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II Simpósio de Segurança Alimentar Qualidade Alimentar:
tecnologia e saúde
Programas para segurança alimentar e nutricional
Onaur RuanoSecretario Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à
Fome
Bento Gonçalves - RS
Agosto, 2008
A SEGURANÇA ALIMENTAR E AS POLITICAS PUBLICAS
Os programas de transferência de Renda ( Bolsa Família)
O Programa Nacional de Educação Alimentar
O Programa de Aquisição de Alimentos
A Política Nacional de Alimentação e Nutrição
O Programa de Acesso à Água no Semi-árido Rural
A Rede Local de Equipamentos Públicos de Segurança Alimentar
Os Programas Setoriais ( Mais Alimento, Mais Pesca e Aqüicultura)
Prevalência de situação de segurança alimentar em domicílios
particulares, por situação do domicílio – Brasil - 2004
Fonte: IBGE, PNAD-2004
Prevalência de Situação de Segurança Alimentar em domicílios
particulares por Grandes Regiões - 2004
Condicionalidades
Educação: freqüência escolar de
85% para crianças e adolescentes
entre 6 e 15 anos e de 75% para
adolescentes entre 16 e 17 anos.
Saúde: acompanhamento do
calendário vacinal e do crescimento
e desenvolvimento para
crianças menores de 7 anos, pré-
natal das gestantes e
acompanhamento das nutrizes.
Assistência Social:
acompanhamento de ações
socioeducativas para crianças em
situação de trabalho infantil.
Elegibilidade
Famílias com renda mensal de
até R$ 120,00 por pessoa.
devidamente cadastradas no
(CadÚnico).
OBJETIVO
O PBF é transferência direta de
renda com condicionalidades.
Beneficia famílias em situação de
pobreza (com renda mensal por
pessoa de R$ 60,01 a R$ 120,00)
e extrema pobreza (com renda
mensal por pessoa de até R$
60,00), Valor do Beneficio
A partir de julho/08,
As famílias atendidas vão
receber entre R$ 20 e R$ 182.
8% de aumento
( inflação e alta nos alimentos)
O Programa Bolsa Família
O Programa Bolsa Família
R$ 27 Bilhões até
junho de 2007
11,1 Milhões de
Famílias.
Aumento de 272%
desde 2004
O Bolsa Família e Segurança Alimentar - (IBASE 2007)
87% das famílias, uso prioritário do BF é na Alimentação .
A quantidade de alimentos aumentou mais entre as famílias com insegurança alimentar grave (79,2%)
A forma de acesso para 96,3 é a compra alimentos no mercado local, enquanto para 33,4% é a alimentação na escola
21% das famílias beneficiárias plantam ou criam animais para alimentação
99,5% afirmaram que não deixaram de fazer algum tipo de trabalho depois que passaram a receber o Bolsa Família
Fonte: IBASE 2007 – 06/08
O Programa Bolsa Família
Determinantes da Insegurança Alimentar
no Brasil: Análise dos Dados da PNAD
de 2004. Rodolfo Hoffmann. UNICAMP
NEPA - Volume 15 No.1, 2008
O determinante mais importante da
Insegurança Alimentar é a baixa renda
domiciliar per capita, o que mostra a
importância de programas de
transferência de renda relativamente bem
focalizados, como o bolsa-família.
A escolaridade da pessoa de referência
contribui, significativamente, para reduzir a
probabilidade de IA.
O Programa Bolsa Família
Amostra do Semi-árido: 16.239 crianças menores de cinco anos de idade em 277 municípios
2,5
5,3
8,5
6,26,6 6,8
2,42
6,1
4,6 4,8
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
<6 6-11 12-35 36-59 0-60
Idade em meses
%
Não Inscritos Inscritos
CRIANÇAS MENORES DE 5 ANOS NO SEMI-ÁRIDO BRASILEIRO, 2005
Prevalência (%) ajustada de déficits altura/idade segundo inscrição no PBF
Programa Nacional de Alimentação Escolar
EVOLUÇÃO FINANCEIRA
2003 - R$ 954.200.000
2007- R$ 1.600.000.000
Aumento de 67%!!
35,5 MILHÕES DE Refeições/dia !!!
Na Pré-Escola, o valor per capita,
passou de R$0,06 para R$ 0,22/dia
O benefício foi estendido a 881 MIL
CRIANÇAS de 18 MIL CRECHES
PÚBLICAS E FILANTRÓPICAS.
