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Categoria: Trabalho Científico

ESPÉCIES VEGETAIS INVASORAS EM COMUNIDADES FLORESTAIS NATIVAS NAS MARGENS DA REPRESA DO VOSSOROCA, APA DE GUARATUBA, PARANÁ,

BRASIL

ALIEN SPECIES IN NATIVE FOREST COMMUNITIES IN THE VOSSOROCA RESERVOIR BANKS, ENVIRONMENTAL PROTECTION AREA OF GUARATUBA,

PARANÁ, BRAZIL

Christopher Thomas Blum 1

Marcelo Posonski 1

Pablo Melo Hoffmann 2

Marília Borgo3

RESUMO

O presente estudo teve por objetivo diagnosticar a contaminação biológica por espécies vegetais invasoras nas comunidades florestais nativas existentes às margens do reservatório do Vossoroca, Tijucas do Sul, Paraná. A área em estudo é abrangida em sua maior parte pela Área de Proteção Estadual de Guaratuba e encontra-se numa situação de ecótono entre a Floresta com Araucária e a Floresta Atlântica, com predomínio da primeira. Foram instaladas 49 parcelas amostrais, perfazendo uma área total de 1,47 ha. Em 51% das unidades amostrais foi detectada a presença de espécies vegetais invasoras. Foram amostradas oito espécies exóticas invasoras: Pittosporum undulatum, Pinus elliottii, Hedychium coronarium, H. gardnerianum, Citrus limon, Eriobotrya japonica, Senna macranthera e Magnolia grandifolia, sendo que as quatro primeiras destacam-se por seu grande potencial invasor na área em estudo.

Palavras-chave: plantas invasoras; Floresta Ombrófila Mista; ecótono

ABSTRACT

The diagnosis off the biological contamination caused by alien vegetal species was done in the Vossoroca Reservoir banks, in Tijucas do Sul, Paraná, South of Brazil. 49 samples were established in these place, which is represented by the Subtropical Ombrophilous Forest in association with the Atlantic Rainforest. The presence of alien vegetal species were detected in 51 % from this samples, and they are represented by Pittosporum undulatum, Pinus elliottii, Hedychium coronarianum, H. gardnerianum, Citrus limon, Eriobotrya japonica, Senna macranthera and Magnolia grandifolia. The first four species have the most significant invasive potential in the studied area.

Key-Words: alien plants; Subtropical Ombrophilous Forest; transitional zone

1 Eng. Florestal, Esp. em Gestão e Eng. Ambiental, Mestrando em Eng. Florestal, Sociedade Chauá. Rua João Gava, 672, Pilarzinho,

82130-010, Curitiba, Paraná, sociedadechaua@chaua.org.br 2 Eng. Florestal, Sociedade Chauá, hoffmannpablo@hotmail.com 3 Bióloga, MSc, Sociedade Chauá, maborgo@yahoo.com

INTRODUÇÃO

De acordo com Ziller (2000), espécies invasoras são aquelas que, uma vez introduzidas a partir de outros ambientes, se adaptam e passam a reproduzir-se a ponto de ocupar o espaço de espécies nativas e produzir alterações nos processos ecológicos naturais, tendendo a tornarem-se dominantes após um período de tempo mais ou menos longo requerido para sua adaptação.

A contaminação biológica, em especial aquela causada por espécies vegetais, é uma forma de degradação ambiental ainda muito pouco estudada no Brasil. As informações relativas às principais espécies invasoras e sobre seus efeitos danosos às comunidades biológicas nativas são escassas ou inexistentes. Os primeiros trabalhos abordando a extrema viabilidade e potencial risco de contaminação das espécies exóticas invasoras em ambientes naturais datam do século XIX, na África do Sul (Shaughnessy, 1986). Os trabalhos envolvendo essa categoria de plantas no Brasil são muito escassos, destacando-se o efetuado por Pereira & Filgueiras (1987), na Reserva Ecológica do IBGE, na região central do país, e o extenso estudo realizado por Ziller (2000), nos campos naturais (Estepe gramíneo lenhosa) da região central do Paraná.

A problemática das espécies vegetais invasoras está fortemente relacionada ao fato de que estas plantas não são consideradas daninhas pelas pessoas que as cultivam em seus jardins, sítios e chácaras. A sociedade, de um modo geral, desconhece o elevado potencial de contaminação biológica apresentado por determinadas espécies, considerando-as em muitos casos até como espécies nativas.

