auto de Moralidade”. É um texto de
extraordinária riqueza, carregado de
simbolismo, sátira impiedosa da socie-
dade do século XVI. A moldura simbó-
lica deste Auto é-nos dada por duas
barcas que ancoradas num ponto ima-
ginário e carregando um Anjo e um
Diabo, esperam a chegada daqueles
que ao deixarem a vida terrena procu-
ram a passagem para o Paraíso.
http://artedencantar.blogspot.com/
Pavilhão do Conhecimento
Finda a representação, os alunos e
professores acompanhantes dirigiram-
se ao Pavilhão do Conhecimento, onde
tiveram a oportunidade de ver duas
exposições intituladas “A Física no dia-
a-dia” e “Explora”. Na primeira, utili-
zando-se objetos do quotidiano expli-
cam-se inúmeros princípios básicos da
Física Clássica, trazendo uma nova
visão do mundo que nos rodeia.
A exposição “Explora” revelou-se
uma” verdadeira floresta de fenóme-
nos naturais”. Cada módulo é uma
autêntica obra de arte onde o Homem
contribui com o engenho e a natureza
com a surpreendente beleza dos seus
fenómenos.
No espaço junto do Pavilhão, aprovei-
taram para almoçar e desfrutar da
belíssima vista sobre o rio Tejo.
Esta visita de estudo teve como obje-
tivos promover o desenvolvimento
integral dos alunos, alargando os seus
conhecimentos e forma de apreensão
do mundo; Desenvolver nos alunos
diversas competências entre as quais,
a capacidade de observação, de análi-
se e o espírito crítico; Proporcionar aos
alunos o contacto com o texto teatral;
Desenvolver o sentido estético; Valori-
zar a preservação e valorização do
património histórico; Desenvolver
competências sociais, de forma a pro-
mover um convívio saudável entre
todos e ainda desenvolver o gosto pela
Física através de jogos e atividades
lúdicas.
Os professores participantes
Desporto Escolar
Corta Mato Distrital
Escalão -Iniciados Femininos
1ª Classificado - Ana Alcaçarenho - 9º A
(entre 204 participantes)
Escalão -Iniciados Masculinos
9º Classificado - Tiago Morgado - 9º B
(entre 264 participantes)
O Corta Mato envolveu todas as esco-
las da Lézíria e Médio Tejo. A comitiva
da nossa escola sede foi constituída
por 35 participantes. Reinou o Fair
Play entre todos.
Página 14
Acontece(u) ...
O Grupo de Educação Especial, em
articulação com o Grupo de Infor-
mática e a Biblioteca Escolar do
Agrupamento, tem desenvolvido com
alguns alunos atividades de leitura e
interpretação de diversos livros do
Plano Nacional da Leitura.
Os alunos elaboraram powerpoint `s,
onde demonstram os conhecimentos
adquiridos e as suas capacidades de
escrita e trabalho nas “novas tecnolo-
gias”.
Todos os intervenientes se têm mos-
trado interessados e bastante partici-
pativos nas atividades que vão decor-
rendo.
Ficam aqui registados partes dos tra-
balhos desenvolvidos pelos alunos
Simão em:
A mãe vai sair esta noite De: Juliet Pomés Leiz
O Simão trava de repente o triciclo:
um cheiro muito familiar chamou-lhe a
atenção.
Parece que vem do quarto da mãe…
- Vamos investigar, Joca! – diz ele ao seu dinossáurio.
...
...
- Óscar, olha! Olha o meu disfarce de Batman! O Simão disfarça-se de Batman e per-segue por toda a casa o tio Óscar, que faz de «mau». - Pum, pum! Já te apanhei! – Diz o
Simão.
…
O Simão gosta de ver A Guerra das
Estrelas com o tio Óscar.
É o maior especialista no tema, já viu o
filme mais de… trinta vezes!
O Simão deixou-se dormir no sofá sem
ver o filme.
...
...
...
Página 15
Acontece(u)
Uma ida ao teatro
No dia 8 de fevereiro, os alunos das turmas A e B do oitavo
ano de Escolaridade participaram numa visita de estudo em
Lisboa a fim de assistir à representação da obra de Almeida
Garrett, Falar Verdade a Mentir, pela Companhia Teatro Arte
d´Encantar e visitar o Museu de Arte Antiga.
