introduÇÃo ao incid indicadores da...
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www.incid.org.brincid@ibase.br
Maio 2012
equipe do projeto incid
CoordenaçãoGeral: Cândido GrzybowskiTécnica: nahyda Francaadministrativa: Luzmere demonerComunicação: augusto Gazir
PesquisadorasCarla siqueira CamposFernanda Cristina de Carvalho Mellonatália Morais Gasparrenata Feno nevesrita Correa Brandão
auxiLiares de PesquisaCarolina FreitasJuliana santos de souzaManuela Pereira Lima Green
assisTenTerozi Judith Billo
ConsuLToreseugênia MottaLuiz Marcelo Ferreira CarvanoLeonardo de Carvalho silva ricardo Monte
projeto gráfico e diagramaçãoMórula oficina de ideias
produção de mapasFaber Paganoto
PuBLiCado soB LiCença CreaTive CoMMons. aLGuns direiTos reservados:
instituto Brasileiro de análises sociais e econômicas
av. rio Branco, 124 / 8º andar20040-916 • Rio de Janeiro• RJTel: (21) 2178-9400 Fax: (21) 2178-9402site: www.ibase.br
apresentação 4
A área de atuação do Incid 9
O conceito de cidadania 27
Os desafios do Incid 35
referências bibliográficas 38
anexos 41
índice
O sistema dos Indicadores da Cidadania (Incid), desenvolvido pelo Instituto Bra-
sileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), em parceria com a Petrobras, vai
monitorar a qualidade da cidadania em 14 municípios do Leste Fluminense e assim
contribuir com a justiça social e ambiental na região.
Os 14 municípios da área de atuação do Incid são Cachoeiras de Macacu, Casimiro
de Abreu, Guapimirim, Itaboraí, Magé, Maricá, Niterói, Nova Friburgo, Rio Bonito,
São Gonçalo, Saquarema, Silva Jardim, Tanguá e Teresópolis.
O Incid pretende ser uma ferramenta para a garantia e a ampliação dos direitos
nessa região e reforçar a atuação de ativistas, pesquisadores e organizações locais. O
objetivo do projeto é fortalecer a democracia ao produzir índices e argumentos para a
discussão de temas como igualdade, diversidade e participação social.
O desafio metodológico do Incid é produzir um sistema de indicadores pautado
pelos direitos da cidadania, em diálogo com os atores locais e que ao mesmo tempo
subsidie a ação cidadã. Os Indicadores da Cidadania só adquirem sentido e eficácia se
apropriados por organizações, grupos, movimentos sociais, governantes, gestores e
empresas e se incentivarem o debate entre esses setores.
A implementação do Incid, iniciada no final de 2011, levará dois anos e terá duas fa-
ses. A primeira é a montagem do sistema, e a segunda, a aplicação e o aperfeiçoamen-
to. Ao final dos dois anos do projeto, o Ibase transfere a metodologia e os resultados
alcançados para a sociedade civil local, e elas poderão seguir com o trabalho.
Para a construção do sistema Incid, o Ibase trabalha com o conceito de “cidadania
ativa”, pelo qual a participação social é parte integrante da cidadania. Assim, a cida-
dania, o direito que todos e todas, sem distinções, têm de ter direitos, se constrói na
prática pelas pessoas.
5
o incid é desenvolvido a partir de quatro conjuntos de indicadores, que correspondem às quatro dimensões da cidadania ativa, na visão do ibase. são elas:
2% 2%
4%
5% 5% 5%
6% 6%
7% 7%
11%
13% 13%
14%
NIT
ERÓ
I
TAN
GU
Á
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ALO
GU
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EIR
A D
E M
ACAC
U
CIDADANIAATIVA
CIDADANIAVIVIDA
CIDADANIAGARANTIDA
CIDADANIAPERCEBIDA
CIDADANIAEM AÇÃO
Quais as condições de
cidadania hojeno território?
Quais as políticas
públicas ativas que garantem a
cidadania?
Como a população local se percebe
como cidadã, portadora de
direitos e deveres? Como está
organizada e age a cidadania ativa?
1% 1% 1% 2% 2% 2% 3%5%
7% 8% 8%11%
18%
36%
CAS
IMIR
OD
E AB
REU
SIL
VA J
ARD
IM
TAN
GU
Á
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GU
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RG
O
ITAB
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AÍ
MAG
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POLI
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NIT
ERÓ
I
SÃO
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NÇ
ALO
6% 4% 2% 0% 2% 4% 6%
0 A 4
5 A 9
10 A 14
15 A 19
20 A 24
25 A 29
30 A 34
35 A 39
40 A 44
45 A 49
50 A 54
55 A 59
60 A 64
65 A 69
70 A 7475 A 79
80 OU +
FAIX
A ET
ÁRIA
6% 4% 2% 0% 2% 4% 6%
0 A 4
5 A 9
10 A 14
15 A 19
20 A 24
25 A 29
30 A 34
35 A 39
40 A 44
45 A 49
50 A 54
55 A 59
60 A 64
65 A 69
70 A 7475 A 7980 OU +
FAIX
A ET
ÁRIA
14.392.109
15.989.929
POPULAÇÃO 2000
POPULAÇÃO 2010
2.390.232
2.728.878
POPULAÇÃO 2000
POPULAÇÃO 2010
+11,1%
+14,2%
DIREITOSCOLETIVOS
DIREITOSSOCIAIS EECONÔMICOS
DIREITOSCIVIS EPOLÍTICOS
TEMA A
TEMA B
TEMA C
INDICADOR 1
INDICADOR 2
INDICADOR 3
INDICADOR N
CIDADANIAVIVIDA
PAINEL
1
CIDADANIAGARANTIDA
DIREITOSCOLETIVOS
DIREITOSSOCIAIS EECONÔMICOS
DIREITOSCIVIS EPOLÍTICOS
TEMA A’
TEMA B’
TEMA C’
INDICADOR 1’
INDICADOR 2’
INDICADOR 3’
INDICADOR N’
PAINEL
2
CIDADANIAPERCEBIDA
DIREITOSCOLETIVOS
DIREITOSSOCIAIS EECONÔMICOS
DIREITOSCIVIS EPOLÍTICOS
TEMA A’’
TEMA B’’
TEMA C’’
INDICADOR 1’’
INDICADOR 2’’
INDICADOR 3’’
INDICADOR N’’
PAINEL
3
CIDADANIAEM AÇÃO
DIREITOSCOLETIVOS
DIREITOSSOCIAIS EECONÔMICOS
DIREITOSCIVIS EPOLÍTICOS
TEMA A’’’
TEMA B’’’
TEMA C’’’
INDICADOR 1’’’
INDICADOR 2’’’
INDICADOR 3’’’
INDICADOR N’’’
PAINEL
4
CIDADANIAATIVA
MARCOZERO
SISTEMA DEINDICADORES
O Incid abrange quatro conjuntos de indicadores, as quatro dimensões dessa
“cidadania ativa”. Os indicadores da cidadania vivida tem como base consultas a
fontes de dados secundários, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus) e o
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), entre outros. Na
cidadania garantida, os dados secundários são complementados com entrevistas
com gestores públicos e usuários de políticas públicas. A cidadania percebida é
desenvolvida a partir da aplicação de questionários nas ruas de cada município.
Um mapa dos principais atores sociais e espaços de participação em cada município
compõe a cidadania em ação.
Os quatro conjuntos de indicadores serão divulgados numa coleção de cinco pu-
blicações. Antes dos indicadores em si, este primeiro volume discute os conceitos
e opções políticas e metodológicas do Incid, assim como apresenta os objetivos e as
referências no projeto.
Parceria
Destaca-se também no Incid a parceria entre o Ibase e a Petrobras num território
onde se localizam empreendimentos da empresa, como o Complexo Petroquímico do
Estado do Rio de Janeiro (Comperj). Essa parceria tem como premissas:
• O reconhecimento pela Petrobras do seu papel de empresa pública, como vetor
do desenvolvimento local e regional e com a capacidade de induzir e alavancar a
economia e as dinâmicas social, política, cultural e ambiental desses territórios
• A busca de parceria com atores sociais atuantes nos territórios e o trabalho em
rede como condição para que o Ibase elabore um conjunto de indicadores em sin-
tonia com o que acontece de fato nas localidades
• O reconhecimento pela Petrobras da independência e da autonomia, assim como
da responsabilidade social, política e técnica, do Ibase e dos seus parceiros no
desenvolvimento do sistema de indicadores
• Os valores da inclusão, da justiça social, da democracia participativa, da igual-
dade na diversidade social e cultural e da sustentabilidade socioambiental como
referências para a responsabilidade pública empresarial
7
OCEANO ATLÂNTICO
CACHOEIRASDE MACACU
GUAPIMIRIM
MAGÉ
ITABORAÍ
SÃOGONÇALO
NITERÓI MARICÁ
SAQUAREMA
RIO BONITOTANGUÁ
SILVA JARDIM
CASIMIRODE ABREU
N
-42
-43 -42
-23 -23
-43
30 0 30km
OCEANO ATLÂNTICO
OCEANO ATLÂNTICO
-44
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-23 -23
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-21 -21
RH VILAGOS/
SÃO JOÃO
30 0 30km
RH IBAÍA DA
ILHA GRANDE
RH IXBAIXO PARAÍBA DO SUL
RH IIIMÉDIO PARAÍBA DO SUL
RH VBAÍA DA
GUANABARARH IIGUANDU
RH VIIRIO
DOIS RIOS
RH IVPIABANHA
RH VIIIMACAÉ E RIO DAS OSTRAS
RH XITABAPOANA
N
MICRORREGIÕES GEOGRÁFICAS
BAÍA DA ILHA GRANDE
ITAGUAÍ
VALE DO PARAÍBA FLUMINENSE
BARRA DO PIRAÍ
RIO DE JANEIRO
VASSOURAS
TRÊS RIOS
SERRANA
NOVA FRIBURGO
CANTAGALO-CORDEIRO
MACACU-CACERIBU
LAGOS
BACIA DO SÃO JOÃO
SANTA MARIA MADALENA
MACAÉ
CAMPOS DOS GOYTACAZES
SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA
ITAPERUNA
1 – COSTA VERDE
2 – MÉDIO PARAÍBA
3 – METROPOLITANA
4 – CENTRO-SUL FLUMINENSE
5 – SERRANA
6 – BAIXADAS LITORÂNEAS
7 – NORTE FLUMINENSE
8 – NOROESTE FLUMINENSE
REGIÕES DE GOVERNO
LIMITES
6
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-23 -23
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-21 -21
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1
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30 0 60 km30
N
TERESÓPOLIS NOVA FRIBURGO
CACHOEIRASDE MACACU
GUAPIMIRIM
MAGÉ
ITABORAÍ
SÃOGONÇALO
NITERÓI MARICÁ
SAQUAREMA
RIO BONITOTANGUÁ
SILVA JARDIM
CASIMIRODE ABREU
N
-42
-43 -42
10 0 30 km10 20
-23 -23
-43
OCEANO ATLÂNTICO
Área de atuação do incid
10
O desafiO cOnceitual
O primeiro desafio dos Indicadores
da Cidadania (Incid) diz respeito à sua
área de atuação, à definição da escala do
projeto. Há uma dificuldade em se tratar
o conjunto dos municípios do Incid como
uma totalidade regional. Nenhuma das
divisões e recortes analíticos existentes
dá conta desse conjunto específico de 14
municípios fluminenses.
