ill anno domingo, 22 dei novembro de 1903 n.° · por nascido de boa familia pelos annos i3g8 a...

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Ill ANNO DOMINGO, 22 DEI NOVEMBRO DE 1903 N.° 123

S E M A N A R IO N O T IC IO S O , L IT T E R À R IO E A G R ÍC O L A

AssignaturaAnno, iSooo réis; sem estre, 5oo réis. Pagamento adeantado. para o B ra zil, anno, 2S5oo réis (moeda fo rie j. AAvulso, no dia da publicação, 20 réis. p

EDITOR— José Augusto Saloio 1 9 . i.c — RUA DIREITA —A L D E G A L L E G A

l9» i.°

P u b licaçõ es * ■ 1A n n u n cio s— i . a publicação, 40 réis a linha, nas seguintes,

Q 20 réis. A nnuncios na 4.» pagina, contracto especial. Os auto- j l graphos náo se restituem, q uer sejam ou não publicados.

fi PROPRIETÁRIO— José Augusto Saloio

EXPEDIENTE

Rogamos aos nossos estimáveis assignantes a fineza de n o s participa­rem qualquer fa lta na re­messa «lo jo rn a l , p a ra «le p ro m p to p ro v id e n c ia r ­mos.

A cceitam -sè cossa g r a t i ­dão q u a e s q u e r no tic ias que sejam de in te re s s e pnblico.

A T Y P O G K A P H I AATypographiaéaartede

imprimir por meio de typos moveis. Foi inventada por Guttenberg pelos annos de 1436 a 1440.

De todos os descobri­mentos que tem marcado um logar im p o r ta n t e na historia da humanidade, nenhum foi por certo mais brilhante e proveitoso. An­tigamente, como todos os livros eram manuscriptos, só por elevado preço se podiam comprar; por isso os soberanos e as classes abastadas monopolisavam as obras de instrucção e não as deixavam chegar ao conhecimento das pes­soas menos favorecidas da fortuna. Muitos d’esses ma­nuscritos valiam grandes quantias; e a final pouco serviço prestavam já, por­que os copistas, para traba­lharem mais depressa, mul­tiplicavam tanto as abre­viaturas que se tornava difficil ás vezes comprehen- del-as.

Nos primeiros annos do seculo xv houve a idéa de gravar em madeira map­pas geographicos, figuras religiosas, etc., seguido tu­do ist© de uma nota expli­cativa. Cobria-se a madei­ra com tinta grossa e pu­nham-se-lhe em cima al­gumas folhas de pergami­nho ou de papel, carre­gando em seguida com força; com esta pressão transportavam-se para o papel os signaes gravados na madeira. A pouco e pouco foi augmentando o comprimento da nota, e chegaram a reproduzir-se paginas inteiras. Por es­

te processo se imprimiu a chamada Bíblia d o s P o br es.

Esta fórma de impressão tabular já era conhecida pelos chinezes. E até mes mo, um ferreiro, Pi-Ching,- tentou formar com uma terra fina e viscosa, e soli­dificar por meio de dupla cocção, typos moveis que juntava e conservava uni­dos com auxilio de caixi­lhos de ferro; não teve po­rém, resultado nenhum.

Os habitantes de Har leim affirmam que um dos seus conterrâneos, Louren­ço Hoster, que exercia o mestér de sacristão, inv-en- tára a imprensa pelo an­no 1430, e que, na occasião em que elle tinha ido a uma egreja, o seu collabo- rador Guttenberg lhe su- btrahira todas as ferra­mentas e fugira para Mo- guncia onde passou por ser o inventor da arte. Es­ta asserção pecca por falta absoluta de provas; mas nem por isso se deixa de celebrar todos os séculos uma festa em honrà do supposto descobrimento de Hoster.

João Gensfleisch de Sor- geloch, mais conhecido por Guttenberg —- appellido que talvez lhe proveiu de ser a sua familia materna originaria da pequena ci­dade de Huttenberg, na Bohemia,— sahiu em 1420 da cidade de Moguncia, on­de a opinião commum o dá por nascido de boa familia pelos annos i 3g8 a 1400. Uns tumultos que houve por occasião da entrada so­lemne do imperador na ci­dade, tumultos em que el­le tomou parte, obriga­ram-no a expatriar-se, e por isso foi estabelecer a sua residencia em Stras- burgo em 1424.

Até 1436 não se fala a respeito dos seus trabalhos; nessa época, porém, tendo já na mente a invenção maravilhosa que mais tar­de o havia de immortalisar, associou-se com tres cida­dãos de Strasburgo, que deviam fornecer o dinheiro necessário para as despe­zas. Chamavam-se elles João Riffe, André Heilmann

e André Dritzehen. No con­tracto, redigido por escrip­to, estipulava-se que os in teresses da sociedade se riam divididos em quatro partes, ficando duas para Guttenberg, além da quan tia de cento e sessenta flo­rins que os dois socios lhe haviam de entregar. Posto isto começaram a trabalhar numa celia do mosteiro abandonado de Santo Ar- bogasto. Guttenberg fun­diu typos em metal e ser- viu-se de uma prensa de la­gar para os apertar contra o papel. Desde entã-o a xy- logrdphia (impressão com chaoas gravadas em ma-1 Odeirai foi substituída pela impressão em typos mo­veis de metal.

