educação que futuro nos espera - prof. dr. mozart neves

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Education

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Educação: Que futuro nos espera?

Mozart Neves Ramos

mozart@ias.org.br

PIB e anos de estudo

Anos de estudo no Brasil

Ano Anos de Estudo da população com 15

anos ou mais de idade

2000 5,0

2010 7,3

Impactos da Educação no Campo do Desenvolvimento Social

1. Renda: Um ano a mais de escolaridade aumenta em 15% a renda de um brasileiro; mas, se ele tem o curso de graduação completo, esse impacto é de 47%!

2. Longevidade: Estudos da Unicef revelam que crianças com mães de baixa escolaridade têm três vezes mais possibilidade de morrer antes de completar 5 anos do que crianças com mães que têm alta escolaridade.

Ainda um desafio: atendimento, permanência, aprendizagem e conclusão escolar......

Permanência escolar

Taxa de frequência à escola da população de 6 anos de idade – Brasil 2011

84,4

85,5

86,6

87,9

88,8

89,0

90,4

91,2

91,3

92,2

93,0

93,2

95,1

95,3

95,4

95,9

96,5

96,6

96,6

96,9

97,0

97,6

97,7

97,9

97,9

98,0

98,4

99,0

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0

Rondônia

Amazonas

Amapá

Roraima

Alagoas

R. G. do Sul

Goiás

Pará

Acre

Mato Grosso

Distrito Federal

Tocantins

M. G. do Sul

Rio de Janeiro

Brasil

Paraná

Pernambuco

Sergipe

Espírito Santo

Santa Catarina

Minas Gerais

R. G. do Norte

São Paulo

Maranhão

Bahia

Paraíba

Ceará

Piauí

1.1. Alunos: Adequação Idade-Anos de escolaridade – a não-universalização da EB

57,5

58,5

58,7

63,2

65,9

66,3

67,0

67,6

70,6

70,6

72,0

73,5

75,0

76,2

77,4

77,5

77,6

80,0

80,6

81,5

81,7

81,8

83,8

85,1

86,5

86,8

86,8

92,2

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0

Piauí

Pará

Amazonas

Bahia

Rio de Janeiro

Maranhão

Sergipe

R. G. do Norte

Acre

Paraíba

Pernambuco

Alagoas

Amapá

Brasil

Minas Gerais

Espírito Santo

Distrito Federal

Rondônia

Roraima

Ceará

Tocantins

Goiás

R. G. do Sul

M. G. do Sul

Mato Grosso

São Paulo

Paraná

Santa Catarina

Proporção da população de 12 anos de idade com ao menos os anos iniciais do ensino fundamental concluído – Brasil 2011

1.1. Alunos: Adequação Idade-Anos de escolaridade – a não-universalização da EB

Proporção da população de 16 anos de idade com ao menos o ensino fundamental concluído – Brasil 2011