Desta forma, considerando-se que as florestas nativas existentes às margens da represa do Vossoroca, além de se encontrarem em área de preservação permanente protegida pela legislação florestal, também são englobadas, na sua maior parte, pelos limites da APA Estadual de Guaratuba, torna-se de vital importância conhecer as espécies invasoras ali presentes, sua atual área de dispersão local e seu potencial de invasão, tendo em vista a manutenção da biodiversidade regional. A posição geográfica do reservatório na porção superior da bacia hidrográfica do rio São João também acrescenta importância no presente estudo no sentido de que os focos de espécies invasoras existentes às margens do lago podem ocasionar a dispersão e conseqüente invasão de todo o curso do rio São João, a jusante da barragem do Vossoroca.

O presente estudo tem por objetivo diagnosticar o nível de contaminação biológica por espécies vegetais invasoras nas comunidades florestais nativas existentes às margens do reservatório do Vossoroca visando subsidiar tecnicamente a proposição de ações de controle e também de conscientização dos segmentos da sociedade que podem auxiliar na conservação dos ecossistemas em análise.

MATERIAL E MÉTODOS

DESCRIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

A represa do Vossoroca faz parte da bacia hidrográfica do rio São João, tendo como principais formadores, além do São João, os rios São Joãozinho e Vossoroca. Situa-se no município de Tijucas do Sul (25º 48’ S e 49º 02’ W). A maior parte do reservatório encontra-se dentro dos limites da Área de Proteção Ambiental Estadual de Guaratuba, com exceção de duas pequenas porções ao sul da rodovia BR 376.

A represa foi formada na década de 1940 e abrange uma área de 330 hectares, tendo como função a regularização da vazão para a Usina Hidrelétrica de Chaminé, situada 7,1 km a

jusante (Favoreto et al., 2003). Nas margens da represa predominam propriedades rurais destinadas ao lazer.

A altitude local é de 850 metros s.n.m. De acordo com a classificação de Köppen, o clima da região é Cfb, subtropical úmido, apresentando verões quentes, médias de temperatura do mês mais quente não superiores a 22ºC e com mais de cinco geadas noturnas anualmente. A precipitação anual é de 1800 a 2000 mm. O tipo de solo predominante é o Cambissolo Háplico (FUPEF, 2003).

Sob o ponto de vista fitogeográfico, de acordo com o sistema de classificação da vegetação brasileira proposto por IBGE (1992), a região em estudo caracteriza-se pela predominância da Floresta Ombrófila Mista (Floresta com Araucária). No entanto, em sua porção mais oriental, podem ser observados elementos característicos da Floresta Ombrófila Densa (Floresta Atlântica) ocorrendo de maneira esparsa.

MÉTODO

Para o estudo das espécies vegetais invasoras nas margens da Represa do Vossoroca

foi aplicado o método de parcelas com disposição sistemática. Estas foram alocadas com auxílio de sistema de posicionamento geográfico (GPS), sendo que os pontos foram delimitados nos trechos onde as margens do lago são interceptadas por linhas de latitude pré-definidas em carta topográfica. Cada ponto correspondeu a um vértice do polígono que delimitava a unidade amostral.

Quando os pontos amostrais coincidiram com áreas impróprias para a instalação da unidade amostral, realizou-se uma readequação definindo-se uma linha de latitude alternativa, sempre de maneira sistemática. Esta providência se deu em dois casos: onde não caberiam as dimensões da unidade amostral (no caso de penínsulas muito estreitas) ou por completa descaracterização das comunidades nativas, no caso de construções, estradas e gramados sob constante manutenção.

Foram instaladas 49 unidades amostrais de 15 X 20 m (total de 1,47 ha), sendo a dimensão menor paralela às margens do lago e a maior perpendicular a estas, abrangendo uma área de 300 m2. Dentro das parcelas foram incluídos todos os indivíduos pertencentes a espécies alóctones provenientes de dispersão natural (não plantados) com altura mínima de 30 cm, dos quais foram registrados: circunferência na base (CBA), altura (H), ponto de inversão morfológica (PIM), diâmetro de copa (Dcopa) e posição na parcela. Para plântulas de altura inferior a 30 cm ou espécies de hábito herbáceo-arbustivo foram estimados valores de cobertura em porcentagem de área. Adicionalmente foi realizado o registro fotográfico e a descrição fitofisionômica de todas as parcelas. Durante as fases de campo foram também analisados indícios das estratégias de reprodução e dispersão dos táxons invasores detectados.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

CARACTERIZAÇÃO DA COBERTURA VEGETAL

A maior parte da área de preservação permanente da represa do Vossoroca encontra-se coberta por comunidades florestais em estágio intermediário de sucessão, sendo esta a categoria de cobertura vegetal mais freqüente na amostragem, ocorrendo em 73,5 % das unidades amostrais. Em alguns trechos foram observados também fragmentos em estágio inicial de desenvolvimento, representados em 16,3 % das amostras (Tabela 01).

