insufuciÊncia renal aguda e insuficiÊncia renal crÔnica

Post on 23-Dec-2015

19 Views

Category:

Documents

3 Downloads

Preview:

Click to see full reader

DESCRIPTION

PRINCIAIS DIFERENÇAS ENTRE OS DOIS TIPOS DE INSUFICIÊNCIA RENAL

TRANSCRIPT

INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA (IRA)Enfermeira: Tatiana Couto

Insuficiência Renal Aguda • Definição:• Pode-se definir IRA como a redução aguda da função

renal em horas ou dias, potencialmente reversível, independentemente da etiologia ou do mecanismo, provocando acúmulo de substâncias nitrogenadas (ureia e creatinina), acompanhada ou não da diminuição da diurese.

Insuficiência Renal Aguda • “Redução aguda da função renal em horas ou dias.

Refere-se principalmente a diminuição do ritmo de filtração glomerular e/ou do volume urinário, porem, ocorrem também distúrbios no controle do equilíbrio hidroeletrolítico e acidobásico”. SBN, 2007.

• “ Diminuição ou queda súbita na TGF”. Shills et al., 2003.

Taxa de Filtração Glomerular (TFG)

•Melhor índice de avaliação da função renal.

•Sua estimativa é usada para detectar e classificar o estágio da doença, para avaliar a evolução do quadro e a terapêutica.

•Atualmente recomenda-se a estimativa da TFG por meio de equações que incluam a Creatinina sérica (melhor biomarcador).

IRA – Considerações

•Pacientes com IRA: grupo heterogêneo;

•Geralmente ocorre em rins previamente hígidos, como consequência de outra doença;

•Em princípio é reversível;

•Por ocorrer frequentemente em pacientes hospitalizados graves, a taxa de mortalidade é elevada e variável (7% a 80%), de acordo com o estado geral e com a doença de base.

A IRA pode ocorrer em:

• situações de picada de cobra ou insetos;

• obstrução do trato urinário;

• uso de contraste radiológico;

• uso de medicamentos ou drogas nefrotóxicos;

• doença de base muito grave: grandes queimaduras, operações complicadas, septicemias e choque cardiogênico.

IRA• A insuficiência renal aguda (IRA) desenvolve-se em até

7% das internações hospitalares, podendo acometer até 30% dos pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

• O prognóstico da IRA continua com mortalidade ao redor de 50%, uma vez que os doentes atuais com IRA são mais graves do que aqueles vistos nas décadas anteriores.

• Alguns fatores têm sido associados ao pior prognóstico: oligúria, falência de múltiplos órgãos e septicemia.

Classificação Clínica1) IRA pré-renal

Causas: ↓ fluxo plasmático renal e do ritmo (taxa) de filtração glomerular.

Fatores: hipotensão arterial, hipovolemia, hemorragias, queimaduras, sobrecarga de diuréticos, vaso dilatação periférica, vaso constrição renal, diarréias/vômitos.

Oligúria não é obrigatória!

Classificação Clínica • Pré-renal: ocorre entre 40 a 60% do total de casos de

IRA. Não há defeito estrutural nos rins, há falta de perfusão sanguínea adequada no leito capilar renal, isso acarreta diminuição do volume urinário com alta concentração de substâncias nitrogenadas (ureia e creatinina) e baixa concentração de sódio. Se a hipoperfusão renal persistir, pode ocasionar lesão renal denominada necrose tubular aguda (NTA).

Classificação Clínica • 2) IRA renal (intrínseca ou estrutural)

• Causa principal: necrose tubular aguda (NTA) tóxica e/ou isquêmica.

• Outras causas: politraumatismos -nefrites túbulo-intersticiais (drogas, infecções) -pielonefrites -glomerulonefrites e necrose cortical (hemorragias ginecológicas, herbicidas, pesticidas, contrastes radiológicos, peçonhas de cobras).

Classificação Clínica • Renal: nesse grupo incluem-se todas as formas de

lesões recentes ao parênquima renal, provocada por lesão isquêmica e/ou nefrotóxica, cuja reversão não será imediata após a remoção da causa inicial, como ocorre na pré-renal e na pós renal.

