plano municipal de seguranÇa alimentar e … · 2018-11-30 · 4 |plano municipal de seguranÇa...
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PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA
ALIMENTAR E NUTRICIONAL
2018-2021
BRASILÂNDIA DO SUL – PR
2 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
MARCIO JULIANO MARCOLINO
Prefeito
ROBERTO KIMIO KABAYASHI
Vice-Prefeito Municipal
VEREADORES
UILSON JOSÉ DOS SANTOS - PRESIDENTE
EDVAR VEIGA BRITO - VICE-PRESIDENTE
VALDECIR ANDRADE DA SILVA - 1º SECRETÁRIO
EDUARDO DE SOUZA - 2º SECRETÁRIO
HAROLDO PIRES RAMOS
CELIO PEREIRA
CLAUDEMIR PEDRICONI
AGOSTINHO ANDRADE DA SILVA
FRANCISCO FERREIRA DA COSTA
3 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
CÂMARA INTERSETORIAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E
NUTRICIONAL - CAISAN
Membros
Sandra Maria Gonçalves da Conceição
Presidente
Secretaria Municipal de
Educação
Alex Antônio Cavalcante Secretaria Municipal de Agricultura
Lucélia Apª Gimenes Marcolino Secretaria Municipal de Saúde
Gislaine Sincoski Sartorelhi Secretaria Municipal de Assistência
Social
Cristiane Bento Rufino
Secretária Executiva
Nutricionista Secretaria Municipal de
Educação
COMISSÃO TÉCNICA PARA ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL
DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
Cristiane Bento Rufino
Nutricionista
Gislaine Sincoski Sartorelhi Secretaria Municipal de Assistência Social
Michele Denise Alves Sampaio Assistente Social
Rosimeire Mendes Malfato da Silva Fisioterapeuta
Sandra Mª Gonçalves da Conceição Secretária de Educação
Zelinda Teixeira de Lima Bertoldo Auxiliar Administrativo
4 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
CONSELHO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR
CONSEA
REPRESENTANTE GOVERNAMENTAL
1 - Secretaria da Agricultura
Titular: Alex Antônio Cavalcante
Suplente: Paulo César Ramos
2 - Secretaria de Educação
Titular: Sandra Maria Gonçalves da Conceição
Suplente: Sonia Maria Marcolino dos Santos
3 - Secretaria de Saúde
Titular: Lucélia Apª Gimenes Marcolino
Suplente: Gilcemara da Silva Simões
4 - Secretaria de Assistência Social
Titular: Gislaine Sincoski Sartorelhi
Suplente: Marli da Silva Simão de Melo
REPRESENTANTE NÃO GOVERNAMENTAL
APMA – Associação dos Pequenos e Médios Agricultores
Titular: Natalício Aquino Souza
ARCAN – Associação Recreativa dos Funcionários da Coamo
Suplente: Ayeda Aparecida Cordeiro
ACABRAS – Associação dos Catadores de Brasilândia do Sul
Titular: Leonice Lapa dos Santos
ASSEMBRAS – Associação dos Funcionários de Brasilândia do Sul
Suplente: Sirlei Lopes do Nascimento Kanno
Paróquia Sagrado Coração de Jesus
Titular: Itamar Malfato
Igreja do Evangelho Quadrangular
Suplente: Pr. Cristina da Silva Nogueira Bocca
5 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
Sindicato dos Trabalhadores Rurais
Titular: Otávio José de Menezes
AABS – Associação Atlética de Brasilândia do Sul
Suplente: Roberto Guilherme Bozzi dos Santos
Associação da Terceira Idade
Titular: Yoshimori Kanno
ACIBS – Associação Comercial e Industrial de Brasilândia do Sul
Suplente: Valter Massaro
Pastoral da Família
Titular: Fernando Augusto da Conceição
Pastoral da juventude
Suplente: Jeniffer Silva de Oliveira
Pais de Alunos de Escolas Públicas/ APMF
Titular: Edivaldo Fantinati
Pais de Alunos de Escolas Públicas/ APMF
Suplente: Vanessa Maria Ragonezi
AEBS – Associação Esportiva de Brasilândia do Sul
Titular: Valmir Bonifácio
AMVR – Associação dos Moradores da Vila Rural
Suplente: Cleusa Trindade da Silva Gonçalves
6 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
SIGLAS
APLV ALERGIA A PROTEÍNA DO LEITE DE VACA
APMA ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS E MÉDIOS AGRICULTORES
ASSEMBR
AS
ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES MUNICIPAIS DE BRASILÂNDIA
DO SUL
BPC BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA
CAE CONSELHO DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR
CAISAN CÂMARA INTERSETORIAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E
NUTRICIONAL
CMEI CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL
CMI CONSELHO MUNICIPAL DO IDOSO
CNSAN CONFERÊNCIA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E
NUTRICIONAL
COMSEA CONSELHO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR
CRAS CENTRO DE REFERÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL
DANT’S DOENÇAS E AGRAVOS NÃO TRANSMISSÍVEIS
EJA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
IBGE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA
IDH-M ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO NO MUNICÍPIO
INAN INSTITUTO NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
IPARDES INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
E SOCIAL
LOSAN LEI ORGÂNICA DE SGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
MDS MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL
NASF NÚCLEOS DE APOIO Á SAÚDE DA FAMÍLIA
OMS ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE
PAA PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS
PAID PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA E INTERNAMENTO DOMICILIAR
PAIF PROTEÇÃO E ATENDIMENTO INTEGRAL À FAMÍLIA
PBF PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA
PFP PROGRAMA FAMÍLIA PARANAENSE
7 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
PIB PRODUTO INTERNO BRUTO
PLAMSAN PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
PNAE PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR
PNSAN POLÍTICA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E
NUTRICIONAL
PRONAN PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
PSE PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA
SAN SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
SANEPAR COMPANHIA DE SANEAMENTO DO PARANÁ
SEED SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO PARANÁ
SISAN SISTEMA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E
NUTRICIONAL
SISVAN SISTEMA DE VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
SMA SECRETARIA MUNICIPAL DE AGRICULTURA
SMAS SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
SME SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
SMS SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
SUAS SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
8 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
SUMÁRIO
1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO .................................................
1.1 Aspectos Geográficos ...................................................................
13
13
2. ASPECTOS HISTÓRICOS ......................................................................
2.1 Fundação ......................................................................................
2.2 Símbolos Municipais .....................................................................
15
15
16
3. DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO SOCIAL, EDUCACIONAL,
AMBIENTAL E DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DEBRASILÂNDIA DO
SUL.........................................................................................................
3.1 ASSISTÊNCIA SOCIAL ...............................................................
3.2 EDUCAÇÃO .................................................................................
3.3 SAÚDE .......................................................................................
3.4 AGRICULTURA ..........................................................................
19
19
21
27
29
4. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS ........................................................
5. ABASTECIMENTO DE ÁGUA .................................................................
6. COLETA DE LIXO ....................................................................................
33
36
38
7. ASPECTOS CULTURAIS ........................................................................ 39
8. A POLÍTICA PÚBLICA DE SEGURANÇA ALIMENTAR E
NUTRICIONAL NO BRASIL ...................................................................
40
9. OBJETIVOS E AÇÕES DE SEGURANÇA ALIMENTAR E
NUTRICIONAL.........................................................................................
44
10. DESAFIOS DO PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E
NUTRICIONAL – PLAMSAN ..................................................................
47
11. DESCRIÇÃO DAS AÇÕES PROPOSTAS PARA O QUADRIÊNIO
(2018-2021) VISANDO A SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
NO ÂMBITO DO MUNICÍPIO DE BRASILÂNDIA DO SUL – PR
..................................................................................................................
11.1 DIRETRIZ 1- PROMOÇÃO DO ACESSO UNIVERSAL Á
ALIMENTAÇÃO ADEQUADA E SAUDÁVEL, COM
PRIORIDADE PARA AS FAMÍLIAS E PESSOAS EM
SITUAÇÃO DE INSEGURANÇA ALIMENTAR E
49
9 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
NUTRICIONAL............................................................................
11.2 DIRETRIZ 2 – PROMOÇÃO DO ABASTECIMENTO E
ESTRUTURAÇÃO DE SISTEMAS DESCENTRALIZADOS, DE
BASE AGROECOLÓGICA E SUSTENTÁVEIS DE
PRODUÇÃO, EXTRAÇÃO, PROCESSAMENTO E
DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS ................................................
11.3 DIRETRIZ 3 – INSTITUIÇÃO DE PROCESSOS
PERMANENTES DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E
NUTRICIONAL, PESQUISA E FORMAÇÃO NAS ÁREAS DE
SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL E DO DIREITO
HUMANO À ALIMENTAÇÃO ADEQUADA ..................................
11.4 DIRETRIZ 4 – PROMOÇÃO, UNIVERSALIZAÇÃO E
COORDENAÇÃO DAS AÇÕES DE SEGURANÇA ALIMENTAR
E NUTRICIONAL, VOLTADAS AOS QUILOMBOLAS E DEMAIS
POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS, POVOS
INDÍGENAS E ASSENTADAS DA REFORMA AGRÁRIA ...........
11.5 DIRETRIZ 5 – FORTALECIMENTO DAS AÇÕES DE
ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO EM TODOS OS NÍVEIS DE
ATENÇÃO Á SAÚDE, DE MODO ARTICULADO ÀS DEMAIS
AÇÕES DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL .........
11.6 DIRETRIZ 6 – PROMOÇÃO DO ACESSO UNIVERSAL Á
ÁGUA DE QUALIDADE E EM QUANTIDADE SUFICIENTE,
COM PRIORIDADE PARA AS FAMÍLIAS EM SITUAÇÃO DE
INSEGURANÇA HÍDRICA E PARA A PRODUÇÃO DE
ALIMENTOS ................................................................................
11.7 DIRETRIZ 7 – APOIO ÀS INICIATIVAS DE PROMOÇÃO DA
SOBERANIA ALIMENTAR, SEGURANÇA ALIMENTAR E
NUTRICIONAL DO DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO
ADEQUADA EM ÂMBITO INTERNACIONAL E A
NEGOCIAÇÕES INTERNACIONAIS ...........................................
11.8 DIRETRIZ 8 – MONITORAMENTO DA REALIZAÇÃO DO
DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO ADEQUADA ...................