Falar Verdade a Mentir de Almeida Garrett
A jovem Amália promete à sua criada um dote de 100 moe-
das assim que se case com o seu noivo Duarte. Porém existe
um grande problema, Duarte é um mentiroso compulsivo e
Brás Ferreira, pai de Amália, preveniu a filha que anulava o
casamento caso o apanhasse nalguma mentira. É aqui que
Joaquina, criada de Amália, juntamente com o seu noivo,
José Félix, desenvolvem um plano para evitar que sejam des-
mascaradas as mentiras de Duarte e deste modo receberem
o dote prometido. Depois de muitas peripécias onde José
Félix acaba por se fazer passar pelas pessoas referidas nas
mentiras de Duarte, este mentiroso acaba por falar verdade
a mentir. Num momento em que se receia que Duarte seja
desmascarado e que, por fim, se anule o matrimónio, a per-
sonagem do General Lemos vem solucionar o conflito, e tudo
acaba bem.
Este é um espectáculo que, através da comicidade, permite
reflectir sobre os valores da sociedade lisboeta do Séc. XIX,
onde imperava o lema do “salve-se quem puder”. Esta é uma
comédia que nos traz o teatro dentro do teatro, a represen-
tação dentro da representação.
http://artedencantar.blogspot.com/
Finda a representação, os alunos e professores acompanhan-
tes “rumaram” até ao Museu de Arte Antiga. No espaço ajar-
dinado, junto do Museu, aproveitaram para almoçar e des-
frutar da belíssima vista sobre o rio Tejo.
Esta visita de
estudo teve
como objecti-
vos promover o
desenvolvi-
mento integral
dos alunos,
alargando os
seus conheci-
mentos e for-
ma de apreen-
são do mundo;
Desenvolver
nos alunos
diversas com-
petências entre
as quais, a
capacidade de observação, de análise e o espírito crítico;
Proporcionar aos alunos o contacto com o texto teatral;
Desenvolver o sentido estético; - Valorizar a preservação e
valorização do património histórico; Desenvolver competên-
cias sociais, de forma a promover um convívio saudável entre
todos.
As professoras de Língua Portuguesa do 8º Ano
Lina Parente - Fernanda Silva
Página 16
Acontece(u)
O desfile de Carnaval
O desfile de carnaval da minha escola
realizou-se no dia 17 de fevereiro de
2012.
Cada turma vestiu-se de acordo com
uma época. Desde os homens das
cavernas, aos romanos, passando
pelos descobrimentos, pela Padeira de
Aljubarrota… até ao século XIX.
Foi um desfile muito completo que até
foi acompanhado, a cavalo, por
homens vestidos de cavaleiros.
O desfile abria com música medieval
tocada por um conjunto de pessoas
que também iam vestidas a rigor.
A caminhada foi longa. As meninas da
minha sala iam vestidas a rainhas e os
meninos a reis ou homens do povo.
Foi uma animação!
Percorremos as ruas da Golegã até à
Câmara, onde as crianças fizeram um
teatro com música e dança.
Eu gostei muito.
A minha mãe andou sempre ao meu
lado, não ia mascarada, mas havia
pessoas adultas mascaradas, as pro-
fessoras, as tias e algumas mães de
colegas meus. Foi um dia muito diver-
tido.
Mariana 4º ano (sala dos Patitos)
Deixámos a secar. No dia seguinte
colámos mais jornal e a professora
Ana e a mãe da Carolina penduraram
os balões com um fio de lã, desde o
quadro até à janela. Gostei muito des-
te dia porque foi tudo
muito emocionante.
Ah! Alguns balões
rebentaram e vários
colegas tiveram de
começar tudo de novo.
No outro dia, tivemos
de rebentar os balões
para pintarmos as más-
caras e metemos os
elásticos. Aprendemos
que quando mudamos
de cor temos de lavar bem o pincel e
limpá-lo com papel seco. Pintei a
minha máscara com todas as cores
que havia. Todas as máscaras ficaram
bonitas e coloridas. Esta atividade foi
fabulosa.
Guilherme Parreira—Sala dos Papagaios, 4.º Ano
As Nossas Máscaras de CarnavalOs
Papagaios de Papel receberam na sala
de aula a mãe da Carolina Rego que
nos veio ensinar a fazer máscaras de
Carnaval. O avô da Constança e a mãe
e irmã do Ismael também vieram aju-
dar. Usámos um balão, cola branca,
papel de jornal, uma tampa de frasco,
tintas acrílicas e um elástico.
Começámos por encher o balão e colá-
mos-lhe a tampa, para não rebolar. De
seguida desenhámos-lhe os olhos,
nariz e boca e começámos a colar tiri-
nhas de papel de jornal molhadas em
água e cola branca, que tínhamos num
alguidar.