Não era, porém, tudo. Restava ainda, por meio da liga de certos metaes, ob­ter typos que tivessem o grau conveniente de dure­za e pudessem vasar-se nos moldes.

As despezas occasiona- das por estes trabalhos ti­nham arruinado os socios. André Dritzehen morreu de desgosto; e os dois ir­mãos d’elle, Jorge e Claus, reclamaram então de Gut­tenberg a quantia de cem florins, que diziam perten­cer, conforme os termos do contracto, á familia do associado que morresse; declararam-lhe, porém, que ficaria quite para com elles se consentisse em os admit- t‘r na sociedade nas mes­mas condições em que es­tava o irmão: Guttenberg recusou, e elles instaura­ram-lhe processo, cujo re­sultado foi uma sentença que o obrigou a pagar-lhes a quantia de quinze florins.

O grande artista, des­animado, sahiu de Stras­burgo em 1444 e dirigiu-se para Moguncia. Ahi se as­sociou com João Fust (ou Fausto), homem rico e as­tucioso, que lhe adeantou oitocentos florins a seis por cento de juro, com a condição de lhe ficarem hvpothecados todos os utensílios que elle mandas­se fabricar. Além d’esta quantia, Fausto devia for­necer mais trezentos flo­rins de ouro para as des­

pezas geraes. Os lucros se­riam divididos egualmente por ambos; e, no caso em que a sociedade viesse a dissolver-se, Guttenberg só tomaria posse do material depois de ter pago ao so­cio os oito jentos florins d. ouro.

iC o n t nu;'l.JO A Q U IM DOS A NfÕ S:

A G R I C U L T U R AO emprego do kaínite

O emprego do kaínite, sal de Stassfurth, é recoin- mendado para se lançar sobre os estrumes.

Este sal contém:Sulphato de p o tassa.. . . 23 a 25 p. c.

» de ir.agnesitH . i 5 a 17. » t C hloru ret. de magnesium 12 a 14 » »

>1 úe soaium . . . 3o a 32 ■> »

Certos mercadores de a d ubos t raze m-n’o a os m e r- cados depois de o terem preparado para lhe tirarem o chlorureto de magne­sium.

O kaínite, colhido em Stassfurth, vale' actualmen­te 700 réis por cada ioo grammas. Nos mercados extrangeiros este preço at- tinge o de 1S400 réis, e mais, mercê do custo do transporte que fica tanto ou mais .caro que o proprio produeto.

Este sal mistura-se com o estrume nas estrumeiras. Lança-se sobre elle uma camada de s il de 10 centí­metros de espessura, e quando a estrumeira ad­quira a altura desejada, polvilham-se todas as faces, de fórma que pareça um montículo coberto de neve. Em seguida acama-se com uma porção de terra.

Pode tambem deitar-se o kaínite no estrume dos estábulos, junto aos ani­maes.

Neste caso empregam- se 5oo grammas de sal pa- •a cada cavallo ou bovino

e por dia.E’ preciso haver todo o

cuidado de espalhar o sal antes de se dispor a nova cama, para que esta cubrao kaínite e impeça o gado de o lamber, pois quê pos­sue propriedades ca.ústicas. Pode mesmo provocar in-

flammações epidermicas aos animaes que durmam sobre elle, parecendo-nos por isso mais vantajoso quando se use, lançal-o de preferencia nas estrumeiras ao ar livre.

Ceitos chimicos preten­dem que o estrume trata­do pelo kaínite não perde um átomo de azote. Isto, porém, não está perfeita­mente demonstrado, pelo que o emprego do kaínite deve utilisar-se tão somen­te pelas propriedades que contém, e servem a au- gmentar em potassa a ri­queza dos estrumes,

gem

” IBassatenapo.,Acabámos de receber

0 n° 6 j desta illustração, editada pelos grandes Ar­mazéns Grandella, da ca­pital. Vem primoroso e enceta um trabalho inédito do grande historiador Ale­xandre Herculano. A Des­truição J Aurea é uma producção lit-ter-aria de pri­meira ordem e onde o ta­lento fecundo do auctor do Eurico, captiva de linha pai a linha.

Eis 0 Summario: Chronica: Serrana, (ver­

sos) por Ruy Barbo.— Impressões de viagem, por

Herculano. — Uma via- em automovel, por

1 dg.— Destruição. d’Áurea.O balão Omnibus San­

tos Dumont. — Reconcilia­ção, ..(versos) pro Ruy Bar­bo.—-Trovas (versos) por João Penha. — Marrocos. —-Um costume da Mace- donia. — Ao gentil Luizi- nho Grandella, (versos por Anna de Paiva.— Sombras, (versos) por Rodrigues Da- vim. —Conselheiro José Fi­lippe.— Oração nas exe- qu'as do Marquez de Pom­bal.— Real Sociedade de Horticultura.

Para o proximo Natal realisa-se a 2.a tombola d’es- te anno, com brindes no valor de 400^000 réis, aos quaes todos os assignan­tes terão direito.

Qualquer pedido de as- signatura, acompanhado da respectiva importancia. 5oo réis por 6 mezes, de­ve ser dirigido a Grandel­la & Ç:.a, Lisboa.

