fáscia e seus trilhos anatômicos: o que devemos conhecer para realizar atividades funcionais

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Health & Medicine

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Fabio Mazzola

Fáscia e seus trilhos anatômicos: o que devemos conhecer para realizar atividades

funcionais.

RPG Mazzola e Zaparoli

Introdução

Há necessidade de reconhecermos que as ações estáticas e dinâmicas das unidades funcionais e anexos do sistema músculo esquelético, dependem dos conhecimentos dos folhetos, do superficial e do profundo, da morfologia dos tecidos e da biomecânica globalizada de todo o sistema.

Atividades (treinamento) FuncionaisSistema de treinamento focado nos movimentos

fundamentais do homem primitivo e que são executados também no cotidiano do homem moderno, tendo como característica realizar a convergência das habilidades biomotoras fundamentais, para produção de atos mais eficientes.- Instabilidade;- Core.

Atividades (treinamento) Funcionais

Estrutura muscular

Introdução

“Em termos funcionais, é ilógico tentar considerar o músculo como uma estrutura separada da fáscia, já que ambos são tão estreitamente relacionados. Tire a ação do tecido conjuntivo e o músculo que resta pareceria uma estrutura gelatinosa, sem forma ou capacidade funcional”.

Paradigmas

La Lección del Dr. Nicolaes Tulp (1593)(Rembrandt ,1606)

Gunther Von Hagens (Londres 2002)

Pesquisa Científica

O tecido conjuntivo é o componente anatômico

que envolve e une todas as células, estruturas e

sistemas do Corpo Humano, sendo o principal

responsável pela forma que temos e por nossa

capacidade de adaptação ao campo gravitacional.

Tecido Conjuntivo

Embriologia

- A gênese óvulo fecundado. - 3 sistemas funcionais: ectoderma,

endoderma e mesoderma- No corpo humano, a posição no

espaço físico tridimensional (estrutura física) é determinada por elementos derivados do mesênquima, especificamente osso, músculo, ligamento, tendão e fáscia.

Tecido Conjuntivo

Fáscia

• Fáscia – derivado do latin ``banda´´;• Anatomia - membrana de Tec. Conjuntivo,

que envelopa todo o corpo e suas partes, assegurando-lhes sustentação.

Constituintes do Tecido Conjuntivo

Constituintes do Tecido Conjuntivo

• Diferentes tipos de células;

• Diferentes tipos de Fibras;

• Substância Fundamental Amorfa.

Constituintes do Tecido Conjuntivo

Diferentes tipos de células:

• Mesenquimatosas: indiferenciadas;

• Fibroblastos: precursoras das fibras e G.A.G.s;

• Mastócitos: reações imunitárias. Ex: heparina, histamina, dopamina, serotonina e ácido hialurônico;

• Macrófagos: fagocitam bactérias e corpos estranhos, sintetizam interferon;

• Plasmócitos: produção de anticorpos;

• Leucócitos: defesa patogênica;

• Adipócitos: reserva energética, isolante térmico e proteção;

• Pigmentares: coloração.

Constituintes do Tecido Conjuntivo

Constituintes do Tecido Conjuntivo

• Diferentes tipos de células;

• Diferentes tipos de Fibras;

• Substância Fundamental Amorfa.

Fibras Colágenas:

• Proteínas de curta duração;• Contém 3 cadeias de aminoácidos

enrolados (glicina, prolina e hidroxiprolina)

• Densas e longas;• Arranjadas em feixes ondulados

(plissado);• Aspecto estriado.

Constituintes do Tecido Conjuntivo

Fibras Colágenas:• Rápida renovação;• Grande força de tração;• Cede apenas 10% do seu tamanho

(pouca extensibilidade); • Sintetizadas pelos fibroblastos,

osteoblastos, condrócitos e cél. musculares lisas.

Constituintes do Tecido Conjuntivo

Fibras Reticulares:• Colágeno de pequeno calibre;• Finas, frouxas e irregulares;• Ricas em microfilamentos;• Formam redes em torno das

células e órgãos delicados;• Encontrada também em pequena

quantidade dentro do tec. adiposo e conj. frouxo

Constituintes do Tecido Conjuntivo

Fibras Elásticas:

• Proteínas de longa duração;• Cadeias de aminoácidos

entrelaçadas aleatoriamente (desmosina, isodesmosina, prolina e glicina)

• Elos cruzados espaçados;• Finas e longas;• Não estriadas;• Cor amarelada.

Constituintes do Tecido Conjuntivo

Fibras Elásticas:

• Cede 150% do seu tamanho;• Sem força de tração;• Pouco renovada;• Sintetizadas pelos

fibroblastos, condrócitos e céls. musculares lisas

Constituintes do Tecido Conjuntivo

Constituintes do Tecido Conjuntivo

• Diferentes tipos de células;

• Diferentes tipos de Fibras;

• Substância Fundamental Amorfa.

Substância Fundamental Amorfa

• Plasma;• Proteínas (glicosaminoglicanos);• Água (60 a 70% do tec.

conjuntivo).

Constituintes do Tecido Conjuntivo

Constituintes do Tecido Conjuntivo

• Características:– Incolor;– Transparente;– Hiperhidratada;– Viscosa ;– Preenche os espaços

entre as células e as fibras do tecido conjuntivo.

