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INSTITUTO TECNOLÓGICO DIOCESANO SANTO AMARO
G Ê N E R O T E X T U A L
4- PoesiasA poesia tem como principal objetivo despertar os sentimentos do leitor através de palavras que
provocam a sensibilidade. Ela é escrita em versos e emprega uma linguagem verbal criativa que
utiliza muitas vezes como recurso a rima e até mesmo formas visuais para dar criatividade à poesia.
Rima é a repetição dos sons no final dos versos.
Veja abaixo um conhecido poema brasileiro do poeta gaúcho Mário Quintana. Ele está com as rimas
destacadas. Observe que o som das terminações das palavras é sempre igual, formando pares:
POEMINHA DO CONTRA (Mario Quintana)
Todos estes que aí est
Atravancando o meu cam ,
Eles passar .
Eu passar !
ão
ão
inho
inho
MARIO QUINTANA
Mario de Miranda Quintana
(Nasceu em Alegrete, 30 de
julho de 1906 — Faleceu em
Porto Alegre, 5 de maio de
1994- RS) foi um importante
poeta, tradutor e jornalista
brasileiro.
http://www.poesiaspoemaseversos.com.br/cancao-para-uma-valsa-lenta-mario-quintana/
Conheça também um exemplo de poema que não faz uso da rima:
Não me importo com as rimas. Raras vezes
Há duas árvores iguais, uma ao lado da
outra.
Penso e escrevo como as flores têm cor
Mas com menos perfeição no meu modo
[de exprimir-me
Porque me falta a simplicidade divina
De ser todo só o meu exterior
Olho e comovo-me,
Comovo-me como a água que corre quando
[o chão é inclinado,
E minha poesia é natural como
[o levantar-se vento…
Normalmente a poesia é classificada como abstrata, pois trata de assuntos que não podem ser
tocados e vistos, como as emoções. Desse modo, a interpretação fica a critério de cada um que a lê.
UM POEMA (sem rimas) de Fernando Pessoa
FERNANDO PESSOA
Fernando Antônio Nogueira Pessoa
(Nasceu em Lisboa, 13 de Junho de
1888 — Lisboa/ Faleceu em 30 de
Novembro de 1935), mais conhecido
como Fernando Pessoa, foi um poeta,
filósofo e escritor português.3
Fernando Pessoa é o mais universal
(conhecido) poeta português.
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vistabula.co
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É importante destacar a diferença entre
poema e poesia.
Apesar de serem tratadas por muitos
como sinônimos, o uso dos dois termos
entre os estudiosos apresenta diferen-
ças:
-POEMA: É uma obra, um texto, escrito
em verso em que há poesia.
-POESIA: Característica do que emocio-
na, toca a sensibilidade. Sugere emo-
ções por meio de uma linguagem.
Dessa forma entendemos que a POESIA
está “dentro” do POEMA.
Ou seja, a “beleza” de sugerir emoções
por meio das palavras está “dentro” do
formato de escrever em versos.
Cada verso faz parte de uma ESTROFE,
assim, ESTROFE é um conjunto de ver-
sos, normalmente separadas por um
espaço entre elas.
Leia o poema ao lado de Clarice Lispec-
tor e observe as estrofes.
O SONHO (Clarice Lispector)
SONHE COM AQUILO QUE VOCÊ QUER SER,
PORQUE VOCÊ POSSUI APENAS UMA VIDA
E NELA SÓ SE TEM UMA CHANCE
DE FAZER AQUILO QUE QUER.
TENHA FELICIDADE BASTANTE PARA FAZÊ-LA DOCE.
DIFICULDADES PARA FAZÊ-LA FORTE.
TRISTEZA PARA FAZÊ-LA HUMANA.
E ESPERANÇA SUFICIENTE PARA FAZÊ-LA FELIZ.
AS PESSOAS MAIS FELIZES NÃO TEM AS MELHORES COISAS.
ELAS SABEM FAZER O MELHOR DAS OPORTUNIDADES
QUE APARECEM EM SEUS CAMINHOS.
A FELICIDADE APARECE PARA AQUELES QUE CHORAM.
PARA AQUELES QUE SE MACHUCAM
PARA AQUELES QUE BUSCAM E TENTAM SEMPRE.
E PARA AQUELES QUE RECONHECEM
A IMPORTÂNCIA DAS PESSOAS QUE PASSARAM POR SUAS VIDAS
CLARICE LISPECTOR (Nacida em
Chechelnyk em 10 de dezembro de
1920 — Faleceu no Rio de Janeiro em
9 de dezembro de 1977) foi uma
escritora e jornalista nascida na
Ucrânia e naturalizada brasileira.
Veio para o Brasil com seus pais,
ainda bebê, fugindo da guerra.
