faculdade tecsoma curso de graduação em biomedicinatecsoma.br/biomedicina/tcc's/1-2012/deniel...
Post on 02-Dec-2018
220 Views
Preview:
TRANSCRIPT
FACULDADE TECSOMA
Curso de Graduação em Biomedicina
Deniel Ricardo Silva
AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE FERRO SÉRICO EM GESTANTES NO
CENTRO DE SAÚDE DA MULHER E DA CRIANÇA EM PARACATU/MG NO
PERÍODO DE MAIO A JUNHO DE 2012
Paracatu - MG
2012
Deniel Ricardo Silva
AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE FERRO SÉRICO EM GESTANTES NO
CENTRO DE SAÚDE DA MULHER E DA CRIANÇA EM PARACATU/MG NO
PERÍODO DE MAIO A JUNHO DE 2012
Monografia apresentada ao Curso de
Biomedicina da Faculdade Tecsoma, como
requisito parcial para a obtenção do título de
bacharel em Biomedicina.
Orientação temática: MSc. Márden Estêvão
Mattos Júnior.
Co-Orientador (a): MSc.Cláudia Peres da
Silva
Orientação metodológica: Geraldo B. B. de
Oliveira.
Paracatu - MG
2012
Silva, Deniel Ricardo.
S586m Avaliação dos níveis de Ferro Sérico em Gestantes no Centro de Saúde da Mulher e da Criança no Período de Maio a Junho de 2012/ Deniel Ricardo Silva. Paracatu, 2012.
50f. Orientador: Msc Marden Estêvão Mattos Junior Monografia (Graduação) – Faculdade Tecsoma, Curso de Graduação em
Biomedicina.
1. Gestantes. 2. Anemia Ferropriva. 3. Dosagem de ferro Sérico. I. Junior, Marden Estêvão Mattos. II. Faculdade Tecsoma. III. Título
Deniel Ricardo Silva
AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE FERRO SÉRICO EM GESTANTES NO
CENTRO DE SAÚDE DA MULHER E DA CRIANÇA EM PARACATU/MG NO
PERÍODO DE MAIO A JUNHO DE 2012
Monografia apresentada ao Curso de
Biomedicina da Faculdade Tecsoma, como
requisito parcial para a obtenção do título de
bacharel em Biomedicina.
______________________________________________ Prof (a): MS. Márden Estêvão Mattos Júnior - FATEC
Orientador (a)
_______________________________________________ MSc:Cláudia Peres da Silva - FATEC
Coordenadora do Curso de Biomedicina
_______________________________________________ Geraldo Benedito Batista de Oliveira - FATEC
Orientador Metodológico
Paracatu _____de julho 2012.
A minha família por sempre me apoiar em
todas as minhas decisões.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus que sempre me mostrou que o impossível se tornou possível e
me fez acreditar que com ele eu posso tudo.
Agradeço a minha mãe (Sebastiana) e ao meu pai (Claiton) por mostrarem e me
passarem um pouco de seus conhecimentos, por todo apoio deles obtive, inclusive por
nunca questionarem minhas decisões e serem simplesmente perfeitos.
A minha irmã que mesmo estando às vezes ausente, nunca esteve distante o
suficiente para me dar conselhos e me ajudar em todos os meus objetivos.
Aos meus colegas de serviço, por me apoiarem no meu crescimento pessoal e
profissional.
Ao Dr. Rodrigo E. Andreu, Dra. Ana Letícia, Sandro Rabelo por me darem a
oportunidade de conhecer e aprender sobre diagnostico por imagem, fazendo com que
eu me interessasse tanto pela área e influenciando no meu futuro.
Aos meus colegas de classe pelas experiências trocadas, por conhecimentos
adquiridos, e pela imensa paciência que tiveram comigo.
Ao André, Ítalo e Patrícia que sempre, participaram de todos os momentos,
nunca me negaram nenhum tipo de ajuda, sei que sempre poderei contar com eles, a
todos os momentos vividos e todos aqueles que estão por vir.
“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"
Antoine de Saint-Exupéry
RESUMO
O Ferro representa o metal de transição mais importante e abundante do organismo
humano. As perdas do ferro situam-se em torno de 1 mg/dia em decorrência, da
descamação celular principalmente. A anemia por deficiência de ferro é o problema
nutricional de maior repercussão no mundo. Uma possível detecção de uma anemia
ferropriva na gestação pode ser de grande importância, onde uma avaliação do perfil
férrico em gestantes atendidas no Centro de Saúde da Mulher e da Criança mostrou que
os resultados obtidos foram todos dentro dos limites aceitáveis tendo em vista que as
gestantes avaliadas todas faziam o uso de Sulfato ferroso, medicamento no qual
aumenta sua reserva de ferro e assim não deixando faltar na circulação, os eritrogramas
mostraram valores aceitáveis e assim também podia se observar que todas
apresentavam-se com hemácias normociticas e normocromicas com base nos valores
dos índices hematimetricos calculados através dos resultados dos eritrogramas e, as
mesmas também tinham uma alimentação bem equilibrada com muita variedade de
alimentos, fazendo refeições de 3 em 3 horas, tornando assim uma melhor
aproveitamento dos nutrientes, assim com um melhor aproveitamento do íon ferro.
Palavra-Chave: Gestantes, Anemia Ferropriva, Dosagem de ferro Sérico
ABSTRACT
Iron is the transition metal most important and abundant in the human body. Losses of
iron lie around 1 mg / day as a result, cell desquamation mainly. The iron deficiency
anemia is the nutritional problem that has repercussions in the world. A possible
detection of an iron deficiency anemia during pregnancy can be of great importance,
where an overall evaluation of iron in pregnant women at the Center for Women's
Health and Children showed that the results were all within acceptable limits given that
pregnant women all were evaluated using ferrous sulfate, a drug which increases in their
iron stores and thus leaving no lack in movement, erythrogram showed acceptable
values and thus could also be observed that all presented with normochromic and
normocytic red blood cells based on values of RBC indices calculated using the results
of erythrogram, and they also had a well balanced diet with lots of variety of food,
making meals of 3 in 3 hours, thus making better use of nutrients, and with a better use
of the iron ion.
Keyword: Pregnant women, Iron Deficiency Anemia, Serum iron levels
LISTA DE SIGLAS
VCM - Volume corpuscular médio
fl.- Femtolitros
HCM - (hemoglobina corpuscular média)
pg.- Picogramas
CHCM - Concentração de hemoglobina corpuscular média
RDA - Recommended Dietary Allowances
(CSMC)- Centro de Saúde da Mulher e da Criança
Nm. - Nanômetros
g/dL - Micrograma/decilitro
Dcytb - Redutase citocromo b duodenal
DMT-1- Transportador de metal divalente-1
HCP-1- Proteína transportadora do heme-1
Nu- Núcleo
HFE-Proteína da hemocromatose
TfR- Receptor da transferrina
Fe3+
- Ferro na forma Férrica
Fe 2+
- Ferro na forma ferrosa
LISTA TABELA
Tabela 1 - Tabela de Procedimento.................................................................................28
Tabela 2: Avaliação quanto a utilização medicamentosa (n=15) .................................... 35
Tabela 3. Quantidades de refeições diária realizadas pelas gestantes (N=15) ................ 36
Tabela 4: Valores Calculados dos Índices hematimetricos (N=15) ............................... 37
LISTA DE FIGURA
Figura 1-Metabolismo do Ferro extra e intracelular ........................................................ 19
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Valores obtidos na dosagem de Ferro Sérico (n=15).......... ........................... 32
Gráfico 2: Valores obtidos na dosagem de hemoglobina na gestantes que realização pré-
natal (n=15) ..................................................................................................................... 33
Gráfico 3: Valores obtidos na dosagem de hematocritos na gestantes que realização pré-
natal (n=15) ..................................................................................................................... 33
SUMARIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 14
1.1 Justificativa .............................................................................................................. 16
2 OBJETIVOS .............................................................................................................. 17
2.1 Objetivos geral ......................................................................................................... 17
2.2 Objetivos Específicos ............................................................................................... 17
3 REFERENCIAL TEÓRICO.......... ........................................................................... 18
3.1 Metabolismo do Ferro ............................................................................................ 18
3.2 Importância do ferro no organismo ....................................................................... 19
3.3 Principais fatores relacionados á deficiência de ferro.......... ................................ 20
3.3.1 Fatores fisiológicos ............................................................................................... 21
3.3.2 Fatores nutricionais........ ...................................................................................... 21
3.4 Absorção de Ferro .................................................................................................. 22
3.5 Anemia ferropriva e suas manifestações clinicas ................................................. 23
4 METODOLOGIA ...................................................................................................... 25
4.1 Tipo de estudo ......................................................................................................... 25
4.2 Local de estudo ....................................................................................................... 25
4.3 Caracterização do local .......................................................................................... 26
4.4 Público-alvo ............................................................................................................. 26
4.5 Aspectos Éticos ........................................................................................................ 26
4.6 Obtenções de amostra biológica ............................................................................. 27
4.7 Procedimentos Técnicos ......................................................................................... 28
4.8 Análises dos dados e tabulação dos resultados .................................................... 29
4.9 Instrumentos utilizados .......................................................................................... 29
4.10 Desenvolvimento do estudo .................................................................................. 30
5 RESULTADOS ........................................................................................................... 31
6 DISCUSSÃO .............................................................................................................. 38
7 CONCLUSÃO ............................................................................................................ 40
REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 41
APÊNDICE .................................................................................................................... 44
14
1 INTRODUÇÃO
Sabe-se que as condições socioeconômicas, antecedentes familiares, pessoais,
ginecológico-obstétricos e antropométricos ajudam à caracterizar o estado nutricional de
ferro das gestantes, consideram 1 a 13 semanas gestacionais como primeiro trimestre de
gestação, 14 a 27 semanas como segundo e acima 28 semanas como terceiro trimestre
gestacional. O ferro representa o metal de transição mais importante e abundante do
organismo humano. É essencial na síntese de hemoglobina e mioglobina, além de estar
presente em varias reações bioquímicas do nosso metabolismo. O ferro sérico encontra-
se elevado nas anemias sideroblásticas, anemias hemolíticas, anemias hereditárias
(Talassemia Maior), hepatite aguda, moléstias crônicas do fígado, hemocromatose,
transfusões maciças de sangue. Baixos níveis de Ferro Sérico são encontrados nas
infecções crônicas, neoplasias, parasitoses, período menstrual, grandes hemorragias,
gestação e deficiências alimentares. (HENRY, 2008).
