hipopituitarismo pós-tce: uma condição subdiagnosticada!

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Hipopituitarismo pós-TCE

Dra Julia Appel

Endocrinologista

Clube da Hipófise – 07/03/2012

Síndrome pós- Concussão?

Epidemiologia

• Brasil (2005):

500.000 hospitalizados por TCE

Epidemiologia

• Brasil (2005):

500.000 hospitalizados por TCE

27%

Epidemiologia

• Brasil (2005):

500.000 hospitalizados por TCE

• Conclusão: de fato, estamos subdiagnosticando!

27% 135.000/ano

hipopituitarismo

E o por que…

• Pacientes com patologia cerebral- disordens

somáticas, psiquiátricas e neurológicas que podem

mascarar os sinais sutis do hipopituitarismo

• Falta de divulgação e conhecimento dos riscos

envolvidos dos cuidadores e médicos

Histórico

• 1918: Cyrus- Primeiro relato de hipopituitarismo após trauma

• 1960- 1990: relatos de caso. Livros descreviam como causa

rara de hipopituitarismo

• 2000: JCEM – revisão de 367 pctes

• Número crescente de publicações.

Qual a prevalência de disfunção hipofisária após trauma?

JAMA, 2007

Qual a prevalência de disfunção hipofisária após trauma?

27,5%

JAMA 2007

Que forma de disfunção hipofisária?

Journal of Neurotrauma, 2007

Que forma de de disfunção hipofisária?

JCEM, 2004

Por que é importante diagnosticar e tratar o hipopituitarismo?

1. Medida salvadora de vida

2. Melhorar desfecho e recuperação neurológica

3. Melhorar a qualidade de vida

4. Reduzir morbi-mortalidade

Por que é importante diagnosticar e tratar o hipopituitarismo?

2. Melhorar desfecho e recuperação neurológica

pós TCE.

•GH

•IGF-1

Journal of Neurotrauma, 2007

Por que é importante diagnosticar e tratar

o hipopituitarismo?

3. Melhorar qualidade de vida

Por que é importante diagnosticar e tratar o hipopituitarismo?

4. Reduzir morbidade e mortalidade

JCEM 2007

Por que é importante diagnosticar e tratar o hipopituitarismo?

• Reduzir morbidade e mortalidade

JCEM, 2007

Por que é importante diagnosticar e tratar o hipopituitarismo?

• Reduzir morbidade e mortalidade

JCEM, 2007

Resumindo…

Qual a fisiopatologia?

• Injúria primária – próprio trauma – vascular

• Injúria secundária- hipotensão, hipoxia, edema

GHGH

LH/FSH

LH/FSHACTH

TSH

Existem fatores preditores de disfunção hipofisária pós- TCE?

Existem fatores preditores de disfunção hipofisária pós- TCE?

Talvez

Existem fatores preditores de disfunção hipofisária pós- TCE?

• Severidade do Trauma:

JAMA,2007

Leve (GCS 13-15): 16,8%

Moderado (GCS 9-12): 10,9%

Severo (GCS 3-8): 35,3%

Existem fatores preditores de disfunção hipofisária pós- TCE?

• Imagem:

Lesão hiposifária

Lesão axonal difusa

Fratura de base de crânio

Edema cerebral difuso

Scheneider, 2006

Se os sintomas do hipopituitarismo são

inespecíficos, se gravidade do trauma não é um fator

preditivo, afinal, quem devo rastrear?

Screening

Pituitary, 2010

Como fazer o screening?

• Fase aguda:

Atento ao diagnóstico de insuficiência adrenal

Hipotensão, hipoglicemia, hiponatremia

Cortisol manhã:

– < 7,2 mcg/dl- sugestivo

– 7,2 -18mcg/dl- contexto clínico

– >18mcg/dl- boa reserva

Atento para D.I

Não testar os demais eixos

Pituitary, 2010

Diagnóstico na fase aguda

Clinical Endocrinol, 2007

Diagnóstico

• Fase tardia : 3-6 meses

Não difere da investigação habitual de hipopituitarismo.

TSH/ T4livre

Testosterona, LH, FSH, ciclo menstrual

IGF-1 – teste estímulo

Cortisol 8 manhã- estímulo

• Reavaliar com 12 meses.

Pituitary, 2010

Algorítimo de avaliação e follow up

Pacientes com TCE

Verificar deficiência de ACTH – cortisol basal na

fase aguda

Verificar 3 ou 6 meses e aos 12 meses (hormônios basais e testes

dinâmicos para ACTH e GH)

Pituitary, 2010

Porque follow up 12 meses

J Neurosurg, 2010

Algorítimo de avaliação e follow up

Pacientes com TCE

Verificar deficiência de ACTH – cortisol basal na

fase aguda

Verificar 3 ou 6 meses e aos 12 meses (hormônios basais e testes

dinâmicos para ACTH e GH)

Pituitary, 2010

Re-acessaranualmente por 3

anos

Conclusões

• O hipopituitarismo Não é uma complicação rara do traumatismo

cranioencefálico.

• O diagnóstico e tratamento têm impacto positivo na recuperação

neurológica, qualidade de vida, na morbidade e mortalidade.

• É preciso maior difusão do conhecimento médico sobre este tema.

• Incluir o endocrinologista no time multidisciplinar de cuidado ao

paciente vítima de TCE.

Obrigada

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