49
52
53
57
57
60
61
61
12. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ........................................................... 62
10 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1. MAPA DA LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE BRASILÂNDIA DO
SUL NO ESTADO DO PARANÁ..........................................................................14
FIGURA 2. MAPA DOS MUNICÍPIOS LIMÍTROFES DE BRASILÂNDIA DO SUL
..............................................................................................................................14
FIGURA 3. BRASÃO MUNICIPAL ........................................................................16
FIGURA 4. BANDEIRA MUNICIPAL .....................................................................17
11 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1 - AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DOS CMEI’S E ESCOLAS DO
MUNICÍPIO DE BRASILÂNDIA DO SUL – PESO POR IDADE/PERCENTIL DE
ACORDO COM O PROGRAMA DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE
ESCOLARES PLANILHAS NUTRIEFOOD, 2018..............................................24
GRÁFICO 2 - AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DOS CMEI’S E ESCOLAS DO
MUNICÍPIO DE BRASILÂNDIA DO SUL – COMPRIMENTO/ESTATURA POR
IDADE - PERCENTIL DE ACORDO COM O PROGRAMA DE AVALIAÇÃO
NUTRICIONAL DE ESCOLARES PLANILHAS NUTRIEFOOD, 2018...............25
GRÁFICO 3. ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO MUNICIPAL DE
BRASILÂNDIA DO SUL, 2010 ..........................................................................35
12 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
LISTA DE TABELAS
TABELA 1: POPULAÇÃO CENSITÁRIA SEGUNDO TIPO DE DOMICÍLIO E
SEXO, 2010....................................................................................................................20
TABELA 2: INSTITUIÇÕES DE ENSINO EXISTENTES NO MUNICÍPIO,
2018......................................................................................................................21
TABELA 3: NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE SEGUNDO O
TIPO DE ESTABELECIMENTO,2016..................................................................28
TABELA 4: ESTABELECIMENTOS AGROPECUÁRIOS E ÁREA SEGUNDO AS
ATIVIDADES ECONÔMICAS,2006......................................................................30
TABELA 5: ÁREA COLHIDA, PRODUÇÃO, RENDIMENTO MÉDIO E VALOR
DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA PELO TIPO DE CULTURA TEMPORÁRIA,
2016.....................................................................................................................30
TABELA 6: EFETIVO DE PECUÁRIA E AVES, 2016.........................................31
TABELA 7: PRODUÇÃO DE ORIGEM ANIMAL, 2016
............................................................................................................................32
TABELA 8: ÁREA COLHIDA, PRODUÇÃO, RENDIMENTO MÉDIO E VALOR
DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA PELO TIPO DE CULTURA PERMANENTE,
2016......................................................................................................................32
TABELA 9: VALOR ADICIONADO FISCAL SEGUNDO OS RAMOS DE
ATIVIDADES, 2011 ............................................................................................33
TABELA 10: NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS E EMPREGOS SEGUNDO
AS ATIVIDADES ECONÔMICAS, 2016 ..............................................................34
TABELA 11: ABASTECIMENTO DE ÁGUA SEGUNDO AS CATEGORIAS,
2017....................................................................................................................37
TABELA 12: PROPORÇÃO DE MORADORES POR TIPO DE DESTINO DO
LIXO ....................................................................................................................38
TABELA 13: PROPOSTAS APRESENTADAS NA II CONFERÊNCIA
MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO MUNICÍPIO
DE BRASILÂNDIA DO SUL – PR......................................................................46
13 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO
1.1 Aspectos Geográficos
O Município de Brasilândia do Sul possui uma área equivalente a 300,488
quilômetros quadrados de superfície, localizando-se na região Noroeste do Estado
do Paraná nos paralelos 24,05 e 24°11’00” Sul de latitude e 53,17 e 53°31’00” W-GR
de longitude, a uma altitude de 378 metros acima do nível do mar.
Limita-se ao Norte com o município de Alto Piquiri, numa linha reta de 11 km;
ao Sul, com o Rio Piquiri e o município de Assis Chateaubriand (mais ou menos 26
km); a Leste, com o Distrito de Mirante do Piquiri, em linha reta de 13 km, e a Oeste,
com os municípios de Iporã e Cafezal do Sul, numa linha reta de 23 km, a chamada
estrada divisora.
A distância do Município da capital é de 612 km, ligado pela BR-277, tendo
como aeroporto mais próximo o do município de Toledo, que fica a 68 km pela BR-
486. A distância do porto de Paranaguá é de 703 km.
O seu clima é subtropical úmido mesotérmico, apresentando verões quentes
com tendência de concentração de chuvas. No inverno as geadas são poucos
frequentes, tendo uma temperatura média inferior a 18°C. No verão, a temperatura
média é superior a 22°C, sem estação seca definida.
O seu solo é composto de arenito Caiuá, tendo como principais rios: Piquiri,
Jacaré e Areia.
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FIGURA 1. MAPA DA LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE BRASILÂNDIA DO SUL
NO ESTADO DO PARANÁ
Fonte: MUNINET (Consulta no site www.muninet.com.br, em setembro de 2008). Elaborado pela
Consultoria.
FIGURA 2. MAPA DOS MUNICÍPIOS LIMÍTROFES DE BRASILÂNDIA DO SUL
Fonte: MUNINET (Consulta no site www.muninet.com.br, em setembro de 2008).
BRASILÂNDIA DO SUL
15 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
2. ASPECTOS HISTÓRICOS
2.1 Fundação
A fundação de Brasilândia teve início em 1950 com a chegada da família Dal
Bem, oriunda de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, com o objetivo do plantio de
café.
Na década de 1950, Antônio Dal Bem e Vitélio Dal Bem iniciaram a derrubada
da mata. Antônio Dal Bem montou a primeira serraria, iniciando a extração e venda
da madeira que era farta. Logo em seguida, começaram a cultivar as lavouras de
café, soja e milho. Mas, devido às dificuldades no transporte e venda dos produtos
agrícolas, optaram em substituir a agricultura pela pecuária.
Neste mesmo período, começaram a chegar outras famílias, de várias partes
do país, com o objetivo de obter uma vida melhor. Um dos métodos mais usados
para garantir o povoamento era que cada pessoa que por ventura adquirisse uma
propriedade de terra ganhava o equivalente a um pedaço de terra no chamado
“Caçula” onde teriam que derrubar a mata e construir suas casas.
A partir daí, surgiram as primeiras casas do comércio de propriedade de José
Pereira de Carvalho (Máquina de Arroz), de Lauro Mendonça e Atílio Esteves
Lorenzetti, que montou a primeira Alfaiataria e Barbearia. Desta forma, o vilarejo foi
crescendo e se desenvolvendo.
O primeiro nome da localidade foi Gleba 14, por estar situada nesta mesma
gleba. A partir de 1960, recebeu o nome de Caçula por ter sido o último patrimônio a
ser criado nas barrancas do Rio Piquiri.
Ainda na década de 1960, implantaram o loteamento denominado Brasilândia,
cujo nome foi dado por Vitélio Dal Bem em comemoração à cidade de Brasília que
naquela época estava em inauguração.
Em 1965, Brasilândia tornou-se distrito de Alto Piquiri. A partir de setembro de
1985, foram dados os primeiros passos para a emancipação política de Brasilândia.
Os documentos necessários e exigidos para esta finalidade foram logo
preparados e entregues ao Deputado Estadual Aníbal Kuri, para apresentação e
aprovação do projeto na Assembléia Legislativa do Estado do Paraná. Também
foram contatados os Deputados Werner Wanderer e Nilton Barbosa, mas, devido a
16 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
muitos contratempos, somente no dia 13 de maio de 1990, é que ocorreu o
plebiscito para a votação da criação do novo município, onde 1.986 pessoas
votaram a favor e 34 contra.
No dia 23 de agosto de 1990, foi sancionada a Lei nº 9.351, pelo Governador
Álvaro Dias, criando o município de Brasilândia do Sul. Porém, devido a uma falha
nas divisas das linhas de demarcação, foi necessário realizar a correção, dando
origem a uma nova Lei de número 9.624, de 17 de junho de 1991 e assinada pelo
Governador Roberto Requião.
Em outubro de 1992, foi realizada a primeira eleição, tendo Antonio Barros de
Souza, como Prefeito de Brasilândia do Sul (com 1.582 votos) e Djalma Bozze dos
Santos como Vice-prefeito.
2.2 Símbolos Municipais
O Brasão Municipal foi criado por João Zanella Barros de Souza, de acordo
com a Lei nº 12/93.
FIGURA 3. BRASÃO MUNICIPAL
Fonte: Secretaria Municipal de Educação, 2008.
O Brasão é representado por uma Águia, pelo Sol, por um Homem e pelas
riquezas do Município. A Águia representa o poder; o Sol, a fonte de vida; as
riquezas são representadas pelo algodão (no lado esquerdo) e pelo milho (no lado
17 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
direito). Abaixo destas figuras, à direita e à esquerda, encontram-se as faixas
laterais que são o slogan da Administração Municipal (União e Trabalho). Na faixa
do centro, encontra-se o nome do Município e a data de sua emancipação política.
A Bandeira Municipal foi criada por Luzia Aparecida Pinto, de acordo com a
Lei nº 013/93. Ela é composta por quatro cores: azul, branco, verde e laranja. O seu
formato é composto por um quadrilátero azul que é atravessado por uma faixa
branca, possuindo em seu centro um escudo. Circundando o escudo, à direita há um
pé de milho e à esquerda, um galho de algodão, simbolizando as riquezas do
Município. O sol simboliza a vida, o verde representa a pecuária e a agricultura, o
azul representa o céu e o branco, a paz. A estrela do meio representa o Brasil, a do
lado esquerdo, o Município e a da direita, o Estado do Paraná.
FIGURA 4. BANDEIRA MUNICIPAL
Fonte: Secretaria Municipal de Educação, 2008.
O Hino do Município tem letra e música de Sebastião Lima. Foi criado de
acordo com a Lei Municipal nº 011/93, trazendo em sua letra, a história do Município:
No verde planalto floresceu
Brasilândia do Sul rumo à civilização
Com intenso labor um novo elo nasceu
Na mata virgem em pleno sertão
Homens fortes vindos de todos os campos
Construíram esta jóia nosso orgulho e encanto.
18 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
Brasilândia teu nome vem da história
De tempos novos em nosso país
E hoje coberta de glória
Tua gente agradece e bendiz
Gleba 14 e Caçula te chamaram
Quando surgiste em busca do sucesso
Teus pioneiros não desanimaram
E construíram as estradas do progresso.
O Piquiri e outros rios a irrigar
As sementes do chão a brotar
O trigo, o milho e o algodão.
A suinocultura e a pecuária é tradição
Que o Sagrado Coração de Jesus
Abençoe esta seara de luz
Onde um povo com muito valor
Cultiva o solo com carinho e amor.
Aos que nos deram a rota certa
Esta sonora mensagem
Agradecendo esta cívica oferta
Aceitem a nossa homenagem
Este hino cantarei com devoção
E serás eterna em meu coração
Sei que aqui terei guarida
Brasilândia do Sul és minha vida.
19 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
3. DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO SOCIAL, EDUCACIONAL, SAÚDE E
AGRICULTURA DO MUNICÍPIO DE BRASILÂNDIA DO SUL - PR
3.1 ASSISTENCIA SOCIAL
Segundo o Ministério de Desenvolvimento social (MDS, 2014) o
fortalecimento da agenda municipal da assistência social, em especial no que diz
respeito à estruturação do SUAS (Sistema Único de Assistência Social), requer
esforço no seu financiamento. É por isso que o MDS disponibiliza aos municípios
recursos para a ampliação da rede e a qualificação de seus serviços.