O D O M I N G O

F e s ta «la T e r r a

Conforme noticiámos, realisou-se a annual festi­vidade á Senhora d’Ata- laya; nos dias 14, 15, 16 e 17 do corrente, correndo tudo na melhor harmonia.

A affluencia de povo áquelle pittoreseo logar foi este anno enorme em con- sequencia do tempo estar magnifico. Abrilhantou es­ta festividade a banda do «Commando Geral d’Ar­tilharia».

E’ thesoureiro para o proximo anno o ex.m" sr Domingos Tavares, digno presidente da camara mu nicipal d’esta villa.

.4 aB3E Í v e r s a r i «

Passou hontem o 3.° an­niversario. natalicio do me­nino Antonio, filho do nos­so amigo Antonio da Silva Batana. Parabéns.

CaçadaRealisou-se, como já no­

ticiámos, no dia 16 uma caçada em que tomaram parte os srs. Jacintho Iça, Antonio da Costa Veiga, Mauricio Repas, Antonio Luiz de Oliveira, José Ser­rador, Joaquim Xavier d’Annica, José da Silva Ilhéo Junior, José Augusto Saloio, José Rodrigues Pin­to, Antonio dos Anjos Bel- lo, Joaquim Pedro Simões da Cunha, Marciano Au­gusto da Silva Junior, Igna- cio Lage Rodrigues, Ja- cíntho Tavares Ramalho, José Ferralhão e Francisco Soeiro.

Foram mortos79coelhos,9 gallinholas, 1 codurniz,1 to irão e 3 chibatos que derriaram os hombros a quem os trouxe.

O que achámos extraor­dinário foi que o sr. Rama­lho matasse um coelho, levando os cartuchos car­regados com serradura. E’ uma grande idéa para os caçadores de profissão, pois que evitam de gastar dinheiro em chumbo e an­dam muito mais leves.

Bravo, seu Ramalho!

L.«ituosa

Falleceu no Texugueiro, pertencente a este conce­lho, no dia 19 pelas 11 ho­ras da noite, victima de um typho, Margarida Au­gusta, casada, de 27 annos de edade, natural do Sa- mouco.

— Tambem no dia 20 pelas 4 horas da tarde, fal­leceu nesta villa Gertrudes de Jesus, viuva, com 77 an­nos de edade, victima de uma congestão pulmonar.

Itocilto de cavallos

Foram roubados 4 ca- vallos no dia 17 do corren­te da herdade denominada S. Bento, pertencente ao ex.mo sr. Domingos Tava­res, digno presidente da camará municipal desta villa, que alli tinha para seu serviço.

F e s ta s ao f ten lio r daM ise r icó rd ia

Consta-nos que alguns individuos desta villa ten­cionam unir-se em com­missão, a fim de fazerem este anno grandes festas ao Senhor da Misericórdia.

A V erdade

Subordinado a esta epi- graphe, começou a sema­na passada a publicar-se na capital um semanario de 6 paginas, de collaboração variada, tanto em assum­ptas de arte como d-eiitte- ratura e pojitica. Ao novo coli jga desejamos todas as prosperidades.

Fe st 3 cem A lcochete

Fêni logar hoje, na im­portante villa de Alcoche­te, a grande festa do Co- rsçãõ de Jesus que será abrilhantada pela phylar­monica da localidade.

Consta de festa de egre­ja, sermão, Te-Deum, pro­cissão, kermesse e musica no coreto.

C O F R E D E P É R O L A S

A 3 U T T 3 N S 3 R 3 -Bem hajas, ‘Gutlenberg! ()' arrojado heroe,Quando a Imprensa sahiii de teus ardentes labios Cahiu a distineção; agora pobre e rico Podem estudar e ler, podem tornar-se sabios.

Como os homens de bem. tiveste a desventura, Tiveste a inveja má dos filhos de Cairn;E sempre a caminhar na senda do progresso, Pensavas; pobre e bom, cançar a sorte emfim!

.4 arma da calumnia, a cavilosa intriga,Que é como da serpente a baba peçonhenta,Quiz sempre macular-te a fronte audaciosa Onde havia do genio a chamma violenta.

E tu sempre a seguir! E sempre a trabalhar Na tua idéa nova, energico operário,Não sentias no hombro o peso d uma cruz,Nem a vias, depois, erguida no Calvario.

Querias legar ao mundo a grande innovação Que um dia te fizesse o nome abençoado;E em torno a li havia misera cobiça,E vias a maldade andar sempre a leu lado.

O’ coração de ferro! O' fronte veneranda Onde brilhava a luz d° geuial talento,Devia ser cruel essa terrivel horaEm que le avassaliasse o fundo abatimento!. ..

Hoje colhe o teu nome as palmas do triumpho, Hoje offerta-te o mundo os viridentes louros;A memória immortal do grande Gutlenberg Ha de perpeluar-se aos séculos vindouros.

Emquanto a Imprensa exista—a mãe da humanidade, A que vae da sciencia o verbo diffundir,Serás o mestre, o Deus, o grandioso exemplo Do trilho seduetor que havemos de seguir.

Envia-nos a luz cu brilhante olhar,Que tinha, como a a guia, a longa persistência.Nós vamos entoar um canto de louvor,Curvados a teus pés, soldado da Sciencia!