No Ensino Fundamental o valor per
capita teve aumento de 69%,
passando de R$ 0,13 para R$ 0,22
por dia.
Principio Constitucional: (Art. 208, inciso IV e VII)
Objetivo: Contribuir para o crescimento e o
desenvolvimento biopsicossocial, a
aprendizagem, o rendimento escolar e à
formação de hábitos alimentares
saudáveis dos alunos (Res. Nº 32, de 10/08/06)
Estados, o Distrito Federal e municípios
Aquisição de gêneros alimentícios;
Instituição do Conselho de Alimentação Escolar
(CAE), como órgão deliberativo;
Prestação de contas dos recursos recebidos;
Cumprimento das normas FNDE na aplicação
dos recursos.
PL 2877 1. Estabelece uma Política de Alimentação Escolar, de
acordo com as tradições e hábitos alimentares
saudáveis.
2. A inclusão da educação alimentar e nutricional no
processo de ensino e aprendizagem nas escolas;
3. A universalidade do atendimento aos alunos;
4. O direito à alimentação escolar, com vista à garantia
do acesso ao alimento de forma igualitária;
5. Possibilidade de convênios indígenas e quilombolas,
para a aquisição e distribuição dos alimentos.
Garantia de acesso e o respeito aos hábitos
alimentares de sua cultura;
6. Controle Social;
7. Aquisição dos agricultores e empreendedores
familiares, a partir da obrigatoriedade mínima de 30%
dos recursos financeiros federais.
Programa Nacional de Alimentação Escolar
Princípios
Universalidade
Continuidade
Equidade
Descentralização
Participação social
Diretrizes
Emprego da alimentação saudável
e adequada
Educação alimentar e nutricional
no processo de ensino e
aprendizagem;
Respeito aos hábitos regionais e
às tradições culturais
Apoio ao desenvolvimento
sustentável
POLITICA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO - MS
Objetivo: garantia da qualidade dos alimentos colocados para consumo
no País, a promoção de práticas alimentares saudáveis e a prevenção e o
controle dos distúrbios nutricionais, bem como o estímulo às ações
intersetoriais que propiciem o acesso universal aos alimentos.
Diretrizes:
• estímulo às ações intersetoriais com vistas ao acesso universal aos alimentos;
• garantia da segurança e da qualidade dos alimentos e da prestação de serviços
neste contexto;
• monitoramento da situação alimentar e nutricional;
• promoção de práticas alimentares e estilos de vida saudáveis;
• prevenção e controle dos distúrbios nutricionais e de doenças associadas à
alimentação e nutrição;
• promoção do desenvolvimento de linhas de investigação; e
• desenvolvimento e capacitação de recursos humanos.
Portaria n. 710, de 10 de junho de 1999. A PNAN foi consolidada em 2003
POLITICA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO - MS
Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN
O Sistema foi concebido sobre três eixos:
I - formular políticas públicas;
II - planejar, acompanhar e avaliar programas sociais
relacionados à alimentação e nutrição; e
III - avaliar a eficácia das ações governamentais. Dessa
forma cumpre seu papel em auxiliar os gestores públicos
na gestão de políticas de alimentação e nutrição.
Lei 8080/1990. Portaria 1.156, 31 de agosto de 1990
EstratégiasSistema Informatizado
Chamadas Nutricionais
Inquéritos Populacionais
Fomento e acesso a produção científica
Programa Mais Alimentos - MDA
Crédito e investimentos
Tecnologia e Conhecimento
Comercialização
- Linha especial de crédito de longo prazo ( até 100 mil,
três de carência, taxa 2% ao ano)
- Mecanização (60 mil tratores)
- Investimento para Melhoramento de solos
- ampliação de recursos para ATER
- adequar o sistema institucional ( Lei Geral ) –
pagamento por serviços
- Portal da Assistência Técnica
- Estoques Reguladores
- Correção dos Preços Mínimos
- Ampliação e Ajustes do PAA ( correção de
preços e mais R$ 200 milhões)
- Armazenagem pública
Programa Mais Pesca e Aqüicultura - MPA
Investimento de R$ 1,7 bilhão até 2011
linhas de crédito de cerca de R$ 1 bilhão.
A meta é ampliar em 40% a produção pesqueira
do país de 1 milhão para 1,43 milhão.
Investimentos em infra-estrutura de produção,
transporte e comercialização,
capacitação e assistência técnica para os
pescadores.