O grupo de risco à deficiência de ferro são principalmente os lactentes, pré-
escolares, adolescentes e gestantes, independente da classe social e o estado nutricional,
com maior tendência nas classes de menor nível sócio-econômico. A quantidade total
do ferro durante a gestação, com um único feto, é triplicada, em virtude das
necessidades do feto e da placenta em crescimento, da volemia materna em expansão,
bem como do aumento da massa de eritrócitos e das perdas sanguíneas do parto. Além
da gestante, o feto precisa de ferro para formar hemoglobina e constituir uma reserva
para os primeiros três meses após o nascimento. (MOURA; PEDROSO, 2003).
O nosso organismo apresenta um mecanismo bastante eficaz, nas perdas desses
micro nutrientes. Sendo o teor mantido dentro de determinados limites, com o objetivo
de adequar a sua utilização. Sendo assim o ferro proveniente das hemácias retiradas da
circulação, onde tem a meia vida de 120 dias, será reaproveitado. As perdas do ferro
situam-se em torno de 1 mg/dia em decorrência, da descamação celular principalmente.
Pequenas quantidades de ferro são também perdidas na urina, no suor e nas fezes. As
outras situações, como menstruação, a amamentação e as parasitoses intestinais, podem
determinar perdas adicionais deste. (RAVEL, 2009).
Entende-se que as necessidades diárias de ferro são mínimas e variam conforme
as fases de nossa vida. Dessa forma, considera-se absorção de 10%, a RDA
(Recommended Dietary Allowances) onde a ingestão diária de 10mg de ferro é
15
elementar para crianças de 6 meses a 3 anos; e 12 a 15mg, para adolescentes,
respectivamente; 10mg para adultos masculinos e femininos em menopausa; e 15mg
para o sexo feminino em idade fértil e nutrizes. Para gestantes as necessidades são de
30mg/dia que da um total de 800 a 1000 mg na gestação. Ele poderá ser encontrado sob
duas formas sendo a forma ferrosa (Fe++
) e férrica (Fe+++
) e seu conteúdo corpóreo é de
3g a 5g, sendo que uma parte desempenha funções metabólicas e oxidativas (70% a
80%) e outra parte encontra-se sob a forma de armazenamento, ou reserva, como
ferritina e hemossiderina localizadas no fígado, baço e medula óssea (20% a 30%).
(SOUZA; TORRES, 2000).
A anemia por deficiência de ferro é o problema nutricional de maior repercussão
no mundo. A gravidez provoca adaptações ao organismo materno. Ajustes fisiológicos
são necessários para que ocorra um adequado desenvolvimento do produto conceptual.
Muitas dessas mudanças começam precocemente e se estendem por toda gestação até o
término da amamentação. A deficiência ocorre em três fases: na primeira ocorre uma
baixa dos estoques de ferro que é a queda da ferritina sérica (< 12 ug/L). Na segunda, a
protoporfirina está aumentada, a saturação da transferrina está diminuição e em 95%
dos casos a hemoglobina está normal. Só então na terceira fase ocorre a anemia com a
baixa da concentração de hemoglobina, apresentando hemácias microciticas e
hipocrômicas. Estas três fases propostas não são estáticas, podendo haver a presença de
microcitose e hipocromia na segunda fase que antecede a anemia. (GUERRA et al.,
1992).
O feto precisa deste mineral para formar hemoglobina e assim constituir uma
reserva para os três primeiros meses ao nascer. Até 500 mg de ferro são incorporados à
hemoglobina materna à medida que o volume de glóbulos vermelhos se expande.
Embora, parte dessa demanda seja compensada pela amenorréia e pelo aumento da
absorção intestinal de ferro, a necessidade é tão elevada que dificilmente pode ser
preenchido apenas com o ferro alimentar. (MOURA; PEDROSO, 2003).
De acordo com Cançado e outros (2007), os exames para a detecção das
anemias são: Ferro Serico, Ferritina, Transferrina, hemograma (índices hematimétricos),
eletroforese de hemoglobina, contagem de reticulócitos, e associação com a clinica
médica. A ferritina é conhecida desde 1937 e sua presença era referida somente em
baço, fígado e medula óssea. Entretanto, com o desenvolvimento de técnicas de
radioimunoensaio, verificou-se existir também sob a forma circulante plasmática e os
16
valores correlacionam-se significativamente com os depósitos orgânicos. Tornou-se
importante determinar os níveis plasmáticos, pois ele é um indicador do ferro
armazenado e do estado nutricional.
A Transferrina é a principal proteína plasmática transportadora de ferro,
participando de seu metabolismo. Níveis aumentados são encontrados na deficiência de
ferro, gravidez, administração de estrogênio e doenças renais. Níveis diminuídos podem
ser encontrados em deficiência hereditária, administração de testosterona, infecção,
inflamação aguda, algumas formas de nefropatias, tumores, hemocromatose, malária
aguda e má nutrição. A eletroforese de hemoglobina é provavelmente o método
laboratorial mais útil para separação e medição de hemoglobinas normais e algumas
anormais. Por meio da eletroforese, são separados diferentes tipos de formando uma
série de bandas distintamente pigmentadas em um meio (acetato de celulose ou gel de
amido). Os resultados são então comparados com aqueles de uma amostra normal. Por
meio da contagem de reticulócitos que é uma das formas mais sensíveis, pode se
determinar falhas na produção de eritrócitos, perda aguda de sangue, ou destruição
excessiva de eritrócitos.( THAME et al,1998).
1.1 Justificativa
A anemia ferropriva é uma das principais complicações da gravidez constitui o
agravo nutricional com maior prevalência no mundo, principalmente em países em
desenvolvimento. Estudos demonstram que de cada dez gestantes que fazem o pré-natal,
três são anêmicas. A importância deste estudo se deve principalmente aos efeitos
causados na gestante ao longo do período gestacional, principalmente no primeiro
trimestre, onde a mesma tende a apresentar insuficiente reserva de ferro, causando ao
feto a restrição do crescimento intrauterino, prematuridade, e em alguns casos morte
fetal. (GUERRA et al, 1992).
Apesar de suas complicações, a anemia ferropriva é de fácil detecção e
tratamento. Testes laboratoriais simples como a dosagem de ferro sérico, hemograma,
ferritina, transferrina, contagem de reticulocitos, eletroforese de hemoglobina e
juntamente com a clínica medica. Frente ao apresentado este trabalho tem a importância
de avaliar o perfil e assim possibilitar um maior conhecimento as gestantes referente à
temática apresentada.
