iecj - povos indígenas na amazônia

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Aula - Sociologia - 2º Ano - EM

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Movimentos Sociais

Povos indígenas na Amazônia

IECJ

Sociologia – 2º EM

-Domínio Amazônico;

- Organização Espacial;

- Desenvolvimento na Amazônia;

- História da Ocupação na Amazônia;

- Projetos de Desenvolvimento

- População indígena e ribeirinhos

O cartaz é uma propaganda do governo federal divulgada nos primeiros anos da década de 1970.

Amazônia Legal e o domínio amazônico

Complexo regional amazônico

Abrange uma área de aproximadamente 41,8 milhões de km².

Onde vivem cerca de 18 milhões de habitantes.

É área de atuação da Agência de Desenvolvimento da Amazônia.

Atualmente a Amazônia Legal

Essa área é também chamada de Amazônia Internacional.

Domínio Amazônico Trecho da América do Sul com cerca de 7,8 milhões de km².

ABRANGE

Territórios da Bolívia, do Peru, do Equador, da Colômbia, da Venezuela, da Guiana, do Suriname, da Guiana Francesa e do Brasil.

Foi delimitado com base nos

aspectos naturais.

Fonte: ADA (Agência de Desenvolvimento da Amazônia), 2002.

Brasil – Amazônia Legal

Fonte: ADA (Agência de Desenvolvimento da Amazônia), 2002.

Amazônia Internacional

O Domínio Amazônico:

• compreende cerca de um terço das florestas tropicais;

• um quinto da água doce disponível no globo;

• apresenta grande variedade e diversidade de espécies vegetais e animais.

Por isso, afirma-se que a Amazônia apresenta uma grande biodiversidade.

Como mais da metade da Amazônia faz parte do Brasil

Boa parte dessa biodiversidade encontra-se no país.

Muitas de suas plantas e animais

Podem ser fabricados medicamentos e outros produtos. Bases de novas matérias-primas podem ser descobertas.

Outras tantas são analisadas pelos institutos de pesquisa dos países desenvolvidos.

São utilizadas pela indústria farmacêutica de perfumaria e cosméticos, de alimentos etc.

A partir de substâncias encontradas nessas plantas e animais:

Floresta Amazônica, AM (2002).

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A organização espacial da Amazônia

Também foram instalados fortes, com o objetivo de defender o território de invasões. Muitos desses fortes acabaram se tornando vilas.

A porção norte do território brasileiro não despertou grande interesse da metrópole portuguesa na época da colonização.

Pois nela não foram encontradas riquezas minerais, ou solos favoráveis para a prática agrícola.

Durante o período colonial, a sua ocupação limitou-se à instalação de missões religiosas.

Provocando uma sensível diminuição no fluxo populacional para a região.

Final do século XIX - início do século XX

Ocorreu um surto de povoamento

Proporcionado

Pela extração do látex da seringueira.

Nesse período, a região atraiu milhares de

pessoas, que se estabeleceram para

trabalhar como seringueiros.

Década de 1920

A atividade econômica de extração do látex entrou em decadência

Um desafio amazônico: desenvolver sem destruir

A natureza da Amazônia é “reavaliada e revalorizada a partir de duas lógicas muito diferentes”.

E a visão da região como estoque de recursos naturais a serem explorados sem preocupação com a sustentabilidade e como área de expansão para a pecuária e para a agricultura.

A preocupação em conservar os ecossistemas e possibilitar a sobrevivência e o desenvolvimento dos povos que vivem na região.

Geógrafa Bertha Becker

O próprio debate sobre a necessidade de encontrarmos modelos de desenvolvimento que priorizem:

• a redução das desigualdades sociais;

• a eliminação da pobreza;

• a conservação dos ecossistemas naturais;

Pensar nessas duas lógicas significa pensar no futuro da Amazônia.

Deve servir de exemplo para a elaboração de propostas de desenvolvimento socioeconômico na Amazônia.

Comunidade quilombola que vive na floresta, em Saracusa, Santarém, PA (2005).

Tem um papel expressivo no volume de gases que podem ou não intensificar o efeito estufa.