Página 17
Acontece(u) ...
PARTICIPAR…COOPERAR…FAZ TODA A DIFE-RENÇA!
A participação ativa dos alunos nas atividades escolares tor-na-os mais empenhados e motivados. Promove-se a autoes-tima e a auto-confiança. O educador estará a contribuir para o crescimento pessoal do seu aluno. E esse aluno irá desen-volvendo atitudes cada vez mais corretas, de forma a tornar-se um cidadão responsável. Atenção! Ser um cidadão responsável implica usar, com cui-dado, os direitos e, com consciência, os deveres. Os nossos alunos têm participado em diversas atividades, evidenciando-se a boa cooperação. Partilhamos imagens de algumas atividades realizadas e um texto elaborado pelo aluno Tiago Pereira do sexto ano, turma C O nosso lema é: Eu acredito! Sou capaz!
Por Cristina Matos
Docente de Educação Especial
_________________________________________________
Ser responsável é cumprir deveres e obrigações. No nosso dia a dia temos de cumprir várias responsabilida-des. Devem-se cumprir os horários, ir à escola, desempe-
nhar as tarefas que nos sejam atribuídas, proteger os animais e a natureza, dar atenção aos amigos, respeitar as diferen-ças, refletir antes de agir… Ao longo da nossa vida vão-nos exigindo mais responsabili-dades.
Texto elaborado no apoio de educação especial pelo aluno: Tiago Pereira, 6.º C
ARTETERAPIA
Colaborar nas atividades da
Biblioteca Escolar.
Ilustração e venda de calen-
dários à Comunidade.
Projeto “Geração Saudável”
Página 18
Entrevista com o músico
Gonçalo Marques
ENCONTRO - Há quantos anos toca?
Gonçalo - Toco há 20 anos.
ENCONTRO - Como começou a tocar?
Gonçalo - Os meus amigos ouviam por
isso comecei a tocar.
ENCONTRO - Tocou algum instrumen-
to (s) antes do que toca?
Gonçalo - Guitarra.
ENCONTRO - Já alguma vez tocou no
no estrangeiro? Com quem?
Gonçalo - Sim. Com uma banda cha-
mada «Hotcool».
Autógrafos dos músicos:
Acontece(u) ...
ENCONTRO - Sempre tocou em quin-
teto? Tocou a solo?
Gonçalo - Não. Não.
ENCONTRO - Onde se estreou?
Gonçalo - Em Lisboa.
ENCONTRO - Como o «Jazz» ocupa a
sua vida?
Gonçalo - Ocupa uma grande parte da
minha vida.
Entrevista realizada por Bernardo Ferreira – 6º C
Visita de estudo à Gulbenkian
7 fevereiro 2012
Página 19
Acontece(u) ...
Visita de Estudo ao Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian
No dia 19 de janeiro, os alunos do 5º
ano, turmas A,B e C, deslocaram-se a
Lisboa, acompanhados por vários pro-
fessores, para visitarem o Centro de
Arte Moderna da Fundação Calouste
Gulbenkian.
Participaram na Visita – jogo “A árvore
das ideias”, tendo iniciado com uma
conversa onde, para além das apre-
sentações, se colocaram várias ques-
tões, a partir do próprio título, fomen-
tando o envolvimento e a reflexão dos
alunos.
No final da atividade seguiu-se o almo-
ço-convívio no espaço exterior e um
breve percurso pelos belos jardins da
Fundação.
Esta visita realizou-se no âmbito do
Projeto Educativo e foi ao encontro
dos seguintes objetivos: promover o
desenvolvimento integral dos alunos,
alargando os seus conhecimentos e
forma de apreensão do mundo; permi-
tir aos alunos o contacto com o Centro
de Arte Moderna; desenvolver nos
alunos diversas competências entre as
quais, a capacidade de observação, de
análise e de espírito crítico; desenvol-
ver o sentido estético; desenvolver
competências sociais, de forma a pro-
mover um convívio saudável entre
todos.
Os alunos mostraram-se entusiasma-
dos, participativos e assumiram um
bom comportamento.
Apreciando a fauna e a flora…
Visita de Estudo à Fundação Calouste Gulbenkian para partici-par na atividade: JAM! Introdução ao Jazz e à Improvisação
Realizou-se no dia 7 de fevereiro uma
Visita de Estudo à Fundação Calouste
Gulbenkian, em Lisboa, para os alunos
do 6º ano, turmas A, B, C e D.
