falÁcias da argumentaÇÃo -...

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FALÁCIAS DA ARGUMENTAÇÃO Pág. 119/121 PLT

DEFINIÇÃO

Enganos da Argumentação;

“Argumento de conclusão inaceitável embora

proveniente de premissas verdadeiras” (Lalande

(1980, p.339).

Divide-se em falácia formal e falácia material:

ESPÉCIES

Divide-se me falácia formal e falácia material :

FALÁCIA FORMAL: quando afeta as regras do

silogismo (é um termo filosófico com o qual

Aristóteles designou a argumentação lógica perfeita,

constituída de três proposições declarativas que se

conectam de tal modo que a partir das duas primeiras,

chamadas premissas, é possível deduzir uma

conclusão. – PREMISSA MAIOR, PREMISSA MENOR,

CONCLUSÃO) (Disponível em:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Silogismo)

FALÁCIA MATERIAL: quando não afeta a estrutura

do silogismo

EXEMPLO DE SILOGISMO:

“Todo homem é mortal.

Sócrates é homem.

Logo, Sócrates é mortal.”

"Toda gata mia.

Ora, minha namorada é uma gata.

Logo, minha namorada mia."

EXEMPLOS DE FALÁCIA FORMAL

“O touro muge;

Ora, o touro é uma constelação;

logo, uma constelação muge”.

A palavra “touro” se torna em dois sentidos, o que

cria quatro termos, quando no silogismo deve

haver apenas três termos, o que fere uma das

regras do silogismo (premissa maior, premissa

menor, conclusão).

“Os pássaros voam;

ora, os pássaros são animais;

logo, todo animal voa”.

A falha no silogismo está na conclusão, ela é maior

que as premissas ditas acima, agredindo outra

regra do silogismo (a conclusão não pode ser mais

extensa do que as premissas).

EXEMPLOS DE FALÁCIA MATERIAL

A) Ignorância no assunto: Demonstrar ou

argumentar sobre algo que não está em discussão.

(Fugir do assunto).

Chamado também de Argumento ad

ignorantiam.

B) Petição de Princípio: é aquela falácia

conhecida e usada até o abuso, com a qual se dá

como provado o que deve ser provado. Raciocínio

circulatório, sai de um ponto e retorno ao mesmo

ponto.

Ex: O réu suicidou-se, pois enforcou-se.

C) Argumentos ad hominem, ad personam: Os

quais tem o objetivo de levar o adversário ao

engano, desviando-lhe a atenção.

D) Generalização: Operação pela qual estende-se

toda uma classe. Generalizar conceitos, e

conclusões.

A GRAMÁTICA NO PORTUGUES

JURÍDICO

OBSERVAÇÕES GRAMATICAIS

ALGUNS EXEMPLOS (OUTROS PÁG

129/134 PLT)

ONDE – AONDE

Onde: Advérbio de lugar. Indica localização.

Exemplos:

Não sei onde estou.

O réu quer saber onde se localiza a sala de

audiências.

Moro na rua onde fica o SAMU.

Aonde: é um advérbio de lugar, no sentido de

transmitir a ideia de movimento.

Exemplo:

O réu quer saber aonde deve ir.

Aonde vamos hoje a noite?

SENÃO – SE NÃO

Senão:

Escreve-se "senão" quando a palavra assume as seguintes funções:

1) De conjunção alternativa, podendo ser substituída por "caso contrário"; Ex: Devemos trabalhar, senão o contrato será cancelado.

2) De conjunção adversativa, sendo possível trocá-la por "mas"; Ex: Vencemos a partida de futebol não por sorte, senão por competência.

3) De preposição, tendo o mesmo significado de "com exceção de" ou "exceto"; Ex: A quem, senão a ele, devo fazer referência durante a palestra?

4) E de substantivo masculino, significando "falha" ou "defeito". Ex: Meu namorado é quase perfeito, só tem um senão.

Se não:

Só deve ser usado quando o "se" é uma conjunção

condicional (substituível por "caso") ou integrante

(podendo ser trocada, com a oração que ela

introduz, por "isso", "isto" ou "aquilo").

Ex: Art. 181 CC: “Ninguém pode reclamar o que,

por uma obrigação anulada, pagou a um incapaz,

se não provar que reverteu em proveito dele a

importância paga”.

Ex: Se não chover, irei encontrar meus amigos.