Por exemplo, na divisão do Brasil em
macro, meso e microrregiões geográficas
instituída pelo IBGE em 19901, esses 14 mu-
nicípios se encontram nas mesorregiões das
Baixadas (Casimiro de Abreu, Silva Jardim
e Saquarema), Centro Fluminense (somente
Nova Friburgo) e Metropolitana do Rio de
Janeiro (os outros dez / ver Anexo 1). Já na
perspectiva da Fundação Centro Estadual
de Pesqisas, Estatísticas e Formação de Ser-
vidores Públicos do Rio de Janeiro (Ceperj),
órgão do governo estadual, os municípios
estão em três regiões distintas: Serrana
(Nova Friburgo e Teresópolis), Metropoli-
tana (Magé, Guapimirim, Itaboraí, Tanguá,
Maricá, São Gonçalo e Niterói); e Baixadas
Litorâneas (Casimiro de Abreu, Silva Jar-
dim, Cachoeiras de Macacu, Rio Bonito e
Saquarema) (ver mapa na página seguinte).
Se levada em conta a divisão do Estado
em regiões hidrográficas, os municípios
do Incid estão nas quatro áreas: Piabanha
(Teresópolis), Baía de Guanabara (Nite-
rói, São Gonçalo, Itaboraí, Tanguá, Gua-
pimirim, Magé; parcialmente: Maricá,
Rio Bonito, Cachoeiras de Macacu), Lagos
São João (Silva Jardim, Saquarema; par-
cialmente: Rio Bonito, Cachoeiras de Ma-
cacu, Casimiro de Abreu, Maricá) e Rio
Dois Rios (Nova Friburgo, parcialmente).
Associados à divisão hidrográfica, há os
comitês de bacias, colegiados integrados
pelo poder público e pela sociedade civil,
com poder deliberativo (ver anexo 3). Eles,
por exemplo, aprovam os critérios de co-
brança pelo uso dos recursos hídricos.
1. Às cinco macroregiões (norte, nordeste, sul, sudeste e Centro-oeste) correspondem outras subdivisões em escalas meso e micro. a meso é definida como “área individualizada, em uma unidade de Federação, que apresenta formas de organização do espaço geográfico definidas pelas seguintes dimensões: processo social, como determinante, o quadro na-tural, como condicionante, a rede de comunicação e de lugares, como elemento de articulação espacial”. Tais dimensões dão identidade regional a essas áreas. a microrregião corresponde a partes das mesoregiões e são definidas por suas especificidades de produção. o estado do rio de Janeiro, segundo o iBGe, está dividido em seis mesorregiões geográficas: Baixadas, Centro Fluminense, Metropolitana do rio de Janeiro, noroeste, norte e sul Fluminense.
a área de atuação do incid
11
OCEANO ATLÂNTICO
CACHOEIRASDE MACACU
GUAPIMIRIM
MAGÉ
ITABORAÍ
SÃOGONÇALO
NITERÓI MARICÁ
SAQUAREMA
RIO BONITOTANGUÁ
SILVA JARDIM
CASIMIRODE ABREU
N
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30 0 30km
OCEANO ATLÂNTICO
OCEANO ATLÂNTICO
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RH VILAGOS/
SÃO JOÃO
30 0 30km
RH IBAÍA DA
ILHA GRANDE
RH IXBAIXO PARAÍBA DO SUL
RH IIIMÉDIO PARAÍBA DO SUL
RH VBAÍA DA
GUANABARARH IIGUANDU
RH VIIRIO
DOIS RIOS
RH IVPIABANHA
RH VIIIMACAÉ E RIO DAS OSTRAS
RH XITABAPOANA
N
MICRORREGIÕES GEOGRÁFICAS
BAÍA DA ILHA GRANDE
ITAGUAÍ
VALE DO PARAÍBA FLUMINENSE
BARRA DO PIRAÍ
RIO DE JANEIRO
VASSOURAS
TRÊS RIOS
SERRANA
NOVA FRIBURGO
CANTAGALO-CORDEIRO
MACACU-CACERIBU
LAGOS
BACIA DO SÃO JOÃO
SANTA MARIA MADALENA
MACAÉ
CAMPOS DOS GOYTACAZES
SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA
ITAPERUNA
1 – COSTA VERDE
2 – MÉDIO PARAÍBA
3 – METROPOLITANA
4 – CENTRO-SUL FLUMINENSE
5 – SERRANA
6 – BAIXADAS LITORÂNEAS
7 – NORTE FLUMINENSE
8 – NOROESTE FLUMINENSE
REGIÕES DE GOVERNO
LIMITES
6
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30 0 60 km30
N
TERESÓPOLIS NOVA FRIBURGO
CACHOEIRASDE MACACU
GUAPIMIRIM
MAGÉ
ITABORAÍ
SÃOGONÇALO
NITERÓI MARICÁ
SAQUAREMA
RIO BONITOTANGUÁ
SILVA JARDIM
CASIMIRODE ABREU
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10 0 30 km10 20
-23 -23
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OCEANO ATLÂNTICO
Estado do Rio de Janeiro por regiões e microrregiões
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OCEANO ATLÂNTICO
CACHOEIRASDE MACACU
GUAPIMIRIM
MAGÉ
ITABORAÍ
SÃOGONÇALO
NITERÓI MARICÁ
SAQUAREMA
RIO BONITOTANGUÁ
SILVA JARDIM
CASIMIRODE ABREU
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30 0 30km
OCEANO ATLÂNTICO
OCEANO ATLÂNTICO
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RH VILAGOS/
SÃO JOÃO
30 0 30km
RH IBAÍA DA
ILHA GRANDE
RH IXBAIXO PARAÍBA DO SUL
RH IIIMÉDIO PARAÍBA DO SUL
RH VBAÍA DA
GUANABARARH IIGUANDU
RH VIIRIO
DOIS RIOS
RH IVPIABANHA
RH VIIIMACAÉ E RIO DAS OSTRAS
RH XITABAPOANA
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MICRORREGIÕES GEOGRÁFICAS
BAÍA DA ILHA GRANDE
ITAGUAÍ
VALE DO PARAÍBA FLUMINENSE
BARRA DO PIRAÍ
RIO DE JANEIRO
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TRÊS RIOS
SERRANA
NOVA FRIBURGO
CANTAGALO-CORDEIRO
MACACU-CACERIBU
LAGOS
BACIA DO SÃO JOÃO
SANTA MARIA MADALENA
MACAÉ
CAMPOS DOS GOYTACAZES
SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA
ITAPERUNA
1 – COSTA VERDE
2 – MÉDIO PARAÍBA
3 – METROPOLITANA
4 – CENTRO-SUL FLUMINENSE
5 – SERRANA
6 – BAIXADAS LITORÂNEAS
7 – NORTE FLUMINENSE
8 – NOROESTE FLUMINENSE
REGIÕES DE GOVERNO
LIMITES
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TERESÓPOLIS NOVA FRIBURGO
CACHOEIRASDE MACACU
GUAPIMIRIM
MAGÉ
ITABORAÍ
SÃOGONÇALO
NITERÓI MARICÁ
SAQUAREMA
RIO BONITOTANGUÁ
SILVA JARDIM
CASIMIRODE ABREU
N
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10 0 30 km10 20
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OCEANO ATLÂNTICO
Estado do Rio de Janeiro por regiões hidrográficas
a área de atuação do incid
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OCEANO ATLÂNTICO
CACHOEIRASDE MACACU
GUAPIMIRIM
MAGÉ
ITABORAÍ
SÃOGONÇALO
NITERÓI MARICÁ
SAQUAREMA
RIO BONITOTANGUÁ
SILVA JARDIM
CASIMIRODE ABREU
N
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30 0 30km
OCEANO ATLÂNTICO
OCEANO ATLÂNTICO
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RH VILAGOS/
SÃO JOÃO
30 0 30km
RH IBAÍA DA
ILHA GRANDE
RH IXBAIXO PARAÍBA DO SUL
RH IIIMÉDIO PARAÍBA DO SUL
RH VBAÍA DA
GUANABARARH IIGUANDU
RH VIIRIO
DOIS RIOS
RH IVPIABANHA
RH VIIIMACAÉ E RIO DAS OSTRAS
RH XITABAPOANA
N
MICRORREGIÕES GEOGRÁFICAS
BAÍA DA ILHA GRANDE
ITAGUAÍ
VALE DO PARAÍBA FLUMINENSE
BARRA DO PIRAÍ
RIO DE JANEIRO
VASSOURAS
TRÊS RIOS
SERRANA
NOVA FRIBURGO
CANTAGALO-CORDEIRO
MACACU-CACERIBU
LAGOS
BACIA DO SÃO JOÃO
SANTA MARIA MADALENA
MACAÉ
CAMPOS DOS GOYTACAZES
SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA
ITAPERUNA
1 – COSTA VERDE
2 – MÉDIO PARAÍBA
3 – METROPOLITANA
4 – CENTRO-SUL FLUMINENSE
5 – SERRANA
6 – BAIXADAS LITORÂNEAS
7 – NORTE FLUMINENSE
8 – NOROESTE FLUMINENSE
REGIÕES DE GOVERNO
LIMITES
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TERESÓPOLIS NOVA FRIBURGO
CACHOEIRASDE MACACU
GUAPIMIRIM
MAGÉ
ITABORAÍ
SÃOGONÇALO
NITERÓI MARICÁ
SAQUAREMA
RIO BONITOTANGUÁ
SILVA JARDIM
CASIMIRODE ABREU
N
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10 0 30 km10 20
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OCEANO ATLÂNTICO
Área de abrangência regional do Comperj
14
Foi a partir de 2006, ano do anúncio da instalação do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) em Itaboraí, que uma nova configuração regional começou a se delinear. Ao final de 2006, a formação do Consórcio Intermunicipal de Desenvol-vimento do Leste Fluminense (Conleste), composto por 11 municípios (Cachoeiras de Macacu, Casimiro de Abreu, Guapimirim, Itaboraí, Magé, Maricá, Niterói, Rio Boni-to, São Gonçalo, Silva Jardim e Tanguá), todos dentro da área de atuação do Incid, representava um esforço para instituir um novo recorte regional. O governo estadual deu grande apoio ao consórcio.