42,9

44,8

44,8

45,0

46,3

46,3

46,8

50,0

52,0

52,4

53,8

56,5

60,4

60,8

61,3

62,2

62,7

64,8

68,5

69,5

69,5

70,2

70,3

71,1

71,7

76,3

79,4

80,6

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0

Alagoas

Sergipe

Pará

Paraíba

Bahia

Piauí

Amazonas

Acre

Pernambuco

Maranhão

R. G. do Norte

Rio de Janeiro

Rondônia

Ceará

Tocantins

M. G. do Sul

Brasil

R. G. do Sul

Amapá

Espírito Santo

Minas Gerais

Santa Catarina

Goiás

Paraná

Roraima

Distrito Federal

Mato Grosso

São Paulo

1.1. Alunos: Adequação Idade-Anos de escolaridade – a não-universalização da EB

26,7

29,2

31,5

31,6

33,7

33,9

35,5

38,0

38,7

39,1

41,1

42,2

45,1

45,2

45,2

46,3

46,5

48,7

53,1

53,4

53,8

54,7

56,3

57,0

57,4

63,3

64,7

66,0

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0

Alagoas

Pará

Piauí

Amazonas

Maranhão

Paraíba

Bahia

Sergipe

Pernambuco

Tocantins

Acre

M. G. do Sul

Minas Gerais

R. G. do Sul

Rondônia

Amapá

Rio de Janeiro

Brasil

R. G. do Norte

Espírito Santo

Paraná

Goiás

Ceará

Mato Grosso

Roraima

Distrito Federal

Santa Catarina

São Paulo

Proporção da população de 19 anos de idade com ao menos o ensino médio concluído – Brasil 2011

1.1. Alunos: Adequação Idade-Anos de escolaridade – a não-universalização da EB

% de alunos com aprendizagem adequada 9º ano – Matemática

2005 - 2011

Como assegurar, enquanto direito constitucional, uma Educação de qualidade para nossas crianças e jovens?

É preciso tornar atraente a carreira do magistério para

a juventude brasileira!

1. Salário Inicial Atraente

2. Plano de Carreira

3. Condições de Trabalho

4. Formação Inicial e Continuada

Fontes: La Inversión Educativa en América Latina y el Caribe e Education at a Glance 2007. Dados de 2005. Obs: o dólar PPP (poder de paridade de compra) é um fator de conversão que considera o poder de compra da moeda no país e não o câmbio.

Foto Dercílio. Ilustração Victor Malta

Na comparação salarial com os colegas da América Latina, os docentes brasileiros perdem – e estão muito longe dos países

desenvolvidos.

Disciplina % Docentes

L. Portuguesa 18%

Matemática 41%

Biologia 28%

Física 61%

Química 44%

L. Estrangeira 18%

E. Física 23%

E. Artística 59%

História 29%

Geografia 31%

% Docentes sem formação adequada por disciplina do Ensino Médio

PNE (2011-2020): META 15

Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, que todos os professores da

educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de

licenciatura na área de conhecimento em que atuam.

PNE (2011-2020): META 16

Formar 50% dos professores da educação básica em nível de pós-graduação lato e stricto sensu, garantir a todos formação

continuada em sua área de atuação.

PNE (2011-2020): META 17

Valorizar o magistério público da educação básica a fim de aproximar o rendimento

médio do profissional do magistério com mais de onze anos de escolaridade do rendimento

médio dos demais profissionais com escolaridade equivalente.

PNE (2011-2020): META 18

Assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de carreira para os profissionais do magistério em todos os sistemas de ensino.

Como tornar atrativa a carreira do magistério?

“Quero ser professor”

Clusters de Desenvolvimento de Ensino e Formação Docente FOCO: INTEGRAÇÃO

Certificação de Qualificação Docente Pós-Graduanda e Avaliação Discente do Aluno de Ensino Médio FOCO: ESCOLA

Projeto Nenhum Aluno para Trás e Laboratório de Inovação e de Empreendedorismo Pró-Ensino – Novas Tecnologias FOCO: UNIVERSIDADE

1ª Fase do Programa

Destinado aos Alunos e Professores dos Cursos de Licenciaturas das Ciências Exatas

e da Natureza – Física, Matemática, Química e Biologia das IES e das Escolas de

Ensino Médio.

“Quero ser professor”

Clusters de Desenvolvimento de Ensino e Formação Docente FOCO: INTEGRAÇÃO

Trabalho cooperativo envolvendo professor e aluno de PIBID da IES + professor e alunos de EM numa disciplina específica

• Programas de bolsas para alunos e professores das IES e das escolas de EM; • Monitoria de EM; • Laboratórios + Inglês + formação no exterior;

“Quero ser professor”

Certificação de Qualificação Docente Pós-Graduanda e Avaliação Discente do Aluno de Ensino Médio FOCO: ESCOLA

• Grupo formadores: Professores das IES + Professores da Rede; • Certificação associada ao desempenho em sala + progressão no Plano de Carreira;