SALVADO – SALVO

Salvado: Particípio passado do verbo Salvar;

indica o que se salvou. Tem que ser usado

acompanho dos verbos auxiliares ter/haver;

Ex: O naufrágo havia se salvado.

Eu havia salvado tudo antes do computador

pifar.

Salvo:

Como Adjetivo = Livre, Liberto, resguardado;

Ex: Você perderá tudo se não pagar, salvo a casa em que mora.

Como Advérbio, significando exceto, com exceção.

Ex: Sua filha será assassinada, salvo se pagar o resgate.

Com os verbos auxiliares ser e estar, empregue a forma irregular: salvo.

Ex.: Ele foi salvo pelo cachorro!

Você já está salva!

EVITANDO ERROS FREQUENTES

ALGUNS EXEMPLOS (OUTROS PLT

134/144)

- AMBOS – AMBAS: Forma latina de numeral dois, portanto não se usa o numeral após a palavra ambos/ambas.

- ANEXADO – ANEXO – EM ANEXO: utiliza-se todas as formas;

- APENSO – APENSADO – EM APENSO: utiliza-se todas as formas; (correr junto);

- ERRATA: Significada coisas erradas; erros de impressão ou qualquer outra falha após a publicação da obra;

- GRATUITO: Aqui destacamos a forma de

pronúncia: Gra – tui – to e não Gra- tu – i –to ;

- MAL – MAU: Mal é o antônimo de bem; Mau é o

antônimo de bom;

- Ex: Vou embora, estou me sentido mal. (bem)

José é um rapaz muito mau (bom), bateu em

seu filho sem motivos.

- TORPE: Significa feio, sujo, sórdido, desonesto;

- Ex: Figura-se que o réu cometeu o crime por

motivo torpe.

- VULTOSO – VULTUOSO: Vultoso vem de vulto,

grande quantidade. Ex: Soma vultosa em

dinheiro.

- Já Vultuoso é um adjetivo pouco utilizado e se

refere a uma pessoa que sofre de vultuosidade,

ficando com a face e os lábios vermelhos e

inchados, com os olhos salientes. Ex: O médico

examina o paciente com o rosto vultuoso.

NUMERAÇÃO E ESTRUTURA DOS

ARTIGOS DE LEI

Os artigos podem ser divididos da seguinte forma:

CAPUT DO ARTIGO

INCISOS

ALÍNEAS

PARÁGRAFOS

CÓDIGO CIVIL

Art. 1o Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.

Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.

Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer

pessoalmente os atos da vida civil:

I - os menores de dezesseis anos;

II - os que, por enfermidade ou deficiência mental,

não tiverem o necessário discernimento para a

prática desses atos;

III - os que, mesmo por causa transitória, não

puderem exprimir sua vontade.

Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos,

ou à maneira de os exercer:

I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito

anos;

II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os

que, por deficiência mental, tenham o

discernimento reduzido;

III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental

completo;

IV - os pródigos.

Parágrafo único. A capacidade dos índios será

regulada por legislação especial

Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:

I - da União, o Distrito Federal;

II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;

III - do Município, o lugar onde funcione a administração municipal;

IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos.

§ 1o Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles será considerado domicílio para os atos nele praticados.

§ 2o Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por domicílio da pessoa jurídica, no tocante às obrigações contraídas por cada uma das suas agências, o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a que ela corresponder.

Art. 206. Prescreve:

§ 1o Em um ano:

I - a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados a consumo no próprio estabelecimento, para o pagamento da hospedagem ou dos alimentos;

II - a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste contra aquele, contado o prazo:

a) para o segurado, no caso de seguro de responsabilidade civil, da data em que é citado para responder à ação de indenização proposta pelo terceiro prejudicado, ou da data que a este indeniza, com a anuência do segurador;

b) quanto aos demais seguros, da ciência do fato gerador da pretensão;

DESCRIÇÃO

DESCRIÇÃO

Descrever é explicar com palavras o que

se viu e se observou;

É um texto que irá detalhar alguém ou

alguma coisa, que pode ser uma pessoa,

um animal, um objeto, uma paisagem, um

fato, um sentimento, dentre outros. Por se

tratar de um detalhamento, observa-se a

predominância de adjetivações e

expressões qualificativas.

A descrição deve conseguir fazer com que o leitor

visualize mentalmente aquilo que está sendo

descrito, como um fotografia.

