gestão escolar: enfrentando os desafios cotidianos

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GESTÃO ESCOLAR: ENFRENTANDO OS DESAFIOS COTIDIANOS EM

ESCOLAS PÚBLICAS

Professor Ulisses Vakirtzis

Maria Lília Imbiriba Sousa Colares

Juracy Machado Pacífico

George Queiroga Estrela

É preciso compreender que a gestão escolar traz consigo o aspecto pedagógico e, sendo assim, o gestor/gestora ou diretor/diretora é antes de tudo um/uma educador/a e a gestão

pedagógica um espaço legítimo de aprendizagem democrática. Por isso a gestão escolar precisa ser entendida no âmbito da

sociedade política comprometida com a própria transformação social.

Gestão Escolar Transformadora

Gestão Escolar e corresponsabilidades

Para a realização do caráter pedagógico da gestão escolar será preciso não apenas a partilha do poder com o coletivo escolar, mas também a corresponsabilização da

gestão da escola e,

corresponsabilização é diferente de responsabilização apenas de alguns sujeitos

do processo educacional.

Projeto Político Pedagógico

O Projeto Político Pedagógico é um instrumento fundamental para a

realização efetiva da educação como direito social, o que implica

qualidade, democracia, autonomia e participação.

Consciência do Inacabamento

Educar, e ser professor/a, coordenador/a, gestor ou gestora,

enfim, nas palavras de Freire (1997), é ter a consciência do inacabamento e, portanto, ter apenas uma certeza: a de que

podemos fazer melhor, em outro tempo, aquilo que acreditamos ter

sido a versão mais acabada e melhor delineada de um processo.

Planejamento escolarO processo educativo exige umplanejamento bem elaborado para nortearas ações, o planejamento global da escola,envolvendo o processo de reflexão, dedecisões sobre a organização, ofuncionamento e a proposta pedagógicada instituição.

É um processo de racionalização, organização e coordenação da ação

docente, articulando a atividade escolar e a problemática do contexto social.

(LIBÂNEO)

Deve garantir que haja coerência entre as suas diversasetapas na busca dos objetivos definidos, estabelecendovínculo entre atividade escolar e os problemas queenvolvem o contexto social. A harmonia entre as suasfunções é que garantirá a sua execução.

Além disso, deve conter na sua estrutura, instrumentos que possibilitem ações coordenadas, objetividade e

também que seja flexível, considerando as avaliações e realinhamentos que possam se fazer dentro do horizonte

temporal previsto.

Planejamento escolar

LDB e PPPArtigo 12 – Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as doseu sistema de ensino, terão a incumbência de:

I - elaborar e executar sua proposta pedagógica;

II - administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;

Artigo 13 – Os docentes incumbir-se-ão de:

I - participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;

II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica doestabelecimento de ensino;

Artigo 14 – Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática doensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades econforme os seguintes princípios:

I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógicoda escola;

II – participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ouequivalentes.

Art. 67. Os sistemas de ensino promoverão avalorização dos profissionais da educação,assegurando-lhes, inclusive nos termos dosestatutos e dos planos de carreira do magistériopúblico:

V – período reservado a estudos, planejamento eavaliação, incluído na carga de trabalho. (LDBEN9.394/96)

LDB e PPP

Participação da Família na Escola

O que a escola espera da família é uma participação efetiva na vida escolar dos filhos e

o apoio às ações da escola, manifestados através de críticas e sugestões para a melhoria do nosso trabalho, da atenção às necessidades do filho que muitas vezes não está na simples

ajuda nas atividades, mas no

diálogo aberto e nas manifestações afetivas.

A escola, todavia, precisa incluir em sua rotina essa presença da família e colocá-la a

par do regimento escolar, do Plano de Desenvolvimento da Escola, do Projeto Político-Pedagógico e do colegiado e

incentivar sua participação.

Participação da Família na Escola

CF-88 e participação da família

No artigo 227, do capítulo VII, da Constituição Federalafirma o seguinte:

“É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o

direito à vida, saúde, alimentação, educação, ao lazer, profissionalização, cultura, à dignidade, ao respeito, à

liberdade e a convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e

opressão.”

ECA e participação da família

No parágrafo único, do Capítulo IV, do Estatutoda Criança e do Adolescente (BRASIL, 1990),diz:

“é direito dos pais ou responsável ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da

definição das propostas educacionais”.

Para que haja uma transformação na realidade escolar, mudanças deverão ocorrer no processo educacional, a

começar pela postura dos gestores, os quais devem criar mecanismos que

possibilitem a vinda dos pais para dentro da escola, favorecendo a sua participação efetiva nas decisões das ações da escola:

“São boas as escolas que estão em sintonia com a comunidade”.

(WERNECK)

Participação da Família na Escola

“Tudo o que a gente puder fazer no sentido de convocar os que vivem em torno da escola, e dentro da

escola, no sentido de participarem, de tomarem um pouco o destino da escola na mão, também. Tudo o que a gente puder fazer nesse sentido é

pouco ainda, considerando o trabalho imenso que se põe diante

de nós que é o de assumir esse país democraticamente.”