Quanto à sua brasilidade, Clarice
declarava-se pernambucana.
1ª
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RO
FE
2ª
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3ª
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4ª
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FE
RESPONDA:
1. “Sonhe com aquilo que você quer ser, porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance de fazer aquilo que quer.”. Com base nesse verso, escreva, qual o seu
maior sonho, o que você mais quer?
2. Que passos você está dando atualmente para alcançar seu sonho?
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3. “As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas. Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos.” Com base nesse verso, escreva quais oportunidades você teve em sua vida que lhe fizeram ser quem é hoje;
6. Agora é com você: Faça um verso de 4 linhas, com ou sem rima, sobre SONHAR:
Patativa do Assaré era o nome artístico (pseudônimo) de Antônio Gonçal-
ves da Silva. Nasceu em 5 de março de 1909, na cidade de Assaré (estado do Cea-
rá). Foi um dos mais importantes representantes da cultura popular nordestina.
Dedicou sua vida a produção de cultura popular (voltada para o povo mar-
ginalizado e oprimido do sertão nordestino). Com uma linguagem simples, porém
poética, destacou-se como compositor, improvisador e poeta.
Nasceu numa família de agricultores pobres e perdeu a visão de um olho. O pai
morreu quando tinha oito anos de idade. A partir deste momento começou a tra-
balhar na roça para ajudar no sustento da família.
Foi estudar numa escola local com doze anos de idade, porém ficou pou-
cos meses. Nesta época, começou a escrever seus próprios versos e pequenos
textos. Ganhou o apelido de Patativa, uma homenagem ao pássaro de lindo can-
to, quando tinha vinte anos de idade. Nesta época, começou a viajar por algumas
cidades nordestinas para se apresentou como violeiro. Seu primeiro livro de poe-
sias “Inspiração Nordestina”. Ganhou vários prêmios e títulos por suas obras.
Patativa do Assaré faleceu no dia 8 de julho de 2002 em sua cidade natal.
Fonte: http://www.suapesquisa.com/biografias/patativa_assare.htm
Imagens: http://ocantodopoetapassarinhopatativa.blogspot.com.br
POESIA POPULAR: Conheça a história de um representante da poesia popular brasileira, em
especial da poesia nordestina:
______________________PATATIVA DO ASSARÉ
5. “A felicidade aparece [...] para aqueles que reconhece a importância das pessoas que passaram por suas vidas.” Quem foram as pessoas importantes que passaram por sua vida?
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7. Leia o poema abaixo, de Patativa:
Sou fio das mata, cantô da mão grosa
Trabaio na roça, de inverno e de estio
A minha chupana é tapada de barro
Só fumo cigarro de paia de mio.
Sou poeta das brenha, não faço o papé
De argum menestrê, ou errante cantô
Que veve vagando, com sua viola,
Cantando, pachola, à percura de amô.
Não tenho sabença, pois nunca estudei,
Apenas eu seio o meu nome assiná.
Meu pai, coitadinho! vivia sem cobre,
E o fio do pobre não pode estudá.
Meu verso rastero, singelo e sem graça,
Não entra na praça, no rico salão,
Meu verso só entra no campo da roça e dos eito
E às vezes, recordando feliz mocidade,
Canto uma sodade que mora em meu peito.
8. Observamos que a beleza do poema de
Patativa está justamente na simplicidade de
suas palavras, apesar de muitas estarem em
desacordo com as normas ortográficas da
língua portuguesa. Conforme os exemplos,
escreva corretamente as palavras abaixo
(releia sempre que necessário o poema, para
que o contexto da frase lhe indique o sentido
correto):
TRABÁIO= trabalho
MENESTRÉ= ministro
-CANTÔ:_____________________________
-CHUPANA:___________________________
-PÁIA:_______________________________
-MÍO:________________________________
-PAPÉ:_______________________________
-ARGUM:_____________________________
-VEVE:_______________________________
-PERCURA:___________________________
-AMÔ:_______________________________
-ASSINÁ:_____________________________
-ESTUDÁ:____________________________
-RASTÊRO:___________________________
-PAIOÇA:_____________________________
-SODADE:____________________________
-CABOCO:____________________________
-CORAGE:____________________________
-VISAGE:_____________________________
-VAQUÊRO:___________________________
-CÔRO:______________________________
-TÔRO:______________________________
-NOVIO:_____________________________
-LUGIO:_____________________________
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O POETA DA ROÇA (Patativa do Assaré)
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9. Patativa em seu poema, além de colocar aspectos da vida de um verdadeiro “poeta da roça”, cita situações específicas da região em que mora. Em seu caderno, crie você também um poema em homenagem a sua terra natal.