A descrição é estática, sem movimento, desprovida

de ação;

Na descrição o ser, o objeto ou ambiente são

importantes, ocupando lugar de destaque na frase,

o substantivo e o adjetivo;

O emissor capta e transmite a realidade

através de seus sentidos, fazendo uso de

recursos linguísticos, tal que o receptor a

identifique;

A caracterização é indispensável, por isso

existe uma grande quantidade de adjetivos

no texto;

DESCRIÇÃO DENOTATIVA OU

OBJETIVA

Quando a linguagem representativa do

objeto é objetiva, direta sem metáforas ou

outras figuras literárias, chamamos de

descrição denotativa;

Na descrição denotativa as palavras são

utilizadas no seu sentido real, único, de

acordo com a definição do dicionário;

EXEMPLOS:

1. Ana tem 1,80, pele morena, olhos castanhos claros, cabelos castanhos escuros e lisos e pesa 65 kg. É modelo desde os 15 anos.

2. Saímos do campus universitário às 14horas com destino ao agreste pernambucano. À esquerda fica a reitoria e alguns pontos comerciais. À direita o término da construção de um novo centro tecnológico. Seguiremos pela BR-232 onde encontraremos várias formas de relevo e vegetação;

DESCRIÇÃO CONOTATIVA OU

SUBJETIVA

Em tal descrição as palavras são tomadas em sentido figurado, ricas em polivalência;

Portanto, na descrição subjetiva há interferência emocional por parte do interlocutor a respeito do que observa, analisa.

Exemplos:

1. João estava tão gordo que as pernas da cadeira

estavam bambas do peso que carregava. Era

notório o sofrimento daquele pobre objeto;

2. Era doce, calma e respeitava muito aos pais.

Porém, comigo, não tinha pudores: era arisca e

maliciosa, mas isso não me incomodava.

EXEMPLOS DE TEXTO DESCRITIVO:

“Prima Julieta caminhava em ritmo lento, agitando a cabeça para trás, remando os belos braços brancos. A cabeleira loura incluía reflexos metálicos. Ancas poderosas. Os olhos de um verde -azulado borboleteavam. A voz rouca e ácida, em dois planos; voz de pessoa da alta sociedade. (A idade do serrote – Murilo Mendes)

“Da janela de seu quarto podia ver o mar.

Estava calmo e, por isso, parecia até mais azul.

A maresia inundava seu cantinho de descanso

e arrepiava seu corpo...estava muito frio, ela

sentia, mas não queria fechar a entrada daquela

sensação boa. Ao norte, a ilha que mais

gostava de ir, era só um pedacinho de terra

iluminado pelos últimos raios solares do final

daquela tarde; estava longe...longe! Não sabia

como agradecer a Deus, morava em um

paraíso!”

Quando for descrever verbalmente, tenha sutileza ao transmitir e leve em consideração, de acordo com o fato, objeto ou pessoa analisada:

a) as cores;

b) altura;

c) comprimento;

d) dimensões;

e) características físicas;

f) características psicológicas;

g) sensação térmica;

h) tempo e clima;

i) vegetação;

j) perspectiva espacial;

l) peso;

m) textura;

n) utilidade;

o) localização; e assim por diante

A sensação que o leitor ou ouvinte tem que ter em

uma descrição é de que foi transportado para o

local da narração descritiva.

Da mesma forma, quando um objeto é descrito, o

interlocutor dever ter a sensação de que está

vendo aquele sofá ou aquela xícara.

ATIVIDADE EM SALA

Nenhuma descrição pode ser completa, já que são

praticamente infinitos os diferentes aspectos de

uma realidade qualquer. Boa descrição é aquela

que ressalta as características que interessam para

determinado fim.

Assim, para o promotor de um caso as

circunstancia descritas de um crime podem levar o

criminoso a ser condenado, e para seu

advogado a descrição por um outro ângulo, pode

levar a absovê-lo.

Com base nesses dados, considere a cena de um crime que será mostrada, olhe atentamente a imagem, e elabore descrições, ajustadas a cada uma das finalidades propostas a seguir: (GRUPOS DE ATÉ 3 PESSOAS)

1. Descrição da cena do crime feita pelo Promotor do Caso, no qual o seu intuito é acusar o réu de um homicídio doloso, e com requintes de crueldade, o que aumentará a sua pena;

2. Descrição da cena do crime feita pelo Advogado do Réu, no qual o seu intuito é alegar total inocência, pois foi legítima defesa;

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