fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

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Fisiologia da digestão

comparada em não ruminantes

Marcelo Lopes Névoa

Universidade Federal do Mato Grosso

Faculdade de Agronomia, Med. Veterinária e Zootecnia Departamento de Zootecnia e Extensão Rural

O Trato digestivo dos animais (domésticos e silvestres) aparentemente são iguais.

Quais os órgãos que fazem parte????

- Língua - Gl. Salivares - Esôfago - Estômago - Intestino – Delgado = duodeno, jejuno, íleo - Grosso = ceco, cólon, reto - Fígado - Pâncreas

Funções

• TGI e glândulas associadas

- DIGESTÃO

- ABSORÇÃO

- EXCREÇÃO

O que é digestão?

É o conjunto de reações químicas por meio das substancias complexas em que macro moleculares são transformadas em outras mais simples.

Digestão química

BOCA Suco digestivo: Saliva Enzima digestiva: Amilase salivar

ESTÔMAGO Suco digestivo: Suco gástrico Enzimas digestivas: Proteases Lipases

INTESTINO DELGADO Sucos digestivos: Suco pancreático Suco intestinal (entérico) Enzimas digestivas: Amilase pancreática, Maltase, Proteases, Peptidase e Lipases

Fatores responsáveis pelo funcionamento normal do TGI:

• Fatores mecânicos: apreensão, mastigação, deglutição, motilidade gástrica e intestinal e defecação;

• Fatores secretórios: atividade das glândulas digestivas;

Fatores responsáveis pelo funcionamento normal do TGI:

• Fatores químicos: atividade de enzimas, ácidos e substâncias tamponantes;

• Fatores microbiológicos: processos fermentativos;

• Fatores hormonais: hormônios produzidos nas diversas seções do TGI;

1- A Boca

O que tem nela ????

Particularidades

- Dentes (sim ou não)

- Gl. Salivares (sim ou não)

- Língua

1.1- A Apreensão

- Depende do animal Aves Equinos Suinos Bovinos Ovinos/Caprinos Peixes Rã Coelhos

Lábios x Dentes x Língua

11

12

DEGLUTIÇÃO

• fase voluntária

• fase faríngea

• fase esofagiana

reflexas e dependentes de estimulação de receptores

sem saliva não há deglutição

Controle da Digestão

Os processos mecânico são controlados pelo Sistema nervoso.

Os processos químicos dependem de

estímulos do sistema neuro-hormonal.

Digestão na Boca

1) Dentes: - Digestão Mecânica - mastigação essencial para digestão; - Função: triturar alimentos; Dentes: pré-molares, molares, caninos, incisivos;

Digestão na Boca

Obs: as aves não possuem dentes. A trituração de seus alimentos é feita por um órgão chamado de moela, que tem a função de um estômago mecânico.

2) Língua: Função de deglutição (engolir o alimento). Promove a sensação dos sabores, em função da presença das papilas gustativas.

Digestão Química

• Enzimas da saliva

– Ptialina (amilase salivar)

– Maltase – Catalase

• pH: entre 6,4 e 7,5 • Ptialina: catalisa a

hidrólise de polissacarídeos – Amido – Glicogênio – Derivados

- Água: umidifica o alimento;

_ Lisozima - exerce importante ação bactericida e cicatrizante.

-Muco: (glicoproteína) - torna o alimento deslizável, ajudando no

peristaltismo;

-Enzima ptialina ou amilase salivar - age sobre os carboidratos de reserva

(amido e glicogênio) , fazendo a primeira quebra, e transformando-os em

maltose (dissacarídeo) e dextrina (oligossacarídeo);

-Ions: Entre os ânions, particularmente, o bicarbonato, que exercem um efeito

tamponante eficaz, frente aos ácidos e às bases, o que permite a constância

do pH salivar em torno de 6,9.

Obs: As enzimas digestivas são todas hidrolíticas, ou seja, realizam a reação na presença de água.

Composição da Saliva:

GLÂNDULAS

• Salivar - parótidas, submaxilares e sublinguais;

• Gástricas - células superficiais e mucosa

• - Células parietais (secretam HCL) ;

• - Células principais (secretam pepsinogênio);

• - Células enterocromafínicas (secretam gastrina)

3) Glândulas salivares: - Glândulas exócrinas que têm função de produzir a saliva, que atua na digestão química dos alimentos ingeridos; - 3 tipos de glândulas: submaxilar, submandibular (ou sublingual ) e parótida;

OBS: Nos EQUINOS não há Glândula salivar sublingual ...