Os pescadores artesanais são responsáveis
hoje por cerca de 60% da pesca nacional, o
que representa mais de 500 mil toneladas por
ano.
Objetivo: garantir o acesso aos alimentos em quantidade, qualidade
e regularidade necessárias às populações em situação de
insegurança alimentar e nutricional e promover a inclusão social no
campo por meio do fortalecimento da agricultura familiar.
Permite a compra, com dispensa de licitação, de alimentos de Agricultores Familiares no limite de até
R$3.500,00 por família, por ano.
O Programa de Aquisição de Alimentos - PAA
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome;
Ministério do Desenvolvimento Agrário;
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
Ministério da Fazenda;
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão;
Ministério da Educação.
O Grupo Gestor
Coordenação: Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à
Fome
Competências: Definir a Sistemática,
regiões prioritárias, condições de doação e
venda. Medidas operacionais, solicitar
relatórios aos órgãos conveniados,
identificar fontes complementares de
recursos; apoiar outras ações estruturais
relacionadas com a aquisição da safra,
buscando fortalecer a agricultura familiar e
os assentamentos da reforma agrária;
Programa de Aquisição de Alimentos
Recursos do PAA 2003 a PLOA 2008
164,6
179,1
333,1
400,77
374,48
462,62
0
0
0
73,68
64,57
137,37
0 100 200 300 400 500 600 700
2003
2004
2005
2006
2007
2008
APLICAÇÃO DE RECURSOS MDA / MDS PAA 2003 A 2008
MDS MDA
PAA
(Base Anual)Agricultores
Pessoas
Atendidas
2003 42.000 39.500
2007* 117.694 14,3 milhões
Fonte: SESAN/MDS/MDA
Programa de Aquisição de Alimentos
Água da cisternaÁgua do barreiro
Mudança na realidade das famílias
Programa de Acesso a água no Semi-árido Rural
Tecnologia apropriada, de fácil utilização, uso unifamiliar, baixo custo, simples manutenção, alta
durabilidade; (R$ 1.600,00)
Água potável para beber e cozinhar durante 8 meses. Ativo
fixo, benefício para a mulher e crianças;
Construção em regime de mutirão comunitário e auto-construção;
Aquisição de materiais e mão-de-obra na própria região – geração
de renda local;
Entre 2003 e 2008
R$ 364.642.176,00
Programa de Acesso a água no Semi-árido Rural
“Água de Comer” - Segunda Água
Objetivo: ampliar as condições de acesso á água para a
pequena produção de alimentos: quintal produtivo e
criação de animais.
- implementação de estruturas descentralizadas de
abastecimento;
- capacitação (pedreiros, manejo sustentável da terra
para produção, gestão de recursos hídricos) e;
- promoção de intercâmbios de experiências entre os
próprios agricultores familiares
Recursos Investidos 2007: R$ 7.082.461,90
Recursos Previstos 2008: R$ 22.500.000,00
Programa de Acesso a água no Semi-árido Rural
1 – Cisterna Calçadão: área de captação; um reservatório; sistema de
irrigação. - Irrigar o "quintal produtivo" ou água para criação de
pequenos animais.
Modelos de Tecnologia Utilizada
2 – Barragem Subterrânea: conserva a chuva infiltrada no subsolo;
estabilidade do sistema produtivo, aumentando a resistência em
períodos de seca.
3 – Tanque de Pedra: possibilita o armazenamento de grandes
volumes de água captada nos lajedos, aproveitando a inclinação
natural; armazena água para os gastos domésticos, para alimentação
animal e irrigação de um "quintal produtivo".
Programa de Acesso a água no Semi-árido Rural
PROJETO DESCRIÇÃO FOCO SITUAÇÃO ATUALRecursos
2003-2007
Restaurante
Popular
Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN).
Produção mínima de 1.000 refeições /dia.
Funcionamento no mínimo 05 dias/semana ,
ofertadas a preços acessíveis. Caracteriza-se por
um espaço multifuncional.
Municípios com mais de
100.000 habitantes, em
locais de grande
confluência e circulação de
pessoas.
121 Unidades em 25 Estados,
52 em funcionamento.
Média de 1,5 milhão de
refeições/mês
R$ 124
milhões
Cozinha
Comunitária
Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN).
Produção mínima de 200 refeições/dia.
Funcionamento no mínimo 05 dias/semana,
ofertadas gratuitamente .Caracteriza-se como
espaço para geração de emprego e renda.
