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Emergência 71

As perguntas para o Emergência Responde podem ser remetidas por carta, fax e e-mail ou site www.revistaemergencia.com.br, contendo nome, profissão e cidade. Não prestamos informaçõesdiretamente aos leitores a título de consultoria. Para facilitar a troca de informações entre os profissionais, Emergência também publica o endereço eletrônico dos participantes.

MARÇO / 2007

Projetos de incêndio

Qual profissional está ha-bilitado legalmente a assinarprojetos de prevenção e pro-teção contra incêndios?

Delano Martins Moreira

delano@gasmig.com.br

Belo Horizonte /MG

Não existe determinaçãoneste sentido, salvo aquelasque já dizem respeito às atri-buições de cada profissionalno âmbito do conselho pro-fissional competente CREA(Conselho Regional de En-genharia e Arquitetura). (Ale-

xandre Rava de Campos)

Manutenção de extintor

Recebi uma informaçãoda empresa que realiza ma-nutenção em nossos extinto-res que há uma legislaçãoonde diz que em extintoresde água e PQS somente po-derá ser realizada manuten-ção de nível 2 e nível 3. Gos-taria de saber qual a lei quefundamenta este argumentoda empresa.

Jadher Horácio Martins

jadher@bol.com.br

Catalão/GO

Os serviços de manuten-ção de extintores de incên-dio devem atender ao Siste-ma Brasileiro de Qualidade,regido desde o dia 01/10/2006 pela Portaria 173 doInmetro, disponível emwww.inmetro.gov.br. Alémdos serviços de manuten-ção, o item 3.27 define a Ins-peção Técnica, feita somen-te por empresa credenciadapelo Inmetro, como o exa-me periódico, sem desmon-tagem do extintor, com a fi-nalidade de verificar a boacondição operacional. São15 verificações obrigatórias,registradas em relatório com

Produtos perigosos

Estou com muitas dúvidas referentes às placas de sinalização da nossafrota de caminhões que transportam vários tipos de produtos. As dúvi-das são quanto aos tamanhos das placas, códigos, numeração, dese-nhos, e o que significam esses números.

Alexsandro Weschenfeldersegurancadotrabalho@planaterra.com.br

Técnico em Segurança do TrabalhoChapecó/SC

O tamanho dos painéis (painel de segurança e dos rótulos de risco)está discriminado na NBR 7500, ou seja, 30x40 cm para o painel desegurança e 30x30 cm para o rótulo de risco (são losangos, isto é, qua-drados apoiados sobre um dos vértices, que representam as classes esubclasses dos produtos perigosos). Os números constantes do painelde segurança são, na parte superior, o número de risco e, na parte infe-rior, o número ONU. Ambos os números estão citados nos itens 3.2.4 e3.2.5 da Resolução 420/04 da ANTT e de suas atualizações (Resolução701/04 e 1644/06 da ANTT). (Glória Benazzi)

cinco registros para cada ex-tintor. A Inspeção Técnicadeve ser feita a cada 12 me-ses, exceto para extintores deCO

2 cuja freqüência é de seis

meses. Os serviços de manu-tenção de caráter preventivoou corretivo exigem oficinacom ferramental e local apro-priados e devem ser realiza-dos somente por empresa re-gistrada no Sistema Brasilei-ro de Qualidade do Inmetro.Os serviços de manutençãode Primeiro Nível podem serrealizados no próprio localonde o extintor está instala-do e na mesma ocasião dainspeção técnica. A diferen-ça está na manutenção deSegundo Nível, que exige re-colher o extintor até uma ofi-cina especializada de empre-sa credenciada pelo Inmetro,e que deve ser realizada acada 12 meses, exceto parao extintor de CO

2, cujo pra-

zo poderá ser ampliado paraaté cinco anos. A manuten-ção de Terceiro Nível, obriga-tória a cada cinco anos, in-clui também o ensaio hidros-tático do extintor. A qualida-de dos serviços é assegura-da pelo credenciamento daempresa no Sistema de Qua-lidade do Inmetro e este é umcusto que deve ser aprovado,pois terá como resultado a

químicos empregados noextintor ABC, o monofosfatode amônia, é utilizado há dé-cadas como agente extintornos EUA e desconheço qual-quer estudo que indiquemaior agressividade do queos outros pós químicos uti-lizados nos extintores BC,ou que tenha provocadomalefício à saúde de qual-quer usuário. Todos são saise, portanto, contra indica-dos para proteger equipa-mentos delicados, tais comocomputadores, centrais ele-trônicas, etc. Da mesma for-ma, qualquer desses sais, emcontato com a pele humana,pode provocar dermatites eoutras doenças de pele quesão evitadas com o uso deEPIs (Equipamentos de Pro-teção Individual) apropria-dos. (Luiz Roberto Carchedi)