JO A Q U IM DOS ANJO S.

A N E C D O T A S

A senhora de X . . . leve a noite passada o seu bom successo, é mandá pelo seu creado dizer á sua amiga Henriqueta «que lá tinha uma nova creada ás suas or­dens.»

A creada, que foi quem veio á porta receber o reca­do, tomando a coisa em sentido diverso, respondeu muito espevitada:

■— Sabe que mais ? diga á sua ama que cá não se pre­cisa de creadas, porque a senhora está muito contente commigo ; e que melhor fôra que ella cuidasse na sua casa, que andar inquietando as alheias.

E, dizendo isto, deu com a porta na cara do creado.

L IT T E R A T U R AC oq-H ard i

Estava-se nos maus dias da Revolução.

Vinha a noite descendo, Todo o santíssimo dia a lueta fôra desesperada. Os officiaes esperavam a cada momento ordens que não lhes chegavam, e os solda­dos morriam stoicamente nas posições occupadas.

Entre elles notava-se uni rapazito de quatorze annos, o muito, enfezado, magro e extremamente pallido.

Era filho de um soldado. A mãe morrera-lhe na ul­tima primavera. Só e per­dido n’uma aldeola das Cevennas, quizera tornar a vêr o pae, artilheiro na divisão do Norte. Então, para não voltar de novo á terra natal, tinha pedido que o acolhessem no regi­mento, promettendo não se tornar pezadoemostrar- se corajoso.

Deferiram-lhe á petição e fizeram-n’o tambor. A’ tarde nos bivouacs, o pe­queno soldado era o as­sumpto de todas as pales­tras.

Na batalha de Outhe, recebera o baptismo de fo­go, heroico deante das ba­las e das granadas.

Do pequeno bonet ver­melho que elle usava, col- locado na cabeça á laia de crista rubicunda de gallo, e da sua proverbial cora­gem, derivava-se a antono- mas pittoresca de Coq- Hardi, porque era,conheci­do no regimento.

Coq-Hardi tinha-se sen­tado n’um tambor, bem junto a um punhado de valentes apertados em vol­ta da bandeira do regimen­to. Os anneis do seu ca- bello louro empastavam- se-lhe agora no rosto ba­nhado de suor e enegreci­do pela pólvora. Algumas lagrimas dançavam-lhe nos olhos, e elle tentava-as oc- cultar receioso de que 0 tomassem por cobarde. Cobarde! elle... Nunca! Mas é que uma bala tinha-o

FOLHETIM

T ra d u cção de J. DO S A N JO S

D E P O I S dT p E C C A D Ol i i r r o Scgiiudo

I

— A h ! tu agora sonhas acordada! m urm urou a s r.a Telem aco em tom de gracejo.

— Não sei se estava acordada ou adorm ecida; o que sei é que estava bem longe d’aqui e em com panhia de pessoas que valem mais que tu; sim. mais que tu, e para isso náo é preciso m uito, porque, aqui para nós, tu náo vyles grande coisa.

--D ecididam ente, Magdalena, não sei o que te succedeu. disse a sr.-3 T e

lem aco, com tom azedo; ha uns dias para cá que estás pouco amavel.

— Parece-me que te queixas, disse irònicam ente a Magdalena.

— Ha quem tenha menos razoes pa­ra isso. Tenho-te dado bastantes pro vas de aftecto e dedicação, ha cinco annos, para ter o direito d.e não ser victima dos teus caprichos.

— O direito? Falas em d ire to ? Não tens nenhum . O affecto e a dedicação de que falas tãa alto. tenho-os pago p o r muito mais do que elles valem, e ao menos é justo que se, po r uma causa ou p o r outra, eu tenha um ac- accesso de mau hum or, tu o suppor- tes sem m urm urar. Para que servirias tu, se não servisses para isso, tia T e ­lemaco?

— Se -tenho de sofirer as tuas im per- tinencias, é m elhor ir-m e embora.

— Oh ! d tua vontade; quando que1

res ir? Esta noite, ámanhã, já? Onde queres que te deixe?P are, Francisco; a s r.a Telem aco quer-se apeiar.

O cocheiro obedeceu, a «victoria» parou e a Magdalena olhou para a sr.a Teiem aco com um ar tão convicto

que esta com prehendeu que a sua ca­prichosa com panheira lhe tinha fala­do seriamente.

— rDevias ao. menos poupar-m e de­ante dos teus criados, suspirou ella, manifestando com um gesto a sua energica vonfada de não deixar o lo­gar que oeciipava n ‘aquella carruagem

macia, imagem da boa vida que leva­va desde que a Magdalena a mandára v ir de A ntraigues para lhe tomar con­ta da casa.

— Então mudas de tenção, já não te queres i r embora? perguntou a Ma­gdalena, no mesmo tom e gracejo,

não te incom m odes. Francisco, leve- nos á avenida das Acacias.

A carruagem tornou a andar, e a s r.a Telem aco contentou-se em p ro ­ferir em voz muito baixa um lamento qualquer que a Magdalena não ouviu Estavam n ’um sitio muito socegado, onde mal chegava o ruido confuso das longas filas que circulavam em volta do lago.

— Dizias então que o M auricio Vi- vian nos cum prim entou? disse de re­pente a Magda ena.

