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O que é Tributo?
É toda prestação pecuniáriacompulsória, em moeda ou cujo valornela se possa exprimir, que nãoconstitua sanção de ato ilícito, instituídaem lei e cobrada mediante atividadeadministrativa plenamente vinculada.
(CTN – art. 3º)
Imposto é o tributo cuja obrigaçãotem por fato gerador uma situaçãoindependente de qualquer atividadeestatal específica, relativa aocontribuinte.
CTN (art. 16º)
É um tributo destinados àcoleta de recursos paracertas áreas de interessedo poder público, naadministração direta ouindireta, ou na atividade deórgãos que colaboram coma administração.
CTN (art. 16º)
Ex. INSS, FGTS, CSLL, Orgãos declasses (OAB, CRC, CRA)
Cada vez mais complexo
MunicipaisEstaduaisFederais
171.72390.461
29.748
NORMAS TRIBUTÁRIAS CRIADAS
290.932POR DIAFORAM
POR HORAFOI
30
1,3
normas
norma
Uma empresa que atue em nívelnacional precisa seguir
Essas normas, impressas em folhas de sulfiteem letra tipo arial 12, formariam uma fila de
papel de 5,9 quilômetros
3.507 30.384 91.764normas artigos parágrafos
Fonte: Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário/Exame, 17.10.12
Um estudo indica que, nos primeiros 24 anos de vigência da Constituição,os fiscosno Brasil editaram em média 30 normas por dia.
� Programa de Integração Social (PIS)� Programa de Formação ao Patrimônio do
Servidor Público (PASEP)� Contribuição Social para Financiamento da
Seguridade (COFINS)� Imposto sobre a Circulação de Mercadorias
e Prestação de Serviços (ICMS)� Imposto sobre Produtos Industrializados
(IPI)� Imposto sobre Serviço de Qualquer
Natureza (ISS)
Tributos sobre a Receita
PIS/PASEP e COFINSIncidência Cumulativa
Receita total auferida no período R$ 105.000,00
Deduções/Exclusões:
Vendas canceladas (R$ 5.000,00)
Descontos incondicionais concedidos (R$ 10.000,00)
Base de cálculo após deduções R$ 90.000,00
PIS/PASEP cumulativo (0,65% x R$90.000,00)
R$ 585,00
COFINS cumulativa (3% x R$ 90.000,00) R$ 2.700,00
PIS/PASEP e COFINSIncidência Não Cumulativa
Receita total auferida no período R$ 105.000,00
Deduções/Exclusões:
Vendas canceladas (R$ 5.000,00)
Descontos incondicionais concedidos
(R$ 10.000,00)
Base de cálculo após deduções R$ 90.000,00
PIS/PASEP cumulativo (1,65% x R$ 90.000,00)
R$ 1.485,00
COFINS cumulativa (7,6% x R$ 90.000,00)
R$ 6.840,00
PIS/PASEP e COFINSCompra de Mercadoria
Compras de mercadorias R$ 50.000,0
Cálculo do crédito:
Crédito PIS/PASEP não cumulativo(1,65% x R$ 50.000,00)
R$ 825,00
Crédito COFINS (7,6% X R$ 50.000,00) R$ 3.800,00
Despesa com energia
Compras de mercadorias R$ 50.000,0
Cálculo do crédito:
Crédito PIS/PASEP não cumulativo(1,65% x R$ 5.000,00)
R$ 82,50
Crédito COFINS (7,6% X R$ 5.000,00) R$ 380,00
PIS/PASEP e COFINSIncidência Não Cumulativa
PIS/PASEP
Aplicação da alíquota sobre a base de cálculo
R$ 1.485,00
Menos: Crédito (R$ 825,00 + R$ 82,50) R$ 907.50
PIS/PASEP devido R$ 577,50
COFINS
Aplicação da alíquota sobre a base de cálculo
R$ 6.840,00
Menos: Crédito (R$ 3.800,00 + R$ 380,00)
R$ 4.180,00
COFINS devido R$ 2.660,00
ICMS
Contabilização ICMS
Entradas
Base de cálculo Alíquota ICMS
R$ 12.000,00 12% R$ 1.440,00
Saídas
Base de cálculo Alíquota ICMS
R$ 20.000,00 17% R$ 3.400,00
Saldo a Recolher (R$ 3.400,00 – R$ 1.440,00)
R$ 1.960,00
IPI
Contabilização IPI
Entradas
Base de cálculo Alíquota IPI
R$ 30.000,00 5% R$ 1.500,00
Saídas
Base de cálculo Alíquota IPI
R$ 80.000,00 10% R$ 8.000,00
Saldo a Recolher (R$ 8.000,00 – R$ 1.500,00)
R$ 6.500,00
ISS
Venda de Serviço Alíquota ISS contabilizado
R$ 60.000,00 2% R$ 1.200,00
R$ 100.000,00 2% R$ 2.000,00
R$ 5.000,00 2% R$ 100,00
Total ISS a recolher R$ 3.300,00
Tributos sobre o Patrimônio
� Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor (IPVA)
� Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana (IPTU)
� Imposto Territorial Rural (ITR)� Imposto sobre a Transmissão de Bens
Imóveis (ITBI)
� Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
� Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)
� Imposto de Renda Retido da Fonte (IRRF)
Alíquota IRRF 2013
2013201320132013
Base de cálculo mensal em R$
Alíquota % Parcela a deduzir em R$
Até 1.710,78 - -
De 1.710,79 até 2.563,91 7,5 128,31
De 2.563, 92 até 3.418,59 15 320,60
De 3.418,60 até 4.271,59 22,5 577,00
Acima de 4.271,59 27,5 790,57
Dedução por dependente: R$ 171,97
Quanto custa um trabalhador?Salário Líquido: R$
672,0013º Salário, adicional de férias e vale transporte: R$ 227,00
FGTS, vale-alimentação, aviso prévio indenizado, etc. R371,00
Cota de deficientes, segurança, etc. R$ 89,00
Impostos e encargos: R$ 242,00
Treinamento e custos gerenciais: R$ 309,00
Custo do tempo não trabalhado: R$ 159,00
Custo Total
R$ 2.069,00
Lucro Real
� É o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação fiscal (apuração contábil).