O IPARDES (INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO E SOCIAL) identifica nos municípios do Estado do Paraná, como
estão os estágios de desenvolvimento em suas dimensões mais importantes. São
consolidados em índices parciais de renda e emprego, de educação e de saúde.
Por intermédio do Cadastro Único, o Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome tem acesso aos dados dos usuários, como quem é, onde reside, o
perfil da família e do domicílio que possuem renda de até meio salário mínimo per
capita.
O programa Bolsa Família é um programa de transferência de renda direta as
famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, identificadas através do
Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. Segundo dados
oficiais o município apresentou até o mês de abril do ano de 2018:
880 famílias registradas no Cadastro Único
227 famílias beneficiárias no programa Bolsa Família
87 famílias cadastradas no programa Família Paranaense
227 famílias cadastradas nas oficinas oferecidas pelo CRAS (oficina de
desenho, oficina de circo e oficina de capoeira)
65 famílias beneficiadas no Programa do Leite (11 famílias no distrito de
Ercilândia e 54 em Brasilândia do Sul)
O município também conta com o Serviço de Proteção e atendimento Integral à
Família – PAIF. O programa consiste no trabalho social com famílias, de caráter
continuado, com a finalidade de fortalecer a função protetiva das famílias, prevenir a
ruptura dos seus vínculos, promover seu acesso e usufruto de direitos e contribuir na
20 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
melhoria de sua qualidade de vida. O trabalho é desenvolvido no CRAS oferendo
algumas oficinas como: oficina de desenho, oficina de circo e oficina de capoeira,
proporcionando o fortalecimento da cultura do diálogo, no combate a todas as
formas de violência, de preconceito, de discriminação e de estigmatização nas
relações familiares. Temos também inserido no PAIF os beneficiários do BPC –
Benefício de Prestação Continuada.
Brasilândia do Sul possui 01 centro de Referência da Assistência Social –
CRAS.
Em 2010, de acordo com os dados do censo do IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística), o Município contava com uma população de 3.209
habitantes, dos quais 2.180 localizavam-se na zona urbana e 1.029 na zona rural.
TABELA 1. POPULAÇÃO CENSITÁRIA SEGUNDO TIPO DE DOMICÍLIO E SEXO,
2010.
Tipo de Domicílio Masculino Feminino Total
Urbano 1.078 1.102 2.180
Rural 525 504 1.029
Total 1.603 1.606 3.209
Fonte: IBGE - Censo Demográfico – Dados do universo.
21 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
3.2 EDUCAÇÃO
A educação tem forte relação com os fatores determinantes de SAN –
Segurança Alimentar e Nutricional, não se pode pensar em situação de SAN sem
relacionar a educação, pois muitas situações estão interligadas desde à produção,
distribuição, aquisição e manipulação de alimentos.
Como pode ser observado na tabela 2 integram a rede física escolar do
Município cinco instituições de ensino, sendo quatro da rede municipal e somente
uma da rede estadual.
A rede municipal de ensino oferta a Educação Infantil, o Ensino Fundamental
(anos iniciais), a Educação de Jovens e Adultos (EJA fase I) Educação Especial (por
meio de Sala de Recursos Multifuncional Tipo I). A rede estadual oferta o Ensino
Fundamental (anos finais), o Ensino Médio regular e a Educação de Jovens e
Adultos (FASE II).
TABELA 2. INSTITUIÇÕES DE ENSINO EXISTENTES NO MUNICÍPIO, 2018.
Instituição de Ensino Dependência
Administrativa
Nível / Etapa /
Modalidade de
Ensino
Localização
Centro Municipal de Educação
Infantil Criança Feliz Municipal Educação Infantil Centro
Centro Municipal de Educação
Infantil Irmão Menor Municipal Educação Infantil
Distrito de
Ercillândia
Escola Municipal Nair dos
Santos – Ensino Fundamental Municipal Ensino Fundamental
Distrito de
Ercillândia
Escola Municipal Alice Zanella
de Souza - Ensino
Fundamental
Municipal Ensino Fundamental Centro
Colégio Estadual Rui Barbosa
– Ensino Fundamental e
Médio
Estadual Ensino Fundamental
Ensino Médio Centro
Fonte: Secretaria Municipal de Educação de Brasilândia do Sul.
A SME está subdividida em dois departamentos: Setor administrativo e setor
pedagógico. No setor administrativo está inserido o gerenciamento da Alimentação
22 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
Escolar das unidades escolares da rede municipal, o setor de compras, aquisição de
utensílios de cozinha, aquisição de equipamentos e outras atividades que visam
garantir a qualidade sanitária. O setor pedagógico é desempenhado por profissionais
efetivos do magistério e tem como função prestar assessoria pedagógica e
educacional de planejamento e supervisão para todas as instituições da rede
Municipal de ensino.
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) é uma importante
ferramenta para efetivação da Segurança Alimentar e Nutricional no âmbito escolar.
A gestão do PNAE exercida neste município é de forma centralizada, onde os
alimentos são comprados pelo setor de alimentação e distribuídos para as escolas e
CMEI’s através de seus fornecedores e por um veículo exclusivo da SME.
No município também faz parte do programa alimentar o Programa de
Aquisição da Agricultura Familiar. Conforme a Lei nº 11.326/2006, é considerado
agricultor familiar e empreendedor familiar rural aquele que pratica atividades no
meio rural, possui área de até quatro módulos fiscais, mão de obra da própria
família, renda familiar vinculada ao próprio estabelecimento e gerenciamento do
estabelecimento ou empreendimento pela própria família. Esse processo é realizado
a partir de chamada pública, todas com publicação prévia, aberta para todos os
interessados que atendam os critérios do edital. No ano de 2017 participaram da
agricultura familiar 04 produtores rurais fornecendo os seguintes itens: mandioca,
acerola, cueca virada, nó de sogra, pão caseiro, alface crespa, almeirão, beterraba,
cebolinha verde, salsinha, rabanete, banana nanica, abobrinha verde, limão taiti,
maracujá e milho verde.
Para garantir a qualidade dos produtos adquiridos, no processo de elaboração
da pauta dos alimentos, é descrito minuciosamente as características essenciais a
serem levadas em consideração na entrega. Após a compra dos alimentos os
mesmos são conferidos em relação à quantidade e qualidade, conforme a
solicitação do Setor de Alimentação Escolar. Nas unidades escolares onde ocorre a
entrega direta do fornecedor, as cozinheiras e auxiliares da cozinha são capacitadas
para a devida conferência dos alimentos, incluindo cuidados com a marca, peso do
produto, integridade da embalagem, rotulagem e data de validade, entre outros. Os
alimentos entregues com irregularidades são informados ao fornecedor sendo
realizada a devolução e a troca do produto por outro que esteja de acordo com o
que foi solicitado.
23 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
O cardápio das escolas e do CMEI’s são elaborados pela Nutricionista do
PNAE, atendendo as normativas do Programa. Ao elaborar o cardápio das escolas é
priorizado a compra de alimentos in natura provenientes da agricultura familiar e
incluído diariamente no cardápio alimentos rico em proteína, carboidrato, vitaminas e
cereais. O cardápio do CMEI contempla todos os dias frutas, verduras, leite, arroz,
feijão e carnes, sendo oferecidas de acordo com o tempo de permanência da
criança no estabelecimento de ensino, 02 refeições para o parcial e 04 refeições
para o integral.
As atividades desenvolvidas pela nutricionista do setor envolve toda a parte
de gerenciamento da alimentação escolar, desde a elaboração do cardápio,
elaboração da pauta de alimentos para licitação, controle de qualidade dos
alimentos e organização dos pedidos para entrega dos fornecedores, visitas técnicas
nas cozinhas, orientações para cozinheiras, auxiliares e todos os envolvidos no
ambiente escolar com assuntos relativos a alimentação escolar em capacitações,
realização de palestras e atividade de educação nutricional nas unidades escolares,
adaptação dos cardápios para alunos com patologias associadas como: intolerância
a lactose, intolerância ao glúten e APLV – Alergia a Proteína do Leite de Vaca,
orientação aos pais, alunos e profissionais escolares.
A Secretaria Municipal de Educação, por meio da nutricionista realiza duas
vezes ao ano o monitoramento nutricional, contemplando os alunos matriculados
nos Centros Municipais de Educação Infantil e nas Escolas Municipais da Rede.
Podemos observar a seguir os dados obtidos na avaliação antropométrica
(peso e altura), realizada no primeiro semestre de 2018 nos CMEI’s e escolas
municipais do município de Brasilândia do Sul-Pr. No gráfico 1 verifica-se que ambos
os CMEI’s, acima de 90% dos alunos apresentam peso adequado para a idade e
nenhuma criança baixo peso, na escola Nair dos Santos constatou-se um pouco
mais de 30% dos escolares em condição de peso elevado para a idade e cerca de
60% com peso adequado. A escola Alice Zanella apresenta-se com um pouco mais
de 10% com peso elevado para a idade refletindo na maior parte apresentando o
peso adequado. É possível observar no gráfico 2 que em todos os estabelecimentos
de ensino do município de Brasilândia do Sul mais de 90% dos escolares se
encontram com a estatura adequada para a idade, na escola Alice Zanella e CMEI
Criança Feliz menos de 10% dos escolares apresentam baixa estatura para a idade.
24 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
GRÁFICO 1 - AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DOS CMEI’S E ESCOLAS DO
MUNICÍPIO DE BRASILÂNDIA DO SUL – PESO POR IDADE/PERCENTIL DE
ACORDO COM O PROGRAMA DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE ESCOLARES
PLANILHAS NUTRIEFOOD, 2018.
Fonte: Secretaria Municipal de Educação de Brasilândia do Sul-PR
25 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
GRÁFICO 2 - AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DOS CMEI’S E ESCOLAS DO
MUNICÍPIO DE BRASILÂNDIA DO SUL – COMPRIMENTO/ESTATURA POR
IDADE - PERCENTIL DE ACORDO COM O PROGRAMA DE AVALIAÇÃO
NUTRICIONAL DE ESCOLARES PLANILHAS NUTRIEFOOD, 2018.
Fonte: Secretaria Municipal de Educação de Brasilândia do Sul-PR
O objetivo do monitoramento do estado nutricional dos alunos é obter
informações sobre o estado de saúde, incidência de situações especiais para
subsidiar o planejamento e execução de ações de educação alimentar e nutricionais
para promoção da alimentação saudável e controle de doenças crônicas não
transmissíveis como, por exemplo: obesidade, diabetes, hipertensão, entre outras.
A Alimentação saudável na escola deve ser incentivada através da
alimentação escolar e deve ser trabalhada pelos professores junto aos alunos. A
Educação Alimentar e Nutricional deve fazer parte do currículo da escola para que
se torne um instrumento multiplicador entre os alunos sobre os benefícios da
alimentação desde a infância até a fase adulta e para que estes formem opiniões
sociais sobre todos os fatores que envolvem a alimentação do plantio até o
consumo. Existem diversas ações que podem ser realizadas nas escolas para
trabalhar educação e segurança alimentar, entre elas estão às hortas escolares, as
hortas podem ser trabalhadas em escolas grandes ou pequenas, pois podem ser
improvisadas em pneus, vasos e/ou garrafas.