17
2.OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
Avaliar o perfil férrico em gestantes atendidas no Centro de Saúde da Mulher e
da Criança.
2.2 Objetivos específicos
Dosar os níveis de ferro sérico das gestantes inclusas na pesquisa.
Realizar eritrograma das gestantes inclusas na pesquisa.
Analisar os dados obtidos e correlacionar com condições normais ou
patológicas.
Comparar os resultados obtidos com os relatos da literatura médica.
Explicar as gestantes sobre os riscos e sintomas que anemia ferropriva pode
acarretar, através de palestras educativas neste estabelecimento de saúde.
18
3 REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 Metabolismo do Ferro
O ferro é um mineral vital para a homeostase celular. É essencial para o
transporte de oxigênio, para a síntese de DNA e metabolismo energético. É um cofator
importante para enzimas da cadeia respiratória mitocondrial e na fixação do nitrogênio.
Nos mamíferos é utilizado principalmente na síntese da hemoglobina (Hb) nos
eritroblastos, da mioglobina nos músculos e dos citocromos no fígado. (HENRY, 2008).
A ilustração abaixo e uma célula intestinal e a localização das proteínas
envolvidas no processo de absorção. Alguns fatores favorecem a absorção intestinal,
como a acidez e a presença de agentes solubilizantes. A quantidade de ferro absorvida é
regulada pela necessidade do organismo. A maior parte do ferro inorgânico está
presente na forma Fe3+
e é fornecida por vegetais e cereais. A aquisição do ferro da
dieta na forma heme corresponde a 1/3 do total e é proveniente da quebra da Hb e
mioglobina contidas na carne vermelha. A DMT-1 necessita que o ferro tenha sido
convertido de Fe3+
para Fe2+
, o que é mediado pela redutase citocromo b duodenal ou
Dcytb. A internalização do ferro heme da dieta é feita pela proteína transportadora do
heme-1 (HCP1), recentemente descrita e posicionada na membrana apical das células do
duodeno. O heme liga-se à membrana da borda em escova dos enterócitos duodenais e a
proteína transportadora de 50-kDa com nove domínios transmembrana atravessa intacta
a membrana plasmática, importando o heme extracelular. A seguir o heme apresenta-se
ligado à membrana de vesículas no citoplasma da célula. No interior da célula, o ferro é
liberado da protoporfirina pela heme oxigenase. Após o ferro ser liberado, fará parte do
mesmo pool de ferro não heme, sendo armazenado na forma de ferritina ou liberado do
enterócito para o sangue. (GROTTO, 2008).
19
Figura 1-Metabolismo do Ferro extra e intracelular
Fonte: Grotto, 2008.
3.2 Importância do ferro no organismo
Segundo Paiva e outros (2000), o ferro é um mineral de grande importância e
participante de vários processos em nosso corpo, desempenhando vários processos
metabólicos, tais como transporte e armazenamento de O2 nos tecidos, reações de
liberação de energia na cadeia de transporte de elétrons, conversão de ribose a
desoxirribose, cofator de algumas reações enzimáticas e inúmeras outras reações
metabólicas essenciais.
Como constituinte da hemoglobina, o ferro é essencial para o transporte de
oxigênio e dióxido de carbono, estando assim, envolvido diretamente no processo
celular. (HENRY, 2008; UMBELINO; ROSSI, 2006).
20
Para Henry (2008), o ferro está em nosso organismo em maior presença na
forma heme na hemoglobina das hemácias, apresentando um papel de grande
importância no transporte respiratório do oxigênio e dióxido de carbono e também nas
enzimas envolvidas no processo celular. De acordo com Souza e Batista Filho (2003) é
de grande importância para o funcionamento do sistema imunológico, síntese e também
funcionamento de neurotransmissores.
A sua falta pode resultar em anemia ferropriva e a perda parcial das funções das
enzimas dependentes. Em grande quantidade pode provocar danos principalmente
relacionado a oxidação, resultando na formação de radicais livres capazes de provocar
doenças degenerativas entre outras. (HENRY, 2008; SOUZA e BATISTA FILHO,
2003).
3.3 Principais fatores relacionados à deficiência de ferro
A deficiência de ferro é o distúrbio nutricional de maior ocorrência no mundo
inteiro e afeta mais de um bilhão de pessoas, principalmente mulheres em idade fértil.
(GILLESPIE e OUTROS apud CARDOSO; PENTEADO, 1994).
A deficiência de ferro no organismo ocorre em três estágios de desenvolvimento,
onde poderá haver sobreposição dos mesmos. O primeiro estágio corresponde ao
acabamento das reservas corpóreas do mesmo, definido pela baixa de ferritina sérica (<
12 μg/L) refletindo em uma perda nas reservas de ferro nos órgãos como o baço, fígado
e medula óssea. O segundo estágio é caracterizado como eritropoese da deficiência de
ferro, no qual, os eritrócitos em desenvolvimento têm maior necessidade de ferro. Este
estágio é caracterizado pelo aumento na capacidade de ligação de ferro e diminuição da
concentração de ferro sérico. E o terceiro, sendo conhecido como anemia Ferropriva, é
desenvolvida quando a quantidade de ferro é insuficiente para a síntese da hemoglobina,
resultando em concentrações de hemoglobina abaixo dos valores de referência
estabelecidos. (LEHNINGER, 2006; HENRY, 2008; RAVEL, 2009).
Conforme Cardoso e Penteado (1994), a falta do íon de ferro durante a gestação
tem sido comparada ao aumento da morbidade e mortalidade de gestantes e do feto. A
relação entre anemia da gestante e risco de nascimento de crianças prematuras parece
especifica da anemia ferropriva.
21
3.2.1 Fatores fisiológicos
Moura e Pedroso (2003) fala que gravidez está relacionada a diversas
modificações fisiológicas no organismo das gestantes, dentre elas alterações no volume
sanguíneo e nos fatores envolvidos com hemostasia, que têm como consequência, a
redução da concentração de hemoglobina.
De acordo com Cançado e outros (2007), o ferro é indispensável na maioria dos
processos fisiológicos do corpo, por atuar no metabolismo energético celular, qualquer
avaria no seu processo de absorção, transporte, distribuição ou armazenamento pode
resultar em uma baixa ou um aumento desse íon no nosso organismo.
Segundo Machado (2011), o período em que mulher esta grávida é marcada por
mudanças fisiológicas e metabólicas no nosso organismo onde alteram os parâmetros
bioquímicos e hematológicos da mesma resultando em uma baixa ou um aumento
destes. Por esse fato, a evolução da gestação acarreta um grande risco diferenciado para
a manifestação do estado de carência de ferro, observado mesmo entre gestantes que
iniciam a gravidez sem anemia.
Para Guerra et al (1992), Ravel, (2009); Lehninger, (2006), a quantidade
elementar total de ferro no organismo do adulto é, aproximadamente de 3 g a 4 g (45
mg/kg de peso corporal), sendo que a maior parte (de 1,5 g a 3,0 g) esta ligado ao heme
da hemoglobina e tem como principal função a oxigenação dos tecidos. Cerca de e 300
mg encontram-se na mioglobina, na catalase e nos citocromos; de 3 mg a 4 mg
encontram-se no plasma e são ferro de transporte; o restante, de 600 mg a 1500 mg, são
armazenados no fígado, no baço e na medula óssea, sob a forma de ferritina e
hemossiderina.
Segundo Henry (2008) o ferro é continuamente reciclado através de um eficiente
sistema de reutilização, a partir dos eritrócitos senescentes, que são removidos da
circulação pelos macrófagos retornam a medula óssea transportada pela transferrina.
3.3.2 Fatores nutricionais
O ferro é elemento essencial para manutenção dos níveis normais de
hemoglobina no sangue. Para Souza e Batista Filho (2003), o período gestacional é onde
22
ocorrer maior necessidade de ferro, que é destino ao desenvolvimento do feto, placenta,
cordão umbilical e na reposição das perdas sanguíneas durante o parto.
Segundo Paiva e outros (2000), devido a grande necessidade de micronutrientes
durante o período gestacional, faz com que as gestantes tornam-se mais vulneráveis a
ocorrência de anemia. Isso por que se os níveis de ingestão dietética forem insuficientes,
e os estoques de nutrientes da mãe estiverem baixos, o feto precisara recorrer a outros
recursos de busca de reservas pré-concepcionais para se suprir, ocorrendo
comprometimento do binômio materno- fetal. Ainda de acordo com os autores, quando
ocorrer uma nutrição adequada durante a gestação é bem possível que os bebes nasçam
mais saudáveis, onde um bom estado nutricional materno proporciona um melhor
desenvolvimento intrauterino.