• Propriedades:– Preenhimento;– Nutrição;– Defesa;– Facilitar a

movimentação das fibras;

Substância Fundamental Amorfa

Substancia fundamental :• Gel;• Sol.

Viscoelasticidade

Constituintes do Tecido Conjuntivo

Classificação Anatômica

• Fáscia superficial;

• Fáscia profunda;

• Fáscia subserosa ou visceral;

• Localização Anatômica:– Subcutânea;

• Características:– Rica em tecido conjuntivo

frouxo e adiposo;– Embebida em linfa intersticial;– Espessura variável;– Rica em vasos linfáticos e

periféricos;– Estica-se em qualquer direção.

Fáscia superficial

• Localização Anatômica:– Abaixo da superficial– Desdobra-se fundindo-se

com tendões, ligamentos, ossos, etc.

• Características:– Tecido conjuntivo denso e

sem gordura– Espessura variável– Firme e rígida

Fáscia Profunda

• Localização Anatômica:– Localização profunda– Envolve as membranas

serosas que recobrem as vísceras, nervos e vasos

• Características:– Tecido conjuntivo variável– Forma a camada fibrosa das

membranas serosas que cobrem as vísceras ( pleura, peritônio, pericárdio, etc.)

Fáscia Subserosa ou Visceral

Propriedades das fáscias • É ricamente dotada de terminações nervosas;• Tem a capacidade de adaptar-se de maneira

elástica;• Oferece uma extensa conexão muscular;• Suporta e estabiliza, enfatizando, assim, o

equilíbrio postural do corpo;• As especializações fasciais produzem faixas de

tensão definidas;

Propriedades das fáscias

• As mudanças fasciais predispõem à congestão crônica do tecido; articulares e periarticulares;

• Tal congestão crônica passiva precede a formação do tecido fibroso, que por sua vez desencadeia um aumento na concentração de íons hidrogênio das estruturas articulares e periarticulares;

• A tensão repentina (trauma) sobre o tecido fascial geralmente resulta em dor do tipo em queimação;

Propriedades das fáscias • A fáscia é a principal arena dos processos

inflamatórios;• Os fluidos e processos infecciosos geralmente

percorrem os planos fasciais;• A mudança fascial precede muitas doenças

crônicas degenerativas;• Ajuda na economia circulatória, especialmente

dos fluidos venoso e linfático;

Propriedades das fáscias

• O SNC é cercado pelo tecido fascial (dura-máter) que conecta-se ao osso no crânio, de forma que a disfunção desse tecidos pode ter efeitos profundos e disseminados;

• Responde ao Modelo de Tensigridade.

Modelo de Tensigridade

Modelo de Tensigridade

Causas de Disfunção

• Uso excessivo, incorreto, insuficiente;• Tensões posturais;• Estados emocionais negativos crônicos;• Fatores reflexivos;• Fatores congênitos.

Reação a Tensão

Quando o sistema musculoesqulético está sendo utilizado incorretamente, ocorre uma seqüência de eventos que pode ser resumida da seguinte forma:

Aumento do Tônus;

Detritos metabólicos Falta de O2

Edema e isquemia

Dor / desconforto

Hipertonicidade

Reação a Tensão

Inflamação ou irritação crônica

Estímulos nervosos ao SNC – hiper-reatividade

Os macrófagos são ativados, a vascularidade e a atividade fibroblástica são aumentadas

Reação a Tensão

Aumenta ligação cruzada

Distorções em outros locais (estruturas nervosas, musculares linfáticas e vasos sanguíneos)

Mudanças nos tecidos elásticos(hipertonicidade muscular)

Inibição do seu antagonista

Reação a Tensão

Reação em cadeia

Excesso de tensão Isquemias

Biomecânica anormal

Desequilíbrios e / ou Restrições articulares(restrições fasciais)

Reação a Tensão

Evolução de hiper-reatividade

O desperdício de energia / fadiga

Mudanças funcionais

Feedback neurológico / incapacidade de relaxar

Reação a Tensão

Alterações musculoesqueléticas crônicas e dor

Nesse estágio, a restauração da forma funcional normal requer uma ação que envolva as mudanças diversificadas que

ocorreram.

Reação a Tensão

Trilhos Anatômicos

Linha Posterior Superficial

Linha Anterior Superficial

Linha Lateral

Linha Espiralada

Linha Posterior Profunda do Braço

Linha Posterior Superficial do Braço

Linha Anterior Profunda do Braço

Linha Anterior Superficial do Braço

Linha Anterior Funcional

Linha Posterior Funcional

Linha Anterior Profunda

“A fáscia reage ás cargas e tensões de uma

forma elástica e ao mesmo tempo plástica;

a sua reação depende do tipo, duração e

quantidade da carga impostos”

Ação sobre a Fáscia

Atividades (treinamento) Funcionais

Fábio Mazzola

f.mazzola@uol.com.br

RPGwww.mazzolaezaparoli.com.brFace: RPG Mazzola e Zaparoli

Balance Miofascial Funcionalwww.balancemiofascialfuncional.com.br

Face: Balance Miofascial Funcional

Pilateswww.libertypilates.com.br

Face: Liberty Pilates

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