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
90,00%
100,00%
ALICEZANELLA
NAIR DOSSANTOS
CMEICRIANÇA
FELIZ
CMEI IRMÃOMENOR
MUITO BAIXA ESTATURA PARAA IDADE
BAIXA ESTAURA PARA A IDADE
ESTATURA ADEQUADA PARA AIDADE
NÃO AVALIADO
26 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
O PNAE conta com o acompanhamento do CAE (Conselho de Alimentação
Escolar), criado em 19 de maio de 1995, que tem por finalidade fiscalizar e
assessorar a execução do programa e a aplicação dos recursos financeiros
destinados à merenda escolar. O CAE é composto por 14 membros, tendo a
seguinte composição: dois representantes do Poder Executivo, quatro
representantes das entidades dos discentes, docentes e trabalhadores na área da
Educação, quatro representantes de pais de alunos indicados pelos Conselhos
Escolares/APMF e quatro representantes da sociedade civil. Cada membro titular do
CAE tem um suplente da mesma categoria representada. Os membros do CAE têm
mandato de quatro anos, e os seus membros não são remunerados.
27 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
3.3 SAÚDE
A alimentação e nutrição é um direito humano para a promoção e proteção da
saúde. A Segurança Alimentar e Nutricional não abrange só o acesso ao alimento,
sobretudo o alimento deverá ser de qualidade e respeitando as particularidades e
características culturais de cada região. Pessoas em situação de insegurança
alimentar consequentemente apresentam maiores problemas de saúde.
O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN é um sistema de
informação que tem por objetivo fazer o diagnóstico descritivo e analítico da situação
alimentar e nutricional da população brasileira. Este monitoramento contribui para o
conhecimento dos problemas nutricionais, identificando as áreas geográficas,
segmentos sociais e grupos populacionais acometidos de maior risco aos agravos
nutricionais. No Brasil o SISVAN foi preconizado na década de 70, recomendado
pela Organização Mundial da Saúde – OMS.
As informações geradas pelo SISVAN devem estar voltadas para a ação, por
meio da atitude de vigilância, que é o olhar diferenciado para cada indivíduo, para
cada grupo, para cada fase do ciclo de vida, usando a informação para detectar
precocemente os desvios nutricionais, sejam eles, baixo peso ou
sobrepeso/obesidade, pode minimizar ou mesmo evitar as possíveis consequências
decorrentes destes agravos.
O Programa Saúde na Escola – PSE é uma política intersetorial entre saúde e
educação, instituída em 2007, pelo decreto Presidencial nº 6.286/2007. Seu principal
objetivo é contribuir com o processo de educação em saúde para escolares da rede
pública, dessa forma profissionais da saúde em parceria com a rede escolar que
estão no mesmo território trabalham de forma articulada.
Em relação ao número de estabelecimentos de saúde segundo o tipo de
estabelecimento no município de Brasilândia do Sul podemos verificar na tabela a
seguir.
28 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
TABELA 3. NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE SEGUNDO O TIPO
DE ESTABELECIMENTO – 2016
TIPO DE ESTABELECIMENTO NÚMERO
Centro de saúde/ Unidade básica de saúde
Consultórios (privado)
Posto de saúde
Outros tipos
TOTAL
2
2
1
1
6
FONTE: MS/CNES
NOTA: Posição em dezembro. Situação da base de dados nacional com defasagem de 45 dias.
Posição dos dados, no site do DATASUS, 1 de junho de 2017.
Atualmente a Secretaria Municipal de Saúde de Brasilândia do Sul conta com:
- 01 Unidade Básica de Saúde contendo: Centro Odontológico, Vigilância em Saúde,
sala de Imunização, Fisioterapia, Assistência Farmacêutica, Laboratório de Análises
Clinica e Gestão Administrativa;
- 01 Unidade Básica de Saúde (posto de saúde) no distrito de Ercilândia;
- 01 Unidade primaria de atenção à saúde da família Clínica de Especialidades
contendo ESF 01 e 02.
- Sistema de Transporte contendo: 04 ambulâncias, 01 ônibus, 04 automóveis
corsas, 01veículo Montana, 01 moto e 01 van.
- Consorcio Intermunicipal de Saúde;
- Referências ambulatoriais especializados e hospitalares: Assis Chateaubriand,
Umuarama, Arapongas, Cascavel, Maringá e Curitiba.
- Projetos de investimentos: Telessaúde, NASF.
29 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
3.4 AGRICULTURA
A agricultura é uma atividade de suma importância para a obtenção de nosso
sustento, contribuindo de forma direta na segurança alimentar.
A agricultura familiar é quem produz a diversidade de alimentos que vêm para
nossa mesa. O último censo agropecuário, de 2006, revelou que 70% da
alimentação consumida por brasileiros e brasileiras é produzida por agricultores e
agricultoras (Brasil de fato, 2017).
O município de Brasilândia do Sul é considerado essencialmente agrícola por
apresentar uma produção significativa de alimentos.
De acordo com a tabela 5 em 2016 podemos observar de acordo com as
atividades econômicas e estabelecimentos agropecuários que de um total de 21.225
ha (hectare) há 190 estabelecimentos de lavoura temporária numa área de 17.510
ha, atividade essa caracterizada por safras de plantio de grãos e cereais, dentre
essas produções pode-se verificar na tabela 6 que a maior produtividade é a de
milho representado por 99.000 toneladas numa área de 18.000 ha, em seguida a
soja com 68.350 toneladas numa área de 19.600 ha e o trigo com 900 toneladas em
uma área de 300 ha. A pecuária e criação de outros animais se encontra em seguida
com 77 estabelecimentos numa área de 3.367 ha, destacando a criação de gado
bovino de corte e produção de leite por rebanhos de vacas ordenhadas.
30 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
TABELA 4: ESTABELECIMENTOS AGROPECUÁRIOS E ÁREA SEGUNDO AS
ATIVIDADES ECONÔMICAS – 2006
ATIVIDADES ECONÔMICAS ESTABELECIMENTOS ÁREA (ha)
Lavoura temporária
Horticultura e floricultura
Lavoura permanente
Produção de sementes, mudas e outras
formas de propagação vegetal
Pecuária e criação de outros animais
Produção florestal de florestas plantadas
Produção florestal de florestas nativas
Pesca
Aquicultura
TOTAL
190
3
3
-
77
1
-
-
2
276
17.510
304
19
-
3.367
X
-
-
X
21.225
FONTE: IBGE - Censo Agropecuário NOTA: A soma das parcelas da área, não corresponde ao total
porque os dados das unidades territoriais com menos de três informantes, estão desidentificados com
o caracter 'x'. Dados revisados e alterados após a divulgação da 2ª apuração do Censo Agropecuário,
em outubro de 2012.
TABELA 5: ÁREA COLHIDA, PRODUÇÃO, RENDIMENTO MÉDIO E VALOR DA
PRODUÇÃO AGRÍCOLA PELO TIPO DE CULTURA TEMPORÁRIA: 2016.
Cultura
temporária
Área colhida
(ha)
Produção (t) Rendimento
médio (kg- ha)
Valor (R$
1.000,00)
Feijão (em grão) 25 25 1.000 102
Mandioca 95 3.200 33.684 1.125
Milho (em grão) 18.000 99.000 5.500 60.394
Soja (em grão) 19.600 68.350 3.487 79.681
Trigo (em grão) 300 900 3.000 490
FONTE: IBGE - Produção Agrícola Municipal
NOTA: Os municípios sem informação para pelo menos um produto da cultura (lavoura) temporária
não aparecem nas listas. Diferenças encontradas são em razão dos arredondamentos. Posição dos
dados, no site da fonte, 29 de setembro 2017.
31 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
De acordo com a tabela 7 pode-se verificar um grande efetivo de galináceos
no município com um número de 24.200, o rebanho de bovinos é representado por
um número de 4.885, o rebanho de suínos 370 e o rebanho de vacas ordenhadas
com 910.
TABELA 6: EFETIVO DE PECUÁRIA E AVES - 2016
Efetivos Numero
Rebanho de bovinos 4.885
Rebanho de equinos 89
Galináceos – total 24.200
Galinhas (1) 170
Rebanho de suínos – total 370
Matrizes de suínos ( 1) 85
Rebanho de ovinos 380
Rebanho de bubalinos -
Rebanho de caprinos 10
Codornas -
Rebanho de ovinos tosquiados -
Rebanho de vacas ordenhadas 910
FONTE: IBGE - Produção da Pecuária Municipal
NOTA: O efetivo tem como data de referência o dia 31 de dezembro do ano em questão. Os
municípios sem informação para pelo menos um efetivo de rebanho não aparecem nas listas. Os
efetivos dos rebanhos de asininos, muares e coelhos deixam de ser pesquisados, em razão da pouca
importância econômica. A série histórica destes efetivos encerra-se com os dados de 2012. Posição
dos dados, no site da fonte, 29 de setembro 2017.
1)A partir de 2013 passa-se a pesquisar as galinhas fêmeas em produção de ovos, independente do
destino da produção (consumo, industrialização ou incubação) e as matrizes de suínos.
De acordo com a tabela 8 em 2016 o município é destacado por apresentar
uma grande produção de leite, alimento indispensável para a saúde nas diferentes
fases da vida representado por 3.000 mil L. A produção de mel de abelha também é
considera como importante, se destacando com uma produção de 2.100 Kg, e por
último a produção de casulos do bicho-da-seda com 1.272 Kg. A produção de
banana também é uma cultura bem significativa, podendo ser observado na tabela 9
em uma área colhida de 8 hectare uma produção de 85 toneladas.
32 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
TABELA 7: PRODUÇÃO DE ORIGEM ANIMAL – 2016
Produtos Valor (R$ 1.000,00)1 nnn Produção Unidade
Casulos do bicho- da-seda 21 1.272 Kg
Lã - - Kg
Leite 3.870 3.000 mil L
Mel de abelha 19 2.100 Kg
Ovos de codorna - - mil dz
Ovos de galinha 4 1 mil dz
FONTE: IBGE - Produção da Pecuária Municipal. NOTA: Os municípios sem informação para pelo
menos um produto de origem animal não aparecem na lista. Diferenças encontradas são em razão da
unidade adotada. Posição dos dados, no site da fonte, 29 de setembro 2017.
TABELA 8: ÁREA COLHIDA, PRODUÇÃO, RENDIMENTO MÉDIO E VALOR DA
PRODUÇÃO AGRÍCOLA PELO TIPO DE CULTURA PERMANENTE – 2016
Cultura
Permanente
Área colhida
(há)
Produção (t) Rendimento
Médio (kg/há)
Valor (R$
1.000,00)
Banana
(cacho)
8 85 10.625 72
FONTE: IBGE - Produção Agrícola Municipal NOTA: Os municípios sem informação para pelo menos
um produto da cultura (lavoura) permanente não aparecem nas listas. Diferenças encontradas são
em razão dos arredondamentos. Posição dos dados, no site da fonte, 29 de setembro 2017.