10. Leia o poema abaixo e responda:
Não sei... se a vida é curta ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos tem sentido,
se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais,
Mas que seja intensa, verdadeira, pura... Enquanto durar"
11.Qual é o nome do poema:
_______________________________
12.Qual é o nome da autora:
_______________________________
13.Quantas estrofes possui o poema:
_______________________________
14. COLOQUE V PARA VERDADEIRO E F PARA FALSO:
a. ( ) A autora afirma que com certeza a vida é curta.
b. ( ) O que vivemos só tem sentido se não tocarmos o
coração das pessoas.
c. ( ) O colo, o braço, a palavra, o silêncio, a alegria, a
lágrima, o olhar, o desejo e o amor são todas coisas de
outro mundo.
Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, (Nasceu na cidade de Goiás, 20 de agosto de 1889 — Faleceu em Goiânia, 10 de abril de 1985) foi uma poetisa e contista brasileira. Considerada uma das principais escritoras brasileiras, ela teve seu primeiro livro publicado em junho de 1965, quando já tinha quase 76 anos de idade. Mulher simples, doceira de profissão, tendo vivido longe dos grandes centros urbanos, longe dos modismos literários, produziu uma obra poética rica em motivos do cotidiano do interior brasileiro, em particular dos becos e ruas históricas de Goiás.
Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Cora_Coralina
Imagem:http://www.elfikurten.com.br/2011/12/cora-coralina-venho-do-seculo-passado-e.html
NÃO SEI (Cora Coralina)
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15. O Poema a seguir está embaralhado. Observando os números, copie-o ao lado colocando em ordem e conheça um dos mais famosos poemas do nosso país, de Gonçalves Dias:
4. Não gorjeiam como lá.
3. As aves, que aqui gorjeiam,
1. Minha terra tem palmeiras,
2. Onde canta o Sabiá;
6. Nossas várzeas têm mais flores,
5. Nosso céu tem mais estrelas,
7. Nossos bosques têm mais vida,
8. Nossa vida mais amores.
9. Em cismar, sozinho, à noite,
12. Onde canta o Sabiá.
11. Minha terra tem palmeiras,
10. Mais prazer encontro eu lá;
18. Onde canta o Sabiá.
13. Minha terra tem primores,
16. Mais prazer encontro eu lá;
14. Que tais não encontro eu cá;
15. Em cismar — sozinho, à noite —
17. Minha terra tem palmeiras,
19. Não permita Deus que eu morra,
22. Que não encontro por cá;
21. Sem que desfrute os primores
24. Onde canta o Sabiá.
23. Sem qu'inda aviste as palmeiras,
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ANTÔNIO GONÇALVES DIAS
(Nasceu em Caxias (Maranhão) em 10 de agosto de 1823 — Faleceu em Guimarães (MA) em 3 de novembro de 1864) foi um poeta, advogado,
jornalista, etnógrafo e teatrólogo brasileiro. É famoso por ter escrito
o poema "Canção do Exílio" — sem dúvida, um dos poemas mais
conhecidos da literatura brasileira —,além de muitos outros poemas
nacionalistas e patrióticos que viria a dar-lhe o título de poeta
nacional do Brasil. Ele também foi um importante pesquisador das
línguas indígenas brasileiras e do folclore.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Gon%C3%A7alves_Dias
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16. Conheça o poema Porquinho da Índia, de Manuel Bandeira:
Porquinho da índia
(Manuel Bandeira)
Quando eu tinha seis anos
Ganhei um porquinho-da-índia.
Que dor de coração eu tinha
Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!
Levava ele pra sala
Pra os lugares mais bonitos, mais limpinhos,
Ele não se importava:
Queria era estar debaixo do fogão.
Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas…
- O meu porquinho-da-índia foi a minha primeira namorada.
17. Você observou que o autor retoma uma história de sua infância para escrever o poema. Em seu caderno, faça você também um poema que coloque alguma situação do tempo em que você era criança.
Teu NomeTeu nome, Maria Lúcia
Tem qualquer coisa que afaga
Como uma lua macia
Brilhando à flor de uma vaga.
Parece um mar que marulha
De manso sobre uma praia
Tem o palor que irradia
A estrela quando desmaia.
É um doce nome de filha
É um belo nome de amada
Lembra um pedaço de ilha
Surgindo de madrugada.
Tem um cheirinho de murta
E é suave como a pelúcia
É acorde que nunca finda
É coisa por demais linda
Teu nome, Maria Lúcia...
18. LEIA O POEMA ABAIXO, DO POETA BRASILEIRO VINÍCIUS DE MORAES:
19. O Poema de Vinícius de Moraes é sobre o nome Maria Lúcia. Pense em seu nome e todas as palavras que rimam com ele ou com adjetivos que você gosta. Crie dois versos, formando um poema em homenagem à você!
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