De acordo com Guerra et al (1992), quando ocorre uma deficiência nutricional
pela falta de suplementação profilática de ferro ou ingestão insuficiente de alimentos
rico em minerais e ferro, pode acarretar em uma diminuição dos estoques dos mesmos,
sendo possível o desenvolvimento de anemia tanto para mãe quanto para feto.
A melhor maneira de obtenção de ferro é através de dietas, sendo as carnes
vermelhas mais ricas nesse metal, dessa maneira o ferro é proveniente do heme, sendo
chamado ferro-heme. Quando se obtidos de vegetais é chamado de não-heme,
encontrados em grãos como feijão, no espinafre. (CRUZ, 2009).
Uma alimentação deficiente em ferro torna um fato primordial para
determinação de anemia, sendo que suas consequências mais visíveis em mulheres
grávidas e crianças. (CARMO, 2009; SANTOS, 2009).
3.4 Absorção do Ferro
Segundo Cortes, Vasconcelos e Coitinho (2009) o ferro pode ser introduzido ao
organismo por alimentos de origem vegetal e animal. O de origem animal é de maior
aproveitamento pelo organismo. Sendo as melhores fontes de ferro as carnes vermelhas,
principalmente fígado de qualquer animal, como rim e coração; Carnes de aves e de
peixe; e mariscos crus.
Entre os alimentos de origem vegetal há os folhosos, tais como: os verde-escuros
(exceto espinafre), agrião, couve, cheiro-verde, taioba; as leguminosas (feijões, fava,
grão-de-bico, ervilha, lentilha); grãos integrais ou enriquecidos; nozes e castanhas,
23
melado de cana-de-açúcar, rapadura e açúcar mascavo. Também existem disponíveis no
mercado alimentos fortificados com ferro como farinhas de trigo e milho, cereais
matinais, entre outros. A presença de ácido ascórbico, disponível em frutas cítricas, e
alimentos ricos em proteínas na refeição melhora a absorção de ferro proveniente de
produtos vegetais, como: brócolis, beterraba, couve-flor e outros. Por outro lado,
existem alguns fatores (fosfatos, polifenóis, taninos, cálcio) que podem inibir a absorção
do ferro, presentes em café, chá, mate, cereais integrais, leite e derivados (CARMO
2009; SANTOS 2009).
De acordo com Cruz (2009), o ferro uma vez absorvido pelo intestino é
transportado através da mucosa para o sangue, onde é carreado pelas proteínas
transportadoras de metal divalente e a ferroportina, o transporte de ferro para circulação
segue em um ciclo fechado, sendo utilizado principalmente na síntese de hemoglobina e
após cada ciclo dos eritrócitos vai novamente ser disponibilizado para circulação.
A maior parte do ferro corporal é originada do ferro dietético no estado ferroso,
onde o ferro é covertido na forma ferrosa após ingestão sendo absorvida no
predominamente no duodeno e no jejuno. Após a absorção combina-se uma proteína
sanguínea denominada transferrina. Através de seus receptores é capaz de ligar-se a dois
átomos de ferro. Esses receptores sedem o ferro pra eritroblasto, na medula óssea ou
outros tecidos. O que é proveniente do processo continua de morte dos eritrócitos e
degradação da hemoglobina constitui a principal fonte de armazenamento do metal.
(COSTA,1999, HENRY,2008, RAVEL,2009).
3. 5 Anemia ferropriva e suas manifestações clinicas
Anemia Ferropriva é a condição que resulta da incapacidade do tecido
eritropoiético de manter a concentração normal de hemoglobina devido o baixo
suprimento de ferro. (SOUZA; BATISTA FILHO; FERREIRA, 2002; CARDOSO;
PENTEADO, 1994).
Paiva e outros (2000), anemia ferropriva é a baixa dos níveis de hemoglobina,
com perdas funcionais ao organismo, tanto mais graves quanto mais alta for essa
redução.
A anemia por deficiência de ferro tende a afetar indivíduos de todos os grupos,
apresentando com maior numero nos países que ainda estão em desenvolvimento.
24
Assim sendo caracterizada pelo valor da concentração de hemoglobina abaixo dos
valores padronizados pelas organizações internacionais considerando sexo, a idade e
situação fisiológica do individuo, dentro as quais a o quadro de gestação constitui o
período de maior vulnerabilidade para a doença. (UMBELINO; ROSSI, 2006).
A alta incidência de anemia ferropriva em muitos tipos de grupos demográficos
da população brasileira mostra que a deficiência de ferro, é um problema de saúde
pública no Brasil. (GUERRA et al apund CANÇADO et al 2007).
Segundo Rocha e outros (2005), anemia ferropriva é o tipo de anemia por
deficiência nutricional mais existente, onde é causada pela baixa de ferro no organismo,
e sua principal alteração é uma anemia microcítica. Caracteriza-se pela baixa do volume
corpuscular médio (VCM), corriqueiramente e acompanhada pela baixa da concentração
da hemoglobina corpuscular média (HCM) e a baixa concentração de hemoglobina
corpuscular média (CHCM), assim apresentando a hipocromia associada. Porém, outros
fatores podem acarretar a anemia microcítica, sendo alguns: talassemias, anemia de
doença crônica, anemia sideroblástica e envenenamento por chumbo. (CANÇADO et al
2007; RAVEL,2009; HENRY,2008).
Quando se apresentar uma deficiência de Ferro acaba forçando os músculos a
depender de um grau maior do metabolismo anaeróbio do que ocorre acontecer em
indivíduos normais. Onde os tecidos epiteliais mais afetados são: as unhas que tornam
quebradiças, língua e a boca observam-se atrofia das papilas e na boca podem se
observados ulcerações ou fissuras, a hipofaringe o estomago. (DALLAM, 1982;
NOQUEIRA, 1997; HENRY, 2008).
Anemia ferropriva é causada pela diminuição anormal das reservas de ferro do
organismo, tornando-se inadequadas as necessidades da eritropoese normal, ainda
ocorre uma deficiência de ferro quando a velocidade de perda ou de utilização do ferro
excede a sua velocidade de assimilação. (NOQUEIRA, 1997).
Para Cardoso e Penteado (1994), a deficiência de ferro, pode causar anemia
principalmente na infância, na gravidez, que são períodos onde ocorrer maior
necessidade nutricionais de ferro são altas. Durante a gravidez tem sido relacionado ao
aumento da morbidade e mortalidade de gestantes e do feto.
25
4 METODOLOGIA
4.1 Tipo de estudo
Trata-se de um estudo com abordagem analítica, descritiva, observacional,
amostral, quantitativa e qualitativa, onde as pesquisas descritivas caracterizam-se
frequentemente como estudos que procuram determinar status, opiniões ou projeções
futuras nas respostas obtidas. Este tipo de estudo é baseado na premissa que os
problemas que podem ser resolvidos e as práticas podem ser melhoradas através de
descrição e análise de observações objetivas e diretas. As técnicas utilizadas para a
obtenção de informações são bastante diversas. Os estudos analíticos são aqueles que
têm como objetivo avaliar a relação causa e efeito ou a verificação de procedimentos
por meio de hipóteses. A pesquisa quantitativa é um estudo que possa ser medido com
critérios rígidos. Por outro lado, os estudos qualitativos têm por objetivo verificar
alguma hipótese levantada pelo pesquisador, onde foram utilizados os testes ferro sérico
e eritrograma sendo o teste de ferro usado a marca Iron Ferrozine. Onde os eritrogramas
foram realizados no aparelho ABX MICRO 60, valendo-se de diferentes metodologias
para alcançar o objetivo final ou erradicar sua suposição. (LAKATOS; MARCONI,
2007).
4.2 Local de estudo
O Presente estudo foi realizado no Centro de Saúde da Mulher e da Criança no
município de Paracatu que está situado na região Noroeste do Estado de Minas Gerais.
Os limites municipais: Norte: Unai-MG, Sul: Vazante-MG e Guarda-Mor – MG, Leste:
João Pinheiro-MG e Lagoa Grande-MG ao Oeste: Cristalina-GO. Está distante 220 km
de Brasília DF, e 500 km de Belo Horizonte. Tendo total de habitantes 84.718, uma área
de 8.230 Km2. Caracteriza-se como cerrado, esta cidade possui 20 unidades de saúde
(ESF) Estratégia Saúde da Família, 1 hospital municipal, 1 unidade de hemodiálise e 1
laboratório público. (IBGE, 2011).