Os alunos participaram na atividade:
JAM! Introdução ao Jazz e à Improvi-
sação, acompanhados pelos respetivos
Diretores de Turma e outros professo-
res. Assistiram à atuação de um quin-
teto de músicos de Jazz, o qual fez
uma abordagem ao mundo da impro-
visação e da interpretação, explicando
como funciona a linguagem do Jazz, a
função dos instrumentos, a origem da
improvisação, a aprendizagem auditiva
e a herança deixada pelos grandes
músicos do passado.
Esta atividade proporcionou ainda um
espaço aberto ao diálogo.
Os alunos assumiram um bom com-
portamento e mostraram-se interessa-
dos e participativos.
No final da atividade seguiu-se um
passeio pelos jardins da Gulbenkian e
o almoço-convívio.
Esta visita realizou-se no âmbito do
Projeto Educativo e foi ao encontro
dos seguintes objetivos: promover o
desenvolvimento integral dos alunos,
alargando os seus conhecimentos e
forma de apreensão do mundo; sensi-
bilizar os alunos para a audição de
música Jazz; reconhecer a expressivi-
dade da música; identificar auditiva e
visualmente instrumentos musicais;
desenvolver nos alunos diversas com-
petências entre as quais, a capacidade
de observação, de análise e de espírito
crítico; desenvolver o sentido estético;
desenvolver competências sociais, de
forma a promover um convívio saudá-
vel entre todos.
Passeando pelos jardins da Gulbenkian…
A professora Maria do Carmo Lopes
Página 20
Acontece(u) ...
Sessão de Abertura da Semana
da Leitura pelo Grupo de alunos
da Oficina da Música e crianças
do Jardim de Infância da Golegã
No dia 5 de março, pelas 10 horas, os
alunos da Oficina da Música procede-
ram à Sessão de Abertura da Semana
da Leitura, na Biblioteca Escolar, com a
apresentação de duas peças executa-
das com flauta de bisel. De seguida
cantaram e instrumentaram o Hino da
Biblioteca Escolar em articulação com
as crianças do Jardim de Infância da
Golegã, acompanhadas das respetivas
Educadoras e Assistentes Operacio-
nais. Estiveram presentes os Represen-
tantes da Autarquia, nomeadamente,
o Senhor Vice-Presidente Rui Medinas
e o Senhor Vereador Pires Cardoso,
bem como alguns membros da Direção
Executiva, a Coordenadora da Bibliote-
ca Escolar e alguns pais.
Os alunos mostraram-se disciplinados,
participativos e interessados.
No Dia de São Valentim, 14 de
fevereiro, os alunos dos 2º e 3º
ciclos fizeram postais nas aulas
de EVT e EV alusivos à data com
frases sobre o AMOR nas lín-
guas estrangeiras - Espanhol,
Francês e Inglês.
7º Anos B/C:
Tu eres mi cielo
La vida sin ti es negra
Tengo muchas ganas de abrazarte
Estoy muy enamorada de tí
Me gusta pensar en tí
Tu eres mi camino
Tu es l´amour de ma vie!
Rita Bento
Pour toi je dépasse tous les obstacles!
Diogo Martinho
Pour toi je fais le tour du monde en 80
jours!
João Bernardo
Tu es la fleur de mon jardin.
David Lourenço
La vie sans toi ne fait de sens, je
t´aime.
Jéssica Vieira
Ce n´est pas possible vivre sans toi.
Joana Caixinha
Tu es la fleur de mon jardin, mon eau
dans le désert.
Madalena
Voici la force animale, la passion.
Gonçalo Lino
J´adore le soir parce que je rêve avec
toi.
Inês Vieira
Ma vie sans toi est une mer sans pois-
sons.
Francisco Madeira.
7º Ano – Turma A
Je t´aime mon amour, tu es le soleil de
ma vie!
Ana Patrícia
Ma vie sans toi est une mer
sans poissons.
Here are some Valentine’s cards and poems:
I love you with all my heart, now and
forever. I will never leave you.
I’m crazy about you. Love and kisses.
My darling, happy Valentine’s Day.
You are one in a billion. I love you. Do
you love me?
I am crazy for you. Do you want to be
my boyfriend?
Dear… Don’t play with my heart!
Want you be(e) my Valentine and fly
with me?
Do You Love Me? Do you love me, Or do you not? You told me once, But I forgot!
Plenty of Love Plenty of love, Tons of kisses, Hope someday To be your Mrs.
I love… I love coffee, I love tea, I love you, Do you love me?
