filosofia medieval2 renata 21 m
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FILOSOFIA MEDIEVAL
Karol de Quevedo Viana e Renata Polachini
21MP
ESCOLÁSTICA E PATRÍSTICA
Filosofia Patrística (século I ao VII): a filosofia desenvolvida nessa época teve como objetivo
consolidar o papel da igreja e propagar os ideais do cristianismo. Baseadas nas Epístolas de São
Paulo e o Evangelho de São João, a escola patrística advogou a favor da igreja e propagou diversos
conceitos cristãos como o pecado original, a criação do mundo por Deus, ressurreição de juízo final.
Filosofia da Escolástica (séc. IX ao séc. XV): nesse período ocorreu uma retomada de muitos
princípios filosóficos gregos. A grande preocupação da igreja era aliar a razão e a ciência aos ideais da
igreja católica. Nesse contexto, surgiu a teologia que foi uma ciência que buscava explicar
racionalmente a existência de Deus, da alma, do céu e inferno e as relações entre homem, razão e fé.
Apesar das contribuições ideológicas e em alguns aspectos científicos, especialmente na geometria,
aritmética, música, astronomia entre outras, a filosofia patrística e escolástica se diferencia das demais
correntes de pensamento pelo fato de não aceitar verdades que poderiam, porventura, contrariar
dogmas religiosos e os demais pressupostos cristãos. Pelo seu caráter em alguns aspectos
manipulador, a filosofia medieval não costuma receber muita atenção de indivíduos engajados na
busca científica da existência humana e do próprio universo.
SANTO AGOSTINHOA razão, para Agostinho serve de auxiliar da fé, esclarecendo e tornando inteligível
aquilo que intuímos. Ele tinha tomado contato com o pensamento neoplatônico de
que a natureza humana contém parte da essência divina. Demonstra que há limites
para a racionalidade, receberemos um saber que está além do natural.
Ele expôs a teoria de que os sentidos dizem algo verdadeiro. O erro provém do
juízo que fazemos das sensações, e não delas próprias. A sensação não é falsa, o
que é falso é querer ver nelas uma verdade externa ao próprio sujeito.
Agostinho ficou conhecido pôr “cristianizar” Platão, fazendo vários paralelos entre a
parte espiritualista dele (que diz existir um mundo transcendente) e as sagradas
escrituras. Fez a distinção entre o corpo, sujeito à sorte do mundo e a alma, com a
qual se pode conhecer Deus. Antes de Deus ter criado o mundo a partir do nada as
ideias eternas já existiam na sua mente.
SÃO TOMÁS DE AQUINO
É chamado de tonismo o conjunto de doutrinas teológicas e filosóficas de São Tomás de
Aquino. Ele foi um monge influenciado por Aristóteles, Platão e Santo Agostinho, onde
criou um sistema filosófico e teológico próprio e original que gradualmente tornou-
se importante a ponto de marcar toda a filosofia medieval.
Segundo a interpretação de São Tomás, tais conceitos não se chocam nem se
confundem, mas são distintos e harmônicos. A teologia é considerada uma ciência
suprema, fundada na revelação divina, e a filosofia, sua auxiliar. Cabe à filosofia
demonstrar a natureza e a existência divina em plena harmonia com a razão. Só há conflito
entre filosofia e teologia caso a primeira, num uso incorreto da razão, se proponha explicar
o mistério do dogma religioso sem o auxílio da fé.
Pensa o mesmo que forma essencial do corpo, responsável por dar vida a
este. A alma humana é subsistente, imortal e única, e por isso,
o homem tende naturalmente para Deus.
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