Municípios com mais de
50.000 habitantes e em
bairros populosos da
periferia das cidades
624 unidades em 20 Estados
337 em funcionamento
R$ 26
milhões
Banco de
Alimentos
Unidade voltada a redução do desperdício. Os
alimentos doados são recepcionados,
selecionados, embalados e distribuídos
gratuitamente às entidades assistenciais, associado
a atividades de educação alimentar.
Municípios com mais de
100.000 habitantes.
Centrais de Abastecimento
88 Unidades em 18 Estados,
55 em funcionamento.
Média de 600 ton. de alimentos
doados/mês.
R$ 15
milhões
Feiras e
Mercados
Objetiva dinamizar a comercialização da Agricultura
Familiar rural, urbana, periurbana, assentados e
acampados da reforma agrária, quilombolas,
indígenas e famílias beneficiária do Programa Bolsa
Família.
Semi-árido, Território de
Cidadania e Consads
490 barracas em 70 unidades –
Feiras;
4 Mercados funcionando .
Apoio reforma e ou adaptação.
R$ 790 mil
R$ 480mil
Rede de Equipamentos Públicos de Alimentação
Produção de alimentos de forma comunitária com tecnologias agroecológicas.
A mobilização comunitária, em especial com atuação da prefeitura, são implementadas hortas, lavouras, viveiros, pomares, canteiros de ervas medicinais, criação de pequenos animais, unidades de processamento/beneficiamento agroalimentar e feiras e mercados públicos populares.
O Alimento para auto-consumo, abastecimento de restaurantes populares, cozinhas comunitárias e venda de excedentes no mercado local
A criação dos Centros de Referencia
250.000 famílias
Entre 2003 a 2007 - R$ 66.032.971,00
Agricultura Urbana e Periurbana
• Ação emergencial de atendimento
a famílias de grupos populacionais
específicos visando a garantia de
alimentos às comunidades em
situação de insegurança alimentar.
• Convênio entre o MDS e a CONAB.
• Grupos Específicos Atendidos:
– famílias acampadas
– remanescentes de quilombos,
– comunidades de terreiros,
– comunidades indígenas,
– atingidos por barragens
– famílias em municípios vítimas de calamidades públicas.
Apoio a Grupos Populacionais Específicos - Distribuição de Alimentos
Distribuição de Cestas de Alimentos - 2003 a 2007Famílias e Cestas
Fonte: SESAN/MDS
Parte das cestas adquiridas com recursos do exercício de 2003, foram distribuídas em 2004. O mesmo acontece em relação aos recursos referente aos exercícios de 2004, 2005 , 2006 e 2007.
0
500.000
1.000.000
1.500.000
2.000.000
2.500.000
2003 2004 2005 2006 2007
Famílias Atendidas Cestas Distribuídas
Objetivo: projetos estruturantes de SAN
e desenvolvimento
sustentável, respeitando e suas
identidades culturais.
60 etnias, em 18 estados, 12.888
famílias indígenas
atividades essenciais para a melhoria
da qualidade de vida nas aldeias.
R$ 9,6 milhões (jun/08)
Parceria MDS e MMA
CARTEIRA INDÍGENA
Apoio a Grupos Populacionais Específicos
Objetivo promover a segurança
alimentar e nutricional e o
desenvolvimento sustentável das
famílias.
Critérios: maior número de famílias;
dificuldade de acesso e distância das
sedes dos municípios; maior índice de
mortalidade infantil e localização em
áreas de conflitos fundiários.
Investimentos de R$ 5 milhões e
contemplou 150 famílias
COMUNIDADES QUILOM BOLAS
Educação Alimentar e Nutricional
• Objetivo: contribuir para o aperfeiçoamento do conceito de educação
alimentar e nutricional ;
• Pretende-se não só combater a fome,MAS incentivar a prática de uma
alimentação adequada e saudável.Estimular a autonomia do indivíduo e a
mobilização social.
• Também : prevenção de doenças como a desnutrição, a obesidade e a
anemia entre outros.
• Articulação: restaurantes populares, bancos de alimentos, cozinhas
comunitárias, CONSADs, PAA, CRAS, PAIF, Agente Jovem e etc.
Editais: 2007: 31 projetos e 2008: 26 projetos
PROJETO COZINHA BRASIL
30 cozinhas semi-fixas nos CRAS
Cursos de 10h e de 24h
Meta: 200 mil capacitados.
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