Tabela 01 – Relação dos tipos de cobertura vegetal abrangidos pelo presente estudo às margens da represa do Vossoroca, com o número e porcentagem de parcelas para cada tipo.

Tipo de Cobertura Vegetal Nº de parcelas %

Floresta em estágio intermediário 36 73,5

Floresta em estágio inicial 8 16,3

Bosque com predomínio de exóticas plantadas 3 6,1

Reflorestamento de araucária 2 4,1

TOTAL 49 100,0

Apesar de existir um predomínio de comunidades vegetais nativas nas margens do reservatório, a ocupação humana é bastante significativa, sendo freqüentes as casas de campo, quiosques e trapiches, havendo intervenções na cobertura vegetal como supressão do sub-bosque, abertura de clareiras para acampamentos, desmatamentos para formação de gramados e implantação de espécies exóticas, seja para fins paisagísticos ou comerciais. De todas as unidades amostrais, cerca de 30,6 % ocorreram em locais bastante alterados (Tabela 02).

Tabela 02 – Estado de conservação das comunidades vegetais existentes às margens da represa do Vossoroca, com base na freqüência em que foram observados na amostragem.

Estado de Conservação Nº de parcelas %

Pouco alteradas * 34 69,4

Com clareiras, caminhos ou estradas 8 16,3

Com sub-bosque roçado 4 8,2

Bastante alteradas 3 6,1

TOTAL 49 100,0

* Nesta classe foram incluídas as parcelas em área de reflorestamento de araucária, tendo em vista a elevada diversidade de seus estratos inferiores.

As comunidades em estágio intermediário de sucessão, com altura média do dossel em torno de 11 metros, são caracterizadas por espécies como cataia (Drimys brasiliensis Miers), caujuja (Clethra scabra Pers.), canela (Nectandra grandiflora Nees & Mart. ex Nees), pessegueiro-bravo (Prunus brasiliensis (Cham. & Schltdl.) Dietrich), erva-mate (Ilex paraguariensis A. St.-Hil), caúna (Ilex brevicuspis Reissek, Ilex microdonta Reissek), miguel-pintado (Matayba elaeagnoides Radlk.), vassourão-preto (Vernonia discolor (Spreng.) Less., capororoquinha (Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. ex Roem. & Schult.), capororoca (Myrsine umbellata Mart.), cocão (Erythroxylum deciduum A. St.-Hil.), guavirova (Campomanesia xanthocarpa Berg) e carne-de-vaca (Styrax leprosus Hook. & Arn.), entre outras. O pinheiro-do-Paraná (Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze) é comum, caracterizando o estrato emergente das comunidades analisadas.

Como elementos da Floresta Ombrófila Densa, representantes da transição com a Floresta Ombrófila Mista, ocorrem pontualmente tapiás (Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll.

Arg., Alchornea glandulosa Poepp.), pinheiro-bravo (Podocarpus sellowii Klotzsch ex Endl.) e pau-andrade (Persea major (Nees) Kopp) além de algumas epífitas como Vriesea carinata Wawra e Vriesea guttata Linden & André, entre outras. No interior destas comunidades florestais são muito comuns as touceiras de taquara (Chusquea ramosissima Lindm.).

As comunidades florestais em estágio inicial de sucessão, com dossel de até 7 metros, são caracterizadas por espécies arbóreo-arbustivas como vassouras (Baccharis dracunculifolia DC., B. uncinella DC.), maria-mole (Symplocos tenuifolia Brand.), Miconia sellowiana Naud., embira (Daphnopsis fasciculata (Meisn.) Nevling) e por herbáceas como a samambaia-preta (Rumohra adiantiformis (G. Forst.) Ching) e a samambaia-das-taperas (Pteridium aquilinum (L.) Kuhn), entre outras.