A taxa de crescimento do mercado brasileiro de agrotóxicos, entre 2000 e
2010, foi de 190% contra 93% do mercado mundial. O volume total de agrotóxicos
comercializados no Paraná (terceiro maior estado consumidor de agrotóxico do
Brasil), em 2011, foi de 96,1 milhões de Kg. Quando comparado com os valores
de 2008, teve um incremento de 20,3% (IPARDES, 2013). O uso abusivo e
descompensado de agrotóxico na produção agrícola é fator determinante de agravos
á saúde diante da contaminação dos alimentos, sem contar a exposição dos
aplicadores e/ou manipuladores ao produto, o que tem evidenciado uma grande
preocupação no âmbito da saúde pública.
A Secretaria de Agricultura desenvolve o trabalho de adequação e
cascalhamento de estradas rurais, possibilitando com segurança o tráfego em dias
de chuva ou sol.
33 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
4. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS
O PIB (Produto Interno Bruto) per capita de Brasilândia em 2011 foi de R$
29.483,00.
O valor adicionado bruto a preços básicos em 2011 foi de R$ 86.381,00 e o
valor adicionado fiscal em 2011 alcançou um total de R$ 107.168.223,00.
TABELA 9. VALOR ADICIONADO FISCAL SEGUNDO OS RAMOS DE
ATIVIDADES, 2011.
Ramos de Atividade Valor (R$ 1,00)
Produção primária 80.559.402
Indústria 1.383.104
Indústria – Simples Nacional (1) 28.891
Comércio / Serviços 23.916.498
Comércio – Simples Nacional (1) 1.214.848
Recursos / Autos 65.480
Total 107.168.223
Fonte: SEFA-PR (Secretaria de Estado da Fazenda do Paraná). (Consulta no site
www.ipardes.gov.br, em novembro de 2014).
Nota: Dados sujeitos às reavaliações pela fonte.
(1) Regime tributário diferenciado, simplificado e favorecido previsto na Lei Complementar nº 123, de
14/12/2006, aplicável às microempresas e às empresas de pequeno porte, a partir de 01/07/2007.
Pode ser verificado na tabela seguinte que as atividades que mais se
destacam no município são o comércio varejista e agricultura, silvicultura, criação de
animais, extração vegetal e pesca. O comércio varejista é representado por 21
estabelecimentos gerando 59 empregos, logo, a agricultura é caracterizada por 36
estabelecimentos e 49 empregos, visto que a cultura local é basicamente rural nota-
se um número maior de estabelecimentos quando comparado ao comércio varejista.
Verifica-se também que o comércio atacadista é representado por um número menor
de estabelecimentos quando comparado ao comércio varejista, porém apresenta um
número maior de empregos.
34 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
TABELA 10. NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS E EMPREGOS SEGUNDO AS
ATIVIDADES ECONÔMICAS, 2016.
Atividades Econômicas Estabelecimentos Empregos
Indústria de produtos alimentícios, de bebida
e álcool etílico 1 7
Construção Civil 1 1
Comércio varejista 21 59
Comércio atacadista 5 97
Instituições de crédito, seguro e de
capitalização 1 4
Administradoras de imóveis, valores
mobiliários 2 2
Transporte e comunicações 2 7
Serviços de alojamento, alimentação, reparo,
manutenção, radiodifusão e televisão 5 9
Serviços médicos, odontológicos e
veterinários 1 0
Administração pública direta e indireta 2 279
Agricultura, silvicultura, criação de animais,
extração vegetal e pesca 36 49
Total 77 514
Fonte: Cadernos Estatísticos do IPARDES. (Consulta no site www.ipardes.gov.br, em fevereiro de
2018). Nota: Posição em 31 de dezembro.
O Índice de Desenvolvimento Humano do Município (IDH-M) encontra-se no
patamar de médio desenvolvimento, com um valor de 0,681 no ano de 2010, o que o
coloca na 295ª posição no Estado do Paraná e na 2.412ª posição na classificação
nacional.
O indicador com menor rendimento é o da educação e com o maior
rendimento é o da longevidade, como mostra o gráfico a seguir.
35 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
GRÁFICO 3. ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO MUNICIPAL DE
BRASILÂNDIA DO SUL, 2010
FONTE: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil - PNUD, IPEA, FJP NOTA: Os dados utilizados
foram extraídos dos Censos Demográficos do IBGE. (1) O índice varia de 0 (zero) a 1 (um) e
apresenta as seguintes faixas de desenvolvimento humano municipal: 0,000 a 0,499 - muito baixo;
0,500 a 0,599 - baixo; 0,600 a 0,699 médio; 0,700 a 0,799 - alto e 0,800 e mais - muito alto.
0,681 0,680
0,813
0,572
IDH-M IDH-M Renda IDH-M Longevidade IDH-M Educação
36 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
5. ABASTECIMENTO DE ÁGUA
O Brasil é um país privilegiado quanto ao volume de recursos hídricos, pois
abriga 13,7% da água doce do mundo. Porém, a disponibilidade desses recursos
não é uniforme. Segundo o Ministério da Saúde, para que a água seja potável e
adequada ao consumo humano, deve apresentar características microbiológicas,
físicas, químicas e radioativas que atendam a um padrão de potabilidade
estabelecido. Um grave problema para a qualidade da água é o esgoto domiciliar
que é jogado em rios e represas que abastecem as cidades e irrigam as plantações.
O serviço de abastecimento de água na sede do município de Brasilândia do
Sul é prestado pela Companhia de Saneamento do Paraná – SANEPAR, já no
distrito de Ercilândia o abastecimento é feito por meio de poço artesiano. Pode-se
verificar na tabela 11 que no município todas as residências e pontos comerciais,
industriais, utilidade pública e poder público há o abastecimento de água. O
abastecimento público de água no município está sendo realizado de maneira
satisfatória à população, seguindo os padrões de qualidade e potabilidade
estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Porém, não há suporte para tratamento de
esgoto segundo as categorias, dessa forma, cada casa possui uma fossa séptica
para cuidar do seu próprio esgoto.
O teste de potabilidade da água é realizado mensalmente, são coletadas 06
(seis) amostras aleatoriamente no município de Brasilândia do Sul, em Ercilândia e
na Vila Rural. As amostras são enviadas para Maringá para que seja feita a análise
e emissão de relatório que atesta ou não a qualidade da água para o consumo.
37 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
TABELA 11: ABASTECIMENTO DE ÁGUA SEGUNDO AS CATEGORIAS – 2017
CATEGORIAS UNIDADES
ATENDIDAS (1)
LIGAÇÕES
Residenciais
Comerciais
Industriais
Utilidade pública
Poder público
TOTAL
1.112
62
2
10
30
1.216
1.074
58
2
10
30
1.174
FONTE: SANEPAR e Outras Fontes de Saneamento NOTA: As outras fontes de saneamento são:
CAGEPAR, CASAN, DEMAE, Prefeitura Municipal, SAAE, SAAEM, SAEMA e SAMAE. (1)
Economias. É todo imóvel (casa, apartamento, loja, prédio, etc.) ou subdivisão independente do
imóvel, dotado de pelo menos um ponto de água, perfeitamente identificável, como unidade
autônoma, para efeito de cadastramento e cobrança de tarifa.
38 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
6. COLETA DE LIXO
A coleta de lixo do município de Brasilândia do Sul é realizada pelo setor
público local, obedecendo a um cronograma elaborado pela Secretaria Municipal de
Agricultura que foi criado no ano de 2017 com a criação do programa “Cidade Limpa
e Sustentável”. No referido calendário a coleta é distribuída de acordo com cada tipo
de lixo em diferentes dias da semana, sendo: lixo orgânico, rejeito, lixo reciclável,
galhada e entulho.
O lixo resultante do processo de separação para ser reciclado é encaminhado
para o centro de reciclagem para que seja feita a separação por tipo de material,
logo em seguida é feito a prensa e os blocos do material para serem transportados
ao local adequado para ser feito o processo de reciclagem. O lixo orgânico e rejeito
são descartados em aterros devidamente licenciado. A coleta seletiva abrange 100%
da população urbana na sede do município e 20% da área rural, não havendo dessa
forma a necessidade de enterrar ou queimar lixo na propriedade, sendo que na área
urbana tal fato é proibido por lei.
No Dia 26 de Julho de 2018 foi inaugurado o Centro de Educação Ambiental,
espaço onde será desenvolvida várias ações no que diz respeito à ecologia, meio
ambiente e sustentabilidade.
TABELA 12. PROPORÇÃO DE MORADORES POR TIPO DE DESTINO DO LIXO
INSTALAÇÃO
SANITÁRIA
ANO 2015 ANO 2016
Coleta do lixo SIM SIM
Coletado 170 TONELADAS 170 TONELADAS
Queimado na propriedade - -
Jogado na propriedade - -
Jogado - -
Outros - -
FONTE: Município de Brasilândia do Sul - PR
39 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
7. ASPECTOS CULTURAIS
Os principais eventos culturais realizados no Município estão relacionados à
Festa Anual do Padroeiro Sagrado Coração de Jesus, Festa Junina, Escolha da
Rainha do Rodeio (Rodeio Qualyfy), Expo Brasilândia, Prova de Laço, Encontros da
Terceira Idade, Procissões Religiosas e eventos relacionados ao Dia da Padroeira
do Brasil (Nossa Senhora Aparecida) e Dia da Criança.
Os locais utilizados para a realização desses eventos são: Salão da
ASSEMBRAS (Associação dos Servidores Municipais de Brasilândia do Sul), Salão
Paroquial, Salão da APMA (Associação dos Pequenos e Médios Agricultores), Praça
Central e centro cultural.
Os órgãos responsáveis pela promoção das festas e das manifestações
culturais são: Secretaria Municipal de Educação, Esporte e Cultura, Secretaria
Municipal de Assistência Social, Secretaria Municipal de Saúde e Secretaria
Municipal de Agricultura.
Com a construção da Casa da Cultura, o Município ganhou um novo espaço
sócio cultural, sendo este construído com recursos do Ministério da Cultura e
contrapartida do Município. Neste espaço é realizado atividades de artesanato, por
meio de objetos recicláveis que são restaurados e utilizados como decoração. O
espaço também é utilizado para realização de reuniões/ Palestras, Conferências
Municipais e Audiências.
40 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
8. A POLÍTICA PÚBLICA DE SEGURANÇA ALIMENTAR E
NUTRICIONAL NO BRASIL
O Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN) é uma
ferramenta muito importante para auxiliar na adequação ao acesso e garantia da
alimentação adequada e segurança alimentar para toda a população, nasceu por
meio da Lei nº 11.346/2006, conhecida como Lei Orgânica de Segurança Alimentar
e Nutricional, trata-se de um sistema público que reúne diversos setores de governo
em órgãos intersetoriais como a Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e
Nutricional (CAISAN) e suas diferentes esferas federal, estadual e municipal, bem
como instâncias de participação social na forma de Conferências e de Conselhos –
Conselhos Municipais de Segurança Alimentar (COMSEAS), onde o principal
objetivo é a implementação e execução da Política de Segurança Alimentar e
Nutricional, promovendo a produção diversificada e sustentável de alimentos e o
acesso universal a uma alimentação adequada e saudável.