Página 21
Acontece(u) ...
PROJETO DA SAÚDE
Nos dias 15 e 16 de Fevereiro, esteve na Escola o autocarro
do Projeto Geração Saudável. Este projeto é dinamizado pela
Ordem dos Farmacêuticos e pretende promover a saúde
junto dos alunos do 2º ciclo. Nesta ação, subordinada ao
tema Sexualidade e ISTs, houve atividades com os estudan-
tes e formação a professores.
O autocarro da Geração Saudável estará de novo na Escola
nos dias 23 e 24 de Abril com atividades sobre Nutrição.
Dia das Sopas
Na segunda-feira, dia 19 de Março, realizou-se mais uma
edição do Dia das Sopas. Esta atividade teve como objetivo a
promoção do consumo de sopa, uma vez que se trata de
uma comida saudável que deveria fazer parte das nossas
refeições de todos os dias, em particular, das refeições das
crianças. Na dinamização da atividade esteve o 1º ano do
Curso Profissional, que contou com a colaboração de alguns
restaurantes do concelho, para além da colaboração da equi-
pa do projeto da Saúde.
Rastreio de Saúde O rastreio vai realizar-se no dia 22 de
Março, na sala 22. Proceder-se-á à
medição da tensão arterial, glicémia,
colesterol e cálculo do IMC. A dinami-
zação da atividade estará a cargo da
equipa do projeto da Saúde, que con-
tará com a colaboração do Sr. Enfer-
meiro Neto, da Associação de Dadores de Sangue do Hospital
de Torres Novas, e da turma do 12º A.
Convite
Pais e encarregados de Educação
No âmbito do Projeto “Partilhar para Inovar”, realizar-
se-á no dia 22 de março, pelas 18.00 horas, na Sala
Multiusos da Escola E.B. 1da Golegã uma sessão de
sensibilização subordinada ao tema “Tenho um Filho
Adolescente”.
A Ação é dinamizada pelas psicólogas da Câmara Muni-
cipal da Golegã, Dr.ª Sandra Leonardo e Dr.ª Fabiana
Freire.
Contamos com a sua presença…
O Grupo de Educação Especial
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“CANTAR AS JANEIRAS”
Realizou-se no passado dia 5 de Janei-ro a atividade “CANTAR AS JANEI-RAS”. Integraram o Grupo da Janeiras do Agrupamento os alunos do Grupo de Música Tradicional da Oficina de Música, professores de vários grupos disciplinares e de diferentes ciclos/níveis de ensino e outros elementos da comunidade educativa. O Grupo das Janeiras percorreu as ruas da Golegã a cantar as janeiras, guiado por archotes iluminados. Objetivos da atividadae: Tornar a escola um espaço aberto à
dinamização cultural; Manter viva a tradição popular; Levar os alunos do Grupo de Música
Tradicional da Oficina de Música a apresetar/desenvolver atividades em colaboração com a comunidade esco-lar/educativa; Desenvolver competências sociais de forma a promover um convívio saudá-vel entre todos; Educar para a solidariedade; Desejar as “Boas Festas” e um “Bom Ano 2012” à população. PERCURSO: Escola Mestre Martins Correia; Centro de Férias da Santa Casa da Misericór-dia; Lar de idosos da Santa Casa da Misericórdia; CATEI; Centro de Saúde; Residências dos párocos; Quartel dos Bombeiros; Largo do Central; Escola Mestre Martins Correia
Maria do Carmo Guia Lopes
(fotos cedidas por Mário Fernandes)
ATUAÇÃO DO GRUPO DA OFICINA DA MÚSICA NO FINAL DO 1º PERÍODO No dia 16 de dezembro, no período da manhã, os alunos do Grupo de Flautas de Bisel
da Oficina da Música apresentaram um momento musical, interpretando algumas
peças musicais com suporte orquestral, uma delas, alusiva ao Natal (Twinkle, Twink-
le), aquando da abertura da atividade “Cantar o Natal” – Sessão de Abertura. Integra-
ram o grupo, alunos de diferentes anos/níveis de ensino do Agrupamento.
A atividade decorreu de forma bastante satisfatória.
Os alunos assumiram um bom comportamento e participaram ativamente num sau-
dável espírito de grupo.
Realizou-se na Escola, no dia 16 de dezembro (6ª-feira), a atividade “Cantar o Natal”.
Houve uma Sessão de Abertura com a apresentação de um momento musical, pelos
alunos do Grupo de Flautas de Bisel da Oficina da Música.
