historia social de abandono das crianças

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Criança abandonada afetiva e socialmente pelos seus pais e nosso governo.

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Rio, 24/07/2013

Há alguns dias venho pensando sobre minha vida pessoal, espiritual e Profissional.

E percebo que falta alguma coisa na minha vida e hoje às 15h00min horas despertei para essa falta.

Fui almoçar em Alcântara/Niterói guando uma criança me abordou pedindo comida.

Fui para Alcântara como preposta da empresa em que trabalho na parte da manhã e no horário da tarde/noite 3 vezes na semana trabalho como psicopedagoga e lecionando cursos.

Sempre sentindo algo vazio e por muitas vezes preocupada com a vida. Hoje descobrir um desses conflitos.

Diante da criança com fome percebi que tenho mais uma tarefa TRAZER O INVISÍVEL PARA O VISÍVEL.

Paguei o almoço daquela criança e perguntei por seus genitores, ele me respondeu que estavam vendendo na rua. Motivo: D E S E M P R E G O.

Tirei foto dela e a partir de hoje vou trazer sempre que possível essa denúncia da CRIANÇA ABANDONADA.

ABANDONADA DA VIDA SOCIAL, AFETIVA, EMOCIONAL, COGNITIVA...

Espero e acredito que vocês me ajudaram nessa jornada da HISTÓRIA SOCIAL DA CRIANÇA ABANDONADA e COMO SERÁ ESSE ADULTO AMANHÃ.

Pretendo mostrar a construção e a trajetória desse fenômeno do abandono de crianças.

A “História é filha de seu tempo” Marc Bloc.

O ato de EXPOR OS FILHOS foi introduzido no Brasil pelos brancos europeus – índio não abandonava os próprios filhos.

Abandonar bebês é um ato de todos os tempos. Variaram apenas no tempo, as motivações, as circunstancias, as causas, as intensidades, as atitudes em face do fato amplamente praticado e aceito.

No Código Babilônico de Hamurábi, no II milênio a.C. aparece a primeira regulamentação escrita sobre o abandono de crianças: “Se um homem tomou uma criança para adotar com o seu próprio nome e a educou, essa criança adotiva não pode ser reclamado.”

Na tradição judaica, dois exemplos fortes e centrais de abandono de bebes são de todos conhecidos e aparecem nas escrituras do Antigo Testamento.

O primeiro é o de Ismael, filho de Abraão, e de sua escrava Agar. Sara, quando se casou com Abraão, exigiu que ele expulsasse Agar e seu filho para o deserto. Sem água e sem ter o que

comer no deserto, Agar abandona Ismael sob um arbusto, para não vê-lo morrer. Mas Deus salva-o e promete fazer da descendência de Ismael um grande povo (Genesis 21, 8-23).

O segundo exemplo é o caso de Moises, abandonado num cestinho de vime à beira do Nilo, e recolhido pela filha de Faraó.

Moises acabou sendo amamentado e criado por sua própria mãe, serva da filha de Faraó e mis tarde, foi adotado por esta, que o transformou em um grande homem. Ele igualmente deu origem a uma importante dinastia e transformou-se em herói do povo hebreu (Genesis 25,12-6).

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