A formação desse “Leste Fluminense” vai ao encontro de análise do sociólogo Pier-re Bourdieu, para quem “o discurso regio-nalista é um discurso performativo, que tem em vista impor como legítima uma nova definição das fronteiras e dar a conhecer e fazer reconhecer a nova região assim deli-mitada – e, como tal, desconhecida – contra a definição dominante, portanto, reconhe-cida e legítima, que a ignora”. Bourdieu completa: “o ato de categorização, quando consegue fazer-se reconhecer ou quando é exercido por uma autoridade reconhecida, exerce poder por si” (1989: 116).
A iniciativa das administrações públi-cas daqueles 11 municípios para demarcar o Leste Fluminense teve reconhecimento no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) sobre o licenciamento das instalações do Comperj em Itaboraí (ver Anexo 4). Os EIAs estabelecem as “áreas de influência” dos empreendimentos, definem os municípios
que serão alvos de ações específicas para a “mitigação” de impactos e de outras ações denominadas “compensações sociais e am-bientais”. O EIA do Comperj define as áreas de influência “direta” e “indireta” do projeto e também a “área de abrangência regional”, os 11 municípios que formavam o Conleste (ver Anexo 4), indicados pela “proximidade ao empreendimento e pela existência de organização intermunicipal considerada como possível suporte às ações coordena-das de aproveitamento das oportunidades e prevenção dos efeitos indesejáveis do Comperj”, de acordo com o EIA.
A partir de então, genericamente tra-tado como “área de influência” do Com-perj, o Leste Fluminense passou a ser beneficiado com uma série de projetos por conta da presença da Petrobras na região. Entre essas iniciativas, está a parceria entre a Petrobras, a Universidade Fede-ral Fluminense (UFF) e o Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos, o Habitat, que tem como refe-rência os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas e atua nos 11 municípios originais do Conleste.
Assim, a nova divisão regional é pro-movida pela chegada do Comperj. Como frisou o geógrafo Milton Santos, as empre-sas, no neoliberalismo, desempenham um papel importante na produção, na econo-mia e no funcionamento do território. “A presença numa localidade de uma grande empresa global incide sobre a equação do emprego, a estrutura do consumo con-sumptivo e do consumo produtivo, o uso
OCEANO ATLÂNTICO
CACHOEIRASDE MACACU
GUAPIMIRIM
MAGÉ
ITABORAÍ
SÃOGONÇALO
NITERÓI MARICÁ
SAQUAREMA
RIO BONITOTANGUÁ
SILVA JARDIM
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30 0 30km
OCEANO ATLÂNTICO
OCEANO ATLÂNTICO
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ILHA GRANDE
RH IXBAIXO PARAÍBA DO SUL
RH IIIMÉDIO PARAÍBA DO SUL
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RH VIIIMACAÉ E RIO DAS OSTRAS
RH XITABAPOANA
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MICRORREGIÕES GEOGRÁFICAS
BAÍA DA ILHA GRANDE
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VALE DO PARAÍBA FLUMINENSE
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RIO DE JANEIRO
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CANTAGALO-CORDEIRO
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SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA
ITAPERUNA
1 – COSTA VERDE
2 – MÉDIO PARAÍBA
3 – METROPOLITANA
4 – CENTRO-SUL FLUMINENSE
5 – SERRANA
6 – BAIXADAS LITORÂNEAS
7 – NORTE FLUMINENSE
8 – NOROESTE FLUMINENSE
REGIÕES DE GOVERNO
LIMITES
6
-44
-44
-43
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-42
-42
-41
-41
-23 -23
-22 -22
-21 -21
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4
30 0 60 km30
N
TERESÓPOLIS NOVA FRIBURGO
CACHOEIRASDE MACACU
GUAPIMIRIM
MAGÉ
ITABORAÍ
SÃOGONÇALO
NITERÓI MARICÁ
SAQUAREMA
RIO BONITOTANGUÁ
SILVA JARDIM
CASIMIRODE ABREU
N
-42
-43 -42
10 0 30 km10 20
-23 -23
-43
OCEANO ATLÂNTICO
a área de atuação do incid
15
das infraestruturas materiais e sociais, a composição dos orçamentos públicos, a estrutura do gasto público e o compor-tamento das outras empresas, sem falar na própria imagem do lugar e no impacto sobre os comportamentos individuais e coletivos, isto é, sobre a ética” (2001: 293).
A teoria da produção capitalista do espaço de David Harvey é também per-tinente para a interpretação da dinâmica do Leste Fluminense. Harvey considera que o modo capitalista cria e recria “novas geografias”, transforma as relações espa-ciais, produz novas escalas. A natureza desigual da acumulação capitalista con-cebe um espaço ambíguo, que, ao mesmo tempo que se pretende universalizante, produz desigualdades e assimetrias, tensões e conflitos. Tais contradições do capitalismo se revelam na formação e na reconfiguração do espaço e são, portanto, elementos a serem observados (2005).
O setor industrial também já incor-porou a divisão do Leste Fluminense nos seus planejamentos. A última edição da pesquisa da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) sobre as intenções de investimentos no Estado, di-vulgada em 2010, identifica um eixo Leste, apoiado na construção do Comperj, mas que não se limitaria ao complexo petro-químico. Haveria oportunidades no setor de serviços e de construção civil.
Diante do fluxo de recursos associado ao novo recorte territorial, outras prefei-turas passaram a pleitear a inclusão no Conleste, no Leste Fluminense. Em 2009,
Saquarema se juntou aos 11 municípios
originais. Em 2010, foi a vez de Teresópo-
lis, e, em 2011, Araruama. Nova Friburgo
ainda busca a sua integração.
Paralelamente a essa negociação entre
as administrações municipais, a Petro-
bras apresentou mais uma iniciativa que
tratava o Leste Fluminense como um
conjunto. O Projeto Agenda 21 Comperj
atingiu 14 municípios (os 11 originais do
Conleste, mais Nova Friburgo, Saquare-
ma e Teresópolis). O Agenda 21 consistia
na seleção de potencialidades, preocupa-
ções e ações prioritárias nas cidades por
moradores e lideranças locais. Formou-se
em cada município os Fóruns do Agenda
21, o que contribuiu para a formação de
uma rede de pessoas nas 14 cidades.
O Incid soma-se desse modo a um
conjunto de iniciativas focadas no Leste
Fluminense. Os 14 municípios do Proje-
to Agenda 21 são a região de atuação dos
Indicadores da Cidadania. Para o Incid,
a perspectiva regional do projeto, a partir
do recém-delimitado Leste Fluminense,
traz o desafio de encontrar formas para
tratar analiticamente esse conjunto de
municípios como uma região. Mas não
seria possível ignorar que as transfor-
mações em curso podem interferir nas
dimensões da cidadania avaliadas pelo
Incid. Dessa maneira, o projeto tem como
tarefa elaborar estratégias tanto para dar
conta de distritos, bairros e outros, dentro
dos limites municipais, quanto para ir
além e estabelecer uma análise regional.
16
território
O desafio remete mais uma vez ao debate
da Geografia sobre a noção de território.
Na abordagem de Rogério Haesbaert,
o território é carregado de significado e
expressividade para quem o constrói e/ou
dele usufrui. Segundo o autor, a maneira
pela qual o espaço e os recursos são apro-
priados por diferentes grupos, conside-
radas as posições de poder num determi-
nado momento, modifica as relações dos
grupos com o território (2006).
Nessa linha de raciocínio e também com
base nas contribuições de Milton Santos e
dos demais pensadores aqui relacionados,
o Incid trata o território como a dimensão
materializada do espaço. Nessa dimensão,
a técnica é ação, sabedoria da vida, pela
qual surgem as possibilidades de novas
sinergias, resistências contra a ordem do
dinheiro, resistências da cidadania (1994).
Território se configura como mediação
no espaço, onde se constrói não apenas o
controle físico, mas também laços de iden-
tidade social, lugar de dominação política e
econômica mais concreta e de apropriação
mais subjetiva, cultural (Cruz, 2011).