Classificação Clínica

3) IRA pós-renal (obstrutiva)

Obstruções intra ou extra renal/luminal: - cálculos (cristais de ácido úrico, sódio, cálcio);- cistos;- carcinoma;

- traumas;

- coágulos;

- tumores (próstata, bexiga, cérvix) ;

- fibrose retroperitoneal.

Classificação Clínica • Pós-renal: ocorre entre 2 e 4% de casos de IRA. É

causada pela obstrução do sistema urinário desde os cálices até a bexiga.

Classificação Quanto à Diurese • Sociedade Brasileira de Nefrologia, 2007.

• • Anúrica total: 0-20 mL/dia • • Anúrica: 20 a 100 mL/dia

• Oligúrica: 101 a 400 mL/dia

• Não-oligúrica: 401 a 1200 mL/dia

• Poliúrica: 1201 a 4000 mL/dia

• Hiperpoliúrica: > 4000 mL/dia

SONDA VESICAL Sonda vesical - Em

pacientes inconscientes ou que necessitam controle rígido da diurese (volume urinário), é necessário introduzir sonda na uretra (canal urinário) até a bexiga. A sonda é conectada em bolsa coletora que fica ao lado do leito em locais baixos.

Diagnóstico • • Sangue: • - escórias nitrogenadas • - acidose metabólica • -↑ou↓Na • -↑K • -↑ou↓Ca • -↑P • - anemia normocítica/normocrômica. • Clearance da Creatinina TFG nível real da função renal

Diagnóstico

• Urina (osmolalidade, Na, K, Uréia);

• Exames de imagem: US, Urografia, tomografia;

• Biópsia renal.

Uremia: Alterações nos sistemas:

- SNC (sonolência, tremores, coma e convulsões); Terapia Dialítica

- Sistema cardiovascular (pericardite e tamponamento pericárdico);

- Sistema respiratório (congestão pulmonar e pleurite); - Sistema digestório (náuseas, vômitos e hemorragias).

Terapia Dialítica - Indicações

• ↑K+: > 5,5 mEq/L com alterações ao ECG ou > 6,5 mEq/L;

• Hipervolemia: edema periférico, derrames pleural e pericárdico, ascite, HAS e ICC;

• Acidose metabólica grave;

• Outras: - ↑ Na; - ↑ Ca; - ↑ Mg; - hiperuricemia; - ICC refratária; - hipotermia; - intoxicação exógena.

Terapia Dialítica na IRA • Objetivos da Terapia Dialítica• Suporte ao organismo:

• Propiciar suporte à função dos outros órgãos e sistemas;• Propiciar oportunidade para a recuperação da doença crítica.

• Suporte metabólico:• Ofertar depuração mínima por procedimento;• Otimização da bioquímica plasmática;• Evitar síndrome de desequilíbrio.

• Suporte hídrico/ volêmico:• Evitar hipervolemia e hiper-hidratação;• Evitar hipovolemia e instabilidade hemodinâmica; • Manter ou estabilizar os parâmetros hemodinâmicos • Controlar o balanço hídrico de acordo com as necessidades de

aporte.

INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA (IRC)Tatiana Couto

Definições • Doença tipicamente progressiva, definida como: • - ↓ da função renal; • ↓ TFG estimada (TFGe) e/ou - evidência de dano renal,

incluindo albuminúria persistente: -• > 30 mg de albumina urinária/g de creatinina.

Causas

• DM

• Doença vascular renal

• Glomerulonefrite

• HAS

• Pielonefrite

• Calculoses

• Bexiga neurogênica

• Rins policísticos

Quadro clínico: Síndrome urêmica

Reposição hormonal

• Pacientes com Insuficiência Renal Crônica fazem suplementação hormonal com Eritropoetina, para evitar anemia.

Terapia Nutricional - Recomendações• Restrição de potássio: • - quando há perda significativa da função renal; • - não é necessário restringir quando há uso de diuréticos

(depletores K +) e diurese média de 1 L/24h.• Avaliar os níveis séricos: • - quando há elevação do K + por uso de iECA. • Pode necessitar suplementação de cálcio, mas depende

de seus níveis séricos do hormônio da paratireoide (PTH).

• Paratormônio: ↑ calcemia/ Calcitonina: ↓ calcemia.

OBRIGADA !!!

top related