� Lucro na DRE
Lucro Presumido
� Lucro calculado pela aplicação, aovalor do faturamento, de umpercentual de margem de lucrodeterminado na legislação.
� Receita bruta total igual ou inferior aR$48.000.000,00 (quarenta e oitomilhões de reais) no ano-calendárioanterior.
� PIS, COFINS, IR e CSLL.
Lucro Arbitrário
� Forma de apuração da base de cálculo do imposto de renda utilizada pela autoridade tributária ou pelo contribuinte.
� Aplicável pela autoridade tributária quando a pessoa jurídica deixar de cumprir as obrigações acessórias relativas à determinação do lucro real ou presumido.
O que é
• Um regime tributário diferenciado e simplificado
• Ele é aplicável às micro e pequenas empresas e permite o pagamento de sete tributos em apenas um imposto
IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica)CSLL (Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido)ISS (Imposto Sobre Serviços)PIS/COFINS (Programa de integração social e Contribuição para financiamento da seguridade social)IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)CPP (Contribuição Previdenciária Patronal)ICMS (Imposto sobre Operações relativas À Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação)
QUAIS IMPOSTOS ESTÃO UNIFICADOS NO SUPERSIMPLES
QUEM PODE PARTICIPAR?Micro e pequenos empresários dos setores de comércio, serviços e indústria.
QUEM NÃO PODE?Produtores ou vendedores no atacado de bebidas alcoólicas, cigarros, armas de fogo, munição e pólvora, explosivos e detonantes, bancos, cadeia produtiva de energia elétrica, importação e fabricação de automóveis, importação de combustíveis, serviços de comunicação, profissionais liberais, representação comercial e corretores de seguros.
Em R$ milhões Em R$ mil
2,4
3,6
36
60
+ 50%
+ 67%
Empresas
Microempreendedoresindividuais
O que mudou no faturamento
Como era Como ficou
Fonte: Esmeraldo, 2012.
Base de cálculoReceita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota
Até 120.000,00 4,00%
De 120.000,01 a 240.000,00 5,47%
De 240.000,00 a 360.000,00 6,84%
De 360.000,01 a 480.000,00 7,54%
De 480.000,01 a 600.000,00 7,60%
... ...
De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 10,04%
De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 10,13%
De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 10,32%
De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 11,23%
De 1.920.000,01 a 2.400.000,00 11.32%
Contabilização do SIMPLES
A empresa F. Isidro, optante pelo SIMPLES Nacional na condição de ME, obteve até julho de 2012, receita bruta acumulada de R$ 100.000,00. Nos meses de agosto e setembro, auferiu receita de R$ 60.000,00 e R$ 10.000,00 respectivamente.
Contabilização do SIMPLES
No mês de agosto, o valor do imposto devido seria:� Receita bruta acumulada de janeiro a
agosto: R$ 160.000,00 � Alíquota aplicada (receita bruta
cumulada): 5,47%� Imposto devido: R$ 60.000,00 x
5,47%= R$ 3.282,00
Contabilização do SIMPLES
No mês de setembro, o valor doimposto devido seria:� Receita bruta acumulada de janeiro a
setembro: R$ 170.000,00� Alíquota aplicada (receita bruta
cumulada): 5,47%� Imposto devido: R$ 10.000,00 x
5,47%= R$ 547,00
Contabilização do SIMPLES
A empresa Isidro P., optante peloSIMPLES Nacional na condição de ME,obteve até julho de 2012, receita brutaacumulada de R$ 100.000,00. Nosmeses de agosto e setembro, auferiureceita de R$ 10.000,00 e R$ 60.000,00respectivamente.