A sociedade e o Estado ainda se deparam com grandes desafios no campo
da soberania e da Segurança Alimentar e Nutricional, e o SISAN se apresenta como
um fator determinante para promover e proteger esse direito constitucional de todos
os seres humanos.
Observa-se a necessidade de um olhar mais acentuado no acompanhamento
dos problemas de alimentação e nutrição, visto que a insegurança alimentar é mais
do que a falta de alimento, o excesso de uso de agrotóxicos, a falta de condições
para produção, a escassez de água potável tanto para o consumo quanto para a
produção de alimentos. Em Roma no ano de 1974 foi realizada a Conferência
Mundial de Alimentos no qual foi aprovada a 17ª recomendação para que os
Estados-membros estabelecessem sistemas de vigilância alimentar e nutricional.
No Brasil, foi criado o Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição (INAN) e
em 1972 elaborado o I Programa Nacional de Alimentação e Nutrição (I PRONAN).
O programa era composto por 12 subprogramas de diferentes estruturas
governamentais, onde abordavam a desnutrição como uma doença social, tendo
vigência até o ano de 1974 apresentou grandes dificuldades em seu desempenho e
foi interrompido em razão de transgressões normativas e operativas constatadas por
auditorias. Nos anos 1980 os temas da alimentação e nutrição se destacam como
41 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
um dos mais importantes eventos para a discussão da temática a 8ª Conferência
Nacional de Saúde (17 a 21 de março de 1986), o marco de uma nova era para a
saúde no Brasil.
É elaborada uma proposta de Política Nacional de Segurança Alimentar com
a finalidade de atender às necessidades alimentares da população e
avançar/aumentar a produção de alimentos em âmbito nacional. Foi proposto
também um evento para aprofundar a discussão e definir propostas de políticas para
a alimentação e nutrição (Relatório Final da 8ª Conferência de Saúde,1986). Ainda
na década de 1980, o INAN promoveu a I Conferência Nacional de Alimentação e
Nutrição (1986), respondendo à proposta da 8ª Conferência Nacional de Saúde.
Em 1987, são criados comitês permanentes de combate à fome com
participação de instituições de saúde pública, associação de moradores, Igreja
Católica e agências governamentais. Nesse momento a alimentação deixa de ser
encarada como benefício e passa a ser compreendida como direito. São retomadas
as propostas de criação de um Conselho Nacional de Alimentação e Nutrição e de
um Sistema Nacional de Alimentação e Nutrição.
Em 1989 foi realizada uma pesquisa sobre alimentação e nutrição
coordenada pelo INAN, em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Porém a fome e outros assuntos relacionados a insegurança
alimentar passa a ser discutido de forma mais ampla no ano de 1990.
No ano de 1993 é criado o Conselho Nacional de Segurança Alimentar
(CONSEA), como órgão de aconselhamento da Presidência da República, composto
por 8 Ministros de Estado, 21 representantes da Sociedade Civil, sendo 19 indicados
pelo Movimento pela Ética na Política, tendo como presidente o Bispo da Igreja
Católica Dom Mauro Morelli. Em julho de 1994 é realizada a I Conferência Nacional
de Segurança Alimentar e Nutricional, em Brasília, composto por 1.800 delegados
apontando as seguintes diretrizes para orientar a Política de Segurança Alimentar e
Nutricional: ampliar as condições de acesso à alimentação e reduzir seu peso no
orçamento familiar; assegurar saúde, nutrição e alimentação a grupos populacionais
determinados; e, assegurar a qualidade biológica, sanitária, nutricional e tecnológica
dos alimentos e seu aproveitamento biológico estimulando práticas alimentares e
estilo de vida saudáveis.
Em 2004 foi realizada a II Conferência Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional, em Olinda, Pernambuco, onde foi deliberada e aprovada a Lei Orgânica
42 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
de Segurança Alimentar e Nutricional que criou o Sistema Nacional de Segurança
Alimentar e Nutricional (SISAN). O SISAN foi resultado de uma ampla mobilização
da sociedade civil e setores do governo. No entanto o processo de consolidação e
instituição desse sistema só foi possível com muito empenho da sociedade brasileira
e o comprometimento do governo federal no início deste século com a abordagem
do tema da Segurança Alimentar e do Direito Humano à Alimentação Adequada. Em
1986, a VIII Conferência Nacional de Saúde deliberou a realização da I Conferência
Nacional de Alimentação e Nutrição, na qual foi instituída a criação de um Sistema
de Segurança Alimentar e Nutricional que assegura a alimentação adequada como
um direito humano fundamental, atribuindo ao poder público o dever de adotar
políticas e ações para garantir a Segurança Alimentar e Nutricional da população.
Em 2007, acontece a III Conferência Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional (CNSAN), realizada em julho, em Fortaleza, Ceará. O tema da
conferência foi “Por um Desenvolvimento Sustentável com Soberania e Segurança
Alimentar e Nutricional”. Participaram da III CNSAN 1.800 pessoas, sendo 1.333
delegados da sociedade civil e de governos (federal, estadual e municipal), 360
convidados nacionais e 70 convidados internacionais, de 23 países. Os delegados
votaram as ações prioritárias a serem desenvolvidas e os caminhos para favorecer
processos sustentáveis de desenvolvimento socioeconômico com Segurança
Alimentar e Nutricional, com progressiva realização do DHAA e soberania alimentar
decorrente da implantação da Política Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional e do SISAN. O ano de 2007 foi marcado por mais um importante avanço
no campo da soberania alimentar, foram instituídos os Decretos nº 6.272 e nº 6.273,
ambos de 23 de novembro de 2007, os quais dispõem sobre as competências, a
composição e o funcionamento do CONSEA Nacional, e cria a Câmara
Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (CAISAN) que são instâncias
fundamentais para a operacionalização do SISAN.
Em 25 de agosto de 2010 foi instituída a Política Nacional de Segurança
Alimentar e Nutricional (PNSAN) e definidos os critérios para a elaboração do I
Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PLANSAN), com a publicação
do Decreto nº 7.272/2010. O I Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional,
foi aprovado em 2011 - PLANSAN 2012/2015 sendo reconhecido como um
importante instrumento da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional,
durante a IV Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, realizada
43 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
em Salvador, Bahia. Torna-se um grande desafio a consolidação do SISAN nos
estados e municípios e, para que isso seja possível é fundamental que sejam
criados e fortalecidos os componentes estaduais e municipais desse sistema,
assunto que foi pautado e reforçado na V Conferência Nacional de Segurança
Alimentar e Nutricional, cujo tema foi “Comida de verdade no campo e na cidade: por
direitos e soberania alimentar” realizada em 2015, em Brasília, DF.
O modo de comer atual é marcado pela substituição do consumo de
alimentos tradicionais da dieta (como arroz, feijão, farinha de mandioca) pela
padronização do gosto, com grande oferta de alimentos artificiais, envenenados por
agrotóxicos e transgênicos, prontos para o consumo. Hoje, os hábitos são
construídos nas agências de publicidade e marketing das indústrias alimentícias. É
fundamental enfrentar as contradições do sistema alimentar moderno para preservar
o que se come, quando se come e com quem se come.
Alimentos ultraprocessados são encontrados em toda parte, sempre
acompanhados de muita propaganda, descontos e promoções. Atualmente a
correria do dia a dia faz com que grande parte da população se alimente de forma
irregular, adotando hábitos alimentares pouco saudáveis, estruturando um cardápio
a base de alimentos muito gordurosos, com consumo exagerado de sal e açúcar, e
muito pouco consumo de frutas verduras e hortaliças.
Quando o mau hábito alimentar está associado a outros fatores como
sedentarismo, tabagismo, o consumo de bebida alcoólica, irá interferir diretamente
na qualidade de vida do indivíduo, propiciando o aumento no surgimento de doenças
crônicas no Brasil.
Adultos jovens estão sob o risco de obesidade devido ao ganho de peso em
excesso na transição da infância ou da adolescência para a fase adulta. Os períodos
mais críticos para o desenvolvimento da obesidade estão na primeira infância e na
adolescência (CONDE; BORGES, 2011). Quando a obesidade se manifesta na
infância, o risco de se tornar um adulto obeso é ampliado. Há evidências de que, a
partir dos 6 anos, aproximadamente uma a cada duas crianças obesas torna-se um
adulto obeso, enquanto apenas uma a cada dez crianças não obesas alcança o
mesmo desfecho quando adulta (GUO et al, 2002).
44 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
9. OBJETIVOS E AÇÕES DE SEGURANÇA ALIMENTAR E
NUTRICIONAL
Ao aderir a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, o
município precisa seguir as diretrizes do Plano Nacional estabelecidas pelo Decreto
7.272/2010 apresentadas abaixo:
Diretriz 1 – Promoção do acesso universal á alimentação adequada e
saudável, com prioridade para as famílias e pessoas em situação de insegurança
alimentar e nutricional;
Diretriz 2 – Promoção do abastecimento e estruturação de sistemas
descentralizados e sustentáveis de produção, extração, processamento e
distribuição de alimentos, inclusive os de base agroecológica;
Diretriz 3 – Instituição de processos permanentes de educação alimentar e
nutricional, pesquisa e formação nas áreas de segurança alimentar e nutricional e do
direito à alimentação adequada;
Diretriz 4 – Promoção, universalização e coordenação das ações de
segurança alimentar e nutricional, voltadas para quilombolas e demais povos e
comunidades tradicionais, povos indígenas e assentados da reforma agrária;
Diretriz 5 – Fortalecimento das ações de alimentação e nutrição em todos os
níveis da atenção à saúde, de modo articulado às demais políticas de segurança
alimentar e nutricional;
Diretriz 6 – Promoção do acesso universal à água de qualidade e em
quantidade suficiente, com prioridade para as famílias em situação de insegurança
hídrica e para produção de alimentos da agricultura familiar e da pesca e
aquicultura;
Diretriz 7- Apoio às iniciativas de promoção da soberania alimentar,
segurança alimentar e nutricional do direito humano à alimentação adequada em
âmbito internacional e a negociações internacionais;
Diretriz 8 – Monitoramento da realização do direito humano à alimentação
adequada.
Para cada diretriz, de acordo com as orientações Nacionais e Estaduais,
foram estabelecidas ações, programas e/ou projetos a serem desenvolvidos nos
45 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
próximos 04 (quatro) anos. Cada ação possui a secretaria responsável, bem como o
tempo previsto para ser realizada.
Cabe ressaltar que as diretrizes 4 e 7 não se aplicam ao Município.
Diante de cada Diretriz, foram descritos os programas e ações a serem
desenvolvidos no âmbito da Segurança Alimentar e Nutricional no município. Foram
elencadas também as propostas apresentadas pela Conferencia Municipal de
Segurança Alimentar e Nutricional, convocada por meio do Decreto Nº 048/2015 dia
11 de Junho de 2015 do Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional,
Intitulada “Comida de verdade no campo e na cidade: por direitos e soberania
alimentar”.