Participação da Família na Escola

“Uma ligação estreita e continuada entre os professores e os pais leva pois a muita

coisa mais que a informação mútua: este intercâmbio acaba resultando em ajuda

recíproca e, frequentemente, em aperfeiçoamento real dos métodos. Ao

aproximar a escola da vida ou das preocupações profissionais dos pais, e ao

proporcionar, reciprocamente, aos pais um interesse pelas coisas da escola, chega-se

até mesmo a uma divisão de responsabilidade.” (Piaget)

Participação da Família na Escola

Conselho de Escola

Um de nossos desafios será a proposta do Conselho Escolar, uma instância de interação escola/comunidade da gestão democrática,

mesmo sabendo que este não elimina a tensão entre escola e comunidade. Porém, ele se

constitui, sem dúvida, também numa escola para os pais; ele oferece a possibilidade de uma

aprendizagem de mão-dupla: a escola estendendo sua função pedagógica para a sociedade e a

sociedade influenciando os destinos da escola.

Desenvolvimento Integral do Aluno

A aprendizagem na escola deve ser integral buscando a

▪ construção da autonomia intelectual do aluno,

▪ desenvolvendo o raciocínio e a

▪ capacidade de tomada de decisões

A aprendizagem tem por objetivo efetivar mudanças que possibilitem ao aluno uma melhor compreensão do mundo, propiciando-lhe instrumentos para criticar a mudança social e contribuir para ela, reafirmando e

renovando as metas de inclusão, de respeito às diferenças e de solidariedade

Currículo e os Pilares do Conhecimento

O currículo refere-se à organização doconhecimento escolar. Pensar o currículo naelaboração do Projeto Político Pedagógico épensar o tipo de organização que a escola desejaadotar.

Construir juntos novos conhecimentos, alcançando o que Delors define como

“aprendizagens fundamentais que ao longo de toda a vida, serão de algum modo para cada

individuo, os pilares do conhecimento: aprender a conhecer, aprender a fazer, a prender a conviver

e aprender a ser”.

Projeto Político Pedagógico

A construção e implementação do PPP na escola deve ser compreendido por todos como um

processo significativo e fundamental na escola, pois se configura num referencial de conquista da

autonomia, no qual todos juntos possam conhecer melhor sua própria escola e também participar em todos os momentos na busca de uma educação de

qualidade para todos que fazem parte da comunidade escolar.

Princípios do PPP

A construção do PPP parte dos princípios de

▪ igualdade,

▪ qualidade,

▪ liberdade,

▪ gestão democrática;

▪ valorização dos profissionais da educação

sendo assim, conforme esses princípios, faz-se necessáriocompreender e analisar a organização do trabalhopedagógico.

Cada escola é única em sua realidade e nas relações que os segmentos estabelecem entre si.

Os movimentos de construção do projeto –

diagnóstico de sua situação atual, discussão das concepções e planejamento de suas ações bem como sua

execução precisam ser discutidas no coletivo com a participação da comunidade escolar que conhece sua

cultura, seus problemas, suas perspectivas, suas necessidades, asseguram que a gestão democrática

aconteça de fato em qualquer instituição escolar que se diz democrática.

Projeto Político Pedagógico

PPP e Equidade

Estimular a escola na construção coletiva de um projeto educacional de inclusão social na perspectiva da diversidade cultural é uma forma de dinamizar a proposta pedagógica

para que a tarefa de ensinar possa se atrelar à complexidade da realidade em que os educandos estão inseridos.

Problematizar relação ser/estar no mundo.

PPP e a indisciplina

Para Paulo Freire, um projeto de escola que busque aformação da cidadania precisa ter como objetivos:

• tratar todos os indivíduos com dignidade, comrespeito à divergência, valorizando o que cada umtem de bom;

• fazer com que a escola se torne mais atualizada paraque os alunos gostem dela;

• garantir espaço para a construção de conhecimentoscientíficos significativos, que contribuam para umaanálise crítica da realidade.

TIC na Gestão Escolar

Consideramos que as tecnologias de Informação e Comunicação precisam primeiramente ser assimiladas

ao processo de formação profissional para que seja incorporada concretamente no cotidiano, seja na função

docente ou gestora na escola pública. Em outras palavras, o/a professor/a, o/a gestor/a, precisa atribuir valor à tecnologia pelo seu potencial na facilitação de

sua própria aprendizagem a fim de que possa compreender como elas serão úteis na facilitação da aprendizagem de alunos/as e na comunicação direta

com a comunidade escolar.

Gestão e Avaliação da Aprendizagem

A LDB n.9.394/96, em seu artigo 24, Inciso V, alínea a, determina que avaliação seja:

“contínua e cumulativa do desempenho do aluno com prevalência dos aspectos qualitativos sobre

os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”.

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Avaliação MediadoraPara Hoffmann , a avaliação mediadora possuitrês características básicas a fim de vir a sereste instrumento de superação das dificuldadesdos alunos:

1. extensão no tempo com a observação dasdiversas situações de aprendizagem;

2. intensificação no tempo e no próprio espaçoda sala de aula como forma de proporcionarmaior atenção aos que assim o requeiram;

3. articulação dos procedimentos pedagógicosproporcionando ao professor o replanejamentoda ação docente diante das necessidades decada aluno e do grupo

Avaliação Mediadora e Gestão Escolar

A avaliação da aprendizagem não é, pois, um processo isolado que se faz no interior da

sala de aula e que só diz respeito a professores e alunos, mas se integra no

projeto político pedagógico da escola, e se vincula estreitamente ao processo de

avaliação institucional.

Concluindo...

Cabe, portanto, a necessária reflexãodiante das contradições inerentes entre o

discurso e a prática, entre

o pensar em fazer e o querer fazer.

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