Paramédico

Gostaria de saber em qualórgão é registrado o diplo-ma de paramédico do cursooferecido pela UNIARA,Centro Universitário da cida-de de Araraquara/SP, já quea profissão não existe no Bra-sil e fui informado que o cur-so é de nível superior.

Marcelo Antonio Borges

marcelo.roadking@gmail.com

Socorrista

Novo Horizonte/SP

O certificado de conclu-são do curso de Emergênci-as Médicas da UNIARA, cur-so superior seqüencial, seráregistrado no Ministério daEducação, assim como sãotodos os outros de qualquercurso. Os órgãos de defesade classe são, como o nomejá diz, órgãos de defesa declasse e, portanto, devemser criados por essa novaclasse que está surgindoagora. A profissão de socor-rista ou paramédico ainda

garantia de extintores queirão funcionar com eficiênciapara controlar o incêndio nafase inicial, impedindo que ofogo se propague e cause prejuízo material e paralisa-ção da produção da empre-sa. (Cláudio Hanssen)

Extintor

É verdade que o extintor póABC é mais nocivo ao usuá-rio do que o pó BC?

Jadson Viana de Jesus

segutrabalho@rotasanta.com.br

Técnico em Segurança do Trabalho

Aracajú/SE

O mais comum dos pós

EMERGÊNCIA RESPONDE

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EMERGÊNCIA RESPONDE

MARÇO / 2007Emergência72

não é regulamentada noBrasil, mas, assim como suamanifestação, recebemosvárias outras, de muitas pes-soas que já exercem esseramo, sem treinamento ade-quado ou com treinamentotécnico que é somado atra-vés de vários cursos cor-relatos ou paralelos à essaprofissão. Em nossa opinião,já passou da hora de que amesma seja reconhecida,dadas as atividades especí-ficas que esse profissionalexerce em nosso dia-a-dia.Você não acha que profissi-onais como os bombeirosdo resgate ou os funcionári-os dos Samus do Brasil de-veriam ter reconhecimentoe graduação próprios, paraas atividades que exercem?(Émerson Carlos)

Validade dos cursos

Existe validade para os cur-sos de primeiros socorros edireção defensiva?

José Lino Bittencourt

joselino_bittencourt@hotmail.com

Técnico em Segurança do Trabalho

Balneário Camboriú/SC

Sim, todo e qualquer cur-so livre na área de Atendi-mento às Emergências e Di-reção Defensiva sempreestá consignado a prazo devalidade que varia conformeo conteúdo. Por exemplo, seo curso for direcionado paraqualificação de leigos, osprazos de validade são maiselásticos, podendo variar deum até três anos. Os cursosde qualificação profissionaltêm sempre duração máxi-ma de um ano. Os cursosde DDC (Defensive DriveCourse) têm sempre valida-de de três anos para amado-res e um ano e dois anos pa-ra profissionais. Estes critéri-os são estabelecidos pelasagências certificadoras dos

EUA. No Brasil a tendência éseguir na mesma linha, masainda carece de formalizaçãojunto à sociedade civil orga-nizada. (Randal Fonseca)

Nível de consciência

Ao responder uma questãode prova na disciplina de ur-gência e emergência, deparei-me com uma dúvida que melevou ao erro. Para não errarna prática, com vidas huma-nas, gostaria que me respon-dessem o seguinte: se, ao che-gar à cena do acidente, o so-corrista, após verificar o itemsegurança, aborda, inicial-mente, as vítimas e observa onível de consciência, já queestas têm prioridade no aten-dimento, ou parte diretamen-te para o A, B, C, D?