Propomos aqui uma abordagem que
coloca os conceitos de região e território
em tensão dialética, em interação cons-
tante. O conjunto dos 14 municípios do
Incid, região do Leste Fluminense, será
tratado como “território de cidadania”.
Um território de cidadania não é somente
estudado, mas estimulado e apoiado para
a ampliação da cidadania. Dessa forma, a
premissa política do Incid conecta-se com
a dimensão conceitual do projeto.
“a natureza desigual da acumulação capitalista concebe um espaço ambíguo, que, ao mesmo tempo que se pretende universalizante, produz desigualdades e assimetrias, tensões e conflitos. Tais contradições do capitalismo se revelam na formação e na reconfiguração do espaço e são, portanto, elementos a serem observados”
a área de atuação do incid
17
características da área dO incid
Feita a demarcação conceitual, é importante
neste volume de introdução, pano de fundo
para a apresentação dos indicadores nos
relatórios seguintes, caracterizar a área de
atuação do Incid, passar em revista dados e
informações sobre a região.
informações estatísticas do iBge
Os dados preliminares do último cen-
so do IBGE mostram que o conjunto dos
14 municípios do Incid possuía 2.728.878
habitantes em 2010, 17,07% da população
total do Estado do Rio de Janeiro, e ocupa-
va uma área de 693.332 hectares, corres-
pondentes a 15,9% do território do Estado.
Os maiores municípios, em extensão
territorial, são, pela ordem, Cachoeiras
de Macacu, Silva Jardim, Nova Friburgo
e Teresópolis. Juntos eles constituem 51%
da área analisada.
ProPorção da Área dos MunicíPios na Área de atuação do incid (2010)FonTe: iBGe – Censo deMoGrÁFiCo
2% 2%
4%
5% 5% 5%
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CIDADANIAATIVA
CIDADANIAVIVIDA
CIDADANIAGARANTIDA
CIDADANIAPERCEBIDA
CIDADANIAEM AÇÃO
Quais as condições de
cidadania hojeno território?
Quais as políticas
públicas ativas que garantem a
cidadania?
Como a população local se percebe
como cidadã, portadora de
direitos e deveres? Como está
organizada e age a cidadania ativa?
1% 1% 1% 2% 2% 2% 3%5%
7% 8% 8%11%
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40 A 4445 A 49
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60 A 6465 A 69
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40 A 4445 A 4950 A 54
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POPULAÇÃO 2000
POPULAÇÃO 2010
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POPULAÇÃO 2000
POPULAÇÃO 2010
+11,1%
+14,2%
DIREITOSCOLETIVOS
DIREITOSSOCIAIS EECONÔMICOS
DIREITOSCIVIS EPOLÍTICOS
TEMA A
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INDICADOR 1
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CIDADANIAVIVIDA
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CIDADANIAGARANTIDA
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DIREITOSSOCIAIS EECONÔMICOS
DIREITOSCIVIS EPOLÍTICOS
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CIDADANIAPERCEBIDA
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DIREITOSCIVIS EPOLÍTICOS
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CIDADANIAEM AÇÃO
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DIREITOSSOCIAIS EECONÔMICOS
DIREITOSCIVIS EPOLÍTICOS
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CIDADANIAATIVA
MARCOZERO
SISTEMA DEINDICADORES
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CIDADANIAATIVA
CIDADANIAVIVIDA
CIDADANIAGARANTIDA
CIDADANIAPERCEBIDA
CIDADANIAEM AÇÃO
Quais as condições de
cidadania hojeno território?
Quais as políticas
públicas ativas que garantem a
cidadania?
Como a população local se percebe
como cidadã, portadora de
direitos e deveres? Como está
organizada e age a cidadania ativa?
1% 1% 1% 2% 2% 2% 3%5%
7% 8% 8%11%
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30 A 3435 A 3940 A 4445 A 4950 A 5455 A 5960 A 6465 A 6970 A 7475 A 79
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POPULAÇÃO 2000
POPULAÇÃO 2010
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DIREITOSCOLETIVOS
DIREITOSSOCIAIS EECONÔMICOS
DIREITOSCIVIS EPOLÍTICOS
TEMA A
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INDICADOR 1
INDICADOR 2
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INDICADOR N
CIDADANIAVIVIDA
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DIREITOSSOCIAIS EECONÔMICOS
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INDICADOR N’
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DIREITOSSOCIAIS EECONÔMICOS
DIREITOSCIVIS EPOLÍTICOS
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INDICADOR 1’’
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CIDADANIAEM AÇÃO
DIREITOSCOLETIVOS
DIREITOSSOCIAIS EECONÔMICOS
DIREITOSCIVIS EPOLÍTICOS
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INDICADOR 1’’’
INDICADOR 2’’’
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INDICADOR N’’’
PAINEL
4
CIDADANIAATIVA
MARCOZERO
SISTEMA DEINDICADORES
Em 2010, os municípios de São Gon-
çalo e Niterói, juntos, concentravam
54% da população da área do Incid. São
Gonçalo é o mais populoso, com 999.728
habitantes, seguido por Niterói, Magé,
Itaboraí e Nova Friburgo. Os municí-
pios menos populosos são Silva Jardim
e Tanguá, com 21.349 habitantes e 30.732
habitantes, respectivamente.
Entre 2000 e 2010, o conjunto dos 14
municípios apresentou crescimento po-
pulacional de 14,2%, acima da média do
crescimento populacional do Estado do
Rio. O restante do Estado, subtraída a
área analisada, apresentou crescimento
percentual de população de 10,5%, no
mesmo período.
ProPorção da PoPulação dos MunicíPios eM relação à area do incid (2010)FonTe: iBGe – Censo deMoGrÁFiCo
PoPulação do estado do rio de janeiroFonTe: iBGe – Censos
2% 2%
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CIDADANIAVIVIDA
CIDADANIAGARANTIDA
CIDADANIAPERCEBIDA
CIDADANIAEM AÇÃO
Quais as condições de
cidadania hojeno território?
Quais as políticas
públicas ativas que garantem a
cidadania?
Como a população local se percebe
como cidadã, portadora de
direitos e deveres? Como está
organizada e age a cidadania ativa?
1% 1% 1% 2% 2% 2% 3%5%
7% 8% 8%11%
18%
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+11,1%
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DIREITOSCOLETIVOS
DIREITOSSOCIAIS EECONÔMICOS
DIREITOSCIVIS EPOLÍTICOS
TEMA A
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INDICADOR 1
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CIDADANIAVIVIDA
PAINEL
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CIDADANIAGARANTIDA
DIREITOSCOLETIVOS
DIREITOSSOCIAIS EECONÔMICOS
DIREITOSCIVIS EPOLÍTICOS
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DIREITOSCOLETIVOS
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DIREITOSCIVIS EPOLÍTICOS
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CIDADANIAEM AÇÃO
DIREITOSCOLETIVOS
DIREITOSSOCIAIS EECONÔMICOS
DIREITOSCIVIS EPOLÍTICOS
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PAINEL
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CIDADANIAATIVA
MARCOZERO
SISTEMA DEINDICADORES
a área de atuação do incid
19
Entre 2000 e 2010, quatro dos mu-
nicípios da área do Incid apresentaram
percentual de crescimento populacional
bastante abaixo da média estadual: Silva
Jardim, Nova Friburgo, Niterói e Magé. Os
três últimos estão entre os mais populo-
sos da região, enquanto Silva Jardim é o
menos populoso dos 14. Percentualmente,
apresentaram maior crescimento popula-
cional Maricá (66,1%), Casimiro de Abreu
(59,6%), Saquarema (41,5%) e Guapimirim
(35,7%). Também ficaram acima da média
de crescimento da região analisada Tere-
sópolis, Tanguá e Itaboraí.
A maior parte da população dos 14 mu-
nicípios mora em domicílios classificados
pelo IBGE como urbanos. Essa popula-
ção urbana de 2000 para 2010 passou de
94,4%, para 96%. Isso está abaixo do total
percentual do Estado do Rio de Janeiro.
Os municípios de Niterói e São Gonçalo
se destacam por apresentar 100% dos ha-
bitantes em situação urbana, desde 2000.
Além desses, situavam-se acima de média
de urbanização da região do Incid em 2010
Itaboraí, Maricá e Guapimirim. Os dois
últimos se destacam pelo significativo au-
mento da população urbana entre 2000 e
2010. No ano de 2010, os municípios menos
urbanizados da área do Incid são Rio Boni-
to e Silva Jardim (ver Anexo 5).
Em 2010, tanto na área de atuação do
programa como no total do Estado do Rio
de Janeiro, a população feminina predo-
mina sobre a masculina. Silva Jardim é
PoPulação Área de atuação do incidFonTe: iBGe – Censos 2000 e 2010. disPoníveL eM www.sidra.ibge.gov.br
“a maior parte da população dos 14 municípios mora em domicílios classificados pelo
iBGe como urbanos”
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CIDADANIAATIVA
CIDADANIAVIVIDA
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CIDADANIAPERCEBIDA
CIDADANIAEM AÇÃO
Quais as condições de
cidadania hojeno território?
Quais as políticas
públicas ativas que garantem a
cidadania?
Como a população local se percebe
como cidadã, portadora de
direitos e deveres? Como está
organizada e age a cidadania ativa?
1% 1% 1% 2% 2% 2% 3%5%
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DIREITOSSOCIAIS EECONÔMICOS
DIREITOSCIVIS EPOLÍTICOS
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DIREITOSSOCIAIS EECONÔMICOS
DIREITOSCIVIS EPOLÍTICOS
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DIREITOSCOLETIVOS
DIREITOSSOCIAIS EECONÔMICOS
DIREITOSCIVIS EPOLÍTICOS
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3
CIDADANIAEM AÇÃO
DIREITOSCOLETIVOS
DIREITOSSOCIAIS EECONÔMICOS
DIREITOSCIVIS EPOLÍTICOS
TEMA A’’’
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TEMA C’’’
INDICADOR 1’’’
INDICADOR 2’’’
INDICADOR 3’’’
INDICADOR N’’’
PAINEL
4
CIDADANIAATIVA
MARCOZERO
SISTEMA DEINDICADORES
20
uma exceção. Lá, há mais homens do que mulheres. As pirâmides populacionais do conjunto dos 14 municípios mostram a diminuição do desequilíbrio entre os sexos. Em 2010, esse desequilíbrio é expressivo somente nas faixas etárias acima de 50 anos, nas quais a predomi-nância feminina ainda é visível.