Três pares de glândulas salivares:

-Parótidas Serosa -Submaxilares Serosa e mucosa (mista) -Sublinguales Mucosa

– Células mucosas – mucina – proteção e lubrificação

– Células serosas – eletrólitos e proteínas

• α-amilase salivar

• [HCO3-] , [K+], [Na+] e [Cl-]

Volume de saliva em 24 horas:

homem 1 a 2 litros

ovelha 1 a 4 litros

bovinos 90 a 190 litros

cavalo 38 litros

-Umidecer alimento (água) - Formar liga (mucina) - Enzimática (alfa Amilase) - Tampão (eletrólitos) - Higiene Oral (lisozima) - Resfriamento evaporativo de algumas espécies animais. - Controle de secreção - manutenção do volume do fluído ruminal (ruminantes)

Funções - Resumo

A boca

MASTIGAÇÃO

• Ato voluntário e reflexo

• Homogeneização

• Lubrificação

• Trituração

MASTIGAÇÃO

• Ato voluntário e reflexo

• Homogeinização / lubrificação

• Lubrificação

• Trituração

• Animais carnívoros: movimento vertical

herbívoros: movimento horizontal

DEGLUTIÇÃO

• fase voluntária

• fase faríngea

• fase esofagiana

reflexas e dependentes de estimulação de receptores

Fase da deglutição

Voluntária Língua contra o palato duro

Fase da deglutição

Reflexa

Pálato mole atinge faringe

Glote fecha laringe

Músculos faringeanos empurram

Pálato mole

Epiglote

Pálato mole

Epiglote

O esôfago

União esofágica

O estômago

O estômago

cárdia

O estômago

cárdia

fundo

O estômago

cárdia

fundo

corpo

O estômago

cárdia

fundo

corpo

antro

O estômago

cárdia

fundo

corpo

antro piloro

O estômago

O estômago

O estômago

O estômago

Glândulas Intestinais

• -‘glândulas’ intestinal ou Criptas de Lieberkühn: síntese de células da mucosa por mitose;

• - glândula de Goblet - secreção de muco;

• - glândulas duodenais ou de Brunner - secretam muco e fluído (ricos em eletrólitos).

Pâncreas • Possui função endócrina e exócrina

• Endócrina - a função endócrina do pâncreas (ilhotas de Langerhans), possuem três tipos de células:

• A - produzem glucagon (hipoglicemia);

• B - produzem insulina (níveis elevados de glicose sanguínea)

• C - produzem somatostatina, controle da relação insulina/glucagon.

Pâncreas

• Exócrina - o pâncreas secreta dois tipos de suco pancreático:

• - Primeiro suco: é alcalino, rico em íons;

• - Segundo suco: rico em enzimas proteolíticas, lipolíticas e amilolíticas

SUCO PANCREÁTICO: Composição e Função

• O suco pancreático é um líquido transparente, incolor que consiste principalmente em água, alguns sais, bicarbonato de sódio, e várias enzimas.

• O bicarbonato de sódio é tamponante do QUIMO acido, inibe a ação da pepsina estomacal ( pH), e cria o pH adequado para as enzimas digestivas do intestino delgado.

• O quimo chega no intestino chega com um pH ácido e isso estimula a produção do hormônio secretina

- Ele vai estimular o pâncreas à produzir uma substância rica em íons bicarbonatos, enzimas e precursores enzimáticos (amilases, tripsinogênio, quimiotripsinogênio, procarboxipeptidases, Lipase, Água e tampão HCO3

- ), chamado SUCO PANCREATICO.

• Além disso, o pâncreas secreta enzimas para ocorrer a digestão, sendo no caso de carboidratos, a mais importante é a amilase pancreática, colaborando com o trabalho iniciado pela amilase salivar, ambas, ἀ-amilases.

Digestão

SUCO PANCREÁTICO: Composição e Função

BICARBONATO – Função tamponante / alcalinizante Enzimas incluem: Amilase pancreática. Tripsina. Quimotripsina. Carboxipeptidase. Elastase. Lipase pancreática.