26
4.3 Caracterização do local
Este estudo será realizado no Centro de Saúde da Mulher e da Criança, situado
na rua Joaquim Murtinho Nº 605, Centro, Esta unidade de saúde possui o CNPJ
18.278.051/001-45 com o CNES 5633907, onde tem o quadro de funcionários
composto de 22 funcionários, dentre eles 3 auxiliares administrativos, 1 oficial
administrativo, 7 técnicas de enfermagem, 2 técnicas de RX, 2 enfermeiras, 3 vigias, 4
auxiliares de serviços gerais com um quadro de 19 médicos sendo eles 6
ginecologistas/obstetrícia, 4 pediatras, 5 clínicos geral, 2 endocrinologistas e 2
radiologistas, esta unidade possui 15 consultórios, e também realiza exames tais como,
ultrassonografia, mamografia, eletroencefalografia, papanicolau (prevenção/coleta).
4.4 Público-alvo
A pesquisa foi realizada com gestantes atendidas no Centro de Saúde da Mulher
e da Criança deste município (CSMC), no período de fevereiro a abril de 2012.
Para ser realizado este estudo e seus objetivos, foram considerados como
critérios de inclusão: gestantes que realizaram o pré natal dentro do mês de Maio a
Junho 2012 no Centro de Saude da Mulher e da Criança.
Foram adotados como critérios de exclusão: gestantes que não concordaram com
a pesquisa e não aceitaram os termos apresentados.
4.5 Aspectos Éticos
Em respeito aos princípios éticos preconizados pela Resolução de Nº 1996 de 10
de outubro de 1996 do Conselho Nacional de Saúde , onde são delimitadas diretrizes e
normas regulamentadas de pesquisa envolvendo seres humanos, haverá esclarecimentos
aos familiares sobre os objetivos e finalidades do estudo. Serão transmitidos a eles a
garantia do anonimato e o sigilo da resposta. Assim, terão a oportunidade de consentir
ou não com a participação do recém-nascido. Para que a utilização de amostras
biológicas dos recém-nascidos seja resguardada por legislação específica, será solicitada
a autorização mediante a assinatura de um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(Apêndice A). Do mesmo modo, pelo motivo do envolvimento com instituição privada,
27
o responsável técnico da mesma será solicitado, após informação sobre o estudo, a
assinar um Termo de Consentimento pós-informação, no qual consta a natureza da
pesquisa, seus objetivos, o procedimento técnico, a confidencialidade, os riscos e os
benefícios envolvidos (Apêndice B).
4.6 Obtenções de amostra biológica
A amostra biológica utilizada para a realização do estudo consiste no soro
sanguíneo, preparada conforme as recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia.
Para obtenção de soro, o sangue foi colhido em tubo de 5 ml ou de 10 ml sem
anticoagulante e deixado coagular por um período de 30 a 60 minutos, à temperatura
ambiente. Antes da centrifugação, as amostras de sangue foram contrabalançadas com
tubos preenchidos com água para depois serem centrifugadas por 15 minutos a 2500
rotações por minuto, após o tubo já centrifugado se tem a parte líquida que é
correspondente ao soro. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA CLÍNICA,
2010).
Para a punção venosa realizou-se a assepsia do local, já preparado todos os
materiais tais como agulhas de 25 x 0,7, seringas de 5 ml, tubos de ensaio, coletor de
materiais perfuro cortantes, Equipamentos de Proteção Individual (luvas estéreis, jaleco
e óculos protetores), algodão, álcool 70%, garrote, etiquetas, caneta, estante para tudo
de ensaio. Foi solicitado e confirmado jejum de 8 horas. Todas as coletas foram
realizadas durante o período matutino, devido a influencia do ciclo circadiano, momento
também em que se entregou os respectivos os termos de consentimento. (Apêndice A).
Utilizou-se, basicamente, as veias superficiais da fossa anticubital, antebraço e
dorso da mão, com cuidado especial ao garroteamento: O garrote foi aplicado
imediatamente antes da punção, de forma a encontrar a veia mais facilmente. Em veias
normais, o garrote foi aliviado logo que se inicie o fluxo sanguíneo.
28
4.7 Procedimentos Técnicos
A analise da amostra será realizada após a coleta, sendo realizados os seguintes
passo:
O material foi tratado com solução aquosa de ácido clorídrico 50% (Volume por
volume) ou detergente não iônico, lavado com água corrente e enxaguado com
água deionizada, para evitar a obtenção de resultados incorretos devido a
contaminação com traços de ferro.
Rotulou-se 3 cubetas do colorímetro da seguinte forma:
Tabela 1 - Tabela de Procedimento
Branco Teste Padrão
Tampão (nº 1) 1,0 mL 1,0 mL 1,0 mL
Soro (sem hemólise) ----- O,25 mL -----
Padrão (nº 2) ----- ----- 0,25 mL
Água destilada ou deionizada 0,25 mL ----- -----
Fonte: Labtest
Misturou-se e determinou-se as absorbância do teste em 560 nm ou filtro verde
(540 a 580 nm), acertando o zero com o branco. Obtém-se a absorbância A1.
Ferrozine
(nº 3) 0,025 mL 0,025 mL 0,025 mL (1)
Misturou-se e incubou-se em banho-maria a 37 °C por 10 minutos. O nível da
água no banho deve ser superior ao nível dos reagentes no tubo de ensaio.
Determinando as absorbâncias do teste e padrão em 560 nm ou filtro verde (540
a 580 nm), acertando o zero com o branco. A absorbância do teste será A2.
Para à obtenção do resultado, fez-se os seguintes cálculos:
A2 – A1
Ferro (g/dL)= x 500 (2)
Absorbância do padrão
29
500
Fator de calibração = (3)
Absorbância do padrão
Ferro Sérico (g/dL) = A2 – A1 x Fator (4)
O eritrograma foi realizado no aparelho ABX MICRO 60, liberando os
resultados das hemácias, hemoglobina e hematocritos.
O calculo dos índices hematimetricos foi realizado com os valores encontrados
pelo eritrograma usando as seguintes formulas:
Volume Corpuscular Médio (VCM ):
Ht x 10/eritrócitos (5)
Hemoglobina Corpuscular Média (HCM):
Hb x 10/eritrócitos (6)
Concentração da Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM):
Hb x 100/Ht (7)
4.8 Análises dos dados e tabulação dos resultados
A analise e tabulação dos resultados foi feita através de cálculos aritméticos,
planilhas e com a apresentação feita com auxilio de gráficos feito no Microsoft® Office
Excel 2007, dando assim um maior esclarecimento e melhor forma de apresentação.
4.9 Instrumentos utilizados
O estudo foi consumado através dos dados coletados das pacientes por meio de
questionários, os quais contemplam variáveis como alimentação, peso, altura, histórico
de doenças familiares. Para o diagnostico laboratorial, realizou-se a determinação do
ferro sérico por metodologia cinética. (Apêndice D).
30
4.10 Desenvolvimento do estudo
O presente estudo foi realizado na cidade de Paracatu MG no Centro de Saúde
da Mulher e da Criança no período de fevereiro a abril de 2012 tendo como publico alvo
gestantes.
Para a execução deste trabalho foi feito um levantamento de dados sobre a
importância do íon ferro na formação do feto na gestação. Com isso será feito uma
pesquisa de campo para obtenção de resultados onde os mesmos poderão apontar
distúrbios que influenciarão na forma de tratamento das mesmas.
Como o trabalho foi realizado em uma instituição publica foi feito oficio e
encaminhado ao órgão responsável (Apêndice C), sendo eles a secretaria de saúde de
Paracatu MG, ao secretario de saúde, a gerente administrativa do Centro de saúde da
mulher e da criança.
A analise dos resultados foi realizada no mesmo período da coleta,
acompanhado por biomédico ou bioquímico responsável, sendo que se possível no
mesmo dia será entregue os resultados aos pacientes, todo esse processo foram
realizados no Laboratório Labor Clinica.
Após o período de pesquisa todos os resultados foram passados para a planilha
eletrônica e, através deles, confeccionaram-se os gráficos.
A análise hematológica (eritrograma) foi realizado em equipamento
automatizado ABX MICRO 60 onde realiza 60 exames por hora, calibrados
diariamente. Através desta analise e possível obterá concentração de hemoglobina (Hb),
bem como os valores dos demais índices hematológicos: Hematocrito (Ht), hemácias.