Diorgenes Lopes Borges

diorgenelopes@bol.com.br

Acadêmico de Enfermagem

Blumenau/SC

Ao chegar à cena onde iráintervir, o socorrista, consta-tando que há uma vítima ca-ída, após certificar-se que olocal é seguro, irá proceder aavaliação primária que cons-ta da seqüência A, B e C.Ocorre que antes de iniciaro A, ou seja, abrir vias aére-as, ele deve chamar o paci-ente tocando gentilmente em

seu ombro. Segundo a AHA(American Heart Association),esse protocolo considera queum paciente inconsciente po-derá responder a esse estímu-lo com gemidos, movimen-tos, etc, e, portanto, estarárespirando, tornando desne-cessário o seguimento A, B eC, orientando o socorrista aseguir para a análise secun-dária. Acontece que algunsinstrutores chamam esse pro-tocolo de “Determinar Nívelde Consciência”, o que aca-ba gerando confusão com opasso seguinte que é o “D”.Uma vez que o paciente res-pira, seu coração bate e nãohá perda massiva de sangue,o socorrista parte para a aná-lise secundária, onde a ênfa-se à resposta neurológica se-gue na seqüência de priori-dade, porque lesões de crâ-nio e coluna são incapacitan-tes permanentes. Nessa ava-liação para “Determinar Ní-vel de Consciência” costuma-se usar a escala de Glasgowe/ou a de Trauma. (Luiz Roberto

Carchedi)

Hemorragia

Quando a vítima está commidríase e não apresenta ne-nhum tipo de sangramento,significa que a vítima adquiriuhemorragia no seu acidente?

Lucas Eduardo Rios Ramos

lukynha_sjc@ig.com.br

Técnico de Enfermagem

São José dos Campos/SP

Apesar de sua perguntanão estar muito objetivaquanto ao local da hemorra-gia, eu imagino que é hemor-ragia cerebral que você deveestar se referindo. O fato davítima de acidente traumáticoapresentar midríase significaque existe a suspeita de le-são neurológica, porém, estesinal deve ser interpretado eassociado com todos os de-

mais fatores do acidente,como: mecanismo da lesão,cinemática do trauma, his-tórico médico passado davítima e possível uso de me-dicamentos e/ou drogas.Uma lesão neurológica po-de ser proveniente de de-saceleração brusca e cavi-tação por contragolpe, con-cussão e contusão cerebral,isquemia e hemorragias subou extra dural, sendo estasconseqüências diretas ouindiretas de traumas. É tam-bém possível que a lesãocerebral tenha sido a causado acidente, se por acaso avítima tenha sofrido, porexemplo, uma síncope ouconvulsão devido a umAVC ou aneurisma, por issoa importância de obtermosas informações sobre o his-tórico médico passado davítima. O sinal de midríasetambém pode estar presen-te por conseqüência de in-toxicações exógenas ou usode drogas, fatores estes quedevem sempre ser conside-rados na avaliação das víti-mas de acidentes. (Jorge Ale-

xandre Alves)

Brigada de incêndio

O técnico de Segurançatem habilitação e capacita-ção para formar uma equipede brigada de incêndio? De-paramos-nos com muitos téc-nicos e engenheiros de Se-gurança que não sabem nemmontar um estabelecimentode combate a incêndio enunca usaram um extintorde incêndio. Como podemos mesmos formar brigadis-tas se não dominam as téc-nicas básicas nem para si?

Márcio Fernando Nunes

marciofernando_tst@yahoo.com.br

Canoas/RS

O item 3.34, da ABNT-NBR 14276:2006 (Brigada

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Emergência 73

As perguntas para o Emergência Responde podem ser remetidas por carta, fax e e-mail ou site www.revistaemergencia.com.br, contendo nome, profissão e cidade. Não prestamos informaçõesdiretamente aos leitores a título de consultoria. Para facilitar a troca de informações entre os profissionais, Emergência também publica o endereço eletrônico dos participantes.

MARÇO / 2007

Alexandre Rava de Campos é enge-nheiro de Segurança do Trabalho, presi-dente da ASTEC (Associação Técnica SulBrasileira de Proteção Contra Incêndio) ediretor secretário do CB-24 da ABNT.

Cláudio Hansen é Químico Industrial,engenheiro de Segurança do Trabalho eespecialista em Proteção contra Incêndio.

Émerson Carlos é mestre em Anes-tesiologia e coordenador do Curso de E-mergências Médicas da UNIARA, emAraraquara/SP.