É possível perceber também um es-treitamento da base da pirâmide, o que representa a diminuição da proporção da população mais jovem, acompanhada da maior concentração na faixa da popula-
ção em idade economicamente ativa.
projeto agenda 21 comperj
O Projeto Agenda 21 Comperj, além de importante para demarcar a região do Leste Fluminense e uma das principais referên-cias para o Incid, levantou informações rele-vantes sobre as percepções, reivindicações e formas de organização locais.
O projeto teve início em dezembro de 2007 e abrangeu inicialmente Cachoeiras de Macacu, Casimiro de Abreu, Guapimi-rim, Itaboraí, Magé, Maricá, Niterói, Nova Friburgo, Rio Bonito, Rio de Janeiro, São Gonçalo, Saquarema, Silva Jardim, Tan-guá e Teresópolis. O Projeto Agenda 21 foi realizada simultaneamente e finalizada em todos os municípios, com exceção do Rio de Janeiro. Na capital do Estado, o trabalho foi suspenso devido à complexidade do local.
Os participantes foram divididos em
quatro setores:
PirâMide PoPulacional da Área de atuação do incid (2000)FonTe: iBGe – Censo
PirâMide PoPulacional da Área de atuação do incid (2010)FonTe: iBGe – Censo
2% 2%
4%
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14%
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CIDADANIAATIVA
CIDADANIAVIVIDA
CIDADANIAGARANTIDA
CIDADANIAPERCEBIDA
CIDADANIAEM AÇÃO
Quais as condições de
cidadania hojeno território?
Quais as políticas
públicas ativas que garantem a
cidadania?
Como a população local se percebe
como cidadã, portadora de
direitos e deveres? Como está
organizada e age a cidadania ativa?
1% 1% 1% 2% 2% 2% 3%5%
7% 8% 8%11%
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36%
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15 A 1920 A 2425 A 29
30 A 3435 A 3940 A 4445 A 4950 A 5455 A 5960 A 6465 A 6970 A 7475 A 79
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30 A 3435 A 3940 A 4445 A 4950 A 5455 A 5960 A 6465 A 6970 A 7475 A 79
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FAIX
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15.989.929
POPULAÇÃO 2000
POPULAÇÃO 2010
2.390.232
2.728.878
POPULAÇÃO 2000
POPULAÇÃO 2010
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+14,2%
DIREITOSCOLETIVOS
DIREITOSSOCIAIS EECONÔMICOS
DIREITOSCIVIS EPOLÍTICOS
TEMA A
TEMA B
TEMA C
INDICADOR 1
INDICADOR 2
INDICADOR 3
INDICADOR N
CIDADANIAVIVIDA
PAINEL
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CIDADANIAGARANTIDA
DIREITOSCOLETIVOS
DIREITOSSOCIAIS EECONÔMICOS
DIREITOSCIVIS EPOLÍTICOS
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DIREITOSSOCIAIS EECONÔMICOS
DIREITOSCIVIS EPOLÍTICOS
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CIDADANIAEM AÇÃO
DIREITOSCOLETIVOS
DIREITOSSOCIAIS EECONÔMICOS
DIREITOSCIVIS EPOLÍTICOS
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CIDADANIAATIVA
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SISTEMA DEINDICADORES
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CIDADANIAATIVA
CIDADANIAVIVIDA
CIDADANIAGARANTIDA
CIDADANIAPERCEBIDA
CIDADANIAEM AÇÃO
Quais as condições de
cidadania hojeno território?
Quais as políticas
públicas ativas que garantem a
cidadania?
Como a população local se percebe
como cidadã, portadora de
direitos e deveres? Como está
organizada e age a cidadania ativa?
1% 1% 1% 2% 2% 2% 3%5%
7% 8% 8%11%
18%
36%
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30 A 3435 A 3940 A 4445 A 4950 A 5455 A 5960 A 6465 A 6970 A 7475 A 79
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POPULAÇÃO 2000
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DIREITOSCOLETIVOS
DIREITOSSOCIAIS EECONÔMICOS
DIREITOSCIVIS EPOLÍTICOS
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DIREITOSSOCIAIS EECONÔMICOS
DIREITOSCIVIS EPOLÍTICOS
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CIDADANIAATIVA
MARCOZERO
SISTEMA DEINDICADORES
HoMens MuLHeres
a área de atuação do incid
21
Quatro ONGs, a Associação de Serviços
Ambientais (ASA), o Instituto Ipanema, o
Instituto Roda Viva e o Instituto de Estu-
dos da Religião (Iser), iniciaram o trabalho
de mobilização específica para cada setor.
De janeiro a setembro de 2008, foram
realizadas três reuniões em cada município
para o levantamento das percepções de cada
setor sobre cada um dos 40 capítulos do
Projeto Agenda 21, documento aprovado na
Conferência das Nações Unidas para o Meio
Ambiente e o Desenvolvimento, realizada
em 1992 no Rio de Janeiro, mais conhecida
como Rio-92. Produziu-se um painel de pre-
ocupações e potencialidades locais.
A seguir, foram realizados mais três en-
contros por setor, nos quais os participantes
definiram as ações necessárias para preve-
nir ou mitigar os problemas identificados e
aproveitar as potencialidades detectadas. Na
última dessas reuniões, cada setor indicou
sete representantes para compor o Fórum
do Projeto Agenda 21 do seu município, que
teria no total 28 componentes.
De novembro de 2008 a junho de 2009,
os representantes escolhidos participaram
de oficinas para consolidar o que havia sido
discutido e definir como os fóruns funciona-
riam. Em seguida, foram contratados quatro
consultores para desenvolver e implemen-
tar uma metodologia de fortalecimento dos
fóruns e trabalhar na elaboração das Agen-
das 21 municipais. Em 2010, fez-se uma nova
rodada de oficinas.
As Agendas 21 foram publicadas ao
longo de 2011. Os temas foram divididos
em cinco ordens.
setores rePresentação
Primeiro Poderes executivo, Legislativo e Judiciário, órgãos e empresas públicas
Segundo empresas de capital privado, associações e federações do setor produtivo
Terceiro onGs, sindicatos, associações de classe, clubes, fundações
Comunidade associações de moradores, de pescadores e cidadãos em geral
22
ordens e teMas do Projeto aGenda 21 coMPerj
Ordem física
Habitação e assentamentos humanos
saneamento e abastecimento de água
energia
Mobilidade e transporte
segurança
Ordem ambiental
recursos naturais
recursos hídricos
Biodiversidade
Clima
Ordem social
educação e cultura
Grupos principais e tradicionais, onGs e sindicatos
saúde
esporte e lazer
Ordem econômica
Geração de trabalho, renda e inclusão social
indústria
agricultura
Comércio e serviços
Turismo
Geração de resíduos por processos econômicos
Meios de implementação
Ciência e tecnologia
recursos financeiros
Mobilização e comunicação
Gestão ambiental
Dentro de cada uma das ordens, os
participantes escolheram em 2009 as se-
guintes prioridades:
• Ordem física: a prioridade em 12
dos 14 municípios foi o saneamento.
Niterói priorizou habitação, e Magé,
mobilidade e transporte
• Ordem ambiental: onde houve as
maiores diferenças entre os municí-
pios. Recursos hídricos foi a opção de
cinco, naturais, de sete, e biodiversi-
dade, de três
• Ordem social: a educação foi prioriza-
da em 11 municípios, enquanto a saúde
foi considerada prioritária em Casimi-
ro de Abreu, Itaboraí e São Gonçalo
• Ordem econômica: a geração de
trabalho e renda foi prioritária para
11 municípios. Os participantes de
Itaboraí estavam mais preocupados
com a geração de resíduos por pro-
cessos industriais. Em Cachoeiras de
Macacu, foi priorizado o turismo, e
em Maricá, agricultura e pesca
• Meios de implementação: Nove mu-
nicípios escolheram recursos financei-
ros. Em São Gonçalo, houve empate
entre recursos financeiros e gestão
ambiental. Esta última foi prioridade
em mais três municípios. Para Cacho-
eiras de Macacu e Casimiro de Abreu,
a comunicação e a mobilização foram
prioritárias
a área de atuação do incid
23
iniciativa petroBras/uff/HaBitat
A iniciativa da Petrobras, da Universi-
dade Federal Fluminense (UFF) e do Pro-
grama das Nações Unidas para os Assen-
tamentos Humanos, o Habitat, constituiu
um banco de dados georreferenciados,
com informações socioeconômicas sobre
o Leste Fluminense. O trabalho teve como
referência os Objetivos de Desenvolvi-
mento do Milênio, documento da Organi-
zação das Nações Unidas (ONU). Alguns
dos seus indicadores, bem como a meto-
dologia aplicada (trabalho de campo, en-
trevistas, coleta de dados local e on-line),
contribuem para a construção do Incid.
Nos relatórios de acompanhamento
de cada município (Tanguá, Silva Jardim,
São Gonçalo, Rio Bonito, Niterói, Maricá,
Magé, Itaboraí, Guapimirim, Casimiro de
Abreu, Cachoeiras de Macacu), o projeto
trabalhou com cinco objetivos comuns:
1. erradicar a extrema pobreza e a fome
2. universalizar a educação primária e ampliar a cobertura da educação média e da educação técnica
3. promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres
4. garantir a sustentabilidade ambiental
5. acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região
Cada um dos cinco objetivos é mo-
nitorado por um ou mais indicadores.