Em certos trechos das margens do lago existem também bosques com predomínio de espécies exóticas plantadas por proprietários de áreas de lazer visando benefícios paisagísticos. Nestes é comum a existência de alguns indivíduos remanescentes de espécies autóctones misturados a diversas espécies alóctones como os ciprestes ou pinheiros (Cupressus lusitanica Mill., Cunninghamia lanceolata (Lamb.) Hook., Cryptomeria japonica (Thunb. ex L. f.) D. Don), o pinus (Pinus elliottii Engelm., Pinus taeda L., Pinus patula Schltdl. & Cham.), o eucalipto (Eucalyptus spp.), a magnólia (Magnolia grandiflora L.), o pau-incenso (Pittosporum undulatum Vent.) e a chuva-de-ouro (Senna macranthera (DC. ex Collad.) H.S. Irwin & Barneby). Também é comum o plantio de espécies exóticas frutíferas como a nespereira (Eriobotrya japonica (Thunb.) Lindl.), o limoeiro (Citrus limon (L.) Burm. f.), a pereira (Pyrus communis L.) e a macieira (Pyrus malus L.).

Dentre as espécies alóctones herbáceas ou arbustivas constatadas nestes locais antropizados destacam-se a hortência (Hydrangea macrophylla (Thunb.) Ser.), o beijinho (Impatiens walleriana Hook. f.) e três espécies de lírio-do-brejo, também chamados de gengibre-bravo ou açucena (Hedychium coronarium J. König, Hedychium coccineum Buch.-Ham. ex Sm. e Hedychium gardnerianum Wall. ex Spreng.).

Por fim, deve-se destacar também que existem reflorestamentos comerciais próximos ou imediatamente às margens do reservatório. As espécies utilizadas para este fim na área em estudo são o pinus (Pinus elliottii Engelm., Pinus taeda L.), o kiri (Paulownia tomentosa (Thunb.) Steud.) e a araucária (Araucaria angustifolia (Bertol) Kuntze).

CONTAMINAÇÃO BIOLÓGICA

A amostragem realizada nas margens da represa do Vossoroca detectou oito taxa alóctones em diferentes níveis de contaminação biológica (Tabela 03). Ressalta-se que, apesar de terem sido encontradas sob a forma de regeneração natural em áreas de vegetação nativa, nem todas as espécies listadas a seguir têm grande potencial de contaminação biológica, apresentando uma dispersão menos agressiva.

Este é o caso da magnólia (Magnolia grandiflora), espécie que não apresenta características de invasora e que foi representada na amostragem por uma única arvoreta desenvolvendo-se juntamente a uma comunidade florestal nativa em estágio inicial de sucessão.

Por outro lado, espécies como o pau-incenso (Pittosporum undulatum), o pinus (Pinus elliottii) e os lírios-do-brejo (Hedychium coronarium e Hedychium gardnerianum) apresentaram valores de abundância e freqüência significativos na área em estudo, revelando-se invasoras capazes de provocar considerável contaminação biológica regional.

O limoeiro (Citrus limon) e a nespereira (Eriobotrya japonica), ainda que consideradas potencialmente invasoras, não apresentam elevado nível de contaminação, representados por indivíduos isolados ou ocorrendo com freqüência reduzida. O mesmo ocorre com a chuva-de-ouro (Senna macranthera).

Tabela 03 – Espécies invasoras detectadas nas margens da represa do Vossoroca e seus respectivos valores de abundância e freqüência.

Táxon Nome Comum

Nº de Indivíduos

Abundancia (Ind/ha)

Freqüência (%)

Pittosporum undulatum Vent. pau-incenso 154 104,8 26,5

Pinus elliottii Engelm. pinus 15 10,2 16,3

Citrus limon (L.) Burm. f. limoeiro 5 3,4 10,2

Hedychium spp. * lírio-do-brejo ** ** 8,2

Senna macranthera (DC. ex Collad.) H.S. Irwin & Barneby

chuva-de-ouro 9 6,1 4,1

Eriobotrya japonica (Thunb.) Lindl. nespereira 3 2,0 2,0

Magnolia grandifolia L. magnólia 1 0,7 2,0 * Gênero representado pelas espécies H. coronarium e H. gardnerianum, as quais em alguns casos não puderam ser diferenciadas, em especial no que se refere aos indivíduos jovens.

** Gênero herbáceo, não teve seus indivíduos contabilizados, mas apresentou cobertura média estimada de 32,5% nas parcelas onde foi registrado.