— Sim , e com um sorriso bem gra cioso, respondei* vivam ente a s r .a T e ­lemaco, muito contente p o r vê r que a voz da com panheira abrandára mais. Pobre rapaz! devias ter mais pena d'elle e consentir em recebel-o. Já são cinco vezes a seguir que se apre­senta debalde pai a te vêr.

— S é elle fosse rico , poderia eu sup-

p ô r que te pagou para advogar a sua cau ja . . . a

— Julgas que sou c a p a z.. .— De tudo para ganhar dinheiro.

Mas d’esta vez sou obrigada a acredi­tar no teu desinteresse, porque o M auricio não tem nada de seu.

— Não tenho outros m otivos para o defender senão o am or m uito sincero cjue parece animal-o.

— J h ! se eu tivesse de ter dó de todos os que dizem que me amam!..-

— Mas este não é um adventício. E ’ um pintor de talento.

— Deixal-o; vendeu-m e quadros, pa- guei-lh’os, estamos quites. Que tem elle ainda a re c la m a r? ... A h ! tia Te­lemaco, se pudesses comprehender com o os hom ens me aborrecem , nun­ca me falavas de M auricio nem de mais nenhum. E : para a gente se suicidar de desespero. ÍC ontinua).

O DOMINGOAgrido num dos pulsos e a (-eança soffria hor.ivel-

Jcnte'. Todavia, com a mão ifejta ainda livre, empu-

Jliando' a baqueta, o pe- Oaeno heroe batia o tam- or, O som baço produzi­

do na pelle do marcial ins­t r u m e n t o acordava nos v e lh o s soldados o brio. Apertando-se d’encontro á bandeira defendiâm-na c0m tenacidade espantosa.

£ o pequeno não cessa­va de tocar. A voz do ins­trumento relembrava aos veteranos o exemplo d’a- quella creança que não re­cuava um passo, affron tan­jo a morte aos olhos do inimigo.

Rajadas de metralha var­riam de vez em quando a ladeira onde cinco homens, rocurando assegurar a re­

tirada, luctavam ainda em volta da insignia.

— Olá! petiz... salva- te!..- gritou o official ao pequeno tambor.

E mais baixo, como se a vergenha o intimidasse, accrescentou: se fòr tempo!

Coq-Hardi não respon­deu, e nem mesmo o fitou com os seus grandes olhos azues, agora dilatados pe­lo odio. Furiosamente o tambor redobrou de som.

Um estilhaço de metra­lha quebrou o cachimbo dum granadeiro, um ve- lho„cachimbo de barro qu± o veterano trazia pendente duma das casas da fardeta,

— Diabo! disse o valen­te; mau presagio!

E a rir, descargou a es­pingarda.

A posição tornava-se in­sustentável, e os últimos sobreviventes foram caindo uns após outros.

Protegido pelo tambor, Coq-Hardi não recebera outro ferimento, mas em volta delle, a chuva de ferro não parava

Uma granada explodiu perto._ A bandeira caiu O offi­

cial que a sustentava, feri­do mortalmente e sentin­do-se morrer, ergueu-se a custo sobre os joelhos e, para a furtar ás mãos dos inimigos, tentou ocultal-a no peito.

Então, o pequeno tam­bor avançou para o mori­bundo.

— Não! disse. Confiai- m’a antes, meu official. Não pensarão em a vir aqui buscar!

E apontou-lhe o coração.— Juro-vos, continuou,

9ue só a tomarão se eu morrer.

O official hesitou alguns segundos. Teve depois um gestp de consentimento e, Sentindo faltar-lhe as for- Ças, entregou á creança a lnsignia da patria.

— Vae! murmurou,— al­

cança a divisa;.).. . . por alli. . . salva-a!. . .

E indicava-lhe com o de­do hirto a direcção prová­vel do grosso do exercito francez, reunida perto de Dúren, para as bandas do Occidente.

Era tempo.As trombetas inimigas

tocavam o signal de cessar fogo. Os austríacos inva­diam o redueto.

Coq-Hardi escondera rapidamente no peito a preciosa reliquia, e, pegan­do no tambor, sobraçou-o com o braço ferido. Com a outra mão, empunhando sempre a baqueta, bateu o passo de carga!

Assistiu-se então a um .•spectacLiio inolvidável. O general Cljríayt poude vêr, assombrado, uma creança,

m pequeno tambor fran­cez, erguendo para elle o olhar altivo, caminhar em direcção do inimigo.

Respeitando aquelle he-j roe de qu itorze annos, or­denou que lhe deixassem a passagem livre.

Ai curiosidade agitou as filas pustriacas, que se apertavam para- vêr por deante delles, sem trepidar e sem voltar a cabeça, a intrépida creança. que atra­vessava agora a planície, na direcção do campo-fran­cez.

Então, por um movi­mento instinctivo, tentan­do encobrir a com moção, os officiaes austríacos sau­daram com as espadas victoriosas esse sobrevi­vente do formidável regi­mento das Ardennas, que se retirava, batendo no tambor o toque de carre­gar, e levando bem junto do coração a bandeira sal­va.

Por muito tempo ainda, tomando o reducfo e dis­posto o acampamento, ou­viu-se ao longe, cortandoo silencio da noite, o rufo do tambor.