A Amazônia é uma reserva fundamental de:

• biodiversidade;

• água;

• carbono fixado.

Brasil:

• considerado o 5º maior emissor mundial de gases do efeito estufa;

• 75% das emissões são resultado dos desmatamentos e das queimadas;

• apenas 25% das emissões do Brasil são fruto da queima de combustíveis fósseis.

Considerando:

• a grande diversidade sociocultural da região amazônica;

• a importância que tem para a estabilidade climática regional e continental;

• a influência que tem na intensificação do efeito estufa;

• o estoque de água;

• a biodiversidade;

Não há como realizar projetos que não tenham como ponto de partida estudos aprofundados sobre as peculiaridades sociais, ambientais e econômicas

da Amazônia.

É provável que venha a ocorrer uma expansão significativa da produção de cana no Brasil.

Criando condições para que a pesquisa seja intensificada e a fiscalização, mais atuante.

O governo precisa atuar mais diretamente na região

Inclusive

É fundamental estabelecer projetos que não colaborem para a expansão das áreas desmatadas.

Há também a preocupação com a expansão da agricultura voltada para a produção de biocombustíveis.

Cultivo de cana-de-açúcar nas proximidades de Sinop, MT (2005).

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A ocupação da Amazônia

Em 1958, no governo Juscelino Kubitschek, iniciava-se a construção da rodovia Belém-Brasília.

Porque a consideravam um espaço com um vazio demográfico que deveria ser ocupado.

Em 1953, no governo Getulio Vargas, foi criada a Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia.

Governos anteriores à década de 1970 já davam sinais de preocupação com o povoamento da Amazônia.

As estratégias do Estado brasileiro

O governo entendia que a região desocupada poderia ser facilmente invadida e ter suas riquezas

exploradas por estrangeiros.

Período da ditadura militar

Os governantes do Estado brasileiro pretendiam levar adiante planos, programas e projetos diversos com o objetivo de ocupar e explorar economicamente a região amazônica.

Além disso, nessa imensa área poderiam ser organizadas forças contrárias ao governo militar.

Foram criados órgãos como:

• a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia, que substituiu a SPVEA, para planejar, coordenar e controlar o desenvolvimento.

Também foram criados:

• projetos de pesquisa;

• outras rodovias;

• o polo industrial — a Zona Franca de Manaus;

• diversos projetos agropecuários e minerais.

As rodovias e as agrovilasInício de 1970

O governo brasileiro aplicou recursos para a abertura de 15 mil km de estradas.

Rodovia Transamazônica Grande símbolo da integração nacional.

Revelou-se, em pouco tempo, um exemplo de má administração de recursos e de projetos na região.

Apenas um trecho ainda funciona como estrada.

Rodovia Transamazônica em Altamira, PA (2006).

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Em função de uma série de fatores, como:

• a distância de centros urbanos maiores;

• terras de baixíssima fertilidade;

• falta de assistência escolar e de assistência médica;

• uma grande incidência de doenças.

Ao implantar os projetos de colonização, por meio do Incra

Elas eram formadas por lotes de terra doados às famílias de agricultores.

O governo estabeleceu uma rede de agrovilas ao longo dessas diversas rodovias.

O projeto das agrovilas fracassou.

Observe o mapa a seguir.C

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Estradas - Amazônia

Fonte: Disponível em: http://www.imazon.org.br/upload/m_estradas2003.jpg. Acesso em: 7 mai 2008.

Polamazônia e os grandes projetos

Esse novo programa caracterizou-se:

• pela implantação de extensas áreas agrícolas, de criação de gado e de exploração da madeira.

A partir de 1974

O governo redirecionou a ocupação e a exploração econômica.

Implantou a Polamazônia, por meio do qual estabeleceu 15 “polos de desenvolvimento”.

Essas atividades foram grandes responsáveis pela maior parte das áreas devastadas na Amazônia.

Além de contribuir para o desmatamento, esse programa:

• levou à formação de grandes propriedades rurais;

• estimulou os conflitos pela posse de terras;

• colaborou para a invasão de terras indígenas.