31
5 RESULTADOS
A pesquisa foi desenvolvida no Centro de Saúde da Mulher e da Criança
(CSMC), no município de Paracatu-MG, no período de maio a junho de 2012.
Possuindo como publico alvo gestante que realização acompanhamento pré-natal. As
amostras biológicas foram coletadas logo após as orientações feitas para as pacientes
quanto ao período de jejum que mesma teria que fazer. Sendo procedidas as coletas em
dias alternados devidos a dificuldade encontrada pelas gestantes.
Do número de gestantes atendidas no CSMC, apenas 15 participarão da
pesquisa.
Dos resultados apresentados referem-se aos valores da dosagem ferro sérico e
em gestantes atendidas no Centro de Saúde da Mulher e da Criança (CSMC), que
participaram voluntariamente da pesquisa.
Além da dosagem de ferro sérico, foram realizadas dosagens eritrocitárias.
Todos os valores obtidos foram dispostos em gráficos e tabelas.
De acordo com Ravel (2009), o nível ferro sérico deve constituir um indicador
sensível de uma possível deficiência do metal quando o paciente desenvolve anemia.
Analisando os resultados obtidos na dosagem de ferro sérico nas gestantes, todas
apresentaram valores dentro da referencia para mulher de 50 a 170 mcg/dL, conforme o
Gráfico 1.Todas as gestantes que participaram da pesquisa relataram fazer uso de
sulfato ferroso.
Quando questionadas sobre a alimentação, todas as gestantes responderam
manter uma alimentação equilibrada contendo a base de verduras e carnes. A ingestão
desse nutriente é importante para manter a reserva de ferro no organismo, por esse fato
pode se analisado no Gráfico 1 onde todas a pacientes apresentaram dosagem de ferro
sérico dentro do valor de referência.
Sobre a questão de histórica família de procedência de anemia na família, todas
responderam não ter nenhum caso anêmico.
O período gestacional é onde a mulher passar por varias mudanças fisiológicas e
anatômicas, quando analisados a questão de peso e altura, todas apresentaram pouca
alteração.
32
A concentração de ferro sérico reflete a reserva no organismo, garantindo uma
eritropoiese adequada em estado fisiológicos de maior demanda como ocorrer na
gravidez. (HENRY, 2008; RAVEL,2009).
Gráfico 1:Valores obtidos na dosagem de Ferro Sérico (n=15).
Fonte:Elaborado pelo autor.
A concentração de hemoglobina encontrada em todos os pacientes apresentaram
uma média de 12,6 mg/dL, estando dentro do valores de referencias. Sendo o valor
mínimo obtido de 11,5 mg/dL e máxima de 13,4mg/dL, de acordo com Gráfico 2.
Segundo recomendação desta organização, concentração de hemoglobina abaixo de
11,0g/dL e determinante de anemia em gestantes.
Segundo Santos (2009), anemia na gravidez, esta relacionado não apenas com a
frequência que a ocorrer a sua manifestação, mas pelos efeitos que resultam pela baixa
concentração de hemoglobina no sangue. Sendo anemia torna-se prejudicial para
gestante quanto para concepto, onde apresentar associado o maior risco de morbi-
mortalidade materno-fetal.
Com pode ser analisado no Gráfico 2 todas as gestantes apresentaram valores
para hemoglobina dentro da faixa de referencia. Pode assim descarta possibilidade de
estarem anêmicas.
33
Gráfico 2: Valores obtidos na dosagem de hemoglobina na gestantes que
realização pré-natal (n=15).
Fonte: Elaborado pelo autor.
Com relação aos valores obtidos de hematocritos encontrada em todos os pacientes
apresentaram uma média de 38,1%, estando dentro do valores de referencias. Sendo o valor
mínimo obtido de 37% e máxima de 41%, de acordo com Gráfico 3.
Gráfico 3: Valores obtidos da dosagem de hematocritos na gestantes que realização
pré-natal (n=15).
Fonte: Elaborado pelo autor.
34
Os índices de mais usados para verificação de presença de anemia, são
concentrações de hemoglobina e hemátocrito. Como pode ser observados nos gráficos 2
e 3 todas apresentaram valores de referências aceitáveis, descartando assim
possibilidade de quadro anêmico, embora o período gestacional possar ocorrer anemia,
não apenas pode deficiência de Ferro, mais outros quadro como talassemia, anemia
megaloblástica. (RAVEL, 2009).
O método de rastreamento da deficiência de Ferro e de terminação dos valores
de hemátrocrito e hemoglobina. Numa analise mais ampla pode ser utilizados
indiretamente a prevalência de ferropenia através da prevalência geral de anemia. A
única limitação esta relacionado a falta de especificidade para indicar a carência de
ferro.(SOUZA; BATISTA FILHO; FERREIRA, 2002).
Segundo Souza, Batista Filho e Ferreira (2002), devido ao aumento do volume
circulatório que ocorrer durante a gestação é uma das mudanças fisiológicas mais
marcantes durante a gravidez, podendo alcançar até 50% do volume pré-gestacional na
trigésima semana de gestação. Como ocorrer concentração da hemoglobina que é
alterada pela hemodiluição em diversos graus, acaba dificultando na diagnostico de
anemia. Portanto é importante conhecer o status de ferro da mulher no período pré-
concepcional.
De acordo com Guerra et al (1992), quando se ter uma redução na concentração
de hemoglobina na gestante, pode acarretar no aumento do debito cardíaco, isso deve
ser ao fornecimento adequado de oxigênio via placenta as células fetais.
Com relação a utilização de medicações todos as pacientes mantinham o uso de
Acido Fólico e Sulfato Ferroso orientadas pelo medico onde o Ministério da Saúde
preconiza o uso deles no inicio da gestação nas primeiras consultas de pré natal, onde os
mesmos se fazem de grande importância principalmente neste período onde começa a
formação dos tecidos fetais e na gestante aumenta o seu volume plasmático, assim se
faz muito importante para uma boa formação fetal, de acordo com Tabela 2.
(FERREIRA; GAMA, 2010).
35
Tabela 2: Avaliação quanto a utilização Medicamentosa (n=15)
Pacientes Acido Fólico Sulfato Ferroso
1 x x
2 x x
3 x x
4 x x
5 x x
6 x x
7 x x
8 x x
9 x x
10 x x
11 x x
12 x x
13 x x
14 x x
15 x x
Fonte :Elaborada pelo autor.
Com relação às variáveis da ingestão alimentar, foi observar que todas as
gestantes tinham no mínimo cinco refeições diárias fazendo com que a todo o momento
de carência no organismo fosse reposto o que necessitava todas elas bem orientadas
quanto a importacia da alimentação na gestação, de acordo com Tabela 3.
36
Tabela 3. Quantidades de refeições diária realizadas pelas gestantes(N=15).
Quantidade de Refeições
Pacientes 5 6 7
1
x
2 x
3
x
4 x
5
x
6 x
7
x
8
x
9
x
10 x
11 x
12
x
13
x
14
x
15 x
Fonte:Elaborado pelo autor.
Após calculados os índices hematimetricos (Tabela 4) podemos observar que
elas sem apresentavam normociticas onde esse índice (VCM) calcula a média do
tamanho das hemácias, que estão em seu tamanho normal (80 a 100 ), e normocromicas,
onde esse índice (CHCM) permite a avaliação do grau de saturação de hemoglobina no
eritrócito onde a saturação da hemoglobina apresentou-se normal (31 a 36) , e a media de
hemoglobina por eritrócito (HCM) estava dentro dos limites aceitáveis (26 a 35).
37
Tabela 4. Valores Calculados dos Índices hematimetricos(N=15).
Fonte:Elaborado pelo autor.
Pacientes VCM (fl) HCM (pg) CHCM (g/dL)
1 87,23 28,085 32,20
2 81,63 26,939 33,00
3 82,61 28,043 33,95
4 82,61 27,826 33,68
5 82,98 27,660 33,33
6 84,44 27,778 32,89
7 80,43 27,174 33,78
8 83,72 27,907 33,33
9 92,50 29,750 32,16
10 90,91 29,545 32,50
11 92,50 28,750 31,08
12 93,02 31,163 33,50
13 88,37 29,070 32,89
14 92,11 31,579 34,29
15 86,36 28,182 32,63
38
6 DISCUSSÃO
Para Santos (2009), anemia na gravidez é quando os níveis de hemoglobina a
esta inferior 11g/dL, sendo este o problema hematológico mais frequente em gestantes,
quadro não observado no presente trabalho. Ainda segundo o mesmo autor a deficiência
de Ferro esta decorrente a necessidade aumentada do mineral pelo feto e da placenta, e
expansão do volume sanguíneo.