Das 49 unidades amostrais, 51% apresentaram pelo menos um indivíduo de espécie

exótica invasora (Figura 1).

Figura 1 – Distribuição das parcelas instaladas às margens da represa do Vossoroca e respectiva ocorrência das espécies exóticas invasoras.

No que se refere à distância de ocorrência dos indivíduos de espécies exóticas invasoras em relação às margens da represa, é possível constatar que a grande maioria dos indivíduos (50,1%) encontra-se na faixa mais próxima ao reservatório, entre 0 e 5 metros da margem (Figura 2). Tal situação deve-se provavelmente ao fato de as margens comportarem-se como borda das comunidades vegetais nativas, possibilitando o desenvolvimento de espécies oportunistas de rápido crescimento e pouco exigentes quanto às condições ambientais, aspectos ecológicos normalmente característicos de plantas exóticas invasoras. A maior concentração das populações destes vegetais invasores nessa faixa também pode ser explicada pela ação do lago como agente dispersor dos diásporos.

50,1

14,8 14,820,3

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

0 - 5 5 - 10 10 - 15 15 - 20

C lasses de D istância (m)

Figura 2 – Distribuição do número de indivíduos de espécies exóticas invasoras em relação à distância das margens da represa do Vossoroca.

A análise do número de indivíduos relacionada à distância das margens também foi realizada para o pau-incenso (Pittosporum undulatum) e o pinus (Pinus elliottii), as duas espécies com maior densidade na amostra. Ambas as espécies seguiram a tendência geral observada no gráfico anterior, apresentando maior número de indivíduos na faixa mais próxima das margens do lago (Figura 3). O pau-incenso, no entanto, teve também ocorrência considerável nas faixas mais distantes às margens do lago, demonstrando sua grande capacidade de desenvolver-se também nos ambientes sombreados do sub-bosque florestal. No caso do pinus, por tratar-se de espécie heliófila, a densidade nas margens da represa foi bastante elevada (85,8%) sendo que somente associada a comunidades vegetais em estágio inicial de sucessão ou a clareiras é que registrou-se a ocorrência de indivíduos desta espécie em trechos mais distantes da margens.

49,0

15,6 12,522,9

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

0 - 5 5 - 10 10 - 15 15 - 20

C lasses de D istância (m)

85,8

7,10,0

7,1

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

0 - 5 5 - 10 10 - 15 15 - 20

C lasses de D istância (m)

Figura 3 – Distribuição do número de indivíduos de Pittosporum undulatum (à esquerda) e Pinus elliottii (à direita) em relação à distância das margens da represa do Vossoroca.

A avaliação das classes diamétricas, ferramenta que pode auxiliar no entendimento da

dinâmica estrutural e da ocorrência em termos de época de ocupação das espécies exóticas invasoras nas comunidades florestais marginais à represa do Vossoroca, indicou que a maioria dos indivíduos (87,7%) encontra-se com diâmetros de base de até 9,9 cm (Figura 4). Isto demostra uma intensa regeneração de indivíduos de determinadas espécies invasoras na área de estudo. A visível descontinuidade observada entre a primeira e as demais classes diamétricas ressalta uma das principais características ecológicas de plantas invasoras: a precocidade reprodutiva. Grande parte dos indivíduos que se enquadram nesta classe de diâmetros menores já apresentam produção de flores e frutos. Este aspecto é particularmente comum nas espécies Pinus elliottii, Citrus limon e Pittosporum undulatum, sendo que em relação a esta última é muito comum observar-se pequenas arvoretas muitas vezes com menos de 2 metros de altura já apresentando frutificação abundante.

87,7

5,9 3,7 2,70,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

0,0 - 9,9 10,0 - 19,9 20,0 - 29,9 > 30,0

C lasses de D iâmetro (cm)

Figura 4 – Distribuição diamétrica das espécies vegetais invasoras nas margens da represa do Vossoroca.

Esse mesmo comportamento foi também observado na análise da distribuição diamétrica das duas espécies mais importantes da amostra – Pittosporum undulatum e Pinus elliottii (Figura 5).

88,4

6,5 3,2 1,90,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

0,0 - 9,9 10,0 - 19,9 20,0 - 29,9 > 30,0

C lasses de D iâmetro (cm)

80,0

0,0

13,36,7

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

0,0 - 9,9 10,0 - 19,9 20,0 - 29,9 > 30,0

C lasses de D iâmetro (cm)

Figura 5 – Distribuição diamétrica de Pittosporum undulatum (à esquerda) e Pinus elliottii (à direita) nas margens da represa do Vossoroca.