Os alunos tiveram oportunidade de conhecer e entoar canções de Natal de vários
pontos do mundo.
Esta atividade destinou-se aos alunos do 5º e 6ºanos.
Os alunos interessados em participar nesta atividade inscreveram-se previamente,
junto dos respetivos delegados de turma e da professora Maria do Carmo Lopes.
No dia dezasseis de dezembro, os alunos inscritos deslo-
caram-se às salas de aula de acordo com o seu horário,
para marcarem a presença junto do respetivo professor.
De seguida dirigiram-se à sala 6, para entoarem can-
ções de Natal.
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Exposição “Planeta cor de água”
Exposição de trabalhos dos alunos
de 8.º ano «O fim do Estado Portu-
guês da Índia»
Exposição de instrumentos musi-
cais do mundo
Decoração do espaço escolar para
o evento dos Dias da Cultura
Dia do Francês e do Espanhol
Concurso de leitura e soletração
Dia das Sopas
Aventura Matemática
Dia das Ciências Físico Químicas
Palestra sobre empreendedorismo
Palestra sobre os cursos CET
Dia da Informática
«Comportamentos desajustados
dentro e fora da sala de aula»
Peddy-Paper
Torneio 3X3 Basquetebol
Rastreio de Saúde
Dia do Inglês
Projeto “ Viagem no Tempo”/ Friso
cronológico
Demonstração da técnica de baixo-
relevo em argila
Ateliê com convidados que apre-
sentam diferentes técnicas de tra-
balho no âmbito da Expressão Plás-
tica ou das Artes e Ofícios
Concurso de ortografia/soletração
Participação no «Dia aberto do ins-
tituto Politécnico de Leiria»
Sessão de Sensibilização/ Forma-
ção “Gerir Comportamentos Edu-
car Para Incluir”
Atuação dos alunos do grupo da
Oficina da Música – Sessão de
abertura do karaoke
Karaoke
Karaoke infantil
Atuação da Escola de música da
Sociedade Filarmónica Goleganen-
se 1.º de Janeiro
Dias da Cultura 19 a 23 de Março de 2012
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Jardim de Infância de Golegã
Sala Verde
Olá!
Aqui estamos nós já mais crescidos e
muito reguilas!
No segundo período fomos muito tra-
balhadores! Participámos em várias
atividades, entre elas a participação no
“Dia de Reis”, com o cantar das Janei-
ras aos nossos colegas da E.B. 1, Dire-
ção, Serviços Administrativos e Bar.
Ainda no mês de janeiro iniciámos o
Projeto “Artistas Digitais” com duas
turmas dos Cursos de Educação e For-
mação. Os colegas mais velhos ajuda-
ram-nos no computador, através do
programa de desenho e outros.
Sentimo-nos muito bem naquelas
salas de informática, apesar de alguns
de nós não conseguirmos chegar ao
computador.
No dia 17 de fevereiro participámos no
cortejo de Carnaval com o projeto
“Viagem no Tempo”, em articulação
com o primeiro ciclo.
Os meninos e as meninas da Sala Ver-
de vestiram-se como no século XVIII
para irem com os pais e os avós á Feira
da Golegã. Parabéns aos pais e aos
avós pelo empenho manifestado.
No dia 5 de março participámos na
abertura da “Semana do Livro” com o
hino da Biblioteca, em articulação com
a oficina de música. Ao longo da sema-
na tivemos várias atividades ligadas ao
livro e às histórias, tais como:
“Estrelinha Pirilampo”, “A Lagartinha
Comilona” e a “Doninha Cheirosinha”.
Como podem ver, ao longo deste
período tivemos muitas atividades! É
com a ajuda destas que nós crescemos
e aprendemos!
No nosso Agrupamento foi comemora-
da a Semana da Leitura, que decor-
reu de 5 a 10 de Março. Esta atividade
foi organizada pela BE, em colabora-
ção com o Departamento de Línguas
que promoveu e dinamizou a
“Partilha de Leituras”. O Departa-
mento de Línguas colaborou ainda na
atividade 30 minutos de Leitura no
Agrupamento.
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Dia Internacional da Língua Materna
Celebra-se a 21 de Fevereiro o Dia Internacional da Língua Materna. Proclamado pela Conferência Geral da UNESCO em Novembro
de 1999, desde fevereiro de 2000 que este dia é comemorado com o objectivo de promover a diversidade linguística e cultural.