O período gestacional é decorrente de varias mudanças no organismo materno
tanto fisiológico e anatômico, incluindo a composição dos elementos figurados e
humorais do sangue circulantes. Conhecer esses processos que ocorrer na gestante é
importante para avaliação do processo doença. Durante esse período gestacional há uma
elevação do volume sanguíneo total, devido do aumento do volume plasmático e da
massa total de eritrócitos. (SOUZA; BATISTA FILHO; FERREIRA, 2002).
Cançado e outros (2008), a causa básica da diminuição que este relacionado aos
estoques de ferro é o desequilíbrio entre a quantidade que é absorvida ou as perdas que
podem ocorrer por diversas vias, o que pode acabar resultando no esgotamento das
reservas de ferro do organismo.
Segundo Henry (2008), a anemia pode ser classificada em anemia por
deficiência de ferro, anemia por deficiência de folato, hemoglobinopatia falciforme e
talassemia. Sendo anemia patológica da gestação é a principalmente pela deficiência de
ferro, um dos distúrbios comum da gestação.
Todas as gestantes participantes da pesquisa realizam pré-natal, de acordo com
Nene (2000) e Cunningham e outros (2000), a anemia durante a gestação pode ser
decorrente da qualidade da assistência pré-natal, onde na gravidez induz alterações
fisiológicas, apresentando distúrbios hematológicos recorrente das alterações no volume
sanguíneo.
O Ferro é um micronutriente mais relatado na literatura, por apresentar funções
no metabolismo humano. Sua maior parte é encontrada na hemoglobina, o restante
distribuído na composição de outras proteínas, enzimas e na forma de deposito.
(RAVEL, 2009; HENRY, 2009; ROCHA, 2005).
Para Ferreira e outros (2003), em mulheres que encontra em período gestacional,
o ferro sérico podem esta baixos mesmos quando a gestantes não possui níveis de
39
reservas esgotados, isso ocorrer por influencia da hemodiluição próprio da gestação e
que esta mais acentuada no final do segundo trimestre.
De acordo com Allen e outros citados por Pinto (2008), numa estudo realizado,
demonstraram que a deficiência de Ferro em questão global, afeta 50% da mulheres
grávidas.Questão não observado nesse estudos, onde as analises estudada apresentaram
todos os valores de referencias aceitáveis, descartando anemia por deficiência de Ferro.
A deficiência de Ferro, muitas das vezes esta relacionado a restrição alimentar
do mineral, tanto quali-quantivamente, bem como aos elevados requerimentos dos
grupos biológicos mais indicativos de anemia,como menores de cinco anos e as
mulheres no período gestacional. Podendo acarretar efeitos indesejáveis tanto para mãe
quanto para feto. (GUERRA et al.,1992; NOQUEIRA,1992).
Para Guerra et al (1992), a ocorrência de anemia durante a gestação pode esta
relacionada uma dieta pobre em ferro, junto com aumento da demanda do mineral típico
desse período. Quando se tem uma dieta equilibrada nem sempre é suficiente para suprir
as necessidades de ferro que ocorrer durante o período gestacional.
Para Souza e Batista Filho (2003), a manobra da anemia ferropriva de modo
geral engloba modificações decorrentes da alimentação. Nesse grupo estudado, todas as
gestantes tem controle de alimentação, com nutrientes que possui em sua composição
ferro, tanto heme e não heme. Ainda segunda as pacientes todas realizam refeição de 3
em 3 horas.
Todas as participantes do estudo fazem uso de sulfato ferroso, explicando o fato
de todos os indivíduos estarem dentro dos valores de referencias.
Cortes, Vasconcelos e Coitinho (2009), afirma que a baixa representatividade
dos artigos relacionados à anemia ferropriva na gestação encontrado no Brasil, impede
um estudo mais aprofundado sobre o assunto.
Considerando a gestante como susceptível a anemia ferropriva decorrente do
aumento da necessidade desse mineral devido não só ao crescimento fetal e placentário,
mas também pelo aumento da volemia, decorrente da gravidez. Nesses estudos todas as
gestantes não relatam ter tido quadros de anêmicos no inicio da gestação.
40
7 CONCLUSÃO
Enfim o estudo mostrou-se de grande aproveitamento, onde notou-se o quanto o
íon ferro é importante, vendo que a anemia ferropriva é um problema mundial,
principalmente em gestantes pois a mesma precisa de íon ferro para um boa formação
fetal, este estudo mostra que as gestantes estão bem preparadas e orientadas, pois as
mesmas fazem o uso do sulfato ferroso, tendo um ótimo habito alimentar, fazendo
refeições de 3 em 3 horas, assim se nutrindo e respectivamente o seu bebê, onde com
isso todos os resultados através dos exames realizados o eritrograma juntamente com os
outros resultados obtidos (ferro sérico e índices hematimetricos) mostrou que as
pacientes não estavam em estado anêmico, portanto a pesquisa realizada no Centro da
Saúde da Mulher e da Criança teve um resultado positivo tornando assim um estudo
proveitoso e bem esclarecido para as gestantes e ao publico.
41
REFERENCIAS
CANÇADO, Rodolfo D. et al. Avaliação laboratorial da deficiência de ferro em
doadoras de sangue. Revista Brasileira Hematologia Hemoteroterapia, vol. 29, n. 2,
p.153-159, 2007.
CARDOSO, Marly A.; PENTEADO, Marilene de V. C. Intervenções nutricionais na
anemia ferropriva. Caderno de Saúde Pública, vol. 10, n. 2, p.241-40, 1994.
CARMO, Lilian Sheila de Melo Pereira do. O uso de suplemento a base de ferro e os
níveis de hemoglobina identificados durante o período gravídico-puerperal. 2009.
91p. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Universidade de São Paulo.
COSTA, Carlos. Pinto. Anemia Ferropriva. Cadernos de Saúde Pública, Rio de
Janeiro, v.10, n.2, p.231-240, 1999.
CORTES, Mariana Helcias; VASCONCELOS, Ivana Aragão Lira; COITINHO, Denise
Costa. Prevalência de anemia ferropriva em gestantes brasileiras: uma revisão dos
últimos 40 anos. Revista Nutrição, vol. 22, n. 3, p. 409-418, 2009.
CUNNINGHAM, F. Gary et al. Williams Obstetricia. 20ª ed. Rio de Janeiro:
Guanabara-Koogan, 2000.
CRUZ, Rodrigo Danelon da. Avaliação da deficiência de ferro durante o processo
gestacional e sua relação com o consumo alimentar e a sua suplementação com
ferro. 2009. 60f. Dissertação (mestrado) - Faculdade de Ciências Farmacêuticas da
Universidade de São Paulo.
DALLMAN, Prance Ross. Manifestations of iron deficiency. Semin. Hematology.
19:19, 1982.
FERREIRA, Gedeon Alves; GAMA, Fernanda Nunes. Percepção de Gestantes quanto o
ácido fólico e sulfato ferroso durante o pré-natal. Revista Enfermagem Integrada,
Ipatinga (UNILESTE), v.3, n.2, nov./dez. 2010. Disponível em:
<http://www.unilestemg.br/enfermagemintegrada/artigo/V3_2/10-percepcao-gestantes-
quanto-ao-acido-folico-e-sulfato-ferroso-no-pre-natal.pdf>. Acesso em: 12 fev. 2012.
FERREIRA, Maria Lúcia Matias et al. Efetividade da aplicação do sulfato ferroso em
doses semanais no Programa Saúde da Família em Caruaru, Pernambuco. Caderno de
Saúde Pública, v. 19, n. 2, p. 375-381, mar./abr., 2003.
GROTTO, Helena Z. W. Metabolismo do ferro: uma revisão sobre os principais
mecanismos envolvidos em sua homeostase. Revista Brasileira Hematologia e
Hemoterapia, vol.30, n.5, p. 390-397, 2008.
GUERRA, Elvira Maria et al. Prevalência de deficiência de ferro em gestantes de
primeira consulta em centros de saúde de área metropolitana, Brasil. Etiologia da
anemia. Revista Saúde Pública, vol. 26, n. 2, p. 88-95, 1992.
42
HENRY, John Bernard. Diagnósticos Clínicos e Tratamento por métodos
laboratoriais. 20 ed. Tradução: Ida Cristina Gubert. São Paulo: Manole LTDA, 2008.