46 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
TABELA 13 - PROPOSTAS APRESENTADAS NA II CONFERÊNCIA MUNICIPAL
DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO MUNICÍPIO DE
BRASILÂNDIA DO SUL – PR
EIXO 1: COMIDA DE VERDADE: AVANÇOS E OBSTÁCULOS PARA
CONQUISTA DA ALIMENTAÇÃO ADEQUADA
PROPOSTA 1 Melhoria da renda do pequeno agricultor, diversidade de
produção de produtos alimentícios, melhoria de preço para o
produtor e consumidor, pois dispensa os atravessadores,
reativando a feira do produtor.
PROPOSTA 2 Elaborar um programa governamental de incentivo financeiro, de
apoio ao pequeno produtor, assistência técnica especializada,
contratação de engenheiro agrônomo.
PROPOSTA 3 Mais valorização aos produtos do pequeno produtor/agricultor,
redução dos impostos dos insumos agrícolas.
EIXO 2: DINÂMICAS EM CURSO ESCOLARES, ESTRATÉGIAS E ALCANCES
DA POLÍTICA PÚBLICA
PROPOSTA 1 Desenvolver programa de produção agroecológica, principalmente
hortaliças e frutas. Mobilizar agricultores, cooperativas e
empresas quanto ao uso correto de agrotóxicos, com programas
de conscientização.
PROPOSTA 2 Programas educacionais de conscientização nas escolas quanto
ao uso incorreto de agrotóxicos.
PROPOSTA 3 Criar alternativas para suplementação alimentar para famílias em
vulnerabilidade social, com acompanhamento da nutricionista,
propondo mudança de hábito alimentar.
EIXO 3: FORTALECIMENTO DO SISTEMA NACIONAL DE SEGURANÇA
ALIMENTAR E NUTRICIONAL
PROPOSTA 1 Implantar o SISAN e efetivar câmara técnica.
PROPOSTA 2 Acompanhamento técnico da EMATER e assessoria continuada
da agricultura familiar.
PROPOSTA 3 Capacitação, incentivo, acompanhamento da produção orgânica,
sendo fiscalizado continuamente o uso de agrotóxico de forma
inadequada.
47 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
10. DESAFIOS DO PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E
NUTRICIONAL – PLAMSAN
Considerando o termo de compromisso o município de Brasilândia do Sul-Pr
apresenta o seu I Plano de SAN, elaborado a partir de um trabalho intersetorial,
envolvendo diversas secretarias do governo municipal, que se reuniram para discutir
as diferentes formas de ações e visando as propostas da II Conferência Municipal de
SAN, realizada em 2015, através de indicadores sociais que comportam esse
documento, tornando possível o desenvolvimento de estratégias para
implementação da política de segurança alimentar e nutricional no referido
município.
O Direito Humano à Alimentação Adequada diz respeito à disponibilidade,
adequação, acesso físico, econômico e estável de alimentos. No entanto, para
abranger todos esses atributos, são necessárias políticas articuladas entre diversos
setores e âmbitos da sociedade (políticas intersetoriais) que ofereçam condições
concretas para que os diferentes grupos sociais acessem, de acordo com suas
especificidades e com dignidade, alimentos de qualidade produzidos de modo
sustentável e permanente.
Esse direito, que constitui obrigação do poder público e responsabilidade da
sociedade, alia a concepção de um estado físico ideal, estado de segurança
alimentar e nutricional, e os princípios de direitos humanos, tais como dignidade,
igualdade, participação, não discriminação, dentre outros.
O processo de elaboração do Plano não termina quando o documento é
legalizado e divulgado, é necessária a efetivação e o cumprimento das ações, para
isso deve-se dar continuidade aos processos de planejamento, monitoramento e
avaliação. O monitoramento se faz de forma a verificar se os recursos e as
atividades propostas estão ocorrendo e se as metas estão sendo alcançadas ou
não.
Os parâmetros utilizados para o monitoramento e a avaliação do Plano serão
os indicadores apontados, são medidas que permitem quantificar uma determinada
ação e acompanhar sua evolução quanti-qualitativa. Os indicadores são
instrumentos utilizados para medir a eficácia, eficiência e o impacto das políticas e
programas.
48 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
Os responsáveis pelo monitoramento serão aqueles que estiverem
comprometidos com a produção do Plano e sua execução, integrantes da equipe
técnica, representantes do CONSEA, CAISAN, entre outros .
Sendo assim, busca-se resultados positivos de superação de vulnerabilidade
social e de insegurança alimentar e nutricional, possibilitando a melhoria das
condições de vida desta população.
49 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
11. DESCRIÇÃO DAS AÇÕES PROPOSTAS PARA O QUADRIÊNIO (2018-2021) VISANDO A SEGURANÇA
ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ÂMBITO DO MUNICÍPIO DE BRASILÂNDIA DO SUL – PR
11.1 DIRETRIZ 1- PROMOÇÃO DO ACESSO UNIVERSAL Á ALIMENTAÇÃO ADEQUADA E SAUDÁVEL, COM PRIORIDADE
PARA AS FAMÍLIAS E PESSOAS EM SITUAÇÃO DE INSEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
METAS AÇÕES PRAZO
EXECUÇÃO
ÓRGÃO
RESPONSÁVEL
PARCEIROS RECURSO
Criar Lei municipal que
permita adequar a
composição da cesta
básica municipal
Solicitar junto à Câmara de
vereadores a criação de lei
municipal que regulamenta os
alimentos necessários para sua
melhor qualidade nutricional e suas
quantidades que compõe a cesta
básica municipal
Até
30/12/2020
CAISAN Poder Executivo
Poder Legislativo
SMAS
SME
SMA
SMS
LIVRE
Garantir atendimento
médico e nutricional a
todas as crianças que
necessitam de
Manter a realização da avaliação
médica e nutricional dos
beneficiários que comparecem à
UBS
Permanente SMS SMAS
SMA
Recurso
livre
50 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
continuidade ao
recebimento do leite
fornecido pelo
Programa Leite das
Crianças
Acompanhar se as
famílias beneficiárias
do Programa Bolsa
Família estão
realizando o saque do
benefício
- Monitorar a folha de pagamento do
Programa Bolsa Família a fim de
identificar os beneficiários que não
estão sacando o benefício;
- Realizar busca ativa das famílias
que não estão realizando o saque
do benefício do Programa Bolsa
Família
Até final de
2018
SMAS SMAS Recurso
Livre
Encaminhar pessoas
que se enquadram no
perfil para acesso ao
Benefício de
Prestação Continuada
– BPC
Realizar orientação e
encaminhamento para obtenção do
Benefício de Prestação Continuada
– BPC para pessoas idosas ou com
deficiência com renda per capita
familiar de até ¼ de salário mínimo
Até
30/12/2022
SMAS INSS
CRAS
Recurso
Livre
Atingir todos os - Fornecer alimentação aos alunos Permanente SME SME/FNDE Federal
51 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
estudantes da rede
pública municipal de
ensino, no período
escolar, com a
alimentação
apropriada
nos períodos de permanência
destes em sala de aula
(matutino/vespertino/noturno – EJA)
- Fornecer quatro refeições/dia aos
alunos matriculados nos Centros
Municipais de Educação Infantil em
período integral e duas refeições
para os alunos no período parcial.
- Fornecer produtos especializados
para as crianças portadoras de
patologias (intolerantes à lactose,
ao glúten)
Livre
Inserção gradual de
novos alimentos da
agricultura familiar nos
cardápios da merenda
escolar
Inserir, gradualmente, ano a ano
novos produtos no cardápio da
Merenda Escolar de Brasilândia do
Sul
Permanente SME SME
SMA
EMATER
Federal
Livre
Realizar o cadastro de
100% das unidades
escolares da
- Cadastrar junto a SMA, unidades
escolares da Secretaria Municipal
de Educação e da rede Estadual de
Até 2020 SMA SME
SMAS
EMATER
Federal
Livre
52 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
Secretaria Municipal
de Educação e da
rede Estadual de
ensino do município
de Brasilândia do Sul
para recebimento de
produtos do PAA –
compra direta
ensino do município de Brasilândia
do Sul para recebimento de
produtos do PAA – compra direta
para recebimento de produtos
hortifruti
11.2 DIRETRIZ 2 – PROMOÇÃO DO ABASTECIMENTO E ESTRUTURAÇÃO DE SISTEMAS DESCENTRALIZADOS, DE BASE
AGROECOLÓGICA E SUSTENTÁVEIS DE PRODUÇÃO, EXTRAÇÃO, PROCESSAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS
METAS AÇÕES PRAZO
EXECUÇÃO
ÓRGÃO
RESPONSÁVEL
PARCEIROS RECURSO
Ampliar e incentivar a
permanência das
agricultoras familiares
no PNAE
Aumentar o número de mulheres na
produção e comercialização das
políticas de compras públicas
Médio Prazo SMA SMA
EMATER
Recurso
livre
Realizar convênio com
instituições de
Auxiliar e incentivar a diversificação
no cultivo de hortaliças e
Médio Prazo SMA SMA
EMATER
Recurso
livre
53 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
pesquisa e extensão
rural
leguminosas Universidades
Realizar articulação
intersetorial visando a
redução do uso de
agrotóxico pelos
produtores,
conscientizando a
população sobre o
malefício do seu uso
- Elaborar, desenvolver atividades e
distribuir cartilhas educativas sobre
o uso de agrotóxicos
Permanente SMA SMA
SMS
EMATER
SME
Recurso
Livre
11.3 DIRETRIZ 3 – INSTITUIÇÃO DE PROCESSOS PERMANENTES DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL,
PESQUISA E FORMAÇÃO NAS ÁREAS DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL E DO DIREITO HUMANO À
ALIMENTAÇÃO ADEQUADA
METAS AÇÕES PRAZO
EXECUÇÃO
ÓRGÃO
RESPONSÁVEL
PARCEIROS RECURSO
Capacitar as Unidades
de Saúde sobre o
tema aleitamento
Promover atividades de educação
alimentar com o tema aleitamento
materno, alimentação e nutrição
Médio prazo SMS SMS
SME
Recurso
Livre
54 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
materno e alimentação
complementar
saudável para
menores de 2 anos de
idade, prevenindo a
obesidade infantil e
possíveis alergias
infantil, alimentação complementar
a menores de 2 anos, por meio de
palestras e oficinas
Capacitar a Unidade
de Saúde no SISVAN
e Programa Saúde na
Escola (PSE)
- Realizar capacitação anual para
enfermeiros e técnicos sobre o
SISVAN
- Realizar capacitação sobre a
promoção da alimentação
adequada e saudável ás equipes de
saúde
- Orientar e acompanhar as equipes
responsáveis pelo cadastramento
do PSE
Longo Prazo SMS
SME
SMS Recurso
Livre
PSE
Minimizar o uso de
medicamentos para
doenças e agravos
- Realizar atividades sobre
educação alimentar e nutricional,
segurança alimentar e nutricional e
Permanente SMS SME Recurso
Livre
55 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
não transmissíveis
(DANT’s), por meio da
promoção de uma
alimentação saudável
outros temas como: obesidade,
Hipertensão, Diabetes entre outros
- Elaborar e distribuir material
educativo (folder, cartilha, panfleto,
cartazes sobre o tema)
Desenvolver projetos
sobre alimentação
saudável
Desenvolver atividades sobre
alimentação saudável na rede
municipal de ensino
Longo Prazo SME SME
SMS
Recurso
Livre
Orientar diretores,
professores e
coordenadores da
rede pública de ensino
referente à
alimentação saudável.