Coq-Hardi, avançando sempre em direcção ao occidente cantava a sua canção de guerra.

P. V IE R G E .

vaca e vasa-se em pratos, nos quaes se polvilha com canella, podendo servir-se em seguida.

ARTE CULINARIA

BSem-me-sahe d ’am endoa

Assucar branco' 5oo gr.; amêndoa dòce pisada, 25o gr.; arroz em farinha fina,i a5 gr.; caneíla em cavaca, yo gr.; ovos, 20 gemmas;- leite, 6 litros.

Batem-se as gemmas com o assucar e amêndoa, e diluída no leite a farinha de arroz, mistura-se tudo e vae a fogo lento.

Em tendo ponto de es­trada, tira-se a canella ca-

A N N U N C I O S

ANNUNCIO

( l . a Piibllcaçáío)

No dia oito do proximo mez de Dezembro, pelo meio dia, á porta do tri­bunal judicial desta villa de Aldegallega do Ribatejo, por deliberação do Conse­lho de familia nos autos.de inventario orphanologico a que se procedeu por obito de D. Umbelina Rosa da Veiga, viuva, moradora que foi nesta villa de Al­degallega do Ribatejo, se hão de vendei- e arrematar em hasta publica a quem maior lanço offerecer so­bre os valores abaixo desi­gnados, os bens immbveis qu* na partilha pertence­ram em legitima ao co her­deiro Francisco da Vpiga Sargedas, auzente em par­te incerta, e que são os seguintes:'

1 ."— Uma morada de ca­sas abarracadas, com um quintal, sitas na rua cio Vau, de esta villa de Al­degallega, com o n.u 12 de policia, tb.reiras em tres mil réis annuaes a Antonio Tavares da Silva, e vão á praça no valor de i 5Ó$òóo réis’; 2.0—-Uma outra mo­rada de casas abarracadas, sitas na rua do Vau, de es­ta villa de Aldegallega, -foreiras em oito cento réis annuaes ao mesmo Anto­nio Tavares da Silva, e vão á praça nó valor de réis i|5o '$p(oq ; — 3.°—Uma mo­rada de casas que se com­põe de lojas é primeiro an­dar, sitas na rua do Poço, de esta villa de Aldegalle­ga, com os n.os 5 i e 53 de policia, foreira á Misericór­dia de esta villa, e vão á praça no valor de 400^000 réis.

Pelo presente são cita­dos os crédores incertos para assistirem á dita ar­rematação e ahi uzarem dos seus direitos, sob pe­na de revelia.

Aldegallega do Ribate­jo, i6de novembro de 1903.

o E S C R IV Á O

Anlonio Augusto da SilvaCoelho.

V e rifiq u e i a exactidíio.

O JU IZ D E D IR E IT O

3.° substituto no im pedim ento do com petente,

Estevão Augusto d'Oliveira

TyPOGHAPffOPrecisa-se na typogra-

phia deste jornal dum ra­paz para apreder a typo- grapho. Quem pretender póde dirigir-se á rua Direi­ta, 19, i.°.

mmmUma carroça de caixa

com molas muito leve, e um arreio. Nesta redacção se diz.

TF.IXEIRÁ DE FASCOAES

SEMPRE

Um volume de 32 5 pagi­nas, edição luxuosa

5oo réis.

J E S U S E P A NPreço 400 réis

Pedidos á Livraria Editora de José Figueirinhas Ju­nior— Rua das Olivei­ras 75—-Porto.

O produeto deste livro re­vertera a favor duma Assistência a creanças doentes que se vae fun­dar em Amarante.

lírl/

José J. Camfnba Figuei­ra encarrega-se do forne­cimento de plantas ameri­canas tanto barbados co­mo estacas e bacello, pa­ra o que está habilitado convenientemente.

Aldegallega___ -___ t,

G R A D N E A R M A Z É M

D O K C O S J os V d E M0 11AES& Comp.a

Farinha, semea, ari'oz na­cional, alimpadura, fava, milho, cevada, aveia, sul­phato e enxofre.

Todos estes generos se vendem por preços muito em conta tanto para o con­sumidor como para o re­vendedor. 126

l l n a do Caes — ALDEGALLEGA

C A I I V À O B E KO KSDas Companhias Reuni­

das Gaz e Electricidade, de Lisboa, a 5 0 0 réis ca­da sacca de q5 kilos.

— 146L argo da C aldeira

— * A LD EG A LLEG A »—

Ao Commercio do PovoSem contestação é este 0 mais bem sortido estabe-

lecim :nto e o que maiores vantagens offerece devido ás enormes compras que os seus proprietários fazem, pois que para obterem sempre umas differenças em preços de fabrica em muitos artigos, vêem-se na ne­cessidade de comprar sempre em grandes quantidades.

NÃO E S Q U E C E R que este estabelecimento já tão conhecido do publico d’esta villa e seus arredores, já recebeu grandes remessas de fazendas para a presente estação, estando desde já habilitado a satisfazer os mais exigentes compradores.

PREÇOS EXCEPCIONAES!Tem este estabelecimento artigos que são vendidos

por preços TAO BAIXOS que só a visita do compra­dor poderá fazer justiça dizendo: é barato!

Ha sortimento completo de malhas, a saber:Capas de malha com ou sem capu7 de seda.