Enzimas digestivas de Acidos Nucleicos: Ribonuclease. Desoxirribonuclease.

proteases

lipases

carbohidrases

Nucleases

prova

Suco Pancreático • Secretado pelo pâncreas • pH entre 7,8 e 8,2 (alto teor de bicarbonato) • SECRETINA (hormônio da

mucosa ID) • Enzimas

– Tripsina – Quimiotripsina – Amilase pancreática – Lipase pancreática – Ribonuclease – Desoxirribonuclease

células acinares secretam enzimas digestivas

Células dos dutos secretar uma solução aquosa com NaHCO3

Duodeno

porção endócrina do pâncreas

(Ilhotas de Langerhans)

sangue

hormônios insulina e glucagon

Ducto biliar do fígado

prova

Tripsina

• Sintetizada como tripsinogênio (precursor

inativo)

• Ativação pela enteroquinase (produzida pelo

intestino delgado)

• Também ocorre autocatálise

• Atua sobre proteínas, produzindo peptídeos

Quimiotripsina

• Produzida na forma de quimiotripsinogênio

(precursor inativo)

• Ativação pela tripsina

• Age sobre proteínas, produzindo peptídeos

Outras Enzimas Pancreáticas

• Amilase pancreática: hidrolisa polissacarídeos

em dissacarídeos

• Lipase pancreática: hidrolisa gorduras neutras

em ácidos graxos e glicerol

• Nucleases: hidrolisam os ácidos nucleicos em

nucleotídeos

Controle da Secreção Pancreática

• Controle nervoso

– Impulsos parassimpáticos pelo nervo vago, do estômago até o pâncreas

– Estímulos: visão, cheiro, gosto do alimento, chegada do bolo alimentar ao estômago

• Controle hormonal

– Duodeno produz o hormônio secretina

– Estímulo: chegada do quimo ao duodeno

regulação da secreção pancreática

fase intestinal (super-importante)

secreção fase estímulo

bolo alimentar no duodeno > CCK

rica em enzimas

grande volume

rica em HCO3 -

vagal pequeno volume

rica em enzimas cefálica

(pouco importante)

gástrica (média importância)

contrações antrais

gastrina

volume médio

rica em enzimas

ácido no duodeno > secretina

• - Ativadas inicialmente, pela ENTEROQUINASE (tripsinogênio tripsina). A TRIPSINA ativa todas as outras pró-enzimas.

A bílis não possui enzimas mas é fundamental na divisão

das gorduras em partículas de pequenas dimensões.

Ajuda a neutralizar a acidez do quimo o que permite a

actuação das enzimas.

Fígado / Bile / emulsão das gorduras

gordura

água

bílis

gotículas

de gordura

Funções do Fígado

• Metabolismo de Carboidratos

• Metabolismo de Lipidios

• Metabolismo de Proteínas

• Processamento de Drogas e Hormonios

Funções do Fígado

• Excreção da bilirrubina.

• Síntese de sais biliares.

• Armazenamento (equino não tem vesicula).

• Fagocitose.

• Ativação da vitamina D.

Bile

• Produzida pelo fígado e armazenada na vesícula biliar

• Não apresenta enzimas digestivas (ação digestiva mecânica)

• Sais biliares (glicolato e taurocolato de sódio) – Emulsionam as gorduras – Solubilizam os produtos finais da digestão lipídica

• Colecistoquinona: hormônio que estimula a liberação da bile – Produção: mucosa duodenal – Estímulo: presença de gorduras no duodeno

Bile

• A bílis ou bile produzida pelo fígado que se armazena na vesícula biliar.

• Atua na digestão de gorduras (emulsiona as gorduras) e na absorção de substâncias nutritivas da dieta ao passarem pelo intestino.

• Coloração geralmente é amarela = bilirubina, apresentando uma tonalidade esverdeada (biliverdina).

• Secretina = produção de bile

• Colecistoquinina = liberação da bile

FIGADO

• Fígado: secreção de bile, composta por ácidos e sais biliares, fosfolipídios, colesterol

• Intestino Delgado: é o maior sítio de digestão e absorção de nutrientes

• Dividido em três segmentos:

• - Duodeno

• - jejuno

• - íleo

Intestino Delgado

Jejuno-ileo

INTESTINO DELGADO

• O duodeno: maior digestão de carboidratos, proteínas e lipídios, ocorre ainda, alta taxa de absorção de nutrientes

• No jejuno - elevada taxa de absorção de nutrientes, bem como de água.

• No íleo - ocorre uma baixa digestão e continuação da absorção (sais Biliares).