IBGE. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2011.
Informações territoriais e populacionais sobre Conselheiro Lafaiete- MG.
Disponível em: < http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?>. Acesso em: 02
nov. 2011.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia cientifica. 6ª
ed. São Paulo: Atlas, 2007.
LEHNINGER, Albert Lester. Princípios de Bioquímica. 4ª ed. São Paulo: Sarvier,
2006.
MACHADO, Edna Helena da Silva. Anemia em gestantes atendidas em unidades
básicas de saúde da região administrativa do Butantã, município de São Paulo, em
2006 e 2008. 2011. 71f. Tese (Doutorado)- Faculdade de Ciências Farmacêuticas da
USP.
MOURA , Luciana C. Hacur de; PEDROSO Marilda de Almeida. Anemia ferropriva na
gestação. Revista de Enfermagem. UNISA 2003; 4:70-5.Disponivel em:
<http://www.unisa.br/graduacao/biologicas/enfer/revista/arquivos/2003-16.pdf>.
Acesso em: 22 fev. 2012.
NOGUEIRA, Nadir do Nascimento. Estudo comparativo sobre os efeitos da
suplementação com ferro, ácido fólico e zinco no estado nutricional de adolescentes
grávidas e de seus conceptos. São Paulo, 1997. 143 p. Tese (Mestrado) - Faculdade de
Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, 1997.
NENE, Bussâmara. Obstetrícia básica. 2ªed.São Paulo:Sarvier, 2000.
PAIVA, Adriana A. et al. Parâmetros para avaliação do estado de ferro. Revista de
Saúde Pública, vol. 34, n.4, p. 421-6, 2000. Disponível em:
<http://www.fsp.usp.br/rsp>. Acesso em: 22 mai. 2012.
PINTO, Guilherme Malafaia. Deficiência de Ferro: resistência ou
suscetibilidade a infecções?. Revista Médica de Minas Gerais, vol. 18, n. 3, p. 191-
196, 2008. Disponivel em:
<http://www.medicina.ufmg.br/rmmg/index.php/rmmg/article/viewFile/26/21>. Acesso
em: 23 jan. 2012.
RAVEL, Richard. Laboratório clínico – Aplicações clínicas dos dados laboratoriais.
6 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
ROCHA, Daniela da Silva et al. Estado nutricional e anemia ferropriva em gestantes:
relação com o peso da criança ao nascer. Revista de Nutrição, vol.18, n.4, pp. 481-489,
2005.
43
SANTOS, A.U. Prevalência de anemia em gestantes atendidas em uma
maternidade social: antes e após a fortificação das farinhas com ferro. 2009. 90 p.
Dissertação (Mestrado) - Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. São
Paulo, 2009.
SOCIEDADE BRASILEIRA PATOLOGIA CLÍNICA. Recomendações da Sociedade
brasileira de Patologia Clínica/Medicina laboratorial para coleta de sangue venoso. 2ª ed. Barueri, SP: Minha Editora, 2010.
SOUZA , Suzana Queiroz de; TORRES, A. A. de. Anemia Ferropriva na Infância.
Jornal da Pediatria, Rio de Janeiro, vol.76, Supl.3, p. 298-307, 2000.
SOUZA, Ariani Impieri de; BATISTA FILHO, Malaquias; FERREIRA, Luiz O. C.
Alterações hematológicas e gravidez. Revista Brasileira de Hematologia e
Hemoterapia, São José do Rio Preto, v. 24, n. 1, p. 29-36, 2002.
SOUZA, Ariani Impieri de; BATISTA FILHO, Malaquias. Diagnostico e tratamento
das anemias carências na gestação: consenso e controvérsias. Revista Brasileira
Materna Infantil, Recife, vol. 3, n.4, p. 473-479, out/dez. 2003.
UMBELINO, Diego Couto; ROSSI, Eduardo Alves Deficiência de ferro: conseqüências
biológicas e propostas de prevenção. Revista Ciência Farmacêutica Básica Aplicada,
v. 27, n.2, p.103-112, 2006.
THAME, Gizele et al; Folato, Vitamina B12 e Ferritina Sérica e Defeitos do Tubo
Neural. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetricia, v. 20, n. 8, 1998. Disponível
em: < http://www.scielo.br/pdf/%0D/rbgo/v20n8/a04v20n8.pdf>. Acesso em: 25 jan.
2012.
44
APENDICE
45
APÊNDICE A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Eu______________________________________________RG___________,
abaixo qualificado (a), declaro para fins de participação em pesquisa, que fui
devidamente esclarecido sobre o projeto de pesquisa intitulado: monitoramento dos
níveis de ferro no primeiro trimestre de gestantes no centro de saúde da mulher e da
criança em Paracatu/mg no período de fevereiro a abril de 2012, desenvolvido pelo
aluno Deniel Ricardo Silva, do curso bacharelado em Biomedicina da Faculdade
Tecsoma, quanto aos seguintes aspectos: o entrevistado tem a liberdade de recusar a sua
participação em qualquer fase da pesquisa, sem penalização alguma e sem prejuízo ao
seu tratamento e cuidado. É garantido o sigilo e privacidade dos dados confidenciais
envolvidos na pesquisa. Os dados e informações provenientes deste trabalho serão
utilizados com fins de publicação e produção do trabalho de conclusão de curso para o
grau de bacharel.
Declaro, outrossim, que após convenientemente esclarecido pelo pesquisador e
ter entendido o que me foi explicado, consinto voluntariamente e, participar desta
pesquisa.
Paracatu,_________ de_________________de 2012.
46
QUALIFICAÇÃO DO DECLARANTE
Objeto da Pesquisa (Nome):_____________________________________________
RG:__________________Data de nascimento:___/___/___ _______Sexo: M( ) F( )
Endereço:___________________________________________________________
Bairro:______________Cidade:________________CEP:___________Tel:________
_________________________________
Assinatura do Declarante
DECLARAÇÃO DO PESQUISADOR
DECLARO, para fins de realização de pesquisa, ter elaborado este Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), cumprindo todas as exigências contidas no
Capítulo IV da Resolução 196/96 e que obtive, de forma apropriada e voluntária, o
consentimento livre e esclarecido do declarante acima qualificado para a realização
desta pesquisa.
Paracatu, _____de_____________de 2012.
_________________________________
Deniel Ricardo Silva
47
APÊNDICE B - TERMO DE CONSENTIMENTO PÓS-INFORMAÇÃO
TERMO DE CONSENTIMENTO PÓS-INFORMAÇÃO
Título Da Pesquisa: Monitoramento Dos Níveis De Ferro No Primeiro Trimestre De
Gestantes No Centro De Saúde Da Mulher E Da Criança Em Paracatu/Mg No Período
De Fevereiro A Abril De 2012.
Acadêmico: Deniel Ricardo Silva, Biomedicina – Faculdade TECSOMA.
Orientação: Biomédica Cláudia Peres da Silva
Objetivo do estudo: Monitorar os níveis de ferro no primeiro trimestre em gestantes
atendida no Centro de Saúde da Mulher e da Criança.
Procedimento: Coleta Sanguínea, centrifugação, realização do exame e liberação do
laudo.
Riscos e benefícios ao paciente: Tendo que por ser um estudo que se usa a pratica de
punção venosa, poderá formar hematomas, dependendo do paciente mal estar, tendo
como beneficio uma pré-detecção de uma futura anemia atrapalhando o
desenvolvimento do feto.
Confidencialidade: Os pacientes através dos termos assinados poderá escolher se
poderá ser identificado ou não.
_______________________________________________________________-
Norma Ferreira da Silva
Enfermeira administrativa
Centro de Saúde da Mulher e da Criança
_______________________________________________________________
Deniel Ricardo Silva
Acadêmico Responsável pela Pesquisa
_______________________________________________________________
Dra. Cláudia Peres da Silva
Coordenadora do Curso de Biomedicina da Faculdade TECSOMA
48
APÊNDICE C – OFÍCIO
49
APÊNDICE D – FICHA INDIVIDUAL DE AVALIAÇÃO
Ficha Individual de Avaliação
Identificação.
Nome da Paciente__________________________________________________
Data de Nascimento:_______________ PESO:__________ ALTURA_________
Alimentação
Quantidade de refeiçoes diarias________
Tipo de Alimento consumido:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
_______________________________________________________
Historico Familiar de Doenças e Medicamentos
Possui alguma patologia? Se sim, cite-a.___________________________________
Utilizou medicamento antes da gestação?______Se sim,
qual/quais._________________________________________________________
top related