Ao todo, o projeto estabeleceu 23 metas
e 58 indicadores. O relatório base 2000-
2006 da iniciativa está disponível em
www.unhabitat.org/pmss/listItemDetails.
aspx?publicationID=2800
a área de atuação do incid
25
O conceito de cidadania é frequente-
mente apresentado de forma imprecisa.
Uns o identificam com a perda ou a aquisi-
ção de nacionalidade. Outros, com os direi-
tos políticos de votar e ser votado, ou como
sinônimo de povo, o conjunto de cidadãos.
Maria Victoria Benevides diz que a ideia
de cidadania é eminentemente política e
não está necessariamente ligada a valores
universais, mas a decisões políticas. Di-
reitos de cidadania são específicos de uma
determinada ordem jurídica e política. Em
muitos casos os direitos dos cidadãos coin-
cidem com os direitos humanos, que são
mais amplos e abrangentes. Em sociedades
democráticas isso geralmente ocorre (1998).
Norberto Bobbio, por sua vez, afirma
que o processo de internacionalização e
universalização dos direitos humanos
abriu espaço para uma noção ampliada e
global de cidadania. Essa cidadania não
nega qualquer especificidade, ao contrá-
rio, as reforça. Não basta pressupor uma
cidadania universal, é preciso garantir as
dimensões étnica, religiosa, econômica,
política e cultural, para que ela seja de fato
plena (1992).
Os direitos humanos seguiram o ca-
minho aberto pelas reivindicações sociais
e transformações econômicas e políticas
dos últimos três séculos, que possibilita-
ram importantes conquistas civilizató-
rias. Os direitos dos povos, por exemplo,
são ao mesmo tempo individuais e coleti-
vos. Eles dizem respeito à humanidade e
aos Estados. Entre esses novos diretos po-
demos citar o direito à paz, ao desenvolvi-
mento, à autodeterminação dos povos, ao
meio ambiente equilibrado, ao patrimônio
comum, à informação.
Hoje para compreender a cidadania
existem ideias das quais não se pode fugir.
Os direitos e a igualdade de acesso aos
direitos são centrais e precedem a todos
os demais temas. Benevides observa
que a igualdade não deve significar
uniformidade, homogeneidade. O direito
à igualdade é também o direito à diferença.
o conceito de cidadania
29
Todos somos igualmente portadores do
direito à diversidade cultural, do direito à
diferença de ordem cultural, de livre escolha
ou por contingência de nascimento (1998).
O acesso geral aos direitos fundamen-
tais, entre eles o da diversidade, exige leis,
a correta implementação de políticas pú-
blicas e de programas do Estado. Mais do
que isso, a cidadania na democracia con-
siste principalmente na consciência de
pertencimento à sociedade, na dignidade
humana, na integração participativa nos
processos e esferas de poder, com a igual
percepção de que essa situação subjetiva
envolve também deveres e responsabili-
dades com o outro e a coletividade.
Valores como igualdade, liberdade,
diversidade, solidariedade e participação
balizam o acompanhamento que o Incid
fará dos contextos locais. Isso significa
assumi-los como princípios de garantia
da cidadania e verificar a expressão con-
creta desses princípios no cotidiano das
pessoas. Para se discutir a consciência de
cidadania numa determinada comunida-
de, é necessário, conforme aponta Bene-
vides, reconhecer a distância que separa
leis e princípios da própria percepção que
se tem de tais direitos. Ou seja, ir além de
checar a existência e o funcionamento de
mecanismos institucionais (1998).
O Incid leva em consideração que a
cidadania é um processo em permanente
construção e mudanças, moldada pelas
ações sociais. O que permanece inalterado é
o pressuposto básico do direito a ter direitos.
cidadania ativa
No Brasil, com a transição para o atual
regime democrático e a consequente ade-
quação à normatividade internacional,
consagrou-se uma nova concepção de
cidadania. No entanto, a cidadania, para
o Incid, é condição para haver democra-
cia, e não o contrário. Pode haver cida-
dania, uma prática cidadã, em condições
políticas e institucionais desfavoráveis.
A atitude cidadã, para além da sua rela-
ção com o acesso aos direitos, é também
força das transformações sociais e, mais,
definidora das condições institucionais
da democracia expressas nas leis e nas
políticas públicas.
Dessa forma, a cidadania é um conjun-
to de forças sociais capaz de radicalizar a
democracia, ou seja, garantir a igualdade
e os direitos fundamentais. Sozinha, a ins-
titucionalidade democrática não assegura
direitos. Vale destacar assim que:
• existem direitos fora do âmbito do Es-
tado, como parte da sociedade e das
diversas relações
• alguns direitos instituídos pela Cons-
tituição brasileira ferem direitos de
outros e entram em contradição com
a cidadania e a igualdade, como o di-
reito à propriedade
• novas lutas sociais e identidades defi-
nem novos direitos
• reconhecer direitos significa lutar pe-
los direitos dos outros
30
Dessa forma, o exercício da cidadania não se dá apenas na relação com o Estado. Organizações sindicais, camponesas, mo-vimentos indígenas, de mulheres, étnicos, ambientalistas, ONGs lideraram no Bra-sil muitas ações de cidadania e definiram muitos direitos de cidadania.
O processo brasileiro aponta para uma concepção de cidadania mais coletiva e am-pliada. Ela ultrapassa os limites jurídicos e formais e envolve distintas categorias sociais engajadas na luta pela democracia e pelo di-reito a ter direitos. Essa cidadania o Ibase e o Incid chamam de cidadania ativa.
O conceito de cidadania ativa forma a base do Incid. Trata-se de um conceito sín-tese, mas com múltiplas dimensões. Ele parte da ideia de que a cidadania ativa é a força constituinte das democracias. Mais do que algo derivado do Estado democrá-tico, a cidadania implica na existência de sujeitos que reivindicam a sua condição de cidadãos e cidadãs e agem para asse-gurar os seus direitos. Assim, a cidadania ativa implica em como se constituem e se expressam os diferentes atores sociais em termos de identidade, proposta, contexto,
organização e luta. Mais: como os prin-cípios e valores éticos da democracia se manifestam no convívio social.
Cidadania ativa carrega a noção de di-reitos e responsabilidades compartilhadas, onde os direitos de uns significam a res-ponsabilidade de zelar pelos direitos dos demais. É também crucial para o conceito a percepção que as pessoas têm dos seus direitos, como elas reagem às injustiças.
Benevides resume cidadania ativa à participação, individual ou em grupo, nas mais variadas áreas de atuação. Como já dito, a cidadania é atitude, e não omissão e indiferença em relação ao exercício do poder. Os cidadãos ativos assumem responsabilidades de participação, em processos decisórios e na reivindicação de direitos (1998).
A cidadania ativa remete a uma mu-dança cultural, exige transformações nas mentalidades marcadas por preconceitos e discriminação. Ela implica na constru-ção de novas relações e consciências. É algo que se aprende com a convivência, na vida social e pública, pois é no dia a dia
que se pratica a cidadania.
“cidadania ativa carrega a noção de direitos e responsabilidades compartilhadas, onde os direitos de uns significam a responsabilidade de zelar pelos direitos dos demais”
o conceito de cidadania
31
do conceito ao método
Na elaboração da metodologia do Incid, a cidadania ativa é desdobrada em quatro
dimensões, já citadas na Apresentação deste volume. São elas:
Essas quatro dimensões são indispen-
sáveis para a avaliação da cidadania ativa.
Cada uma das quatro corresponde a um
conjunto ou painel de indicadores, que
juntos se combinarão no sistema Incid.
Para que os painéis de informações sejam
apropriados pelas organizações e movi-
mentos sociais, a construção dos indica-
dores deve ser participativa desde o início.
Para qualificar o estado da cidadania
por intermédio dos indicadores, o Incid
parte da análise do acesso ou não de uma
determinada comunidade aos direitos
1- coletivos, 2- sociais, econômicos e cul-
turais e 3- direitos civis e políticos. O pro-
jeto elegeu para cada um dos três tipos de
direitos temas prioritários:
Cidadania ativa
Cidadaniavivida
a situação real do acesso aos direitos civis e políticos, econômicos, sociais, culturais e ambientais, do usufruto ou da violação desses direitos
Cidadania garantida
a disponibilidade e o acesso aos direitos de cidadania via políticas públicas
Cidadania percebida
a consciência e a cultura de direitos, as responsabilidades da cidadania; como as pessoas pensam os seus direitos e os dos outros
Cidadania em ação
a organização social e a participação política para a conquista da cidadania plena; a capacidade de intervenção social via engajamento e participação
• Direitos coletivos: a expansão do mo-
delo urbano e industrial no Brasil apro-
funda também os antagonismos sociais.
O novo ciclo se associa à tendência de
privatização de bens comuns. Os bens
comuns priorizados no projeto foram:
água, território, áreas comuns, co-
nhecimento e comunicação
• Direitos sociais, econômicos e
culturais: priorizou-se temas funda-
mentais para a garantia da vida. São
eles: saúde, educação, habitação,
trabalho, renda e transporte
• Direitos civis e políticos: a priorida-
de foi para segurança, participação,
não discriminação, desigualdades
de gênero, raça e etnia, registro civil
e eleitoral.
32
2% 2%
4%
5% 5% 5%
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CIDADANIAVIVIDA
CIDADANIAGARANTIDA
CIDADANIAPERCEBIDA
CIDADANIAEM AÇÃO
Quais as condições de
cidadania hojeno território?
Quais as políticas
públicas ativas que garantem a
cidadania?
Como a população local se percebe
como cidadã, portadora de
direitos e deveres? Como está
organizada e age a cidadania ativa?