Contabilização do SIMPLES
No mês de agosto, o valor do impostodevido seria:� Receita bruta acumulada de janeiro a
agosto: R$ 110.000,00� Alíquota aplicada (receita bruta
cumulada): 4%� Imposto devido: R$ 10.000,00 x 4%=
R$400,00
Contabilização do SIMPLES
No mês de setembro, o valor doimposto devido seria:� Receita bruta acumulada de janeiro a
setembro: R$ 170.000,00� Alíquota aplicada (receita bruta
cumulada): 5,47%� Imposto devido: R$ 60.000,00 x
5,47%= R$3.282,00
Conclusão
O fato de uma empresa ter mudado defaixa no mês de agosto, enquanto aoutra mudou de faixa somente emsetembro, fez com que a empresa F.Isidro tenha pago R$ 3.829,00 deimposto, enquanto que a empresaIsidro P. pagou R$ 3.682,00, sendo queambas faturaram no total R$ 70.000,00nos dois meses considerados.
Impacto dos Tributos no CGL
De maneira geral, o impacto sobre oCapital de Giro Líquido (CGL) ésemelhante ao de outros custos edespesas operacionais, mas há certaspeculiaridades, de acordo com ofuncionamento de cada tributo.
Impacto no Ativo Circulante
� Tributos a RecuperarSurgem quando o tributo possui
mecanismo de crédito� Retenção na Fonte
Mecanismo de antecipação dorecebimento dos tributos
O valor retido na fonte pode seraproveitado para se descontar dotributo devido
Impacto no Passivo Circulante� Provisão e Tributos a Pagar
A medida que as operações vão se realizando,os tributos devidos vão se acumulando no PassivoCirculante.
Depois de apurado o valor real, faz-se atransferência da conta provisão para tributos apagar.� Classificação dos Passivos Tributários
Em caso de atraso, o tributo deixa de seroperacional e passa a ser financeiro, incidindomulta e juros.� Custo do Passivo Tributário
Custo financeiro zero
Impacto no Passivo Circulante� Impacto dos Volumes
Empresas que tem alto giro e baixa margemtendem a sofrer mais com o impacto dos tributossobre as receitas
Empresas de alta margem e menor giro sofremmais com os tributos sobre o valor agregado� O Problema das Provisões Anuais
Com as provisões realizadas ao longo do ano,vão se acumulando passivos operacionais. Comoessa passivo só será pago ao final do período,muitas empresas utilizam esse valor parainvestimentos. O Gestor deve ter um controlerigoroso sobre esses investimentos.
Tributos diferidos
� Efeito “sanfona”À medida que os
dias vão se passandoe as operações vãose realizando, há oacúmulo de tributos apagar no Passivo, atéa data do vencimento.
� Podem estar no Passivo ou Ativo
• Atraso no PagamentoEm caso de atraso no pagamento de
tributos, ele passa de passivooperacional para passivo financeiro,incidindo multa e juros.
Programa de Recuperação Fiscal(REFIS)
Planejamento Tributário
� Visa reduzir o custo com impostos, dentro da lei, por meio do estudo e adoção de medidas que possam postergar ou mesmo reduzir o pagamento dos tributos.
� Sobre o CGL, o impacto do planejamento tributário ocorre com a redução do Passivo Operacional, aumentando a NCG. Porémaumenta a capacidade de financiamento da NCG com capital próprio, uma vez queaumenta o lucro.
Planejamento Tributário
� Consignação mercantil� Opção de lucro presumido ou real� Industrialização por encomenda� Separação de filiais em empresas
menores
Elisão, Evasão e Sonegação
� Elisão fiscal é o planejamento tributário que se constitui de práticas lícitas, pelo contribuinte, com o objetivo de reduzir o montante devido de impostoou adiar o cumprimento dessa obrigação.
� Evasão ou Sonegação, são práticas ilíctaspassivas de autuação e são consideradas crimes.
� Constui-se em imunidade tributária a renúncia fiscal ou vedação de cobrança de impostos e taxas por parte de entidade arrecadadora.
� A isenção fiscal constitui-se também em renúncia fiscal por dispensa de recolhimento de tributo, por tempo determinado, que o Estado, em seus três níveis, concede a pessoas físicas ou jurídicas sob determinadas condições, em legislação específica.
ReferênciaESMERALDO, D. S. Gestão temerária de impostos: estudo de caso. Monografia. Fortaleza: FEAC/Departamento de Administração, 2012.
MATIAS, A.B (Coord.) Finanças Corporativas de curto prazo: a gestão do capital de giro. São Paulo: Atlas, 2007.
REZENDE, A. J., PEREIRA C.A., ALENCAR, R. C. Contabilidade tributária: entendendo a lógica dos tributos e seus reflexos sobre os resultados das empresas. São Paulo: Alas, 2010.
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