Anatomia do Tubo Gastrintestinal

Formulação de rações para suínos

suíno

Formulação de rações para suínos

suíno

Ceco e colon saculados

Formulação de rações para suínos

suíno

Ceco e colon saculados

Estômago – 29,2%

ID - 33,5%

Ceco - 5,6%

Colon - 31,7%

Formulação de rações para suínos

equino

Formulação de rações para suínos

equino

Ceco e colon saculados

Formulação de rações para suínos

equino

Ceco e colon saculados

Estômago – 8,5%

ID - 30,2%

Ceco - 15,9%

Colon - 45,4%

Formulação de rações para suínos

coelho

Formulação de rações para suínos

coelho

Ceco e colon saculados

Cecotrofos

“Estase gástrica”

Formulação de rações para suínos

cão

Ceco reduzido

Ceco e colon não saculados

Formulação de rações para suínos

cão

Estômago – 62,3%

ID - 23,3%

Ceco - 1,3%

Colon - 13,1%

Ceco reduzido

Ceco e colon não saculados

Formulação de rações para suínos

cão

gato

- Produção de saliva (neuronal) - Alimento na boca, o sistema nervoso (nervo vago), inicia a liberação de suco gástrico.

- Alimento no estômago, este começa a secretar GASTRINA (1), produção do suco gástrico.

PROCESSO DIGESTIVO

- Quilo no duodeno, secreção de SECRETINA (2), (suco pancreático rico bicarbonato).

- Também produz COLECISTOCININA (3), (gorduras), secreção do suco pancreático e contração da vesícula biliar (4),

- Quimo rico em gordura, o duodeno secreta ENTEROGASTRONA (5), que inibe os movimentos do estômago, a produção de gastrina e suco gástrico.

DUODENO

• Inicio a secreção dos hormônios local: • * Secretina • - estimula a secreção de água e eletrólitos pelo

pâncreas (1ª. secreção); • - inibe a secreção do HCL; • - estimula a secreção de pepsinogênio • * Colecistoquinina: produzido pela mucosa

duodenal, principalmente, pela presença de ácidos graxos e os aminoácidos (metionina, valina e fenilalanina)

DUODENO

• * Polipeptídeo inibidor gástrico - inibe a secreção gástrica ácida, a secreção da pepsina, estimula a liberação da insulina e a secreção intestinal.

• * Polipeptídio intestinal vasoativo - isolado da mucosa do ID

• * Enteroglucagon - com efetividade para reduzir a glicose sanguínea

INTESTINO GROSSO

• Última seção do TGI, com funções de recebimento dos resíduos remanescentes da digesta do intestino delgado (bolo fecal).

• Composto por: cólon, ceco e reto

FISIOLOGIA COMPARADA

FISIOLOGIA COMPARADA

• 1- Tipos de Animais Quanto ao Aparelho Digestivo

• a) monogástricos com ceco simples: homem, suínos, aves e cão, etc;

• b) monogástricos de ceco funcional: cavalo e coelho;

• c) poligástricos: bovinos, ovinos, caprinos, etc.

FISIOLOGIA COMPARADA

a) Monogástricos com ceco simples:

• Suínos: - pequena capacidade de armazenamento;

• - pequena capacidade de síntese de nutrientes;

• - reduzida capacidade de digerir fibra - intestino grosso pequeno

• - focinho desenvolvido

FISIOLOGIA COMPARADA

• Aves: - ausência de dentes

• - presença de bico córneo

• - dilatação no esôfago: papo

• - função gástrica em dois locais: proventrículo e moela

• - duplo ceco

FISIOLOGIA COMPARADA

• b) Monogástricos de ceco funcional:

• Equídeos : estômago relativamente pequeno, deve-se ter cuidado com alimentação

• - grande número de bactérias

• - grande capacidade de desdobrar fibras

• - síntese de nutrientes

• - ausência de vesícula biliar

• - dificuldade de regurgitação

Fffffffffffffffffffffffffffffffffffffff F F f

Composição do bolo alimentar na entrada do antro duodenal

• Carboidratos de cadeia longa parcialmente digeridos

• Dissacarideos intactos

• Proteínas parcialmente digeridas (oligopeptídeos)