STATUS ATUAL E CARACTERÍSTICAS ECOLÓGICAS DAS ESPÉCIES INVASORAS DETECTADAS

Pittosporum undulatum Vent.

Esta espécie originária da Austrália é conhecida no Brasil como pau-incenso, sendo esporadicamente cultivada em jardins da região Sul. Trata-se de uma árvore perenifólia, de 7 a 10 metros de altura, com ramagem densa e horizontal, formando copa arredondada (Lorenzi et al., 2003). Multiplica-se por sementes e caracteriza-se pela sua rusticidade e rápido crescimento. O pau-incenso tem ainda como característica favorecedora de seu sucesso reprodutivo o fato de desenvolver-se tanto a pleno sol como sob sombreamento denso no sub-bosque florestal, o que possibilita uma invasão discreta e de difícil identificação. A capacidade invasora desta espécie vem sendo relatada em diversos estudos realizados em países como Jamaica, África do Sul e até mesmo em seu país de origem (Gleadow, 1982; Gleadow & Rowan, 1982; Goodland & Healey, 1996; Rose, 1997; Macdonald et al., 2003). No Brasil Pittosporum undulatum já consta como invasora na lista gerada pelo Levantamento Nacional de Espécies Exóticas Invasoras (Instituto Hórus, 2005).

O pau-incenso apresenta uma distribuição homogênea na área em estudo, abrangendo a maior parte do reservatório. Sua dispersão vem ocorrendo no eixo central do lago onde provavelmente foram plantados os primeiros exemplares e onde são encontrados os indivíduos de maior porte. Na medida em que se avança para as porções mais distantes do centro do reservatório, onde não havia indícios históricos do plantio dessa espécie, verifica-se uma redução no porte e no número de indivíduos, fato que demonstra um gradiente de proliferação. Em alguns locais, em especial nas ilhas existentes no centro do lago, o pau-incenso forma agrupamentos muito densos, dificultando a regeneração natural das espécies nativas. Em cada uma das duas ilhas centrais do lago foi instalada uma parcela, sendo que nestas a densidade média do pau-incenso chegou a 1.717 indivíduos/ha.

Foram constatadas duas estratégias de dispersão dos frutos desta espécie na área em estudo: hidrocoria e zoocoria, as quais também são citadas em ASGAP (2002). A hidrocoria é comprovada pelo predomínio de indivíduos da espécie nos trechos mais próximos às margens do reservatório, o que leva a concluir que grande parte dos frutos é dispersa através da água. Como já citado anteriormente, cerca de 49% dos indivíduos registrados ocorreram nos primeiros 5 metros imediatamente após a margem do lago, em sua cota máxima. A zoocoria foi constatada através da observação de fezes de animais, em sua maioria aves, contendo grande quantidade de sementes da espécie. Também foi observado acúmulo de frutos e sementes utilizados na alimentação provavelmente por pequenos roedores em tocas próximas a arvoretas de Pittosporum undulatum.

Pinus elliottii Engelm.

Esta espécie originária da América do Norte é conhecida vulgarmente no Brasil como pinus, apresentando elevada importância econômica devido ao seu uso industrial na produção de papel e madeira. O pinus também é significativamente utilizado como árvore ornamental, sobretudo em propriedades rurais. Trata-se de uma gimnosperma, de 15 a 30 metros de altura, com copa densa e estrutura monopodial (Lorenzi et al., 2003). Multiplica-se abundantemente por sementes sendo extremamente vigoroso e rústico. É uma espécie essencialmente heliófila. A invasão de ambientes naturais por espécies do gênero Pinus é um fator de degradação ambiental de importância significativa no estado do Paraná e no Brasil (Ziller, 2000; Ziller & Galvão, 2003; Instituto Hórus, 2005), assim como em outros países como a África do Sul (Foxcroft & Richardson, 2003).