Estimam-se em quase 6000 as línguas faladas no mundo, mas cerca de metade está à beira da extinção. A língua portuguesa não
faz parte deste conjunto, dado que se crê ocupar a 6.ª posição na lista dos idiomas mais falados no mundo.
Falar é uma das faculdades mais importantes do ser humano. A língua é um sistema gramatical pertencente a um grupo de indiví-
duos que permite expressar a sua consciência. A linguagem é o sistema de sinais que serve de meio de comunicação entre as pes-
soas. A língua materna expressa a cultura, a alma de um povo.
A Língua Materna é a primeira língua que aprendemos, desde que nascemos e, é por isso, a língua que geralmente dominamos
melhor. Quando aprendemos outras línguas, estamos a aprender e a interpretar o mundo de uma outra forma, já que cada país
tem a sua língua e cultura.
Língua Portuguesa
Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...
Amo-te assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela
E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
Em que da voz materna ouvi: "meu filho!"
E em que Camões chorou, no exílio amargo
O génio sem ventura e o amor sem brilho!
Olavo Bilac
Continua
“A Língua que falas e escreves
é uma árvore de sons
que tem nos ramos as letras,
nas folhas os acentos
e nos frutos o sentido
de cada coisa que dizes.
(…)
A árvore desta língua
cresce no nosso quintal
e definha de vergonha
sempre que a tratam mal,
sempre que a sujam e vergam
com os erros cometidos
por quem usa as palavras
sem lhes saber os sentidos
e pensa que a gramática
é uma bola de futebol
e da escola para a rua,
pondo em cada palavra
uma pepita de ouro
e uma centelha de lua,
pois afinal esta língua
será sempre minha e tua.”
José Jorge Letria, Esta Língua Portuguesa
que se trata com os pés.
(…)
Esta é a árvore de tudo
o que se diz em português
por não precisar de ser dito
em alemão ou em inglês,
pois temos orgulho bastante
para fazermos da nossa língua,
que já foi peregrina e navegante,
a pedra mais preciosa
seja em verso seja em prosa.
E o orgulho que temos
nesta Língua Portuguesa,
irá do berço para a escola
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Dia Internacional da Língua Materna
“No passado dia 23 de fevereiro, na
sala multiusos, festejámos o Dia Inter-
nacional da Língua Materna. Vieram à
Escola alguns familiares de alunos para
contar histórias, falar sobre a sua pro-
fissão, e até sobre a sua religião. Eu
gostei muito deste dia, pois foi muito
divertido.”
J. Francisco Mendes – 8ºA
“No dia 23 de fevereiro, para come-
morar o Dia Internacional da Língua
Materna, estiveram presentes na nos-
sa aula alguns Encarregados de Educa-
ção/familiares. A mãe do Francisco
Martinho falou do livro Diário de um
banana – Vida de Cão, que fala da
adolescência e como a mãe do Francis-
co gosta tanto deste livro sugeriu-nos
a sua leitura. O pai da Mariana Guia
tos. A nossa aula de Língua Portuguesa
começou com a apresentação do livro
Diário de um banana – Vida de Cão,
livro cómico e divertido, e que foi
apresentado pela mãe do Francisco
Martinho. Depois passámos a uma
parte mais séria com o pai da Mariana
Guia que nos apresentou o Código de
Processo Civil e nos falou da importân-
cia da comunicação. De seguida, o
professor André ensinou-nos a “falar
com o futuro” através da escrita. Final-
mente, a avó do Ricardo Carvalho fez-
nos refletir sobre a fé. Gostei bastante
deste dia, pois adquiri novos conheci-
mentos. Beatriz Nazário 8ºA
“A aula de Língua Portuguesa do dia
23 de fevereiro foi diferente das aulas
normais. As conversas foram muito
interessantes e sobre temas variados.
Gostei desta aula e o meu gosto pela
leitura aumentou. Os livros apresenta-
dos foram muito diferentes, mas eu
preferi o livro apresentado pela mãe
do Francisco Martinho.”
Rodrigo Cordeiro 8ºA
falou-nos da sua profissão, relembran-
do-nos o quão importante é a nossa
língua para o nosso dia a dia. O profes-
sor André, encarregado de educação
da Joana Silva, falou-nos do Livro em
branco, livro esse que deve ser escrito
por cada um de nós. Falou-nos, tam-
bém, sobre o futuro e disse-nos que
“Escrever é falar com o futuro”.
A avó do Ricardo Carvalho apresentou-
nos um livro sobre a fé e disse-nos que
a paz de espírito é fundamental, por
isso faz muitas leituras desse seu livro.