• Lipídeos intactos

Suco Entérico

• Secretado pelo epitélio glandular do intestino delgado

• pH entre 6,5 e 7,5 • Muco: proteção do epitélio

intestinal • Enzimas

– Enteroquinase – Erepsina – Lipase – Amilase – Maltase – Lactase – Sucrase

Regulação da Secreção Entérica

• Estímulos locais

– Distensão do intestino

– Estímulos táteis e irritantes

• Influxos parassimpáticos

• Secretina

Intestino delgado / digestão Quimo

Bílis (ação química)

Suco pancreático (ação química)

Suco intestinal (ação química)

+

Movimentos peristálticos

(acção mecânica)

Quilo

Absorção dos Nutrientes

• Ocorre principalmente no intestino delgado

– Microvilosidades

• Estômago e intestino grosso

– Absorção de água

– Absorção de vitaminas e sais minerais

• “Flora” intestinal

– Produção de vitaminas (K, B12, tiamina, riboflavina) e vários gases

Intestino delgado/ final digestão

No final da digestão, no intestino

delgado pode encontrar-se:

• Um conjunto de nutrientes muito

simples, como a água, íons,

minerais, glicose, ácidos gordos,

aminoácidos e vitaminas.

• Grandes moléculas não digeridas

como a celulose.

Intestino Delgado

Aminoácidos

Monossacarídeos

(glicose)

sais minerais

Vitaminas

alguma água

Ácidos gordos e glicerol

Vitaminas lipossoluveis

Os produtos resultantes da digestão passam através de vilosidades

para o sangue ou para a linfa.

Intestino delgado / absorção intestinal

Intestino Grosso

Intestino grosso / absorção

As substâncias não

digeridas passam para

o intestino grosso

misturadas com água.

Ocorre a absorção de

minerais e de grande

quantidade de água

No Intestino Grosso…

Movimentos peristálticos são

efetuados pelo intestino grosso

até à expulsão das fezes.

Os nutrientes passam, em grande parte, para o sistema circulatório, sendo posteriormente utilizados pelas células. Os restantes materiais passam para o intestino grosso, onde vão formar as fezes.

Os alimentos não digeridos, os nutrientes não absorvidos, o muco e as células mortas, constituem as fezes, expulsas pelo ânus.

Intestino grosso / papel das fibras

As fibras essencialmente constituídas por celulose, ajudam a reter a água, o que torna as fezes mais volumosas, macias e fáceis de expelir, ficando, por isso, a parede do intestino sujeita durante menos tempo ao contacto com substâncias tóxicas dos resíduos dos alimentos. Tal facto reduz o risco de cancro no intestino e de outras doenças, como apendicite, hemorróidas, etc

Alimentos que protegem a parede

intestinal da ação de bactérias

Alimentos que alteram microbiota intestinal

Alimentos como vegetais, frutas e legumes protegem a parede intestinal da ação de bactérias nocivas e toxinas

Alimentos com alto teor de colesterol, ricos em gorduras

saturadas, provocam um desequilíbrio na flora intestinal, causando a chamada disbiose

Suco entérico

- Gl. Intestinais = Gl. Lieberkuhn - Gl. Duodenais = Gl. Brunner

- pH 6,7 a 9,3

- Bicarbonato de sódio tampão

- Mucina emulsificação das gorduras

- Enteroquinase liberação das enz. e conversão do tripsinogênio, quimiotripsinogênio e procarboxipeptidases do pâncreas

- Maltase maltose em glicose

ENZIMAS SUCO ENTÉRICO

- Sacarase sacarose em glicose e frutose

- Alfa dextrinase alfa dextrina em glicose

- Aminopeptidases peptídeos em aa e peptídeos de cadeia menor

- Dipeptidases dipeptídeos em aa

- Lactase lactose em glicose e galactose

- Desoxiribonucleases Ac. Desoxiribonucleicos em ?

- Enterogastrona Mucosa Intestino delgado

Estimulada por: gordura e açúcar

Ação: inibe motilidade e secreção gástrica

- Enterocrinina Mucosa Intestino delgado

Estimulada por: quimo

Ação: aumenta volume e concentração do suco entérico

- Viliquinina Mucosa Intestino delgado

Estimulada por: HCl

Ação: estimula movimentos das vilosidades entestinais

Hormônios outros

PECULIARIDADES comparadas

• Lactentes: Alta atividade da enzima lactase

• Aves: não conseguem digerir alimentos que contenha muita lactose

Particularidades

EQUÍDEOS:

• Digestão microbiana no intestino grosso

• Saliva só com função de umidecimento do alimento

• Cada 10 kg de MS são secretados 50 litros de saliva

• Estômago pequeno

• Não possui vesícula biliar

• Bolo alimentar fica cerca de 24 horas no ceco e cólon onde ocorre fermentação da fibra com produção de AGV que são absorvidos pela mucosa intestinal.