Lenços de malha, variedade grande. Capotas de novidade, gorros, boinas e bonets.

Casaquinhos, bolinhas, echarpes, etc., etc. Cachene\ , sortimento enorne.

CO N T R A 0 F R IO —Grande sortimento de pannos para capas e casacos, mesclas, cheviotes, matellassé, mel tons,' moscows, etc. — Para vestidos: pannos, ama­zonas, flanellas, sarjas fortes, phantasias fortes, tecidos mixtos em lã, seda e algodão, etc., córtes de alta novi­dade para vestidos de senhora.

A divisa d’esta casa é sempre ganhar pouco em todos os seus artigos para vender muito e a todos pelos mes­mos preços SEM EXCEPCÕES.

Afcf JQ08 AO TUCrYNCE m TOÍAS M 330LSASDão-se amostras com preços e larguras a quem as

pedir. Tudo se manda a casa do freguez para o que tem pessoal habilitado.

I]9!fcite§ de novidade em todos os geueros

SEWTC & m CAWTAittO8 8 , f i l l A S R E I T A . 8 0 - e s q u i n a d a r u a d o c o n d e

A ldegallega do Itlbatcjjo

O D O M I N G O

OS D R A M A S D A C O I M E

(C hronica do reinado de L u iz X V )Romance historico por

E J L A D O U C E T T E

Os amores trágicos de Manon Les- caut com o celebre cayalíeiro de G rie u x , formam o entrecho d'este rom ance, rigorosamente historico, a que Ladoucette im prim iu um cunho de originalidade devéras encantador.

A corte de L u iz x v , com todos os seus esplendores e misérias, é escri­pta magistralmente pelo auctor d '0 Bastardo da Rainha nas paginas do seu novo liv ro , destinado sem d uvi­da, a alcançar entre nós exito egual áquelle com que foi recebido em P a ­ris, onde se contaram p o r milhares os exem plares vendidos.

A ediçáo pórtugueza do pop ular e com m ovente romance, será feita em fasciculos semanaes de 16 paginas, de grande formato, illustrados.com soberbas gravuras de pagina, e cons­tará apenas de 2 volumes.

2 0 S * é Í S O ff ;t S £ 8 < S B s S o

f B*éi$ O tfoiuo2 valiosos biandes a todos

os assignantesPedidos á Biblmtheca Popular, E m ­

presa E d ito ra. 162. Rua da Rosa, 162 — Lisboa.

A O P R O F E S S O R A D O

D E IN S T R U C C Ã O P R I M A R I AA L IV R A R IA D E M. GOMES

Livreiro de SS Magestades e Altezas continua forne­cendo aos Srs. Professores

T O D O S OS'com o desconto habitual

f lUO l l i P i ie sem despezas de porte

Envia-se o Catálogo com o preço de todos os livros officialmeráe approvados

P A R A IN S T R U C Ç Ã O P R I M A R I Ae de todos os impressos conforme o decreto de

12 de marco de 1903 bem como nota detalhada dos preços'de; TODO O MATERIAL ESCOLAR

a quem o requisitar á L IV R A R IA E D IT O R A D E M . G O M E S

C H IA D O . 61 L IS B O A

C O M P A N H I A F A B R I L S I N G E R13o _________

P or 5 00 réis semanaes se adquirem as cele­bres machinas S IN G E R para coser.

Pedidos a AURÉLIO JOÀO DA CRUZ, cobrador da casa. i i m o c m tvl c concessionário em Portu­gal para a venda das ditas machinas.

Envia catalogvs a quem os desejar, yo, rua do Rato, yo — Alcochete.

LOJA DO BARATO— D E — '

MOURA & BRANCOParticipamos aos nossos estimáveis freguezes que acaba de chegar

ao nosso estabelecimento um colossal sortido de fazendas próprias para a presente estação, ds fino gosto, e que vendemos por preços ao alcance de todas as bolsas.

Resolvemos mandar annunciar, especificando os preços, para assim o publico se certificar que é esta a unica casa que mais vantagens offerece.

Desde 120 réis o metro, casteletas desenfestadas de pura lã.Desde 260 réis o metro, casteletas enfestadas depura lã.

Desde 400 réis o metro, Luzitanas, tecido alta novidade.Desde 480 réis o metros, Amazonas enfeitadas de pura lã.

Desde 700 réis o metro, Mélton proprio para capas.Desde 2$ooo o metro, mateiasset proprio para capas.

Desde 5oo réis o metro, flanellas azues e pretas.Desde 240 réis o metro, castorinas e riscadilhas próprias para saias.

Desde 90 réis o metro, flanellas de algodão próprias para camisas.Desde 90 réis o metro, baetilhas de côres próprias para saias.

Desde 60 réis o metro, baetilhas brancas próprias para saias.Desde 800 réis, chailes de pura lã, lindos desenhos.

Desde i$ooo réis,-cobertores de Papa, pura lã.Desde i$5oo réis, cobertores matisados, lindos desenhos.

Desde 4 $ 5 o o réis, cobertores francezes, pura lã, debruados a seda.A 4 $ 5 o o réis, chailes duble-face, muito fortes.

G R A N D E P E C H I N C H A !