O pinus apresenta dispersão significativa ao longo das margens do reservatório. A espécie é muito utilizada em pequenos reflorestamentos e nos bosques de exóticas existentes às margens do lago, o que facilita sua proliferação. No entanto, devido a sua necessidade de sol pleno para desenvolvimento, ocorre apenas imediatamente no limite entre as comunidades florestais nativas e o lago, não penetrando no interior das florestas autóctones. O reservatório

do Vossoroca raramente permanece com o nível máximo de água deixando, portanto, uma pequena faixa de terra desprovida de cobertura vegetal arbórea onde é verificada a maior concentração dos indivíduos de Pinus elliottii. Cerca de 85,7% dos indivíduos registrados ocorreram nos primeiros 5 metros a partir do lago. A sua dispersão ocorre por anemocoria, sendo que suas sementes aladas são eficientemente dispersas na região através dos ventos constantes. Os estróbilos são carregados pelas correntes do lago, mas a maior parte das sementes se propaga antes mesmo da queda dos mesmos.

Hedychium spp. (H. coronarium, H. gardnerianum e H. coccineum)

Este gênero de origem asiática tem suas espécies denominadas vulgarmente no Brasil como gengibre-bravo, lírio-do-brejo ou açucena. Seu uso é ornamental devido à beleza e perfume de suas flores, destacando-se também o seu vigor de crescimento. Tratam-se de herbáceas eretas e rizomatozas, com altura variando entre 1,5 e 2,5 metros (Lorenzi & Souza, 1999) que formam populações densas e homogêneas, preferencialmente em ambientes de solo úmido, limitando severamente a regeneração natural de outras espécies. H. coronarium, de flores brancas, é a mais rústica e comum. Na área de estudo foram também constatadas as espécies H. gardnerianum (flores amarelas) e H coccineum (flores vermelhas), sendo que esta última foi registrada somente na forma de agrupamentos plantados em áreas bastante antropizadas, não podendo portanto ser considerada invasora na área em estudo. Os lírios-do-brejo multiplicam-se principalmente por propagação vegetativa, através da expansão dos rizomas. As espécies de Hedychium vêm sendo freqüentemente citadas como invasoras em várias regiões do planeta, sendo registradas em países como África do Sul, Estados Unidos, Colômbia e Nova Zelândia (Esler, 1988; Mullin et al., 2000; Foxcroft & Richardson, 2003; Macdonald et al., 2003; Williams et al., 2003; Sáenz, 2005; SANParks, 2005). H. gardnerianum consta ainda como uma das 100 piores espécies invasoras do mundo (IUCN, 2003), Por fim, H. coronarium e H. coccineum constam na lista gerada pelo Levantamento Nacional de Espécies Exóticas Invasoras no Brasil (Instituto Hórus, 2005).

Agrupamentos de Hedychium spp. (H. coronarium e H. gardnerianum) foram detectados em amostras nos braços sudeste e sudoeste do lago, sendo que neste último formam densos agrupamentos no sub-bosque florestal, trazendo sérias conseqüências para a regeneração natural de espécies nativas. A dispersão dos lírios-do-brejo pode ocorrer por zoocoria (Environment BOP. 2005). No entanto, nas margens do reservatório do Vossoroca, a existência de pequenas touceiras no limite entre a faixa marginal e o lago indica que este táxon pode possivelmente estar se disseminando pela flutuação de seus rizomas. Os lírios-do-brejo apresentam um fator agravante na região em estudo, já que vem sendo muito utilizados para fins paisagísticos nas margens do lago. Desta forma a dispersão através do homem assume grande importância no local.

Durante as fases de campo foram observados danos provocados pelas geadas nas folhas e caules dos indivíduos de Hedychium spp. No entanto, no interior das florestas estes danos são reduzidos e não chegam a limitar seu desenvolvimento. Além disso, este gênero tem a capacidade de rebrotar a partir de seus rizomas, independentemente das condições climáticas ou da ação de poda na parte aérea.

Citrus limon (L.) Burm. f.

Esta espécie, originária da Ásia, é conhecida no Brasil como limoeiro. É um arbusto ou árvore pequena de até 4 metros de altura, espinescente, produzindo grande quantidade de frutos em boa parte do ano. No Brasil o limoeiro já consta como invasora na lista gerada pelo Levantamento Nacional de Espécies Exóticas Invasoras (Instituto Hórus, 2005). Existem também registros de ocorrência desta espécie como invasora no arquipélago de Galápagos, Equador (Tye et al., 2002).

Na região em estudo, o limoeiro está disperso de maneira irregular por todo reservatório, representado sempre por exemplares isolados desenvolvendo-se no sub-bosque

florestal. De maneira geral, o limoeiro foi encontrado em locais onde existem clareiras para acampamento ou trilhas para deslocamento, demonstrando que seu principal modo de dispersão é através do ser humano, que após utilizar os frutos, descarta as sementes no ambiente. No entanto, até o presente momento, esta espécie não apresenta grande potencial de invasão nas comunidades florestais nativas em questão.