- Conscientizar os educadores da
rede municipal de ensino, em
reuniões escolares dos professores,
coordenadores, diretores, em
conselhos de classe, sobre a
necessidade da alimentação
saudável e equilibrada para o
escolar, e a importância dos
educadores nesse processo
- Incentivar o aleitamento materno
exclusivo ou complementar até os 6
meses de idade das crianças
Permanente SME SME
SMS
Recurso
Livre
56 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
durante sua permanência nos
CMEI’s, após os 6 meses
alimentação complementar no
ambiente escolar
Desenvolver educação
nutricional com as
auxiliares de serviços
gerais que
desempenham a
função de merendeira,
com os alunos e
professores.
- Realizar treinamento anual com
merendeiras ressaltando a
segurança alimentar e nutricional
Permanente SME SENAR Recurso
livre
Incentivar e estimular
o aproveitamento
integral dos alimentos,
a redução do
desperdício e
incentivar o consumo
de hortifrúti pela
população
- Estabelecer ações que visem a
redução do desperdício de
alimentos, aproveitamento integral e
incentivo ao consumo de hortifrúti
Médio Prazo SME SMA
Recurso
Livre
57 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
11.4 DIRETRIZ 4 – PROMOÇÃO, UNIVERSALIZAÇÃO E COORDENAÇÃO DAS AÇÕES DE SEGURANÇA ALIMENTAR E
NUTRICIONAL, VOLTADAS AOS QUILOMBOLAS E DEMAIS POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS, POVOS INDÍGENAS
E ASSENTADAS DA REFORMA AGRÁRIA
Não se aplica
11.5 DIRETRIZ 5 – FORTALECIMENTO DAS AÇÕES DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO EM TODOS OS NÍVEIS DE ATENÇÃO Á
SAÚDE, DE MODO ARTICULADO ÀS DEMAIS AÇÕES DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
METAS AÇÕES PRAZO
EXECUÇÃO
ÓRGÃO
RESPONSÁVEL
PARCEIROS RECURSO
Manter as ações do
grupo hiperdia
(hipertensos e
diabéticos) na
Unidade de Saúde
- Monitorar o estado nutricional e o
consumo alimentar dos indivíduos
do grupo hiperdia através do
SISVAN
- Realizar avaliação antropométrica,
aferir a pressão arterial sistêmica, e
medir a glicemia dos indivíduos
- Realizar atividades sobre
alimentação, nutrição adequada e
saudável através de palestras,
Permanente SMS SMS
SME
Recurso
Livre
58 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
reuniões, orientações para os
indivíduos
Aumentar o índice de
cadastros/
acompanhamentos no
SISVAN
- Realizar avaliação antropométrica
dos usuários da UBS para obter
diagnóstico precoce dos possíveis
desvios nutricionais
- Avaliar e acompanhar no SISVAN
no mínimo 20% da população por
ano, priorizando os grupos
vulneráveis (crianças, gestantes,
idosos, hipertensos e diabéticos)
Permanente SMS SME
PSF
Recurso
Livre
Criar cargo de
cozinheira na
Prefeitura Municipal
de Brasilândia do Sul
com ingresso por meio
de concurso público
com vistas a prevenir
DANT’s e qualidade
sanitária dos
Solicitar junto à câmara de
vereadores lei que regulamente a
criação do cargo de cozinheira para
todos os estabelecimentos que
visem a produção e distribuição de
alimentos no município, pontuando
as zeladoras que já exercem o
cargo de acordo com o tempo de
exercício
Curto Prazo CAISAN Câmara de
vereadores
Recurso
livre
59 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
alimentos
Capacitar 100% das
auxiliares de serviços
gerais que atuam
como cozinheiras nos
estabelecimentos de
ensino do município
Realizar anualmente treinamento
para os manipuladores de alimentos
da rede municipal de ensino
Curto Prazo CAISAN SME
Recurso
Livre
Avaliar o estado
nutricional de pelo
menos 80% dos
escolares
pertencentes às
escolas pactuadas no
PSE
- Realizar avaliação antropométrica
(peso/altura) dos alunos no próprio
estabelecimento de ensino e
registrar as informações no sistema
de saúde
- Encaminhar os avaliados com
alteração no estado nutricional para
atendimento individualizado e fazer
busca ativa das condições e
possíveis causas do desvio
nutricional
Médio prazo SMS
SME
SMAS
SMA
PSE
Recurso
livre
Manter o
acompanhamento de
- ofertar consultas e exames
específicos da gestação
Permanente SMS SMAS Recurso
Livre
60 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
100% das gestantes
que realizam pré-natal
nas unidades de
saúde no SISVAN
- Avaliar o estado nutricional das
gestantes
- Realizar palestras e orientações
estimulando e incentivando o
aleitamento materno
11.6 DIRETRIZ 6 – PROMOÇÃO DO ACESSO UNIVERSAL Á ÁGUA DE QUALIDADE E EM QUANTIDADE SUFICIENTE, COM
PRIORIDADE PARA AS FAMÍLIAS EM SITUAÇÃO DE INSEGURANÇA HÍDRICA E PARA A PRODUÇÃO DE ALIMENTOS
METAS AÇÕES PRAZO
EXECUÇÃO
ÓRGÃO
RESPONSÁVEL
PARCEIROS RECURSO
Realizar proteção de
nascentes na área
rural
- Organizar mutirões junto ás
comunidades agrícolas, com o
intuito de ensinar as técnicas aos
produtores, deste modo formando
multiplicadores
- Realizar mutirões de
reflorestamento junto com escolas
e outras associações
Médio prazo SMA SMA
ITAIPU
SME
Recursos
Livres
Melhorar ações de
saneamento básico e
Implantar obras de saneamento e
construção do sistema de rede de
Médio Prazo SMA SMA
ITAIPU
Recurso
Livre
61 |PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2018-2021
instalação de rede de
esgoto no município
de Brasilândia do Sul
esgoto na área urbana
11.7 DIRETRIZ 7 – APOIO ÀS INICIATIVAS DE PROMOÇÃO DA SOBERANIA ALIMENTAR, SEGURANÇA ALIMENTAR E
NUTRICIONAL DO DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO ADEQUADA EM ÂMBITO INTERNACIONAL E A NEGOCIAÇÕES
INTERNACIONAIS.
Não se aplica
11.8 DIRETRIZ 8 – MONITORAMENTO DA REALIZAÇÃO DO DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO ADEQUADA
METAS AÇÕES PRAZO
EXECUÇÃO
ÓRGÃO
RESPONSÁVEL
PARCEIROS RECURSO
Implantar e
consolidar a política
de SAN por meio do
fortalecimento do
COMSEA e CAISAN
- Elaborar e aprovar o Plano
Municipal de SAN
- Monitorar o desenvolvimento das
ações propostas no plano de SAN
Permanente SME
SMS
SMA
SMAS
CAISAN
CONSEA
Livre
*Convenção para prazo de execução: Curto – 1 ano; Médio – 2 anos; Longo – 4 anos; Permanente
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2021
12. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BRASIL. Lei nº 11.346, de 15 de setembro de 2006. Cria o Sistema Nacional
de Segurança Alimentar e Nutricional - SISAN com vistas em assegurar o
direito humano à alimentação adequada e dá outras providências. Diário Oficial
da União, Brasília, DF, n. 179, 18 de setembro de 2006, seção 1, p. 1-2.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Básica. Orientações para
a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saúde: Norma
Técnica do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN. Brasília:
Ministério da Saúde, 2011. 76 p.
Brasil de Fato – Uma visão popular do Brasil e no mundo – Recife (PE), 23 de
Outubro de 2017. Edição: Monyse Ravenna.
Brasilândia do Sul, Lei nº 676/2017, de 20 de junho de 2017. Dispõe sobre as
competências, a composição e o funcionamento do Conselho Municipal de
Segurança Alimentar e Nutricional de Brasilândia do Sul, do Estado do Paraná
no âmbito do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – SISAN.
Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (CAISAN).
Subsídio para o Balanço das Ações Governamentais de Segurança Alimentar e
Nutricional e da Implantação do Sistema Nacional. Brasília, 2009. 69p.
CONDE, W. M.; BORGES, C. The risk of incidence and persistence of obesity
among Brazilian adults according to their nutritional status at the end of
adolescence. Revista Brasileira de Epidemiologia, São Paulo, v. 14, n. 3, p. 71-
79, 2011.
CONSELHO NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
(Brasil). A segurança alimentar e nutricional e o direito humano à alimentação
adequada no Brasil – indicadores e monitoramento: da Constituição de 1988
aos dias atuais. Brasília, 2010.
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Decreto nº 6.272, de 23 de novembro de 2007. Dispõe sobre as competências,
a composição e o funcionamento do Conselho Nacional de Segurança
Alimentar e Nutricional - CONSEA. Diário Oficial da União, Brasília, DF, n. 226,
26 de novembro de 2007, seção 1, p. 14-15.
Decreto nº 7.272, de 25 de agosto de 2010. Regulamenta a Lei nº 11.346, de
15 de setembro de 2006, que cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar
e Nutricional - SISAN, com vistas a assegurar o direito humano à alimentação
adequada, institui a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional –
PNSAN, estabelece os parâmetros para a elaboração do Plano Nacional de
Segurança Alimentar e Nutricional, e dá outras providências. Diário Oficial da
União, Brasília, DF, n. 164, 26 de agosto de 2010, seção 1, p. 6-8.
Guia Alimentar para a população brasileira. 2ª edição – Brasília – DF 2014.
GUO, S. S. et al. Predicting overweight and obesity in adulthood from body
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IPARDES – INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO E SOCIAL. Caderno estatístico município de Brasilândia do Sul.
Curitiba: IPARDES, 2016.
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome – Tipificação
Nacional de Serviços Socioassistenciais. Texto da Resolução nº 109, de 11 de
Novembro de 2009 – Publicada no Diário Oficial da União em 25 de Novembro
de 2009.
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Orientações
Técnicas Centro de Referência de Assistência Social – CRAS – Brasília, 2009.
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria Nacional
de Segurança Alimentar e Nutricional. Oficina de Elaboração dos Planos de
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Setembro de 2014.
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Paraná. Curitiba, PR: Secretaria da Família e Desenvolvimento Social, 2018.
160 p.: il.; 30 cm. Monitoramento e Avaliação 2016.