Gostei muito desta aula e penso que
contribuiu muito para desenvolvermos
o nosso gosto pela língua materna.
Rita Lopes 8ºA
“No Dia Internacional da Língua
Materna adquiri novos conhecimen-
Continua
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Dia Internacional da Língua Materna
Dia Internacional da Língua Mater-na
O Dia Internacional da Língua Materna
foi assinalado na nossa escola entre os
dias 23 e 27, pelo facto do dia 21 de
fevereiro, data em que se comemora
tal efeméride, ter coincidido com a
interrupção das atividades letivas do
Carnaval.
Esta data, proclamada pela Organiza-
ção das Nações Unidas para a Educa-
ção, Ciência e Cultura (UNESCO), é
comemorada desde fevereiro de 2000
com o objetivo de chamar a atenção e
proteger as cerca de seis mil línguas
existentes no mundo e, ao mesmo
tempo, promover a diversidade lin-
guística e cultural.
A nossa língua materna é a Língua Por-
tuguesa. É a língua oficial em Portugal,
Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-
Bissau, Macau, Moçambique, São
Tomé e Príncipe, Timor-Leste, sendo a
sexta língua mais falada no mundo.
.
Para assinalarmos esta data e lembrar-
mos a importância da Língua Portu-
guesa, os encarregados de educação e
familiares dos alunos foram convida-
dos a virem à escola para lerem em
português poemas, textos ou excertos
de obras literárias.
Do que foi dito e ouvido, resultou a
convicção de que devemos ter orgulho
na nossa língua materna e evitar tratá-
la mal
No decorrer da Semana da Leitura
o Departamento de Línguas parti-
cipou e dinamizou algumas ativi-
dades: Encontros com escritores e
partilhas de leituras.
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Brites de Almeida era uma mulher rebelde, que gostava de
andar à pancada, destemida e que não se calava a provoca-
ções. Nasceu em Faro.
Quando era pequena, gostava de vadiar e não gostava de
ajudar os pais na taberna de onde os pais a sustentavam.
Brites aprendeu a manejar a espada e o pau com muita
sabedoria. Apesar da sua temível reputação, um soldado
pediu-a em casamento. Como ela não queria perder a sua
independência, propôs uma condição que era lutarem antes
do casamento; se ela ganhasse, matava-o; se ela perdesse,
casavam. Ela ganhou e o soldado ficou ferido de morte.
Como naquela altura não se podia matar soldados, ela fugiu
para Castela.
Certo dia, ela ouviu dizer que
procuravam uma padeira. Ela
conseguiu ir para Aljubarrota.
Ela ficou padeira e depois aca-
bou dona da padaria porque a
patroa morreu.
Mais tarde, houve uma batalha
contra os castelhanos e a padei-
ra não conseguiu resistir e foi
ajudar os portugueses e os por-
tugueses acabaram por ganhar.
A padeira foi para casa e encon-
trou sete castelhanos escondidos no forno e eles acabaram
por morrer.
Depois ela casou com um lavrador e viveram felizes para
sempre.
Maria Teresinha Marcolino Fagulha Martinho Jorge
Era uma vez uma senhora chamada Brites de Almeida. Nas-
ceu em Santa Maria de Faro, de família pobre. A Brites gosta-
va de guerrear, não gostava de ajudar os pais na taberna.
Ficou órfã aos 20 anos e vendeu todos os seus bens.
Um homem propôs-lhe casamento mas Brites não quis e
fizeram uma luta: se ganhasse a Brites, matava-o, se fosse
ele, casavam. Brites ganhou e matou-o.
Brites ia para Aljubarrota mas houve um bando de piratas
que a fez de escrava. Mas um grupo de escravos portugueses
ajudou-a e foram de barco até à praia da Ericeira.
Brites foi para uma padaria de uma pessoa que, mais tarde,
faleceu.
Em 1385 houve, mais uma vez, uma outra guerra com Caste-
la. No dia 14 de agosto desse
ano houve uma batalha contra
o exército de Castela comanda-
do pelo rei. O exército portu-
guês era comandado por D.
Nuno Álvares Pereira e pelo rei
D. João I. Encontraram-se no
Campo de S. Jorge (perto de
Aljubarrota). Os portugueses
ganharam e os castelhanos
fugiram. Brites, ao chegar a
casa, viu sete castelhanos no
forno e matou--os.
Brites casou com um lavrador e teve muitos filhos.
Ainda hoje é recordada como uma mulher muito corajosa
Ana Francisca Caixinha Duque
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