endometriose (1)
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ENDOMETRIOSE
LIAGO UESB2013RIRO
Baseado no:
A endometriose é definida como a presença
extrauterina de glândulas endometrias e estromas funcionantes. É comumente encontrada nos ovários, saco de douglas, espaço vesicouteriono, peritônio pélvico,etc.(Manual de Ginegologia e Obstetrícia do Jonhs Hopkins,2012)
Definição
Média de idade 25 aos 30 anos das pacientes.
Maior incidência nulíparas, menarca precoce, ciclos mais curtos.
Paridade aumentada fator protetor
Atinge 40 a 60% de pacientes com dismenorréia.
Infertilidade de 20 a 40% das pacientes com endometriose.
Epidemiologia
Etiologia desconhecida, várias teorias tentam explicar;
Menstruação Retrógrada: A teoria original de Sampson sugere que a endometriose está relacionada a menstruação retrógrada do tecido endometrial através da tubas de falópio para a cavidade peritoneal.Apoiada pela visualização de sangue nas laparoscopias.
Fatores imunes: Dados crescente sugerem que fatores imunes específicos no local dos implantes endometriais desempenham um importante papel na determinação da doença.
Fatores inflamatórios: Níveis elevados de interleucina-6 e fator alfa de necrose tumoral foram observados no líquido peritoneal de pacientes com endometriose.
Teorias de Patogênese da endometriose
Fatores hormonais: Os implantes podem produzir aromatase,
levando a produção de estrogênio extraovariano.
Metaplasia celômica: Essa teoria postula que as células totipotenciais do ovário e do peritônio são transformadas em lesões endometrióticas por estímulos hormonais e infecciosos repetidos.
Disseminação linfática: Um estudo mostrou que 29% das mulheres com endometriose na necropsia têm linfonodos pélvicos positivos para a doença. Esta teoria explica implantes encontrados no pulmão.
Fatores genéticos: Mulheres que têm um familiar de primeiro grau com endometriose têm um risco 7 vezes maior de desenvolver endometriose. O modo de herança é provavelmente multifatorial.
Teorias de Patogênese da endometriose
Clássicos sinais/sintomas: Dismenorréia, infertilidade,
dor pélvica.
Outros:1. Nodularidade dos ligamentos uterossacros, que
frequentemente se encontram aumentados e doloridos.
2. Edema do septo retovaginal.3. Dor à mobilização do útero e dos anexos4. Útero retrovertido e fixo e anexos aumentados e
imóveis são indicativos de doença pélvica grave.
Diagnóstico-achados clínicos
Ultrassonografia pélvica: Pode ser útil para sugerir a
presença de endometriomas a um custo significativamente menor que TC e RM.
Laparoscopia diagnóstica: O diagnóstico definitivo somente pode ser feito pela laparoscopia e de um exame histológico.
Características: aspecto visual azul escuro dos implantes, tipo pólvora queimada. Lesões avermelhadas para formas mais ativas. Cistos de chocolate coloração marrom-escura.
Confirmação do diagnóstico
CLASSIFICAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO
Visa suprimir produção de estrogênio
ovariana, por meio da interrupção eixo hipotálamo-hipófise-ovário.
Retirada dos endometriomas (tratamento definitivo)
Meios de tratamento1. Medicamentoso2. Cirúrgico
TRATAMENTO
Pílulas anticoncepcionais( ACOs):
Causam anovulação e decidualização, resulta atrofia tecido endometrial.
Alívio sintomático dismenorreia 60 a 95%.
Dose 20 a 30 ug etinilestradiol pílulas
Efeito sangramento irregular, bem tolerado.
MEDICAMENTOSO
Análogos do hormônio liberador de gonadotrofinas.
Mecanismo: down-regulation dos receptores hipofisários, inibição do eixo hipotálamo-hipófise-ovário levando a supressão ovariana.
Dose; Acetato de leuprolide(lupron) 3,75mg IM ao mês , máximo 6 meses.Acetato de nafarelina, 200-400 ug intranasal 2 x dia, 6 meses.
Efeitos colaterais; Fogachos, secura vaginal, desmineralização óssea, insônia, mudanças na libido, fadiga.
MEDICAMENTOSO
Progestinas;
Mecanismo: Atrofia e decidualização do tecido endometrial, supressão das gonotrofinas, inibição da ovulação, amenorreia.
Dose: Acetato de medroxiprogesterona:150 mg IM, a cada 3 meses, 4 doses ou 30 mg VO ao dia por 90 dias.
Efeitos colaterais: ganho de peso, desmineralização óssea uso prolongado
MEDICAMENTOSO
Danazol;
Mecanismo: Anovulação por diminuição do pico do hormônio luteinizante no meio do ciclo. Inibição da esteroidogênese. Ambiente altos níveis androgênios, baixo estrogênios.
Dose: Acetato de megestrol 400 a 800 mg via oral por dia, por seis meses.
Efeitos colaterais: Amenorreia, virilização, acne, hirsutismo, vaginite atrófica, diminuição do tamanho das mamas, fogachos, engrossamento da voz.
MEDICAMENTOSO
Terapia add-back
Usada para minimizar efeitos colaterais, add estrogênios e progesteronas combinados ao uso de agonistas de GnRH.Menos efeitos colaterais, menos perdas de densidade mineral óssea, e efeitos vasomotores.
Sangramento vaginal comum
Acetato de noretindona 2,5 mg diário.
MEDICAMENTOSO
Outras modalidades.
Aines para dor e controle sintomático Inibidores da aromatase; letrozol, anastrazol.
MEDICAMENTOSO
Ideal para pacientes com infertilidade ou sintomas
refratários ao tratamento médico.
Cirurgia definitiva; histerectomia abdominal total com salpingo-ooforectemia bilateral, excisão das lesões de superfície peritoneal ou endometriomas e lise de aderências.
Pacientes que fizeram cirurgia, podem receber tratamento de Terapia de Reposição hormonal.
TRATAMENTO CIRÚRGICO
Cirurgia conservadora:
Excisão laparoscópica ou destruição dos implantes endometriais via laser(vaporização), eletrocoagulação, termocoagulação.
TRATAMENTO CIRÚRGICO
Alteração da qualidade ovócito, da fertilização e
implantação.
Diminuição da receptividade endometrial.
Taxa de gravidez com fertilização in vitro não alterada(alternativa).
Cirurgias conservadoras não altera taxas de gravidez, mas melhora dor.
ENDOMETRIOSE E INFERTILIDADE
A prevalência da endometriose nas pacientes
com carcinoma ovariano epitelial, especialmente de células claras é mais elevada do que na população em geral.
Cirurgia não reduz risco de câncer ovariano , uso de anticoncepcionais orais longo prazo, método de preferência na redução do risco em 80%.
ENDOMETRIOSE E MALIGNIDADE OVARIANA
Manual de Ginecologia e Obstetrícia do Jonhs
Hopkins, 4º edição, 2012.
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Referências
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