Glória Benazzi é coordenadora daComissão de Transporte de Produtos Pe-rigosos do CB-16 (Comitê Brasileiro deTransportes e Tráfego), da ABNT.

Jorge Alexandre Alves é paramedic,Fire Chief Officer NYSFA e diretor técnicoda Fire & Rescue College – Brasil.

Luiz Roberto Carchedi é ex-comandan-te do Corpo de Bombeiros de São Paulo,especializado em Atendimento Pré-Hos-pitalar, técnico em Emergências Médicas,instrutor de reanimação cardiopulmonar,de primeiros socorros e de resgate em es-paços confinados.

Randal Fonseca é professor e instru-tor do ESCI (Emergency Care and SafetyInstitute) e RTI (Rescue Training Interna-tional).

Walter Blassioli Junior é secretário daComissão de Brigada de Incêndio do CB-24 (Comitê Brasileiro de Segurança con-tra Incêndio), da ABNT.

Wesley Pinheiro é presidente daABCERJ (Associação dos Bombeiros Ci-vis do Estado do Rio de Janeiro).

de incêndio – Requisitos),publicada no dia 29/12/2006, define que o respon-sável pela ocupação daplanta ou quem ele desig-nar por escrito é o respon-sável pela implantação dabrigada de incêndio. A Nor-ma define ainda que os trei-namentos de incêndio ouprimeiros-socorros só po-dem ser ministrados porpessoa capacitada, confor-me descrito a seguir:3.24 - instrutor em incêndio:Profissional com formaçãoem prevenção e combate aincêndio e abandono deárea com carga horáriamínima de 60h para riscobaixo ou médio, ou 100hpara risco alto, e formaçãoem técnicas de ensino comcarga horária mínima de40h.3.25 - instrutor em primei-ros-socorros: Profissionalcom formação em técnicasde emergência pré-hospi-talar com carga horária mí-nima de 100h para riscobaixo, médio ou alto, e for-mação em técnicas de en-sino com carga horária mí-nima de 40h.

Em resumo, o técnico deSegurança pode implantara brigada, entretanto, ele sópoderá treiná-la em incên-

dios ou primeiros-socorros seatender o requisito do item3.24 ou 3.25, respectivamen-te. (Walter Blassioli Junior)

Iluminação de emergência

Em um incêndio num pré-dio, sabemos que um dos pri-meiros procedimentos que osprofissionais de combate aincêndio precisam ter seráo desligamento da energiaelétrica. Sei que com a ex-periência dos brigadistas elespoderão encontrar o extintor,mas os bombeiros deverãoencontrar dificuldade e atévoluntários que sempre apa-recem. A sugestão seria a pin-tura de uma faixa ou adesivofluorescente, indicando corpara cada tipo de extintor queseria visualizado facilmente?

Pedro Andrade Lessa

lessapedro@gmail.com

Pojuca/BA

A sugestão é muito apropri-ada, sendo que existem em-presas fornecedoras de si-nalizações fotoluminescen-tes capazes de proporcionarexcelente identificação dosequipamentos de segurançacontra incêndio e das rotasde fuga. Além disso, é perti-

nente destacar que as edifi-cações podem (e em determi-nados casos é obrigatório)ter sistema de iluminação deemergência e sinalização desaídas. Desta forma, quandoda interrupção da alimenta-ção de energia elétrica con-vencional da edificação, o sis-tema é capaz de proporcio-nar um nível de iluminaçãoadequado e um balizamentosatisfatório. (Alexandre Rava)

Bombeiro

Há uma forma de calcularquantos bombeiros profissio-nais civis se deve ter em umaempresa? É calculado pelo nú-mero de empregados ou pelapericulosidade? Quantosbombeiros em relação ao nú-mero de brigadistas?

Maurício Valentino da Mota

mauricio.mota@grupoestado.com.br

Técnico em Segurança do Trabalho

A obrigação de ter bombei-ros profissionais civis dentrode uma empresa deve serconforme a legislação regio-nal de cada estado. Alguns e-xemplos são: RJ, MG, SP eDF. Existe uma norma técni-ca da ABNT - NBR 14608(Bombeiro Privado) - que de-

fine o dimensionamento pe-la atividade e o risco da em-presa, como também pelaárea total construída, masnada comenta sobre o nú-mero total de empregados.(Wesley Pinheiro)

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