Baelilha de dois pellos com um melro de largo a 200 réis, própria parasaias.

ssl i l l l ! l i l ! l l l ! l 1 l i ! i l ! l ! ! i l ! ! l ! l i l ! l l ! l l l ! ! l i ! l l l l l l l l l l l l l l i i l l ! l l i ! l l i l l l l ! ! i l ! l l ! l l l ! l l l l l l l ! l i l l l l ! l ! S l l i : i l ! l l l l ! ! l l i i lS I I ! l l i l l l i ! i ; ! : : l l l ( ! i ! ; ; i i i i i i : i i : i i ! U ! i i ! ã i ! ! i i i i i ! i i i i ] i ! i : i i i i w i u i ! i i ! y i i j i ! u i i i i i i j i : i i i j i i i i i i ! i | i ! j .M ! i i ! i i i i i M i i : ! i i ! i i i i i i ! i i ! i i i ! j i ! i i : i ! i : ; i i : i

DÍ este importante estabelecimento encontra tambem 0 publico um colossal sorfiòo be falências i)c íinlto, lã, algoòao, se)as, calçada e chapéos

que mencionar acjui os preços seria impossiucl.

Pedimos que visitem o nosso estabeleci­m e n t o p a r a assim se certificarem da nossae x c e p c i o n a l barateza.P R E C O S F I X O S E V E N D A S A D I N H E I R O

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7, BUA DO CASS, $ — MMSMM6AH - -ss- -S- •KS8

S A L C H I C H A R I A M E R C A N T I LD E

J O A Q U I M P E D R O J E S U S RELOGIOCarne de porco, azeite de Castello Branco e ma'

qualidades, petroleo, sabão, cereaes, legumes, mantei* gas puras de leite da Ilha da Madeira e da Praia d’An cora e queijos de differentes qualidades.

Todos estes generos são de primeira qualidade vendidos por preços excessivamente baratos.

54 a 56, Largo da Praça Serpa Pinto, 54 a 56

A LD E G A LLEG A ^

ESTEVÃO JOSE DOS REIS— * CO M

O F F IC IN A D E C A L D E IR E IR O D E COBRE

Encarrega-se de todos os trabalhos concernentes á sua arte.

R U A D E JO S E M A R IA DOS SANTO S

ALDEGALLEGA

1 £ I W @ Â 1 I Â & Ã I À M T I ® A— D E —

Vende e concerta toda a qua­lidade de relogios por preços modicos. Tambem concerta cai­xas de musica, objectos de ouro, prata e tudo que pertença d arte de gravador e ghlvahisador.

G A R A N T E M - S E OS CONCERTOS

I . U n a do

J O S É <r D A ff R O C H A ! F B A R B O S ÀCoíia ofíiciaB» dc C o r re e i ro e SeEieiro

18, RUA 1)0 FORNO, 18 A 1 . S$> B i « .4 B , IL S i H A

129

mm D E N O T I C I A SA GUERRA ANGLO-BOER

Impressões do Transvaal

Interess; niissim a narração d r s h íi tas entre inglezes e boe-s, «illustrada» com num erosas z.n. o-grnvur. s de «homens celebres» do 1 ransvaal e do Orange. incidentes notáveis, a c e n o s e batalhas mais cruenta- da

G U E R R A A X G LO -B O ER Por um fúnccionario da Cruz Vermelha ao serviço

do Transvaal.Fasciculos semanaes de 16 paginas............ . 3o réisTomo de 5 fasciculos....................... .......... i 5o »A G U E R R A A N G L O B O E R é a obra de mais palpitante actualidade.

N'ella são descriptas, «por uma testemunha presen- ial», as differentes phases e acontecimentos emocionantes da terrivel guerra que tem espantado o mundo inteiro.

A G U E R R A A N G LO -' O E R faz passar ante os olhos do leitor todas «g-andes bat ihas, combates» e «es; a-aíuuças» d'esta prolongada e acerrim* lueta entre inglezes, tra svaalianos e oranginos, verdadeiros prodigios ™ hero sm o e tenacidade, em que sáo egu;lm ente aJmirav.eis a coragem e a fdicàçáo p tribticá de vene dos e vencedó-es.

Qs incidente^, varia.iissimos d'’e»ta contenda e tre •a e as duas re q u ria; re p u b lica ; sul-africnn;’s. decorrem atravez de v e r » deiras per pei ias. p o r tal mnnei-a ram ticas e p.ttorescas, qué df o á Gtlt-K' RA A N G L O B O E R . conjunctamente com o irresistível attractivo dum a nar n.tiva h storica dos nossos d as, o cn< anto da leitura romantisada.

A Bibliotheca do DIARIO DE NOTICIAS tfrserviço fos num erosos leitores que ao mes**

tem; o de.sejT;m"dejeiiar-se e ad.quirir pe.-fe to conhecim ento dos s icce s^ 5 que mais intercssrm o m undo culto ra ; cfia lid "d e .

a poderosa Inglater r ■ rda-

apresen ando ao r>*:b!icO e ta obra em «esme-ada ediçao.» e por u n p*eço■* . . , 1 • _ j .1... ________* - ___________mW

minuto. |ulga prestar

Pedidos d Emprega do D IA R IO DE N O IIC IA S Rua do Diario de Noticias. 110— LISBOA

Agente em Aldegallega— A. Mendes Pinheiro Junior.

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