Eriobotrya japonica (Thunb.) Lindl.

Originária provavelmente da China, a espécie é conhecida no Brasil como nespereira. Árvore com até 12 metros de altura, folhagem densa e composta por folhas coriáceas. È bastante procurada pela avifauna. No Brasil a nespereira já consta como invasora na lista gerada pelo Levantamento Nacional de Espécies Exóticas Invasoras (Instituto Hórus, 2005). Existem também registros de ocorrência desta espécie como invasora em países como África do Sul e Nova Zelândia (Wotherspoon & Wotherspoon, 2002; Foxcroft & Richardson, 2003; Macdonald et al., 2003).

A nespereira foi encontrada somente em uma das parcelas amostrais, no braço sudoeste do lago, apresentando três arvoretas. Esta espécie tem como síndrome de dispersão a zoocoria, tanto pela fauna regional quanto pelo homem. Apesar de Eriobotrya japonica ser considerada invasora em outros locais do Brasil e do mundo, até o presente momento, a espécie não apresenta potencial significativo de invasão nas comunidades florestais nativas estudadas.

Senna macranthera (DC. ex Collad.) H.S. Irwin & Barneby

Esta espécie é originária do Brasil, ocorrendo desde o Ceará até São Paulo, na Floresta Estacional Semidecidual. Conhecida como chuva-de-ouro ou manduirana, alcança entre 6 e 8 metros de altura, produzindo grande número de sementes viáveis (Lorenzi, 2000). Não foram encontrados registros nacionais ou internacionais de invasão por parte desta espécie.

A chuva-de-ouro ocorre somente em um trecho do braço sudeste do reservatório, representada por indivíduos jovens que se desenvolvem em clareiras na floresta. Esta espécie foi provavelmente introduzida nas margens da represa do Vossoroca para fins paisagísticos. No entanto, a proliferação da chuva-de-ouro na área em questão encontra-se limitada pelo clima, sendo que foram observados indivíduos arbóreos atingidos pelas geadas.

Magnolia grandiflora L.

Originária dos Estados Unidos esta espécie é conhecida popularmente por magnólia, árvore tradicionalmente utilizada no Brasil como ornamental. Alcança entre 10 e 15 metros de altura, apresentando folhagem de cor verde escura e brilhante, a qual contrasta com suas grandes flores brancas e aromáticas (Lorenzi et al., 2003). Não foram encontrados registros nacionais ou internacionais de invasão por parte desta espécie.

A magnólia ocorreu somente em uma parcela no braço sudeste, representada por uma arvoreta que se desenvolveu provavelmente a partir de sementes produzidas por um exemplar de grande porte plantado junto a uma casa de campo na margem oposta, à cerca de 500 metros de distância.

CONCLUSÕES

As comunidades florestais nativas presentes às margens da represa do Vossoroca apresentam considerável grau de contaminação biológica, em especial no que diz respeito às espécies Pittosporum undulatum, Pinus elliottii, Hedychium coronarium e H. gardnerianum.

Estas espécies já se encontram significativamente dispersas na área em estudo, tendo grande potencial de aumento em sua proliferação.

As espécies Citrus limon, Eriobotrya japonica, Senna macranthera e Magnolia grandiflora ocorreram como plantas invasoras, mas não apresentam potencial imediato de contaminação significativa.

É de extrema relevância a adoção de medidas de controle que viabilizem a erradicação das espécies invasoras encontradas no presente estudo, antes que sua proliferação altere permanentemente as características florísticas e estruturais das comunidades florestais nativas da região. As ações de controle também são vitais no sentido de evitar que as espécies invasoras dispersem pela bacia do rio São João, que se localiza em uma área transicional entre a Floresta Ombrófila Mista e a Floresta Ombrófila Densa, aumentando consideravelmente sua área de dispersão e abrindo caminho para a contaminação de novos ecossistemas.

No controle das espécies exóticas invasoras existentes às margens da represa do Vossoroca devem ser priorizadas as espécies Pittosporum undulatum, Hedychium coronarium e H. gardnerianum, considerando o seu potencial de disseminar-se e desenvolver-se no sub-bosque de comunidades florestais nativas.

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