aula 2 comunicação terapêutica na emerg. psiquiátrica
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Aula para profissionais de saúde que atuam no Atendimento Pré hospitalar. Tema específico na área de Psiquiatria: Comunicação Terapêutica na Emergência Psiquiátrica.TRANSCRIPT
EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS
Aula 02/04
COMUNICAÇÃO TERAPÊUTICA NO SAMU
Núcleo de Educação em Urgência
Ao final da aula o participante deverá ser capaz de:
Conhecer as regras de comunicação terapêutica nas abordagens da urgência psiquiátrica;
Identificar sinais de estabelecimento do vínculo.
Objetivos
Técnicas da comunicação terapêutica
1.Tentar formar um vínculo com o paciente:
1.Tentar formar um vínculo com o paciente:
Apenas um profissional; Apresente-se: nome; serviço e função; Tom de voz normal; Posicione-se de frente; Atitude respeitosa e gentil; Não use diminutivos:Ex: remedinho.
O paciente é que define quem, quando e como vai estabelecer o vínculo
Como reconhecer o vínculo?
O paciente olhou para você; Demonstrou interesse; Acalmou-se; Iniciou uma
comunicação.
2. Mantenha o canal de comunicação aberto
Esteja disponível para ouvir e conversar; Diante de solicitações:
É possível acatar a solicitação?
Em caso negativo, explique o motivo.
Fale a verdade.
Deixe clara sua função.
3.Mantenha o olhar no paciente!
Por respeito e educação; Para demonstrar interesse; Para perceber a comunicação
não verbal;
Manter o olhar no paciente aumenta a garantia de segurança da equipe!
Ao olhar observe:
Olhar; Fala ritmada,lenta,acelerada; Postura corporal,lesões; Interação com as pessoas; Objetos que porta nas mãos ou
possíveis objetos escondido.
A descrição por escrito na ficha é fundamental.
4. Ouvir atentamente
É o fundamento para atender as necessidades; Responda; Retome o assunto; Imponha limites;
Informe claramente que
não está entendendo se a
comunicação estiver
incompreensível.
5. Respeitar as pausas silenciosas
Para que servem a pausas? Reequilíbrio; Reordenar o pensamento; Aliviar a tensão; Exteriorizar a tensão; Mecanismo de fuga;
Retome a conversa
após respeitar a pausa.
6. Não complete frases do paciente
Estimule a conclusão; Quando falar muito ou muitas coisas, fixe
uma delas; Fala incompreensível? Estimule.
Mantenha o respeito e não emita opiniões sobre a fala
7. Repetir, resumir ideias para o paciente
Importante se o paciente:
Fala muito ( é prolixo); Resumir as ideias principais.
Auxilia o paciente a correlacionar suas ideias.
8.Controlar a comunicação não verbal
Comunicação não verbal
Não subestime a capacidade de observação do paciente;
Transmitimos informações:
Gestos
Medo
Agressão
Postura
Negação
Repulsa
Facial
Nojo
Pânico
9. Ajudar o paciente a encontrar soluções
Torne-se confiável; Não de conselhos; Organize ideias; Aspectos positivos e
negativos; Pergunte como ele deseja
resolver o problema.
Não dê a solução. Ajude a encontra-la.
10. Mantenha o foco e o assunto no paciente
Foco no paciente e familiares; Não responda pergunta de cunho pessoal.Não discuta problemas técnicos ou administrativos
na frente do paciente.
11. Detectar conteúdos enfáticos ou vazios
Assuntos vagos ou vazios são comuns;
Retome assuntos;
Coloque-se a disposição para conversar;
12. Imponha limites
Como impor limites?
A postura do profissional pode
ser suficiente; Se necessário outro profissional deve tentar
o vínculo.
Tem finalidade terapêutica
12. Imponha limites
Como impor limites?
Mostre a inadequação; Esclareça as regras; Diminua os estímulos
do ambiente;
Retire familiares do ambiente se este for desencadeante de inadequação.
13. Verificar o conteúdo de fantasia que o paciente expressa
Avaliar compatibilidade com a realidade; Obter informações dos familiares; Conteúdo verdadeiro ou não; Jamais diga que é mentira; Nao tome partido; Jamais estimule a fantasia; Diga que acredita porém
voce não vivencia.
14. Ajudar o paciente a vir para a realidade (1)
Acreditam serem artistas famosos; Referem ver "bicho"; Referem ouvir a voz de Deus, etc.;
Jamais estimule a fantasia;
Traga-o para a realidade.
14. Ajudar o paciente a vir para a realidade (2)
Não tenha medo de confrontar o paciente; Persista na realidade; Alucinações podem ser perigosas. Atente
para seu conteúdo:Ouvir vozes que vão matá-lo; bichos andando nas paredes, etc.
Assegure a integridade física da equipe, familiares e do próprio paciente.
15. Atente às tentativas de desafios, manipulação e nos testar.
Sedução: Elogiar, pedir abraço e beijo; Pedir cigarro, etc.; Intimidação se não for atendido.
Não atenda aos pedidos
Essa atitude não é terapêutica; Oriente-o a não prosseguir nas tentativas e
que não poderemos atendê-lo.
Jamais !
Fazer promessas, mentir,ou seduzir
Usar agressividade; Desafiar ou ameaçar o paciente.
Se não obter sucesso: o que fazer?
Retome um assunto; Fale apenas uma vez em tom claro que a
comunicação está prejudicada; Coloque limites.
Lembre-se: É o paciente que decide quando e como vai criar vinculo ou até mesmo, que não vai se vincular a ninguém.
Ao final da aula o participante deverá ser capaz de:
Conhecer as regras de comunicação terapêutica nas abordagens da emergência psiquiátrica;
Identificar sinais de estabelecimento do vínculo.
Revisão dos Objetivos
Bibliografia
• A contenção física do paciente: uma abordagem terapêutica. Autor:João Fernando Marcolan
• Capacitação para profissionais de APH Movel (SAMU 192) e APH fixo; EAD parceria do Ministério da Saúde e Hospital Osvaldo Cruz.
• Conceitos Básicos em Enfermagem Psiquiátrica. Autores:Joan J.Kyes e Charles K. Hofling.
• Enf. Cláudio Viegas 2014.• Imagens ilustrativas:1. inguajemcorporalcompnl.blogspot.com;2. sppsic.wordpress.com;3.
praquepensar.wordpress.com