• Alunos para as licenciaturas; • Correção de deficiências ainda no EM (Rumo às Licenciaturas) + Plano de vida;

“Quero ser professor”

Projeto Nenhum Aluno para Trás e Laboratório de Inovação e de Empreendedorismo Pró-Ensino – Novas Tecnologias FOCO: UNIVERSIDADE

• Alunos das Licenciaturas: Apoio social + metas de redução de reprovação e evasão: foco em disciplinas estratégicas

• Laboratório: novas tecnologias + Khan Academy + 3D Education + Games + jogos de tabuleiro...

Escola do Século 19

Professor do Século 20

Aluno do Século 21

Vídeo Século 21

Diante disso, faz sentido:

1. Ao estudante ir a escola para ouvir informações

que já estão na rede?

2. Faz sentido acompanhar um raciocínio (o do

professor) para resolver um problema muitas

vezes fora do contexto? (Um dia vocês irão

entender a razão de estarem estudando este

conteúdo).

3. Há significado em vir à aula para constatar

dados numa tabela (interpretada pelo professor)?

4. Qual o interesse em ouvir narrativas pessoais

que poderiam ser lidas em casa?

Resultado...........

Desmotivação e desencanto

Seymour Papert (matemático e é considerado um dos pais do campo da Inteligência Artificial), que

recentemente comemorou 84 anos, disse há

não muito tempo atrás:

“No dia de hoje não basta que os alunos aprendam bem

o que a escola lhes ensina e consigam aplicar esse

aprendizado no mundo do trabalho. Hoje se espera

que os alunos consigam fazer coisas na vida que

nunca lhes foram ensinadas, seja na escola, seja

fora dela.”

Integrar a Escola com os novos espaços de aprendizagem

e de criação: esse é o desafio!

Suplementar Complementar Integrado

Como será a sala de aula do Século 21?

Como será o pós 2015?

UNESCO os seis objetivos de Educação para Todos até 2015

Objetivo 1. Ampliar e aperfeiçoar os cuidados e a educação para a primeira infância... Objetivo 2. Assegurar que, até 2015, todas as crianças,..., tenham acesso ao ensino primário gratuito, obrigatório e de boa qualidade. Objetivo 3. Assegurar que sejam atendidas as necessidades de aprendizado de todos os jovens e adultos ... Objetivo 4. Alcançar, até 2015, uma melhoria de 50% nos níveis de alfabetização de adultos... Objetivo 5. Eliminar, até 2005, as disparidades de gênero no ensino primário e secundário,... Objetivo 6. Melhorar todos os aspectos da qualidade da educação e assegurar a excelência de todos

Estudos em neurociência apontam que grande parte do desenvolvimento cerebral, bem como a capacidade posterior de aprendizado, dá-se do pré-natal aos primeiros anos de vida, período em que ocorre o desenvolvimento mais acentuado da estrutura cerebral, sendo um período sensível para o desenvolvimento de habilidades envolvidas em processos de aprendizagens.

Um novo desafio: como considerar as habilidades não cognitivas/sócio-

emocionais na política educacional!

James Heckman: Qual é o impacto de atributos não cognitivos/sócio emocionais sobre o rendimento escolar? Quais são essas habilidades que impactam tanto no destino de crianças e jovens?

Teoria dos Big Five (anos 30)

1. Abertura a novas experiências, criatividade, curiosidade intelectual...

2. Auto disciplina, organização, responsabilidade, esforçado...

3. Amabilidade, tendência a ter compaixão, ser tolerante, cooperativo...

4. Extroversão, afetividade e sociabilidade...

5. Neuroticismo, estabilidade emocional, reações emocionais ao desagradável,...não controle da impulsividade...

GORDON ALLPORT

LEWIS GOLDENBERG (OCEAN – anos 80)

EXPERIÊNCIA DO MARSHMELLOW (Anos 60)

WALTER MISCHEL

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