1% 1% 1% 2% 2% 2% 3%5%
7% 8% 8%11%
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DIREITOSCOLETIVOS
DIREITOSSOCIAIS EECONÔMICOS
DIREITOSCIVIS EPOLÍTICOS
TEMA A
TEMA B
TEMA C
INDICADOR 1
INDICADOR 2
INDICADOR 3
INDICADOR N
CIDADANIAVIVIDA
PAINEL
1
CIDADANIAGARANTIDA
DIREITOSCOLETIVOS
DIREITOSSOCIAIS EECONÔMICOS
DIREITOSCIVIS EPOLÍTICOS
TEMA A’
TEMA B’
TEMA C’
INDICADOR 1’
INDICADOR 2’
INDICADOR 3’
INDICADOR N’
PAINEL
2
CIDADANIAPERCEBIDA
DIREITOSCOLETIVOS
DIREITOSSOCIAIS EECONÔMICOS
DIREITOSCIVIS EPOLÍTICOS
TEMA A’’
TEMA B’’
TEMA C’’
INDICADOR 1’’
INDICADOR 2’’
INDICADOR 3’’
INDICADOR N’’
PAINEL
3
CIDADANIAEM AÇÃO
DIREITOSCOLETIVOS
DIREITOSSOCIAIS EECONÔMICOS
DIREITOSCIVIS EPOLÍTICOS
TEMA A’’’
TEMA B’’’
TEMA C’’’
INDICADOR 1’’’
INDICADOR 2’’’
INDICADOR 3’’’
INDICADOR N’’’
PAINEL
4
CIDADANIAATIVA
MARCOZERO
SISTEMA DEINDICADORES
desenhO dO sistema de indicadOres da cidadania
o conceito de cidadania
33
O Incid busca avaliar a cidadania em
sua diversidade social e territorial, sem
perder a dimensão de universalidade. O
projeto busca consolidar-se como um sis-
tema de indicadores consistente, didático
e mobilizador, que possa ser apropriado
pelos cidadãos e cidadãs e assim alimentar
uma prática democrática radical.
A aplicação do Incid, que o Ibase de-
senvolve em parceria com a Petrobras,
na área de abrangência do Comperj, tem
dois desafios. O primeiro é transformar as
opções políticas, teóricas e metodológicas
descritas no capítulo anterior em proces-
sos concretos. Por exemplo, a escolha das
dimensões da realidade que se vai avaliar;
a busca, a coleta, o tratamento e a análise
de informações; a definição dos conjuntos
dos indicadores; o uso dessas conclusões
para explicar o contexto analisado. Em
fase inicial, essa é uma trajetória longa de
“o incid tem a oportunidade de se testar numa situação
repleta de contradições e possibilidades. nada melhor para
um sistema de indicadores que visa ser instrumento nas lutas
democráticas da cidadania”
36
investigação, de troca e de debate com a
própria população, pois, como assinalado,
o Incid só terá validade política se as comu-
nidades o adotarem como seu.
O segundo desafio do Incid foi bem
discutido no início deste relatório. Trata-
-se do território de trabalho, a área onde
se instalou o Comperj. O chamado Leste
Fluminense não é uma região consolidada.
Não é ainda referência consolidada para as
populações locais, para o poder político ou
o sistema financeiro existente. Tudo indica
que o grande projeto econômico que une
esse território vai moldá-lo e defini-lo na
plena acepção geográfica. A transformação
que ali se passa pode trazer impactos para a
cidadania e os bens comuns. Assim, o Incid
tem que lidar com um momento histórico
único, com populações em busca de identi-
dade e novas formas de existência, com uma
região em fase de incertezas e expectativas.
No entanto, essas circunstâncias tam-
bém revelam uma grande oportunidade
para o projeto e para o próprio Ibase. É
uma chance para a instituição se engajar e
se solidarizar com parte do território que
é o seu próprio, o Rio de Janeiro. O Ibase
tem como objetivo estratégico a construção
de um outro mundo, mais democrático,
participativo, socialmente justo e ambien-
talmente sustentável. Dessa forma, ele se
reconhece como ator local e quer fazer a
sua parte neste local.
O Incid tem a oportunidade de se tes-
tar numa situação repleta de contradições
e possibilidades. Nada melhor para um
sistema de indicadores que visa ser instru-
mento nas lutas democráticas da cidada-
nia. No futuro, o trabalho na região flumi-
nense vai virar referência para a aplicação
do sistema em outras regiões do país. É o
que o Ibase espera.
os desafios do incid
37
Benevides, Maria Victoria de Mesquita. Cidadania e Direitos Humanos. Instituto de estu-
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Nova Friburgo, Teresópolis, Magé, Guapimirim.
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Desenvolvimento do Milênio. Municípios do Conleste. Linha Base 2000-2006. Relatório de
Acompanhamento.
universidade FederaL FLuMinense (uFF)/onu-HaBiTaT/PeTroBras. Objetivos de Desen-
volvimento do Milênio. Municípios do Conleste. Ano de 2007. Relatório de Acompanhamento.
mesorregiões microrregiões municípios
Baixadas
Bacia de são João
Casimiro de abreu
rio das ostras
silva Jardim
Lagos
araruama
armação dos Búzios
arraial do Cabo
Cabo Frio
iguaba Grande
são Pedro da aldeia
saquarema
Centro Fluminense nova Friburgo
Bom Jardim
duas Barras
nova Friburgo
sumidouro
Metropolitana do rio de Janeiro
Macacu-CaceribuCachoeiras de Macacu
rio Bonito
rio de Janeiro
Belford roxo
duque de Caxias
Guapimirim
itaboraí
Japeri
Magé
Maricá
Mesquita
nilópolis
niterói
nova iguaçu
queimados
rio de Janeiro
são Gonçalo
são João de Meriti
Tanguá
serrana
são José do vale do rio Preto
Petrópolis
Teresópolis
FonTe: iBGe
anexO 1. Municípios nas meso e microrregiões do IBGE
42
mesorregiões microrregiões municípios
região serrana
nova Friburgo
nova Friburgo
Bom Jardim
duas Barras
sumidouro
serrana
Teresópolis
Petrópolis
são José do rio Preto
região Metropolitana
rio de Janeiro
rio de Janeiro
Japeri
queimados
nova iguaçu
Belford roxo
Mesquita
nilópolis
são João de Meriti
duque de Caxias
Magé
Guapimirim
itaboraí
são Gonçalo
niterói
Maricá
Tanguá
região das Baixadas Litorâneas
Macacu-CaceribuCachoeiras de Macacu
rio Bonito
Bacia de são João
rio das ostras
Casimiro de abreu
silva Jardim
Lagos
araruama
saquarema
iguaba Grande
arraial do Cabo
são Pedro da aldeia
armação dos Búzios
Cabo Frio
FonTe: Fundação CePerJ
anexO 2. Municípios nas regiões e microrregiões do governo do Estado do Rio
43
comitÊs municípios
Comitê da Baía de Guanabara
Cachoeiras de Macacu
Guapimirim
niterói
itaboraí
Maricá
Comitê dos sistemas Lagunares de Maricá e Jacarepaguá
Cachoeiras de Macacu
Guapimirim
niterói
itaboraí
Maricá
Comitê de Bacia Lagos são João
Cachoeiras de Macacu
saquarema
Casimiro de abreu
Maricá
silva Jardim
rio Bonito
Comitê rio dois rios nova Friburgo
Comitê das sub-bacias dos rios Paquequer e Preto
Teresópolis
Comitê da Bacia Hidrográfica do Piabanha Teresópolis
Comitê Macaé e das ostrasCasimiro de abreu
nova Friburgo
Comitê de Microbacia do rio Cambucás
silva Jardim
Cachoeiras de Macacu
saquarema
Casimiro de abreu
Maricá
silva Jardim
rio Bonito
FonTe: insTiTuTo esTaduaL do aMBienTe (inea) e ProJeTo aGenda 21 CoMPerJ
anexO 3. Municípios do Incid nos Comitês de Bacias Hidrográficas
44
estudos de impacto amBiental de 2007 (instalação do comperj)
• Área de inFLuÊnCia esTraTéGiCa: estado do rio de Janeiro
• Área de aBranGÊnCia reGionaL: a região do Conleste
• Área de inFLuÊnCia indireTa:
os 17 municípios da região Metropolitana do rio de Janeiro
• Área de inFLuÊnCia direTa:
Municípios cortados por um raio de 20 km a partir do centro do sítio do Comperj (são Gonçalo, Tanguá, rio Bonito, itaboraí e Magé)
• Área direTaMenTe aFeTada:
Municípios cortados por um raio de cerca de 10 km do centro do sítio do Comperj (parte da região formada pelos municípios de itaboraí, Guapimirim, Cachoeiras de Macacu e Tanguá)
estudos de impacto amBiental de 2008 (estrada principal para acesso ao comperj)
• Área de inFLuÊnCia: raio de 2,5 km em torno do eixo da estrada (dentro do município de itaboraí)
estudos de impacto amBiental de 2009 (via especial para transporte de cargas pesadas)
• Área de inFLuÊnCia:
Limite dos municípios de são Gonçalo e itaboraí e sua projeção sobre a Baía de Guanabara até a altura do canal de navegação
estudos de impacto amBiental de 2010 (implantação do emissário terrestre e suBmarino do comperj)
• Área de inFLuÊnCia: Foram estudadas duas alternativas de lançamento: itaipuaçu (alternativa Maricá), que abrange itaboraí e Maricá, e são Gonçalo (alternativa Baía de Guanabara), que abrange itaboraí e são Gonçalo
anexO 4. Áreas de influência do Comperj segundo Estudos de Impacto Ambiental (EIA)
45
crescimento populacional 2000-2010
unidade GeoGrÁFica 2000 2010cresciMento Percentual
BrasiL 169.872.856 190.755.799 12,30%
norte 12.911.170 15.864.454 22,90%
nordeste 47.782.487 53.081.950 11,10%
sul 25.110.348 27.386.891 9,10%
Centro-oeste 11.638.658 14.058.094 20,80%
sudeste 72.430.193 80.364.410 11,00%
Minas Gerais 17.905.134 19.597.330 9,50%
espírito santo 3.097.498 3.514.952 13,50%
são Paulo 37.035.456 41.262.199 11,40%
rio de Janeiro 14.392.106 15.989.929 11,10%
resTanTe do esTado do rJ 12.001.870 13.261.051 10,50%
Área de aTuação do inCid 2.390.236 2.728.878 14,20%
Cachoeiras de Macacu 48.543 54.273 11,80%
Casimiro de abreu 22.152 35.347 59,60%
Guapimirim 37.952 51.483 35,70%
itaboraí 187.479 218.008 16,30%
Magé 205.830 227.322 10,40%
Maricá 76.737 127.461 66,10%
niterói 459.451 487.562 6,10%
nova Friburgo 173.418 182.082 5,00%
rio Bonito 49.691 55.551 11,80%
são Gonçalo 891.119 999.728 12,20%
saquarema 52.461 74.234 41,50%
silvaJardim 21.265 21.349 0,40%
Tanguá 26.057 30.732 17,90%
Teresópolis 138.081 163.746 18,60%
FonTe: iBGe – Censo
anexO 5. Informações demográficas preliminares sobre os municípios do Incid
46
proporção de domicílios em situação urBana
unidade GeoGrÁFica 2000 2010
esTado do rio de Janeiro 96,00% 97%
resTanTe do esTado 96,40% 97%
Área de aTuação do inCid 94,40% 96%
Cachoeiras de Macacu 84,70% 86%
Casimiro de abreu 84,70% 81%
Guapimirim 67,40% 97%
itaboraí 94,50% 99%
Magé 94,30% 95%
Maricá 82,60% 98%
niterói 100,00% 100%
nova Friburgo 87,60% 88%
rio Bonito 65,30% 74%
são Gonçalo 100,00% 100%
saquarema 96,10% 95%
silvaJardim 66,80% 76%
Tanguá 86,10% 89%
Teresópolis 83,40% 89%
FonTe: iBGe – Censo
razão de sexo
unidade GeoGrÁFica 2000 2010
esTado do rio de Janeiro 92,1 91,2
resTanTe do esTado 91,8 91,0
Área de aTuação do inCid 93,8 91,8
Cachoeiras de Macacu 101,4 99,5
Casimiro de abreu 99,9 97,2
Guapimirim 99,7 96,5
itaboraí 97,8 95,0
Magé 96,9 94,7
Maricá 99,6 96,7
niterói 87,2 86,3
nova Friburgo 94,6 92,0
rio Bonito 100,2 96,8
são Gonçalo 93,0 90,6
saquarema 99,9 98,6
silvaJardim 104,8 102,5
Tanguá 100,6 99,0
Teresópolis 94,6 91,6
FonTe: iBGe – Censo
obs: a razão de sexo é a razão entre o número de homens e o número de mulheres numa população. ela indica a proporção de homens e mulheres. o número menor que cem indica mais mulheres, e maior que cem, mais homens.