• O principal sítios de fermentação seria o cólon. • Na falta da fibra na dieta ocorre uma alteração do

trânsito intestinal, com permanência excessiva da digesta no cólon e ceco. Isto acarretaria uma grande produção de gases e formação de aminas tóxicas, levando a cólicas

Particularidades

Coelhos:

• Um coelho adulto alimenta-se cerca de 25 vezes ao dia.

Particularidades

Coelhos:

• O estômago dos coelhos possui uma túnica muscular pouco desenvolvida, pouco contrátil, sendo que seu estômago normalmente não encontra-se vazios.

Particularidades

• O intestino grosso tem um importante papel na digestão do coelho, devido à fermentação cecal, excreção seletiva da fibra e a reingestão do conteúdo cecal (cecotrofia)

• A ingestão destes cecotrofos permitem que os coelhos aproveitam melhor a fibra dietética, além da incorporação da proteína bacteriana. Os cecotrofos são tomados diretamente do ânus e deglutidos íntegros, sem ocorrência de mastigação

Particularidades

Absorção de Água - Quase 99% da água e dos íons ingerido e secreções gastrintestinais. - Absorção por difusão - Duodeno pouca absorção, em geral existe acréscimo de água no quimo. - Intestino delgado grande absorção de água - Atividade de absorção Jejuno > íleo - Intestino grosso

Absorção de íons Sódio Transporte ativo Ao longo de todo o intestino; A velocidade efetiva de absorção é mais alta no jejuno (Glicose, Galactose). Ferro Limitada forma sais insolúveis com certos ânions A Vitamina C promove a absorção do Ferro forma um complexo solúvel previne a formação de complexos insolúveis; Reduz Fe+++ a Fe++ menor tendência a formar complexos insolúveis

Absorção das Vitaminas Lipossolúveis A, D, E, K absorvidas junto com as micelas mistas formadas pelos ácidos biliares e pelos produtos de digestão lipídica. Nas células epiteliais as vitaminas lipossolúveis penetram os quilomícrons e deixam o intestino na linfa.

Absorção de Vitaminas Hidrossolúveis B1 (Tiamina), B2 (Riboflavina), B6 (Piridoxina), B12, C (Ácido Ascórbico), Niacina (Ácido Nicotínico), Ácido Pantotênico (B5) e Ácido Fólico (Ácido Pteroilglutâmico). Co-transporte dependente de Na+ no intestino delgado ou por difusão facilitado. Exceção vitamina B12 (Cobalamina) que depende do fator intrínseco.

Absorção da Vitamina B12

No estômago (pH baixo) se torna livre e é fixada as proteínas R, presentes na saliva e no suco gástrico. O Fator intrínseco possui menos afinidade que as proteínas R; Intestino proteases pancreáticas dissolvem a ligação com a proteína R vitamina B12 se liga com o fator intrínseco sendo este complexo (B12-FI) absorvido no íleo (Transporte ativo).

ABSORÇÃO DE ELETRÓLITOS

Íons carregados negativamente como de bicarbonato,

e outros como, cloreto (Cl-) , iodeto, nitrato podem

seguir passivamente, até mesmo o Sódio (Na+)

ou também ser transportado ativamente,

Íons carregados positivamente como de potássio (K+),

ferro (Fe+), magnésio, e fosfato são

absorvidos através de transporte ativo,

Cálcio Absorção ativa em todos os segmentos no intestino, de acordo com as necessidades de cálcio do organismo. Absorção de Cálcio estimulada pela Vitamina D essencial para a obtenção de níveis normais de absorção de Cálcio pelo intestino. PTH estimula a absorção de Cálcio promove a ativação da Vitamina D pelo rim aumenta o nível de calbindina (proteína fixadora de cálcio - CaBP) e de IMCal - Proteína fixadora de cálcio da membrana intestinal

Obrigado

Até o próximo encontro...

Marcelo Lopes Névoa

Médico Veterinário - UFV

Mestre em Ciência Animal – UFMT

marcelonevoa@hotmail.com

FISIOLOGIA DA DIGESTÃO COMPARADA

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