O governo acabou contribuindo para o aumento dos problemas sociais e para a criação de permanentes focos de conflitos envolvendo latifundiários, empresas madeireiras, índios e posseiros.

Os maiores latifúndios improdutivos do Brasil

estão na região amazônica.

O projeto grande Carajás

• Extração de riquezas minerais;

• Construção da hidrelétrica de Tucuruí;

• Construção da Estrada de Ferro Carajás, ligando a região de extração mineral aos portos de Itaqui e Ponta da Madeira, em São Luís, no Maranhão.

Foi o de maior destaque, pela sua área de atuação e pelas atividades e obras envolvidas.

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Fonte: Bertha Becker. Amazônia. São Paulo: Ática, 1990. p. 66 (Série Princípios).

Projeto Grande Carajás

Fazem parte também do projeto Grande Carajás os projetos:

• Trombetas, de onde se extrai a bauxita;

• Alumar e Alunorte, que transformam a bauxita em alumina;

• Albrás, onde a alumina é então transformada em alumínio.

Fábrica da Alunorte (2006).

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Um modelo de desenvolvimento sem futuro

O governo brasileiro esperava que esses projetos atraíssem as empresas transformadoras de alumínio e,

com isso, houvesse geração de muitos empregos.

Entretanto, não foi o que ocorreu.

Acabou favorecendo os grandes grupos empresariais estrangeiros e nacionais e exigiu grandes gastos do governo brasileiro.

Para poder investir, o governo brasileiro fez mais empréstimos no exterior, tornando a dívida externa ainda maior.

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Desmatamento na floresta Amazônica, AM (2008).

Em termos sociais e ambientais, o saldo do modelo de ocupação e desenvolvimento colocado em prática é bastante negativo:

• parte considerável da floresta foi devastada;

• muitas riquezas foram retiradas da região, com pouco benefício à população local;

• os conflitos pela posse de terras se agravaram com a concentração da propriedade rural;

• terras indígenas foram invadidas e muitos confrontos entre não-índios e grupos indígenas continuam a ocorrer.

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Representante de etnias indígenas manifestando-se pelos seus direitos em Brasília (2004).

O extrativismo sustentável e o ecoturismo

Na década de 1970, uma enorme quantia foi oferecida pelo governo, por meio de subsídios, a grandes e médios empresários e produtores rurais.

Um novo modelo de desenvolvimento precisa ser posto em prática na Amazônia

Que combine a conservação e a preservação ambiental e a melhoria nas condições de vida.

Essa quantia, além de favorecer quem já dispunha de muitos recursos, contribuiu para a devastação da floresta.

Dentre essas atividades, destaca-se

o extrativismo sustentável, que não

causa prejuízos à floresta.

Uma quantidade menor de recursos, que fosse investida na região para desenvolver outras atividades geradoras de empregos e renda, teria bons resultados na melhoria das condições de vida da população.

O estudo compreende:

• o mapeamento dos recursos naturais;

• a indicação de áreas aptas para o uso sustentável;

• potencialidades e limitações quanto ao uso do solo;

• conservação e preservação ambiental;

• potencialidades sociais.

Para subsidiar as empresas interessadas e os planejamentos dos governos municipais e estaduais, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária está realizando o Zoneamento Agroecológico da região.

Em razão da riqueza do ecossistema amazônico.

Outra atividade que poderia ser uma grande fonte de renda para a região:

O ecoturismo

Pode-se dizer que o potencial da Amazônia para o desenvolvimento dessa atividade é o maior do mundo

O turismo verde na Amazônia está apenas engatinhando. Barcos de turismo no encontro do rio Solimões (de águas claras) e do rio Negro (de águas escuras).

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Roubo na Amazônia:

http://www.youtube.com/watch?v=qib5Nym9I4c

http://www.youtube.com/watch?v=IxYSfkoNu9M

http://www.youtube.com/watch?v=-RWnLzdTzSk

http://www.youtube.com/watch?v=EJF9ozOhFP0

Rodovia Transamazônica - Conflitos

http://www.youtube.com/watch?v=kqEV-x9dKQk

http://www.youtube.com/watch?v=WVEtjgRDgAg

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