47
anexO 6. Metodologia do Projeto Agenda 21 Comperj: escolha de temas prioritários por município, durante oficina realizada em 2009
Projeto aGenda 21 coMPerjcachoeiras de Macacu
casiMiro de abreu
GuaPiMiriM itaboraí MaGé MaricÁ niterói nova FriburGo rio bonito são Gonçalo saquareMa silva jardiM tanGuÁ teresóPolis
orde
M F
ísic
a
Habitação e assentamentos humanos
18% 0% 11% 15% 15% 16% 31% 31% 27% 17% 32% 6% 11% 21%
saneamento 59% 40% 75% 54% 31% 58% 19% 38% 33% 53% 45% 56% 42% 68%
Mobilidade/transporte 9% 27% 11% 8% 38% 5% 19% 7% 20% 17% 14% 28% 11% 5%
segurança 14% 33% 4% 23% 15% 21% 31% 24% 20% 13% 9% 11% 37% 5%
orde
M a
Mbi
enta
l recursos naturais 41% 43% 31% 64% 38% 17% 33% 17% 50% 21% 55% 61% 39% 53%
recursos hídricos 50% 43% 19% 18% 31% 56% 7% 31% 21% 48% 36% 17% 56% 37%
Biodiversidade 14% 14% 46% 9% 23% 22% 60% 45% 29% 17% 5% 22% 6% 5%
Clima 0% 0% 4% 9% 8% 6% 0% 7% 0% 14% 5% 0% 0% 5%
orde
M s
ocia
l
educação e cultura 52% 33% 56% 31% 54% 47% 60% 38% 53% 38% 55% 64% 50% 61%
Grupos principais e tradicionais, onGs e sindicatos
19% 0% 4% 8% 15% 11% 7% 21% 0% 0% 18% 0% 17% 0%
saúde 24% 67% 30% 46% 15% 16% 33% 31% 40% 38% 27% 14% 28% 17%
Padrões de consumo 0% 0% 4% 15% 15% 16% 0% 7% 0% 14% 0% 0% 6% 11%
esporte e lazer 5% 0% 7% 0% 0% 11% 0% 3% 7% 10% 0% 21% 0% 11%
orde
M e
conÔ
Mic
a
Geração de trabalho, renda e inclusão social
27% 53% 57% 31% 54% 17% 73% 38% 67% 59% 50% 75% 56% 37%
indústria 5% 7% 7% 0% 8% 6% 0% 3% 27% 7% 0% 0% 6% 11%
agricultura/pesca 9% 7% 4% 15% 23% 33% 0% 10% 7% 0% 5% 5% 6% 32%
Comércio e serviços 0% 7% 4% 0% 0% 11% 0% 0% 0% 3% 9% 0% 17% 0%
Turismo 55% 7% 21% 8% 8% 11% 20% 21% 0% 3% 23% 10% 6% 11%
Geração de resíduos por processos econômicos
5% 7% 7% 46% 8% 22% 7% 28% 0% 28% 14% 10% 11% 11%
Mei
os d
e iM
PleM
enta
ção
Ciência e tecnologia 14% 27% 7% 8% 8% 11% 7% 14% 13% 7% 5% 0% 11% 42%
recursos financeiros 36% 7% 36% 8% 54% 47% 53% 31% 40% 38% 50% 53% 39% 26%
Mobilização e comunicação
41% 33% 29% 38% 23% 11% 20% 21% 20% 17% 41% 26% 28% 21%
Gestão ambiental 9% 33% 29% 46% 15% 32% 20% 34% 27% 38% 5% 21% 22% 11%
FonTe: ProJeTo aGenda 21 CoMPerJ
48
anexO 6. Metodologia do Projeto Agenda 21 Comperj: escolha de temas prioritários por município, durante oficina realizada em 2009
Projeto aGenda 21 coMPerjcachoeiras de Macacu
casiMiro de abreu
GuaPiMiriM itaboraí MaGé MaricÁ niterói nova FriburGo rio bonito são Gonçalo saquareMa silva jardiM tanGuÁ teresóPolis
orde
M F
ísic
a
Habitação e assentamentos humanos
18% 0% 11% 15% 15% 16% 31% 31% 27% 17% 32% 6% 11% 21%
saneamento 59% 40% 75% 54% 31% 58% 19% 38% 33% 53% 45% 56% 42% 68%
Mobilidade/transporte 9% 27% 11% 8% 38% 5% 19% 7% 20% 17% 14% 28% 11% 5%
segurança 14% 33% 4% 23% 15% 21% 31% 24% 20% 13% 9% 11% 37% 5%
orde
M a
Mbi
enta
l recursos naturais 41% 43% 31% 64% 38% 17% 33% 17% 50% 21% 55% 61% 39% 53%
recursos hídricos 50% 43% 19% 18% 31% 56% 7% 31% 21% 48% 36% 17% 56% 37%
Biodiversidade 14% 14% 46% 9% 23% 22% 60% 45% 29% 17% 5% 22% 6% 5%
Clima 0% 0% 4% 9% 8% 6% 0% 7% 0% 14% 5% 0% 0% 5%
orde
M s
ocia
l
educação e cultura 52% 33% 56% 31% 54% 47% 60% 38% 53% 38% 55% 64% 50% 61%
Grupos principais e tradicionais, onGs e sindicatos
19% 0% 4% 8% 15% 11% 7% 21% 0% 0% 18% 0% 17% 0%
saúde 24% 67% 30% 46% 15% 16% 33% 31% 40% 38% 27% 14% 28% 17%
Padrões de consumo 0% 0% 4% 15% 15% 16% 0% 7% 0% 14% 0% 0% 6% 11%
esporte e lazer 5% 0% 7% 0% 0% 11% 0% 3% 7% 10% 0% 21% 0% 11%
orde
M e
conÔ
Mic
a
Geração de trabalho, renda e inclusão social
27% 53% 57% 31% 54% 17% 73% 38% 67% 59% 50% 75% 56% 37%
indústria 5% 7% 7% 0% 8% 6% 0% 3% 27% 7% 0% 0% 6% 11%
agricultura/pesca 9% 7% 4% 15% 23% 33% 0% 10% 7% 0% 5% 5% 6% 32%
Comércio e serviços 0% 7% 4% 0% 0% 11% 0% 0% 0% 3% 9% 0% 17% 0%
Turismo 55% 7% 21% 8% 8% 11% 20% 21% 0% 3% 23% 10% 6% 11%
Geração de resíduos por processos econômicos
5% 7% 7% 46% 8% 22% 7% 28% 0% 28% 14% 10% 11% 11%
Mei
os d
e iM
PleM
enta
ção
Ciência e tecnologia 14% 27% 7% 8% 8% 11% 7% 14% 13% 7% 5% 0% 11% 42%
recursos financeiros 36% 7% 36% 8% 54% 47% 53% 31% 40% 38% 50% 53% 39% 26%
Mobilização e comunicação
41% 33% 29% 38% 23% 11% 20% 21% 20% 17% 41% 26% 28% 21%
Gestão ambiental 9% 33% 29% 46% 15% 32% 20% 34% 27% 38% 5% 21% 22% 11%
FonTe: ProJeTo aGenda 21 CoMPerJ
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